Barroso afirma que Supremo nunca agradará a todos ao anunciar aposentadoria

O ministro Luís Roberto Barroso anunciou sua aposentadoria após 12 anos no Supremo Tribunal Federal e afirmou que “o Supremo nunca agrada a todos”. Em entrevista após o anúncio, ele destacou que o protagonismo e a exposição da Corte geram críticas inevitáveis, mas que isso faz parte da função institucional. Barroso também lembrou os “ônus e sacrifícios” do cargo e disse que pretende dedicar-se à literatura, poesia e vida acadêmica.

Supremo na mira das críticas

Barroso disse que a Suprema Corte está constantemente sob julgamento social: “O Supremo está sempre desagradando alguma área”, afirmou, citando que agrada às feministas ou aos evangélicos, mas dificilmente a todos simultaneamente. Ele defendeu que a exposição pública que a função exige pode incomodar até a própria Corte e que tentar agradar a todos seria um erro institucional.

Ele ainda ponderou que o “arranjo institucional” do STF foi fundamental para assegurar 33 anos de estabilidade democrática no país, mesmo diante de críticas intensas. Segundo o ministro, parte da função do tribunal é atuar com firmeza, mesmo sabedor de que nem todas as decisões serão bem recebidas pela sociedade ou por grupos específicos.


Reportagem da CNN Brasil (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN Brasil)

Despedida e legado de Barroso

Durante seu discurso de aposentadoria, Barroso afirmou que deixa o cargo por razões pessoais, após alcançar 67 anos — embora pudesse permanecer até os 75. Ele mencionou que o peso da função e seus impactos familiares foram fatores decisivos para a saída. Agora, pretende voltar sua atenção à literatura, poesia e à carreira acadêmica.

Com o anúncio, cabe ao presidente Lula escolher um novo nome para o STF, que deverá passar por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado antes de ser aprovado em plenário pelos senadores. O processo de substituição será acompanhado de perto, uma vez que a escolha tende a ter impacto político e institucional. Além disso, a sucessão de Barroso ocorre em um momento de forte atenção pública ao Supremo, o que pode tornar o debate mais intenso e colocar novamente em pauta o papel do tribunal no equilíbrio entre os poderes e na defesa da democracia brasileira.

Dois anos de guerra em Gaza, protestos marcam o mundo

Completam-se dois anos desde o início da guerra entre Israel e Hamas, e manifestações pelo mundo ganham força para lembrar as vítimas, denunciar a violência e exigir responsabilidade. De Sydney a Londres, passando pelo Rio de Janeiro, ativistas, estudantes e organizações civis saíram às ruas para protestar contra a situação na Faixa de Gaza, reforçando que o conflito não pode ser esquecido ou relativizado.

Protestos globais reacendem memória e indignação

Em Londres, estudantes organizaram marchas universitárias com bandeiras palestinas, clamando que o massacre iniciado em 7 de outubro de 2023 não seja ignorado nem naturalizado pela comunidade internacional. Na Austrália, Sydney sediou protestos com discursos pungentes de advogados e ativistas, que traçam um histórico de oprimidos “cercados e desumanizados” antes do estopim do conflito. Na Indonésia, frente à embaixada norte-americana, manifestantes exibiram cartazes com mensagens fortes como “Ninguém é livre até que a Palestina seja livre”, protestando contra luz baixa dos governos para a crise humanitária.

Em muitas dessas manifestações, o tom é de luto e lembrança: sirenes ecoam em Israel, acampamentos são montados por familiares de reféns, fotos de vítimas são expostas, como na Praia de Copacabana, Rio de Janeiro, onde uma ONG fez homenagem com bandeiras e retratos. Esses atos mantêm viva a memória das vítimas e exigem que o mundo não apenas veja, mas aja.


Uma manifestação em apoio à Flotilha Global Sumud (Foto: reprodução/Alessandro Bremec/ Getty Images Embed)

Reações políticas e exige-se não esquecer

Autoridades governamentais reagiram com críticas e discursos contrários em alguns países, apontando que protestos pró-Palestina em datas simbólicas nem sempre são bem recebidos. No Reino Unido, o primeiro-ministro qualificou certas manifestações como “antibritânicas” por associarem o país a debates internacionais. Já em países muçulmanos, como a Indonésia, há forte apoio popular às causas palestinas, com protestos calorosos e presença marcante da sociedade civil.

