Sobre Matheus R. Silva

Redator do lorena.r7

Bluesky ganha 5 milhões de usuários e atinge 19,5 milhões de perfis

Rede social Bluesky ganhou 5 milhões de usuários após a eleição de Donald Trump e mudanças de regras no X. Com isso, atingiu 19,5 milhões de perfis. Ainda assim, está bem atrás dos 275 milhões do Threads e 600 milhões do X. A crescente do Bluesky se justifica não apenas pela vitória de Trump, como também pelo fato de Elon Musk ser proprietário do X. O bilionário é próximo do futuro presidente e será parte do governo no Departamento de Eficiência Governamental. Além disso, uma última mudança na rede social acabou afastando os usuários. Agora, é possível que bloqueados por determinado perfil ainda consigam ver os posts do mesmo. Muitos encaram isso como um empecilho na privacidade.

Crescimento no Brasil

O aumento recente da plataforma do Bluesky passa pelos usuários brasileiros. Após Alexandre de Moraes determinar o bloqueio do X, que durou pouco mais de um mês, muitos abriram conta justamente no Bluesky, que é uma rede com funções semelhantes.

Em setembro, a diretora de operações Rose Wang chegou a afirmar que a Bluesky trabalhava para incluir um representante legal no Brasil, exigido pela legislação, ainda que não tenha pretensão de ter um espaço físico.


X ganhou no logo após compra de Elon Musk (Foto: reprodução/@PopCrave/X)


Diferenças entre as plataformas

A grande diferença entre Bluesky e X é referente as exibições em suas interfaces. A rede do Elon Musk é fechada, permitindo apenas que posts feitos pelos próprios usuários sejam visualizados. O contrário ocorre na concorrente, onde é possível ver postagens de outras plataformas com o mesmo padrão. 

Outra diferença está na forma de utilizar a inteligência artificial. O X mudou sua política e assumiu que irá usar dados de usuários para treinar a “Grok”, IA generativa da empresa. Por outro lado, o Bluesky não possui estratégias visando a utilização de dados dos perfis para alimentar alguma IA. A mesma também pretende implementar um modelo pago, como já existe no X. Porém, ressaltou que isso não resultará em tratamento especial, como maior exposição da postagem ou selo identificador. 

Foto Destaque: Bluesky ganhou força em 2024 (Reprodução/@rovijomac/X)

Lançamento da Starship é remarcado para esta terça-feira (19); nave é da empresa SpaceX

Maior nave do mundo, a Starship tinha lançamento previsto para esta segunda-feira (18). Alegando motivos de segurança, a SpaceX, do bilionário Elon Musk, optou por adiar a missão para amanhã (19). O objetivo é fazer com que a parte traseira do veículo, nomeada “Super Heavy”, retorne para a plataforma de lançamento. Vale lembrar que esse será o sexto lançamento da nave e a manobra pretendida aconteceu pela primeira vez em outubro. 

Para que Super Heavy retorne, o propulsor e a plataforma devem estar em condições, além de ser necessário um comando do diretor de voo da missão. Caso contrário, o propulsor será desviado para o Golfo do México. O evento desta terça feira (19) ocorrerá em Boca Chica, no Texas. A SpaceX explicou o porquê de ter marcado uma nova data (via G1): “Não aceitamos concessões quando se trata de garantir a segurança do público e de nossa equipe, e o retorno só ocorrerá se as condições forem adequadas”.

Testes anteriores

O primeiro voo aconteceu em abril de 2023. A Starship explodiu ainda acoplada ao Super Heavy. Em novembro do mesmo ano, houve a segunda tentativa. O propulsou chegou a se separar da nave mas, logo em seguida, explodiu. Foram necessárias 17 correções na época. 

O terceiro voo aconteceu já em março de 2024. Durou 50 minutos e a Starship foi destruída. Porém, a SpaceX nunca tinha ido tão longe, sendo esse lançamento considerado um avanço. A quarta e a quinta tentativa foram consideradas um sucesso. Inclusive, o Super Heavy foi capturado no ar pelos “braços da plataforma” na última missão. Para o sexto lançamento, a ideia é seguir a mesma rota do anterior, com pouso da nave previsto no Oceano Índico. Dessa vez, utilizando apenas um motor ao invés de três, além de testar uma nova proteção térmica e uma manobra.


