Rômulo Thiago e William Lopes: A nova geração de empreendedores que está redefinindo o varejo óptico no norte do Brasil

Em um país onde o empreendedorismo costuma nascer nos grandes centros, dois jovens empresários decidiram provar que o sucesso também pode surgir do Norte. Rômulo Thiago e William Lopes, sócios e cofundadores da Mabe, transformaram o que era um sonho ousado em um dos maiores fenômenos de crescimento e impacto humano do varejo óptico brasileiro.

A Mabe é uma rede de óticas de marca própria que se consolidou em três estados do Norte, com 13 unidades em operação e uma cultura empresarial que se tornou referência em formação de pessoas e expansão sustentável. Em apenas três anos, os dois construíram uma marca sólida, admirada por sua eficiência, propósito e capacidade de gerar oportunidades em um território desafiador.

A decisão que mudou tudo

A história de Rômulo e William começou em São Paulo, no centro do mercado óptico nacional. Ali, os dois aprenderam os processos, entenderam o comportamento do consumidor e desenvolveram uma base técnica e estratégica. Mas algo sempre os inquietava: a vontade de criar algo próprio, com identidade e propósito.

Foi essa inquietação que os levou a tomar uma das decisões mais corajosas de suas vidas — deixar o conforto e a estrutura de São Paulo para iniciar uma operação no Norte do país. O destino escolhido foi Belém do Pará, uma região onde a mão de obra qualificada era escassa e o mercado ainda engatinhava em termos de profissionalização.

O que para muitos parecia uma aposta arriscada, para eles era uma oportunidade única de fazer diferente.

Construindo um negócio com propósito

Sem profissionais prontos no mercado, Rômulo e William decidiram formar os seus. Assim nasceu a Academia Mabe, um programa interno de capacitação que prepara pessoas sem experiência para atuar no setor óptico. Cada colaborador passa por um processo completo de formação, que inclui aprendizado técnico, desenvolvimento comportamental e imersão cultural.

Essa filosofia se tornou o coração da empresa. Hoje, cada loja da Mabe é resultado de um processo de formação e liderança que começa dentro da própria companhia. O sucesso da marca está diretamente ligado à forma como seus fundadores enxergam o capital humano: como o principal ativo de crescimento e transformação.

Cultura e tecnologia caminhando juntas

Com uma cultura sólida e uma visão moderna de negócios, Rômulo e William transformaram a Mabe em uma empresa que une humanização, tecnologia e alta performance.

A dupla investiu na digitalização de processos, com ferramentas de automação, atendimento via WhatsApp Business e sistemas de gestão integrados que otimizam desde o controle operacional até a experiência do cliente.

Essa combinação entre eficiência tecnológica e proximidade humana criou um modelo único, capaz de competir com grandes redes mesmo em um cenário regional. A Mabe se tornou uma empresa que cresce sem perder sua essência, expandindo de forma consistente, sempre com um olhar atento às pessoas e à cultura que as forma.

Liderança que inspira e transforma

O legado que Rômulo e William estão construindo vai além das óticas. Eles provaram que é possível formar lideranças locais, gerar emprego, transferir conhecimento e transformar comunidades através do empreendedorismo.

Muitos dos atuais gestores da Mabe começaram como trainees e, com o tempo, assumiram cargos estratégicos, liderando equipes inteiras. Esse modelo de crescimento interno fortaleceu a cultura e criou um ecossistema de aprendizado contínuo que impulsiona a marca.

O norte como símbolo de força e inovação

A Mabe nasceu com um propósito claro: mostrar que o Norte do Brasil tem talento, tem visão e tem condições de ser protagonista no cenário nacional. A cada nova loja, os sócios reafirmam a missão de levar qualidade, acessibilidade e oportunidades para regiões onde antes poucos acreditavam ser possível construir algo tão grande.

Hoje, a Mabe representa muito mais do que uma rede de óticas. Representa a força de dois empreendedores que decidiram desafiar as estatísticas e criar um movimento de transformação. Rômulo Thiago e William Lopes estão inspirando uma nova geração de empresários que acreditam que o sucesso não tem endereço fixo, ele nasce onde há propósito, método e coragem para fazer diferente.

Um legado em construção

Para Rômulo e William, cada loja inaugurada é mais do que uma conquista comercial: é um novo capítulo de uma história de superação e impacto. Cada colaborador formado é uma vitória compartilhada. Cada cliente atendido é a confirmação de que escolheram o caminho certo.