Esses protestos coincidem com cerimônias de memória em Israel, onde sirenes foram acionadas em locais simbólicos — como praças próximas a residências oficiais — e onde famílias fazem homenagens aos reféns. O ritmo crescente dessas manifestações sugere que, apesar de guerras e tratados, a paz ainda depende muito mais do reconhecimento humano do que de negociações diplomáticas.

Israel e Hamas avançam em negociações, Casa Branca exige rapidez

As negociações entre Israel e o grupo Hamas registraram avanços significativos nas últimas horas, segundo diplomatas que acompanham o processo no Egito. Mediadas por representantes do Catar e dos Estados Unidos, as conversas buscam estabelecer um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza, além de um plano concreto para reconstrução do território devastado. A Casa Branca, por sua vez, tem pressionado por agilidade nas tratativas, afirmando que cada dia sem acordo representa novas perdas humanas e o agravamento da crise humanitária.

Discussões avançam, mas impasses persistem

Fontes ligadas às negociações afirmam que os diálogos se concentram em pontos considerados sensíveis, como a retirada gradual das tropas israelenses, a entrada irrestrita de ajuda humanitária e o retorno das famílias palestinas deslocadas. O Hamas insiste em garantias internacionais de que o cessar-fogo seja definitivo, e não apenas uma trégua temporária. Já o governo israelense quer assegurar mecanismos de segurança que impeçam novos ataques vindos da Faixa de Gaza.

A proposta em análise também inclui a criação de corredores humanitários monitorados pela ONU, além do acesso a suprimentos médicos e energia elétrica para hospitais locais. Especialistas em política internacional avaliam que, embora o clima seja mais favorável do que em meses anteriores, o avanço depende de concessões mútuas.


Bandeira israelense perto de prédios destruídos dentro da Faixa de Gaza (Foto: reprodução/JACK GUEZ/Getty Images Embed)

Pressão global e expectativas crescentes

O governo dos Estados Unidos tem atuado de forma direta, tanto nos bastidores quanto publicamente. O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, reforçou que “a paciência da comunidade internacional está se esgotando” e que a prioridade deve ser a proteção de civis. A secretária de Estado também sinalizou que Washington pretende manter contato diário com as delegações até o fechamento do texto final.

Enquanto isso, o Egito tenta garantir que o acordo contemple medidas práticas de reconstrução, incluindo investimentos internacionais e fiscalização contínua. A expectativa é que um anúncio oficial possa ser feito nos próximos dias, mas diplomatas evitam confirmar prazos. Caso o acordo seja firmado, representará o passo mais concreto rumo à paz desde o início do conflito em 2023.

Consequências de uma guerra prolongada

O conflito entre Israel e Hamas já ultrapassa dois anos, deixando milhares de mortos e milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade extrema. Grande parte da infraestrutura da Faixa de Gaza — como escolas, hospitais e sistemas de energia — foi destruída, tornando a vida na região praticamente insustentável. Organizações humanitárias alertam que uma nova escalada pode levar o sistema de saúde ao colapso total.

Por outro lado, analistas ressaltam que um cessar-fogo duradouro exigirá mais do que diplomacia: será preciso reconstruir a confiança entre os lados e garantir compromissos verificáveis de ambas as partes. A comunidade internacional acompanha de perto, com a esperança de que o Cairo seja o ponto de virada em um dos conflitos mais prolongados e devastadores do século.

Botafogo mostra fraquezas evidentes após derrota para o Internacional

Em nova apresentação abaixo do esperado, o Botafogo foi derrotado pelo Internacional por 2 a 0, demonstrando mais uma vez sua dificuldade de adaptação a variações de jogo. Sob comando de Davide Ancelotti, o time parece preso ao plano inicial, sem conseguir reagir quando as circunstâncias mudam — como gramado pesado ou adversário se ajustando. A falta de alternativas e criatividade torna-se cada vez mais visível, aumentando a pressão para o clássico contra o Flamengo no Nilton Santos.