Starship terá sexto lançamento nesta terça-feira (19) (Foto: reprodução/@SpaceX/X)


Starship

Com 120 metros de altura, a nave é três vezes maior que o Cristo Redentor. Consegue transportar 100 pessoas e até 250 toneladas. Além disso, foi projetada para ser reutilizável e será usada pela NASA na missão Artemis, que visa levar astronautas à superfície da lua. Começou a ser testada em 2019.

Foto Destaque: Starship é desenvolvida pela SpaceX, onde Elon Musk é CEO (Reprodução/@SpaceX/X)

Valor do ouro despenca após vitória de Donald Trump

Após quebrar vários recordes neste ano e valorizar 35%, o preço do ouro despencou 7% em novembro. É a pior do produto em três anos. A causa da queda foi a vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos que, por outro lado, acabou impulsionando o dólar. O atual preço do metal é de US$ 2.561, ou R$ 14,8 mil para cada “onça troy”, unidade de medida utilizada quanto ao ouro.

A ideia dos operadores é de que menos cortes na taxa de juros americana aconteça, o que valoriza a moeda. Com isso, cerca de US$ 600 milhões de fundos em bolsa lastreados em ouro foram retirados na primeira semana do mês de novembro. Logo, a queda do metal se justifica pela mudança de estratégia na locação de recursos financeiros por parte dos investidores.

Opinião dos especialistas

Apesar da queda acentuada, analistas apontam que o movimento já era esperado. Houve muito dinheiro especulativo que entrou na alta do ouro e que, naturalmente, está sendo retirado agora. Chefe de pesquisa da refinadora de ouro MKS Pamp, Nicky Shiels explica o fenômeno (via Folha de S. Paulo):

“Houve um influxo de dinheiro em bitcoin e na Tesla, as negociações de Trump, e isso está atraindo dinheiro de refúgios típicos como o ouro… Não é uma reversão da tendência de alta, o ouro simplesmente subiu rápido demais e agora está revertendo para uma trajetória menos otimista.”

Rhona O’Connell, chefe de análise de mercado na corretora StoneX, lembra que não apenas Donald Trump venceu as eleições como também os republicanos assumiram o controle do Congresso. Além disso, o preço do ouro, historicamente, costuma cair nas 12 primeiras semanas após as eleições.


Trump será novamente presidente dos Estados Unidos (Foto: reprodução/@realDailyWire/X)


Projeções futuras

Por um lado, existe uma demanda menor por parte dos Bancos Centrais em relação ao ouro. Só em 2024, Bancos Centrais compraram 694 toneladas do metal. Porém, estrategistas apostam que o ouro vai ter novo período de alta já no próximo ano. Tom Price, analista da Panmure Liberum, lembra que (via Folha de S. Paulo) “os temas que levaram o ouro a este nível ainda estão presentes”. Os conflitos no Oriente Médio e a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, por exemplo, são fatores que ocasionam incertezas e, consequentemente, uma busca pelo ouro. 

Foto Destaque: Ouro sofreu queda de 7% em novembro (Reprodução/soofiatailor/Pixabay)

Apple deve entrar no mercado de câmeras inteligentes em 2026

A Apple vai entrar no mercado de “câmeras inteligentes para casa“. O primeiro dispositivo deve chegar em 2026 e concorrerá principalmente com produtos da Amazon e Google, já estabelecidas no setor. Vale destacar que o ramo já é consolidado globalmente e vende de 30 a 40 milhões de unidades no ano. 

Enquanto isso, a Apple busca vender 10 milhões destes produtos anualmente. A empresa tem preferência por uma integração com seu ecossistema, priorizando segurança e privacidade. É o caminho contrário que a Amazon e a Google seguem, baseando-se em inteligência artificial generativa com as linhas “Ring” e “Nest“, respectivamente. 

Diferenciais 

Para buscar ganhar uma fatia de um mercado novo para a marca, a Apple deve prezar pela integração entre seus produtos. O HomeKit é um exemplo, permitindo conectar eletrodomésticos inteligentes. A Apple Intelligence, nova inteligência artificial da empresa, deve ser outro item envolvido na novidade. O padrão de segurança da indústria, com criptografia de ponta a ponta, também deve ser impactado. Esse já é o modelo presente em outros produtos da marca.