Eles acreditam que o verdadeiro crescimento vem da soma entre visão e execução, e é exatamente isso que tem guiado sua jornada. A Mabe é, hoje, um símbolo de transformação no Norte do país e seus fundadores são a prova viva de que o empreendedorismo pode ser o motor de desenvolvimento humano e social em qualquer região do Brasil.

Robôs à frente: área da robótica recebe altos investimentos

O futuro da robótica deixou de ser uma cena de ficção científica. Em poucos anos, máquinas inteligentes estarão movimentando um mercado estimado em US$ 100 bilhões até 2030, um avanço que promete transformar a economia mundial e o modo como vivemos e trabalhamos.

A projeção, feita por consultorias de inovação e indústria, reflete um fenômeno já visível: a integração cada vez maior entre robótica, inteligência artificial e automação em setores que vão da manufatura à saúde.

A nova era das máquinas inteligentes

Se antes os robôs estavam confinados a linhas de produção, hoje eles já se espalham por hospitais, armazéns, escritórios e até residências. A tendência é clara: os robôs estão se tornando colaboradores, não substitutos.


Imagem da empresa que fabrica robôs inteligentes (Foto: reprodução/x/@unitreerobotics)

Nos centros logísticos, por exemplo, robôs autônomos percorrem galpões inteiros sem intervenção humana, otimizando entregas e reduzindo custos. Em hospitais, braços robóticos realizam cirurgias de altíssima precisão, guiados por médicos e algoritmos de IA. E no ambiente doméstico, aspiradores e assistentes inteligentes já são uma prévia do que vem por aí.

Os motores dessa revolução

Três forças impulsionam o avanço global da robótica:

Demanda por produtividade: com escassez de mão de obra e pressão por eficiência, empresas buscam automação em larga escala; Barateamento da tecnologia: sensores, câmeras e chips ficaram mais acessíveis, permitindo robôs menores e mais versáteis; Integração com IA: robôs deixaram de executar tarefas repetitivas para aprender, adaptar-se e tomar decisões autônomas.

Esses fatores combinados criam um cenário de expansão sem precedentes. Especialistas acreditam que, até o fim da década, veremos uma “segunda revolução industrial digital”, com robôs atuando lado a lado com humanos em quase todos os setores.

Desafios no caminho

Apesar do otimismo, o avanço da robótica enfrenta barreiras importantes. O alto custo inicial, a resistência cultural e a falta de qualificação técnica ainda impedem uma adoção mais ampla, principalmente em países em desenvolvimento.

Além disso, há o debate ético: como equilibrar automação e emprego? A resposta parece estar na colaboração homem-máquina, em vez da substituição pura e simples. Robôs executam tarefas pesadas ou repetitivas, enquanto humanos assumem papéis estratégicos e criativos.

O papel do Brasil

O Brasil ainda engatinha nessa corrida. Embora a indústria nacional comece a investir em automação, o país está longe da densidade robótica observada em potências como China, Japão e Coreia do Sul.

Por outro lado, isso abre uma oportunidade rara: desenvolver soluções adaptadas à realidade local, robôs mais simples, de menor custo, voltados para pequenas e médias empresas. Startups brasileiras já começam a explorar esse nicho, unindo hardware acessível e software nacional.

Um mercado em transformação

Os próximos anos serão decisivos. À medida que a tecnologia se populariza, robôs deixam de ser luxo industrial e passam a ser infraestrutura básica, como computadores e internet foram um dia.

De fábricas inteligentes a robôs de entrega, o mundo se aproxima de uma era em que máquinas e humanos compartilham o mesmo espaço produtivo, redefinindo não apenas o trabalho, mas também o conceito de eficiência

Cientistas da Paraíba desenvolvem canudo que detecta metanol

Cientistas da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) desenvolveram um dispositivo inovador capaz de identificar a presença de metanol em bebidas alcoólicas adulteradas. O equipamento, semelhante a um canudo comum, consegue detectar a substância em poucos segundos, sem necessidade de reagentes químicos. Com 97% de precisão, o canudo é resultado de uma pesquisa realizada por professores e alunos do Departamento de Química e do Programa de Pós-graduação em Química (PPGQ) da instituição.

O funcionamento do dispositivo é baseado em luz infravermelha, que é projetada sobre a garrafa. Essa luz faz com que as moléculas da bebida vibrem, e o padrão dessas vibrações é analisado por um software capaz de identificar compostos estranhos à composição original, como o metanol ou até o excesso de água em produtos adulterados.