Desempenho que oscila com o cenário

Desde o apito inicial, o Glorioso encara desafios visíveis: com o campo encharcado pela chuva no primeiro tempo, o jogo se torna mais físico, favorecendo quem impõe ritmo e força. Após o intervalo, com o campo mais seco e condições mais favoráveis, o Internacional soube explorar melhor os espaços, enquanto o Botafogo perdeu fluidez. O time alvinegro não soube mudar sua postura ofensiva, confiou demais nas jogadas aéreas e nos itens de bola parada, e viu sua produção ofensiva minguar conforme o rival se ajustava.

Além disso, quando se exige versatilidade — seja para variar o sistema de ataque ou usar peças com mobilidade — as substituições parecem não surtir efeito. As entradas não reverteram o controle do jogo pelo adversário, e a equipe permaneceu previsível. Isso fica claro quando, em vez de circulação de bola, surgem desencontros entre os atletas e lacunas nos setores intermediários, onde normalmente o Botafogo costuma fazer a ligação entre defesa e ataque.


Santiago Rodriguez durante o jogo contra o Internacional (Foto: reprodução/Instagram/@botafogo)

Cobrança por soluções imediatas

A diretoria já reconhece que o clássico com o Flamengo será decisivo para aliviar a insatisfação da torcida. Ancelotti está com tempo curto para corrigir erros. Mais do que consertar falhas defensivas, será preciso criatividade para criar chances e ajustar o time à adversidade. Jogadores experientes terão de dar respostas, os reservas devem mostrar que podem corresponder e as escolhas do banco terão peso fundamental. Se nada mudar, o Botafogo corre o risco de permanecer estacionado em resultados medíocres, mesmo com talento disponível.

Derrota para o Bahia evidencia falhas no planejamento do Flamengo

O Flamengo viveu mais um tropeço preocupante ao perder por 1 a 0 para o Bahia, neste domingo (6), na Arena Fonte Nova. O gol de Willian José decretou a derrota rubro-negra. A partida evidenciou fragilidades no planejamento do clube: suspensões, opções limitadas para o banco e decisões táticas questionáveis deixaram o time vulnerável. As falhas ficam ainda mais visíveis em um momento em que o Mengão busca retomar fôlego na competição.

Expulsões e decisão precoce

O Bahia abriu o placar e aproveitou a vantagem numérica logo cedo, quando o Flamengo sofreu com decisões da arbitragem que geraram expulsões. O zagueiro foi expulso aos 13 minutos, comprometendo toda a estrutura tática rubro-negra. Com um jogador a menos, o Flamengo precisou recuar e perdeu força ofensiva, abrindo espaço para o Bahia controlar o ritmo e explorar as laterais com tranquilidade.


Emerson Royal durante o jogo contra o Bahia (Foto: reprodução/Instagram/@flamengo)

A necessidade de improvisações ficou clara com o uso de jovens pouco testados na defesa. O técnico precisou lançar jogadores que estavam fora de ritmo para cobrir as ausências por suspensão. A deficiência na organização do elenco fez com que o Flamengo dependesse de escolhas emergenciais, muitas vezes sem respaldo. Essas decisões mostram que, mais do que talentos, o clube precisa reforçar seu elenco e corrigir desequilíbrios estruturais.

Pressão para reagir

Com a derrota, o Flamengo acende um alerta dentro e fora de campo. A pressão da torcida cresce a cada rodada, especialmente diante da falta de regularidade e das decisões questionáveis da comissão técnica. A diretoria, por sua vez, é cobrada por reforços mais estratégicos e por uma reestruturação que vá além das contratações pontuais. O time alterna boas atuações com apresentações apagadas, muito pela ausência de um planejamento sólido.

Nos bastidores, o clima é de cobrança intensa. A sequência de resultados negativos ameaça o ambiente do elenco, e o técnico precisa encontrar rapidamente alternativas para equilibrar o sistema tático. Cada partida passa a ser uma prova de resistência e superação, visando evitar que a temporada, marcada por altos investimentos, se transforme em um novo capítulo de frustrações. O Flamengo ainda tem potencial para reagir, mas precisa unir elenco, diretoria e comissão técnica em torno de um único propósito: reencontrar o futebol que o torcedor espera e manter viva a disputa pelo topo do Brasileirão.

