O preço do ouro bateu recorde neste mês de setembro. Os motivos apontados são a inflação e as incertezas no campo geopolítico. Unidade de medida utilizada para pesar o metal, a "onça troy" - equivalente a 31,1 gramas - atingiu R$ 14,3 mil em contratos futuros. Sistema de Bancos Centrais nos Estados Unidos, o FED reduziu a taxa de juros no país nesta semana, implicando em uma busca por investimentos melhores. Dessa forma, o ouro foi impactado e seu valor subiu.
Diferentemente de aplicações com valores fixos, o ouro varia de forma diária. Decaiu 40% entre 2011 e 2015, mas se recuperou em 2020. Neste momento, está atingindo máximas históricas com tensões na Europa e no Oriente Médio.
Bancos Centrais
Além dos conflitos, os fatores econômicos também justificam a crescente do metal. Inclusive, Bancos Centrais aumentaram de forma significativa a quantidade de ouro comprada no ano de 2024; a informação é do Conselho Mundial do Ouro. Os motivos são diversos: ativo a longo prazo, destaque em períodos de crise (econômicas ou não), incertezas geopolíticas e redução da dependência quanto ao dólar, motivo principal em países como China, Índia e Turquia.
Ouro atravessa momento de alta histórica (Foto: reprodução/polarmermaid/Unplash)
Próximos passos
A expectativa do mercado é que o ouro consiga manter seu patamar ou até mesmo aumentar de valor nos próximos meses. O que vai acontecer depende de fatores como a guerra entre Rússia e Ucrânia e os conflitos de Israel com o grupo terrorista Hamas. Caso persistam, novos recordes devem ser quebrados.
Com todas as questões, o ouro passa a ser uma aplicação essencial para investidores, motivados pela queda dos juros nos EUA. Vale destacar que o ouro é uma commodity que historicamente se valoriza, sendo comprado durante séculos. É utilizado como reserva para períodos de recessão em diversos países. Possui liquidez altíssima globalmente, sendo algo fácil de se vender e converter em dinheiro, além de ser um metal sem prazo de validade.
Foto Destaque: ouro se valoriza com questões econômicas e incertezas políticas (Reprodução/PublicDomainPictures/Pixabay)