De acordo com o professor David Douglas, coordenador do projeto, a solução é uma alternativa simples, barata e portátil, com potencial de uso tanto em ações de fiscalização quanto na indústria. “A ideia é que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento técnico, possa identificar rapidamente se uma bebida foi adulterada”, explica o pesquisador.

Da bancada ao campo de testes

O desenvolvimento do canudo começou em 2023, e os primeiros resultados foram publicados na revista científica Food Chemistry, onde os pesquisadores apresentaram dados promissores sobre a eficiência da técnica. Após a validação inicial, o projeto avançou para a fase de produção e aplicação prática, com unidades fabricadas pela Fundação Parque Tecnológico de Campina Grande.

Em 2025, o canudo entrou na fase de testes com amostras reais, etapa essencial para validar a segurança e a eficácia da tecnologia antes de sua liberação comercial. Segundo o professor Railson Oliveira, também envolvido na pesquisa, o dispositivo foi projetado para indicar de forma simples se a bebida contém metanol, sem necessidade de medir sua concentração.


Confira detalhes sobre o canudo desenvolvido pela UEPB (Vídeo: Reprodução/Instagram/@uolnoticias)

O kit será feito com canudos descartáveis impregnados com reagente, que mudam de cor em poucos minutos se houver presença de metanol. É um processo rápido, acessível e que pode salvar vidas”, detalha Oliveira.

Impacto nacional e próximos passos

Os pesquisadores da UEPB estão em processo de patentear o modelo e já iniciaram conversas com empresas interessadas em produzir o dispositivo em larga escala. O objetivo é que o produto chegue rapidamente ao mercado, inicialmente para órgãos de vigilância sanitária e, em seguida, a bares, restaurantes e distribuidores de bebidas.

Além do reconhecimento acadêmico, o projeto chamou atenção do governo federal. Representantes da equipe se reuniram recentemente com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e com o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, para apresentar os avanços da pesquisa e discutir estratégias de prevenção à intoxicação por metanol.

Os dados mais recentes do Ministério da Saúde apontam 104 notificações de intoxicação por metanol no Brasil, sendo 47 casos confirmados e 9 mortes registradas. Diante desse cenário, a tecnologia paraibana surge como uma ferramenta essencial de segurança pública, capaz de reduzir os riscos de consumo de bebidas adulteradas e proteger a população de tragédias evitáveis.

Dubai Internet City: conglomerado tecnológico atrai startups ao redor do mundo

A cidade de Dubai, um dos sete emirados que formam os Emirados Árabes Unidos, tem se destacado ao longo dos anos no que tange à infraestrutura e, agora, no setor de tecnologia. A cidade possui um conglomerado tecnológico formado pelo Grupo Tecom que tem atraído investidores do mundo inteiro, incluindo brasileiros.

A Dubai Internet City (DIC) é um destes dez distritos de negócios localizados na região. O número de empresas estabelecidas aumentou em 10%, com mais de 30 mil profissionais somente no primeiro semestre de 2024. Grandes multinacionais, como a Oracle e o Google, também marcam presença no conglomerado.

Investimento em infraestrutura

No GITEX Global, evento de tecnologia realizado periodicamente em Dubai, o diretor-geral da Dubai Internet City, Ammar Al Malik, disse que o conglomerado realiza investimentos em infraestrutura visando oferecer um ambiente propício para negócios.

O executivo destaca que a diversidade dos distritos é um dos principais diferenciadores da estratégia da cidade. Cada um é projetado para atender a setores específicos, que vão desde tecnologia e mídias até ciências da vida e design. O objetivo do Grupo Tecom é posicionar Dubai entre as três economias urbanas mais influentes do mundo até 2033.


Entrevista de Ammar Al Malik, Diretor Executivo da Dubai Internet City (Vídeo: reprodução/X/@DIC_Community

Como atrair investidores

A Dubai Internet City aposta em zonas francas que oferecem benefícios como incentivos fiscais e licenças simplificadas. Isso significa que, quanto maior for a dedução ou redução de impostos, maior será o investimento e, com isso, a geração de empregos, entre outros fatores.

Graças a esta iniciativa, ocorre a expansão das empresas no local. Isso faz com que Dubai se estabeleça como um dos pilares do futuro econômico e tecnológico da região.

Brasileiros aproveitam oportunidade

Não somente garnes multinacionais têm aproveitado a oportunidade para fazer parte da Dubai Internet City. O conglomerado também abriga brasileiros que resolveram investir pesado em inovação e tecnologia.