59 casos de intoxicação por metanol mobilizam Ministério da Saúde

O Brasil já soma 59 notificações de intoxicação por metanol, segundo dados oficiais, e o Ministério da Saúde iniciou medidas emergenciais para lidar com o surto. A ação inclui fortalecimento do estoque de etanol farmacêutico, ativação de sala de situação nacional e esforços inéditos para garantir antídotos como o fomepizol. A meta é acelerar o combate ao envenenamento decorrente do consumo de bebidas adulteradas.

Surto e distribuição de casos

Das 59 notificações, 53 foram registradas em São Paulo — 11 casos confirmados e 42 em investigação — além de cinco casos suspeitos em Pernambuco e um no Distrito Federal. Há ao menos um óbito confirmado e sete mortes ainda sob análise, segundo o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS).

Como resposta, o Ministério estruturou um estoque emergencial de 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico em hospitais universitários e unidades do SUS. Também foi solicitada ao Sistema Pan-Americano de Saúde uma doação de 100 tratamentos com fomepizol, medicamento ainda não produzido no Brasil. A agência reguladora já abriu chamada internacional para identificar fornecedores do antídoto.


Metanol (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed) 

Medidas estratégicas e alertas à população

Foi instalada uma Sala de Situação para monitorar casos e coordenar ações entre órgãos federais, estaduais e municipais. Só nesta sala atuam representantes da Saúde, Anvisa, vigilâncias estaduais e Secretarias de Saúde.

Como medida preventiva, o Ministério recomenda cautela ao consumir bebidas alcoólicas de procedência duvidosa, evitar destilados desconhecidos e observar lacres, rótulos e origem. A pasta também reforça que bares, distribuidores e fabricantes devem estar atentos às fiscalizações e colaborar no rastreamento de produtos suspeitos. Além disso, orienta que profissionais de saúde façam notificações imediatas de casos suspeitos, mesmo antes da confirmação laboratorial, já que o diagnóstico rápido é fundamental para salvar vidas. A população deve procurar atendimento médico imediato em casos de sintomas como dor de cabeça intensa, visão turva, náusea ou dificuldade respiratória, sinais típicos de intoxicação por metanol.

Lula celebra isenção de IR até R$ 5 mil aprovada pela Câmara

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou nesta quinta-feira (2) a aprovação pela Câmara dos Deputados da proposta que isenta cidadãos com renda mensal de até R$ 5 mil do Imposto de Renda. Segundo Lula, a medida corrige uma distorção histórica no sistema tributário brasileiro, beneficiando milhões de pessoas que vinham sendo penalizadas por impostos elevados sem reajuste da faixa de isenção. Agora, o texto seguirá para análise no Senado.

Unanimidade e impacto social

A proposta foi aprovada por unanimidade pelos deputados presentes — um indicativo da força política da medida. De acordo com o governo, a isenção beneficiará diretamente cerca de 10 milhões de brasileiros que deixarão de pagar IR. Outros 5 milhões terão redução da carga tributária por conta de desconto progressivo para rendimentos entre R$ 5.000 e R$ 7.350. Lula destacou que, mesmo com essas mudanças, a arrecadação não será comprometida, pois haverá compensações tributárias para as faixas mais elevadas de renda.

O relator da proposta, deputado Arthur Lira (PP-AL), manteve trechos que ampliam a base de renda sujeita a tributação e também dispositivos para tributar lucros e dividendos de altos rendimentos. A previsão é que o custo fiscal da medida chegue a R$ 25,8 bilhões em 2026, mas o governo aposta que a compensação será feita com a taxação dos super-ricos.


presidente lula falando sobre a isenção do IR (Vídeo: reprodução/Instagram/@lulaoficial)

Crítica à estrutura tributária atual

Lula avaliou que a regra anterior era injusta porque, entre 2016 e 2022, a faixa de isenção não sofreu reajuste, fazendo com que muitos trabalhadores caíssem na tributação mesmo sem aumento real dos salários. “A aprovação da isenção do Imposto de Renda … corrige uma grande injustiça com trabalhadoras e trabalhadores brasileiros”, afirmou.

