STF condena Mauro Cid por 2 anos em regime aberto

Mauro Cid era ex-ajudante de ordens no governo de Jair Bolsonaro e optou por colaborar nas investigações em troca de redução da pena e benefícios

12 set, 2025
O tenente-coronel Mauro Cid no STF | Reprodução/Ton Molina/STF
O tenente-coronel Mauro Cid no STF | Reprodução/Ton Molina/STF

Mauro Cid atualmente é um tenente-coronel da ativa do Exército brasileiro e foi condenado hoje (11/09) pelos mesmos cinco crimes de Bolsonaro, mas teve uma pena bem diferente e reduzida por ser beneficiado por uma delação premiada. Cid entregou Bolsonaro e seus aliados pelos crimes de tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

Condenação de Mauro Cid foi reduzida


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Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro (Foto: Reprodução/Evaristo Sá/AFP/Getty Images Embed)

O STF definiu na data de hoje, (11/09) que Mauro Cid cumprirá dois anos de prisão, em regime aberto, por colaborar com as investigações, em troca de delação premiada, ele contou o que sabia sobre reuniões, planos e documentos que colocavam o nome de Bolsonaro e de seus aliados em um plano golpista, as informações foram confirmadas e usadas como provas por Moraes no processo contra os réus, onde foram apreendidos registros e mensagens  para impedir a posse do então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. Cid era ajudante de ordens no governo de Bolsonaro, era o braço direito do ex-presidente, e estava disponível 24 horas por dia para ajudá-lo.

Cid e outras acusações

Mauro Cid também foi acusado de fazer saques nos cartões corporativos da presidência da República, e em sua delação premiada, ele confessou que os gastos feitos por motociatas, em apoio ao governo de Bolsonaro, foram financiadas por esses cartões ilegalmente. Cid também foi acusado de tentar tirar as joias sauditas que foram detidas no Aeroporto de Guarulhos em São Paulo, por serem declaradas à Receita Federal como item pessoal, as isentando de impostos, mas depois em depoimento disse que as joias eram para o acervo de patrimônio público de Jair Bolsonaro. Cid também acumula em seu currículo acusações de ataque hacker ao STF e envolvimento com milícias digitais, em que ele espalhava fake news na pandemia que a vacina da Covid-19 teria relação com o vírus do HIV, (Aids) disseminando notícias falsas durante esse período conturbado na história do Brasil.

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