Caso a Apple consiga realmente vender 10 milhões de unidades por ano, garantirá um quarto do mercado global. Apesar da produção em massa começar no início de 2026, ainda não há previsão de lançamento.


Entrada da Apple no mercado de câmeras inteligentes será em 2026 (Foto: reprodução/@digicalidesign/X)


Próximos passos

A novidade da Apple está relacionada a parceria com a empresa chinesa Goertek. Ela utiliza silício próprio da multinacional americana e está por trás das empreitadas da marca no segmento de casas inteligentes.   

Para o ano que vem, é especulado que a Apple lance um tablet inteligente, apelidado J490. O objetivo central seria justamente o controle de produtos domésticos. O dispositivo deve em torno de 6 polegadas e ser integrado com outros recursos: Apple Music, FaceTime e HomeKit. O preço é apontado entre a faixa de US$ 500 e US$ 1.000. É mais um indício da busca da Apple por abocanhar a fatia de um mercado dominado pela Amazon e pelo Google.

Foto Destaque: Apple visa se consolidar em ramo de casas inteligentes (Reprodução/jankuss/Pixabay)

Milei aposta em Donald Trump para impulsionar a economia argentina

Eleito presidente da Argentina em 2023, Javier Milei vê com bons olhos a vitória de Donald Trump nos Estados Unidos. O país da América do Sul é o maior devedor do mundo no Fundo Monetário Internacional, com uma dívida de R$ 253,9 bilhões. Dessa forma, Milei espera que sua relação com Trump e Elon Musk, alinhado ao republicano, permita novos empréstimos para o país. 

O objetivo da Argentina é tentar sair da recessão econômica, aliviando o controle cambial e de capital. Vale destacar que a vitória de Trump já impactou positivamente o mercado de ações argentino, sendo esse um bom sinal para Milei. Inclusive, um membro de seu governo teria afirmado que “não há dúvidas” que Trump ajudará nas negociações com o FMI.

Javier Milei

Formado em economia, o presidente argentino se intitula como um libertário. Até aqui, suas medidas vão de encontro a definição, com propostas visando enxugar gastos públicos e diminuir a inflação. No campo ideológico, se diz contra a esquerda “woke“, assim como Trump. Ainda assim, as visões econômicas dos dois tem diversos aspectos divergentes. 

Com a distância grande em termos geográficos e poucos acordos comerciais, Trump ligou para Milei nesta terça-feira (13), após diversas conversas com outros líderes. Analistas apontaram sob qual direção a relação poderá caminhar:

“A vitória de Trump é uma oportunidade enorme para Milei… Mas o desafio é traduzir essa afinidade em vantagens concretas para a Argentina; para isso, ele precisa construir uma infraestrutura forte para lidar com a administração de Trump.”, disse Juan Cruz Díaz, diretor da consultoria política Cefeidas em Buenos Aires.

Além de Milei, o presidente Nayib Bukele, de El Salvador, também busca benefícios com republicano. Porém, a situação quanto a imigração de salvadorenhos para os EUA é um empecilho entre os países. Trump reclama do envio de cidadãos do país para os Estados Unidos, denominando-os como criminosos. E ele já afirmou inúmeras vezes que a deportação será medida em seu governo. 

“Trump adotará uma postura ainda mais transacional e de curto prazo com a região desta vez, e o principal ‘negócio’ obviamente será a redução da imigração”, disse Will Freeman, pesquisador do “Council on Foreign Relations” em Nova York.


Trump já afirmou que Milei é seu presidente favorito (Foto: reprodução/@pelazoUSA/X)


Elon Musk

Homem mais rico do mundo e aliado de Donald Trump, Musk também possui boa relação com Milei. O bilionário será líder do “Departamento de eficiência governamental” norte-americano e já pegou conselhos com o presidente argentino. Além disso, suas empresas buscam investir na Argentina devido à grande capacidade do país em produzir lítio. Para Milei, investimentos em um momento de crise, com aporte de capital estrangeiro, podem ser mais um fator para a melhora do quadro econômico. 

Foto Destaque: Milei espera aproximação com Donald Trump (Reprodução/@nnairob/X)

“Produção de Sonhos”: Disney anuncia série de “Divertida Mente” e ganha trailer

Franquia em alta da Pixar, “Divertida Mente”, vai ganhar uma série na Disney+ em dezembro. Nomeada “Produção de Sonhos”, a obra teve seu primeiro trailer completo divulgado na D23 Brasil, que ocorreu neste fim de semana na cidade de São Paulo. Segundo tweet do site “Omelete”, as cenas se mostraram no estilo “The Office”, sitcom de sucesso produzido no início do século.

