Avião de chefe da UE tem sistema de GPS desativado no ar

Pilotos do voo fizeram a aterrizagem utilizando mapas de papel; Rússia é principal suspeita da interferência para a presidente da Comissão Europeia

01 set, 2025
Ursula von der Leyen | Reprodução/X/@cpt340
Ursula von der Leyen | Reprodução/X/@cpt340

Na tarde deste domingo (31/08), o avião que transportava a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sofreu uma interferência a caminho da Bulgária devido a um bloqueio de sinal. Segundo uma porta-voz da União Europeia, há suspeita de envolvimento da Rússia no caso. Kremlin nega envolvimento.

A ocorrência

Segundo o jornal britânico ”Financial Times”, a aeronave que levava von der Leyen perdeu o contato dos sistemas eletrônicos de navegação enquanto se aproximava do acesso para o aeroporto de Plovdiv. Os pilotos então tiverem que aterrissar utilizando mapas de papel após uma hora circulando o local, conseguindo então, um pouso seguro.

O bloqueio do acesso ao sinal de GPS foi confirmado pela porta-voz da Comissão Europeia, Arianna Podestà, que afirmou também que as autoridades búlgaras suspeitam de que o ocorrido se deu após uma interferência ”descarada” de Moscou.



Uma autoridade do aeroporto búlgaro classificou a interferência como ”inegável”, em declaração ao ”Financial Times”.

Não seria a primeira vez

Os relatos envolvendo bloqueio de GPS aumentaram consideravelmente desde que os debates sobre a Guerra na Ucrânia foram ficando ainda mais  acalorados em solo europeu. Segundo Podestà em coletiva de imprensa, os países da União Europeia já estão ”acostumados com ameaças e intimidações da Rússia” e descreve  o comportamento do presidente russo Vladimir Putin como ”hostil”. A porta-voz acrescentou também que o incidente reforça a ”guerra híbrida” promovida pela Rússia contra os europeus e a necessidade de reforço na segurança europeia.

Justamente sobre o assunto

Ursula von der Leyen se encontra na Bulgária, após ter estado na Polônia, já que a mesma se encontra em uma série de viagens pelos países da UE que possuem fronteiras com a Rússia e a Bielorrússia, as visitam possuem como objetivo a discussão de questões relacionadas à segurança e defesa dos países contra ameaças russas, visando aumentar o preparo destes, que temem que Putin não queira limitar os planos no território ucraniano.

Kremlin nega envolvimento

Apesar da Rússia ainda não ter se pronunciado oficialmente, o porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov procurou o ”Financial Times” para responder à acusação, descrevendo as informações divulgadas como ”incorretas”.

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