Foi divulgado recentemente pelo gabinete do inspetor geral da Nasa, um relatório que aponta irregularidades em seu foguete da missão Artemis 4, que tem como objetivo levar tripulantes à Lua. Com essas irregularidades, é possível que a missão seja adiada. Até o momento se calcula um prejuízo de cerca de US$ 5,8 bilhões.
Falta de controle de qualidade
A missão da Artemis 4 está planejada para acontecer em setembro de 2028. Desde 2014, o foguete Space Launch System (SLS) Block 1B, o mais potente modelo já desenvolvido pela Nasa, está sendo projetado. O foguete deveria ter sido entregue pela Boeing, empresa aeroespacial, em 2021.
Calcula-se que o atraso possa exigir mais de US$ 5 bilhões além do orçamento original até a data de lançamento da missão. Segundo o relatório, um dos principais problemas enfrentados pela empresa é a falta de profissionais capacitados e experientes, além da falta de um controle de qualidade mais sistemático. Os principais problemas no foguete foram encontrados no estágio superior, que tem como objetivo aumentar a capacidade de carga.
Houve também mudanças nas diretrizes por parte do Congresso norte americano, que tentava acelerar o desenvolvimento do foguete, gerando muitas mudanças nos padrões técnicos.
O programa Artemis
O programa Artemis é um dos projetos de maior complexidade da Nasa atualmente. Suas várias missões envolvem diferentes estágios de exploração lunar. Seu principal objetivo é levar o homem de volta ao satélite ainda nesta década. A missão ficará marcada como o primeiro pouso de um homem afrodescendente e de uma mulher na Lua.
Lua (Foto: reprodução/MASTER/Gattyimages Embed)
A missão já vem enfrentando outros desafios, como problemas no escudo de calor e em válvulas da nave. Dificuldades com as baterias, ventilação do ar e controle de temperatura também foram encontrados.
É previsto que a Artemis 2, missão para levar tripulantes ao redor da Lua, aconteça em 2024. Com estas missões, a Nasa pretende estabelecer uma presença contínua na Lua. Assim, a empresa poderá testar e desenvolver tecnologias para uma futura exploração de Marte.
Foto destaque: foguete da missão Artemis 1 (Reprodução/divulgação/NASA/Época de Negócios)