“O trailer de Produção de Sonhos abre com Alegria testando câmera e microfone. Em seguida, conhecemos a fundo a área que produz sonhos da Riley com rápidas cenas dos produtores e cineastas comentando como é trabalhar lá no estilo documentário/The Office. A série vai mostrar porque nossos sonhos são tão estranhos”, escreveu.

“Produção de Sonhos”

A série derivada terá como foco a “Dream Productions”, um estúdio na mente da Riley apresentado durante o primeiro filme. É ali que são produzidos os sonhos da garota, que serão temáticos na série. O estilo adotado para os episódios será o de um documentário falso, como em “Arrested Development”, “Modern Family”, “Parks and Recreation” e “The Office”. 

“Produção de Sonhos” chega em 11 de dezembro no streaming. O diretor de criação da Pixar Animation Studios, Pete Docter, em entrevista ao Entertainment Weekly, comentou que a obra irá mostrar “o poder dos sonhos e como eles também nos afetam em nossa vida desperta. Então é muito legal”.


Primeiro teaser de “Produção de Sonhos” (V´deo: reprodução/YouTube/Disney+ Brasil)


Divertida Mente

Lançado em 2015, o primeiro filme da franquia apresentou Riley e sua família. Ao passar por um processo de mudança para San Francisco, a garota enfrenta problemas comuns para alguém da sua idade. Cinco emoções são personificadas em uma sala de controle na mente de Riley: Alegria, Tristeza, Medo, Nojinho e Raiva. 

Na continuação lançada neste ano, mais emoções são apresentadas no momento em que Riley entra na puberdade. O longa é a maior bilheteria da história do Brasil, ultrapassando “Vingadores: Ultimato”. Também é o maior filme de animação em escala global e número 1 entre os assistidos na Disney+. 

Foto Destaque: “Dreams Productions” chega em dezembro (Reprodução/X/@multversogeek)

Em mais uma novidade, X permite que bloqueado consiga visualizar publicações

Antigo “Twitter“, o X recebeu uma novidade nesta segunda-feira (4). Agora, os usuários que estão bloqueados por determinada conta poderão ver os posts da mesma, ainda que não possam interagir de forma alguma, seja comentando, seguindo ou enviando mensagens. Anteriormente, alguém bloqueado não conseguia visualizar nada. 

O anúncio de novas regras havia sido feito em 16 de outubro, e suas implementações começaram no dia três deste mês. De acordo com a equipe do X, as mudanças visam maior transparência. Por exemplo, um usuário bloqueado por alguma conta conseguirá visualizar possíveis comentários depreciativos sobre ele. Isso proporcionaria uma rede social mais justa.

Comentário da plataforma

“Hoje, o bloqueio pode ser usado por usuários para compartilhar e ocultar informações prejudiciais ou privadas sobre aqueles que eles bloquearam. Os usuários poderão ver se tal comportamento ocorre com esta atualização, permitindo maior transparência”, escreveu a conta do X na rede social em outubro.

Rede social do bilionário Elon Musk, o X esteve bloqueado no Brasil recentemente. Foram 39 dias com acesso impedido por decisão do Supremo Tribunal Federal. A suspensão foi resultado de uma briga de Musk com o ministro Alexandre de Moraes, após o sul-africano se negar a nomear um novo representante da empresa no país. 


Elon Musk comprou X em 2022 (Foto: reprodução/@dunyadanfinans/X)


Outras mudanças

Além da novidade em visualizar um perfil mesmo que bloqueado, o X também ganhou diversas mudanças após Elon Musk se tornar proprietário da rede social. A principal delas foi a mudança de nome e também do logo, que deixou de ser um passarinho-branco em fundo azul e se transformou num “X” branco em fundo preto. 

Outra grande mudança foi a implementação do verificado pago, permitido ao assinar o “X Blue”. Com isso, usuários que optem por contratar o serviço podem editar seus tweets em até 30 minutos após sua publicação. O limite de caracteres passa a ser de 25.000, em contraste com os 280 da versão gratuita. As notas da comunidade também foram lançadas sob a gestão de Musk, combatendo notícias duvidosas ou falsas. 