O presidente também comentou que o foco do governo é garantir justiça fiscal e aliviar a carga tributária sobre quem mais precisa. Ele classificou a votação como um passo estrutural para uma reforma tributária mais ampla, que precisa englobar também tributação sobre consumo e riqueza.

Caminho para o Senado e desafios futuros

Depois de passar pela Câmara, o projeto segue para o Senado, onde poderá sofrer alterações ou acolher emendas. Parlamentares defensores da justiça tributária já sinalizam apoio, mas também há críticas de setores que argumentam que a compensação da renúncia fiscal pode não ser suficiente.

Se aprovado pela casa legislativa e sancionado, o texto entrará em vigor em 2026. A expectativa é que a medida alivie o bolso de milhões de brasileiros e reformule parte do sistema tributário, diminuindo desigualdades e promovendo mais justiça fiscal no país.

Suspensões complicam Botafogo e aumentam pressão sobre equipe

O Botafogo vive momento crítico no Brasileirão às vésperas de confrontos decisivos. Suspensões se acumulam por acúmulo de cartões e expulsões, ameaçando a escalação ideal do time em jogos-chave. O técnico Davide Ancelotti reconhece que essas ausências pesam, mas reforça que o elenco precisa manter concentração e resiliência para reagir.

Desfalques por suspensão erguem desafio tático

Segundo o técnico, os desfalques já deixaram marcas — não só físicas, mas emocionais. Ele falou em “gestão da frustração” após partidas em que o Botafogo teve de lidar com decisões de arbitragem desfavoráveis, mas que não podem se tornar desculpas permanentes. Para Ancelotti, é natural que exista desgaste quando atletas importantes ficam de fora, mas esse cenário precisa ser encarado com maturidade e estratégia. O treinador acredita que a consistência mental do grupo será determinante para evitar que a sequência de suspensões comprometa o rendimento coletivo. Além disso, ele ressaltou a importância de líderes dentro de campo assumirem maior protagonismo nesse momento, ajudando a manter o foco e a competitividade do elenco.

O treinador reforça que a temporada ainda está aberta e que a recuperação depende da disciplina dentro de campo. Para ele, controlar os ânimos e evitar suspensões desnecessárias será tão importante quanto treinar jogadas e manter o ritmo físico. Se conseguir equilibrar esses fatores, o Botafogo pode transformar a crise em aprendizado e voltar a brigar entre os primeiros colocados.


Técnico Davide Ancelotti (Foto: Reprodução/Instagram @foto_vitorsilva)

Ancelotti reconhece impacto emocional, mas cobra reação

Segundo o técnico, os desfalques já deixaram marcas — não só físicas, mas emocionais. Ele falou em “gestão da frustração” após partidas em que o Botafogo teve de lidar com decisões de arbitragem desfavoráveis, mas que não podem se tornar desculpas permanentes. Ancelotti solicita que o grupo se ajuste, valorize o que está à disposição e mantenha ambição nos próximos jogos.

O treinador reforça que a temporada ainda está aberta e que a recuperação depende da disciplina dentro de campo. Para ele, controlar os ânimos e evitar suspensões desnecessárias será tão importante quanto treinar jogadas e manter o ritmo físico. Se conseguir equilibrar esses fatores, o Botafogo pode transformar a crise em aprendizado e voltar a brigar entre os primeiros colocados.

São Paulo tem chance de afastar crise e mira retorno ao G6

Após eliminação na Libertadores, o São Paulo vive momento de pressão. O clube tem a oportunidade de afastar um cenário de crise no Morumbi e se aproximar da zona que leva à próxima Copa Libertadores ao enfrentar o Ceará em casa. A partida desta segunda é vista como passo fundamental para devolver confiança à torcida e voltar à disputa por uma vaga no G6.