Foto Destaque: X recebeu novidade no último domingo (3) (Reprodução/starline/Freepik)

Dólar tem alta com aumento de juros futuros após eleição de Trump

Após a eleição que consagrou Donald Trump como novo presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira (6), efeitos na economia já são perceptíveis. O maior deles é a alta do dólar, proporcionado pela alta dos juros futuros. Eles indicam a expectativa do mercado diante da taxa básica de juros do país, que deve se manter alta com Trump. Vale ressaltar que ela é definida pelo Federal Reserve, Banco Central dos EUA.

As “treasuries”, rendimento aliado a taxa de juros, são considerados o produto mais seguro do mundo para se investir. Consequentemente, investidores estrangeiros colocam dinheiro nos Estados Unidos e valorizam a moeda por tabela. Nos últimos quatro meses, o rendimento das treasuries atingiu máxima justamente no dia da eleição de Trump, com 4,47%.

Propostas de Trump

A alta nos juros é resultado do que Trump já disse que pretende fazer quando assumir a presidência. Aumento nas tarifas de importação para proteger o mercado interno. Principalmente quando se trata de produtos chineses. 

“Já havia um impacto da percepção do risco de vitória do Trump, com a expectativa de que ele possa colocar tarifas de importação. Exportadores de commodities, como o Brasil, também podem ser afetados”, disse Luciano Costa (via G1), economista-chefe da Monte Bravo Corretora.

A atitude de manter os juros altos busca controlar justamente a inflação, que pode subir devido à alta das tarifas. Ainda assim, é possível que o preço dos produtos consiga se manter estável graças a uma redução de impostos para empresas. O que também gera aumento nos juros futuros, já que a capacidade de governo em cobrir o pagamento da dívida é questionada.


Bitcoin atingiu máxima histórica com eleição de Trump (Foto: reprodução/MichaelWuensch/Pixabay)


Queda do Real e alta do Bitcoin

“O real já era uma das moedas que mais acumulava perda dentre os emergentes nos últimos dias em função de questões domésticas, logo, o espaço para desvalorização foi bem menor do que outros casos, como o peso mexicano e o chileno”, aponta Matheus Pizzani (via G1), economista da CM Capital.

No Brasil, a desvalorização do real frente ao dólar já acontece há algum tempo. Dentre outros fatores, é consequência dos gastos elevados do governo, que ocasionam déficit público. Existe desconfiança do mercado com o país, que possui contas altíssimas. Sem sinalização algumas de cortes, o dólar deve continuar subindo. Combinado a isso, ontem (6), o Copom voltou a subir a taxa Selic, que agora é de 11,25%.

Por outro lado, a principal criptomoeda do mundo bateu recorde com a eleição de Trump. O Bitcoin US$ 74 mil e atingiu seu maior patamar na história. O futuro presidente é defensor da moeda e promete medidas para impulsioná-la ainda mais.

“Se a criptografia vai definir o futuro, quero que seja extraída, cunhada e fabricada nos Estados Unidos”, disse Trump em campanha. 

Ainda assim, o republicano não era apoiador do Bitcoin em seu primeiro governo. A mudança de postura passa pela compra de criptomoedas pelo mesmo de acordo com especialistas.

Foto Destaque: Dólar deve seguir valorização após eleição de Trump (Reprodução/QuinceCreative/Pixabay)

Robô coleta primeiro rejeito de combustível em usina de Fukushima, local de desastre em 2011

Um robô recuperou o primeiro pedaço de combustível derretido do reator de Fukushima, no Japão. A peça é resultado do desastre na usina nuclear da cidade em 2011, consequência de um terremoto e um tsunami. Ele conseguiu, com seu braço extensível, cortar uma superfície de cascalho e entrar num labirinto, onde ficou por uma semana. Depois, retornou aos humanos com cinco milímetros de combustível nuclear. Apesar da estatura pequena do item, a missão foi comemorada e tida como um momento histórico na busca pelo desmonte e remoção de rejeitos nucleares do local.

O pedaço retirado dos  destroços da usina de “Fukushima Daiichi” possui cinco milímetros e pesa três gramas. É comparável a um grão de granola, mas fornecerá dados importantes para as próximas fases da operação feita pela Tokyo Electric Power Company Holdings, administradora da usina.