Desafio no Morumbi e reação esperada

O Tricolor paulista encara um momento delicado. A derrota recente para a LDU, na fase continental, acendeu o alerta no Morumbi e provocou insatisfação entre torcedores e imprensa. Agora, o foco volta-se ao Brasileirão: o time precisa reagir imediatamente para não deixar que a crise se agrave em casa. Vencer o Ceará se tornou quase que uma obrigação, especialmente para manter Hernán Crespo e o elenco com o moral elevado.

Com 35 pontos conquistados em 24 rodadas, o São Paulo ocupa posição intermediária na tabela, distante do G6, que está a poucos pontos de diferença. O triunfo sobre o Ceará pode colocar o clube a apenas dois pontos do grupo de elite, especialmente se as equipes que disputam a vaga tropeçarem.


Lucas Moura, jogador do São Paulo FC (Foto: reprodução/Instagram/@lucasmoura7)

Mudança de foco e estratégia ofensiva

A pressão por resultado traz ansiedade, mas resta fé na força do Morumbi como trunfo. Historicamente, o estádio é palco de viradas e atuações inspiradas. Crespo sabe da necessidade de acertar em casa: abordar o adversário com postura agressiva e segura será fundamental para evitar tropeços.

Além disso, o rival enfrenta um tabu: o Ceará não vence o São Paulo em jogos na capital paulista desde 2015. Essa sequência negativa para o visitante pode ser fator psicológico a favor dos donos da casa, que buscam usar a atmosfera do Morumbi para crescer no jogo.

Brasil perde chances de transplantes por recusa familiar em 45% dos casos

O Ministério da Saúde divulgou novos dados que acendem um alerta sobre a doação de órgãos no Brasil: quase metade das famílias ainda se recusa a autorizar o procedimento após a morte de um parente. O cenário revela entraves culturais e emocionais que desafiam o sistema de saúde e colocam em risco a vida de milhares de pessoas que aguardam na fila por um transplante. Especialistas destacam que o diálogo familiar e a conscientização são fundamentais para reverter esse quadro e salvar vidas.

Recusa familiar ainda é principal obstáculo

De acordo com o levantamento, 45% das famílias brasileiras recusam a doação de órgãos de parentes falecidos, índice que representa um dos principais obstáculos para ampliar o número de transplantes no país. Atualmente, mais de 80 mil pessoas aguardam por um órgão, muitas em situação crítica de saúde. Fatores emocionais, crenças religiosas e a falta de informação são citados como razões mais comuns para a negativa, mesmo diante da relevância social e humanitária do gesto.

Além disso, a recusa familiar compromete o planejamento e a logística do sistema de transplantes, que possui equipes especializadas e centros de referência distribuídos pelo país. Segundo o Ministério da Saúde, mesmo com infraestrutura adequada, a negativa impede que órgãos viáveis sejam utilizados, prolongando a espera de pacientes e aumentando o risco de óbitos entre aqueles que dependem de um transplante.

Campanhas e ações para ampliar a doação

Para enfrentar esse desafio, o ministério lançou uma série de campanhas de conscientização, com foco em incentivar que as pessoas expressem em vida seu desejo de ser doador. Também foi criada a Política Nacional de Doação e Transplantes (PNDT), que inclui incentivos para equipes hospitalares que atuam no delicado momento do diálogo com familiares de possíveis doadores.


Foto ilustrativa de uma sala de cirurgia (Foto: reprodução/shapecharge/Getty Imagens Embed)

Entre as ações, destaca-se o Programa Nacional de Qualidade na Doação de Órgãos e Tecidos (PRODOT), que premia equipes hospitalares que atingem metas de desempenho e confiabilidade no processo de doação. Além disso, a pasta trabalha em parceria com veículos de comunicação, redes sociais e organizações comunitárias para disseminar informações corretas sobre os benefícios e procedimentos da doação.

Impacto humano e social

O efeito da recusa familiar vai além das estatísticas: milhares de pessoas aguardando órgãos enfrentam risco constante de morte ou complicações graves. Especialistas enfatizam que a educação em saúde e o incentivo à conversa antecipada sobre a vontade de doar são essenciais para transformar a realidade do país e garantir que mais vidas sejam salvas.