Desastre de Fukushima

Ocorrido em 2011, a tragédia que devastou a usina foi consequência de um terremoto de 9 graus na escala Richter, um nível altíssimo. 15,7 mil pessoas morreram em decorrência da tragédia, além dos 130 mil desabrigados. Posteriormente, uma tsunami com 38 metros de altura atingiu a cidade. 

Quanto ao pedaço retirado, a administradora da usina estabelece que a missão só será concluída quando a radioatividade estiver abaixo do estabelecido. Dessa forma, será possível colocá-la em um contêiner isolado onde a mesma ficará pelos próximos séculos. O combustível se espalhou por causa da explosão de três reatores após falha no sistema de resfriamento. 


Carros abandonados em zona de evacuação de Fukushima (Foto: reprodução/@tradingMaxiSL/X)


Próximos passos

A Tokyo Electric Power Company Holdings estima que serão necessários entre 30 e 40 anos para limpar completamente os reatores, embora especialistas indiquem que deverá demorar um século. A princípio, o processo deveria ter começado em 2021, mas questões técnicas impediram e atrasaram o projeto. O robô demora duas semanas para ir e voltar. O trabalho humano é extremamente limitado em questões de tempo, além de necessitar de roupas especiais. Por exemplo, um grupo fica no máximo 15 minutos em cada local. O processo feito em Chernobil foi mais rápido, mas o solo estável foi o que ofertou isso. Em Fukushima, o trabalho será mais demorado. 

Foto Destaque: Cidade de Fukushima é local de um dos maiores desastres radioativos da história (Reprodução/@CervezaTipo/X)

Economista americano cita preocupações no setor caso Trump seja eleito

O resultado das eleições nos Estados Unidos deve ser conhecido até a tarde desta quarta-feira (6). Kamala Harris e Donald Trump são os principais concorrentes para chegarem à Casa Branca. Com crescimento considerável nas últimas pesquisas, o ex-presidente é uma figura polêmica e, por vezes, considerado uma opção arriscada. Professor do Departamento de Economia da Universidade da Califórnia em Berkeley, Barry Eichengreen é dos que se mostram preocupados com o possível retorno do republicano.

“A elevação generalizada e significativa das tarifas de importação dos bens comprados pelos EUA de todo o mundo e a deportação em massa de imigrantes estão no topo da lista de propostas mais preocupantes do programa de governo do ex-presidente Donald Trump”, disse Eichengreen em entrevista ao jornal O Globo. Além do trabalho como professor, ele foi assessor do FMI e presidente da Associação de História Econômica Americana.   

Consequências 

Independente do vencedor, Barry Eichengreen comenta que o resultado das eleições terá efeitos. Caso Trump vença, a deportação de imigrantes surge como pauta, além da imposição de tarifas. Esta última defendida pelo candidato devido à possibilidade em proteger o mercado interno. Para o professor, essas são opções desastrosas para a economia do país. “E coisas ruins que acontecem nos EUA não ficam nos EUA, como dizemos sobre o que acontece em Las Vegas. A economia mundial também seria afetada negativamente.”, complementa.

A vitória de Kamala também altera o cenário atual, embora seja uma mudança menos radical para Eichengreen. Ela busca taxar grandes fortunas para priorizar programas assistencialistas. Por outro lado, o déficit orçamentário cresceria, e a situação do momento já é bastante comprometedora. 


Vice de Joe Biden, Kamala Harris tenta se tornar primeira mulher presidente dos EUA (Foto: reprodução/@Ssnyder1835/X)


Impacto global

Visando frear o avanço de produtos chineses no país, Donald Trump promete altas taxas de importação para itens do país asiático. E isso, segundo Barry Eichengreen, é um dos motivos que afetariam a desglobalização. 

“Uma coisa garantida para acelerar o processo de declínio da dominância do dólar seria infringir a independência do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ou nomear um presidente do Fed que se submetesse aos desejos do presidente. Trump se afastou da primeira dessas duas alternativas, mas pode-se imaginar que ele avançaria com a segunda.”, aponta Eichengreen. 

Eichengreen diz que sua maior preocupação são justamente as altas nas tarifas e a severidade na deportação de ilegais nos Estados Unidos.

Foto Destaque: Donald Trump tenta novo período como presidente dos EUA (Reprodução/@ploughmansfolly/X)