A 77 Innovation Labs é um exemplo disso. A empresa foi fundada em fevereiro de 2024 por Raffaela Loffredo e Patrick Carneiro, possuindo filiais em São Paulo e Dubai, e oferece cursos, consultoria e serviços de pré-auditoria em blockchain. Os empresários decidiram seguir para o mundo árabe em virtude do investimento que já existe no local em ecossistemas de blockchain.

Guiada pela sua agenda D33, Dubai pretende duplicar o tamanho da sua economia e posicionar-se entre as três principais cidades globais. O seu objectivo é aumentar o comércio externo do Dubai para mais de 6 biliões de dólares nos próximos 10 anos.

Como o software da AMD garantiu acordo bilionário com OpenAI

O software da AMD foi decisivo para maximizar o desempenho de seus chips e conquistar a confiança da OpenAI. A plataforma permite programar o hardware de forma otimizada e cria fidelidade entre engenheiros, garantindo que a AMD se torne a escolha preferida para operações de inteligência artificial.

Plataformas otimizadas permitem que engenheiros programem e operem o hardware de forma mais eficiente, criando fidelidade ao ecossistema da empresa. Para a OpenAI, isso se traduziu em confiança e rapidez na integração com seus modelos de IA.

Vamsi Boppana, vice-presidente sênior de IA da AMD, afirma que o software foi decisivo para convencer a OpenAI a escolher a empresa: “Olhando para o futuro, cada vez mais será o software que fará a diferença na adoção de nossos chips.”

Parceria multibilionária e 6 gigawatts de computação

O acordo permite que a OpenAI utilize os chips MI450 da AMD para gerar 6 gigawatts de computação, fundamentais para produtos como o ChatGPT. Além disso, a OpenAI poderá adquirir até 10% das ações da AMD, consolidando uma relação estratégica de longo prazo.

A compatibilidade do Triton, linguagem de código aberto da OpenAI, com GPUs AMD, também foi um diferencial, ampliando as possibilidades de execução de modelos de IA fora do ecossistema Nvidia, tradicionalmente dominante.

Parceria bilionária com OpenAI

O acordo permitirá à OpenAI utilizar os chips MI450 da AMD para gerar 6 gigawatts de computação, além de adquirir até 10% das ações da fabricante de semicondutores. A compatibilidade da linguagem de código aberto Triton com GPUs AMD foi fundamental, abrindo caminho para a execução de modelos de IA fora do ecossistema Nvidia.


Parceria promete otimizar os sistemas de IA da OpenAI(Foto: reprodução/Jonathan Raa/NurPhoto/Getty Images)

Estratégia em meio à demanda global

Com a explosão da IA e investimentos bilionários em data centers, a AMD se destaca oferecendo alternativas ao domínio da Nvidia. O software e a colaboração direta com a OpenAI tornam a empresa competitiva na execução de inferência e treinamento de modelos, setores de alta demanda.

Da crise ao protagonismo tecnológico

Sob a liderança de Lisa Su, a AMD passou de uma empresa à beira da falência em 2014 para um player estratégico no mercado de IA, com valor de mercado de US$ 382 bilhões e ações acima de US$ 235. A parceria com a OpenAI consolida sua posição e abre portas para novos negócios na era da inteligência artificial.

Potencial de futuro e inovação contínua

O sucesso com a OpenAI abre portas para novas parcerias e avanços tecnológicos. A experiência adquirida na integração de hardware e software prepara a AMD para desenvolver soluções ainda mais sofisticadas, atendendo à crescente demanda da era da inteligência artificial.

Especialistas do setor acreditam que o modelo da AMD pode redefinir padrões de mercado: fabricantes que investirem em software proprietário terão vantagem competitiva, fidelizando clientes e acelerando a adoção de novas tecnologias.

Usuários reclamam da queda no sistema do Pix

Na manhã desta segunda-feira (29), o sistema de pagamentos instantâneos Pix apresentou instabilidade em diversos bancos brasileiros e deixou usuários sem conseguir fazer transferências ou completar pagamentos. A falha parece ter início por volta das 11h, quando começaram a surgir registros de quedas e interrupções no serviço.

O que aconteceu

Relatos em redes sociais e notificações em plataformas que monitoram falhas, como o Downdetector, apontam que o problema afetou várias instituições ao mesmo tempo. Alguns usuários afirmam que nem conseguem abrir suas carteiras digitais ou iniciar uma transferência, enquanto outros veem mensagens de erro nos aplicativos dos bancos quando tentam usar chave Pix ou pagar contas.


Usuário utilizando o Pix (Foto: reprodução/Shutterstock/SeuDinheiro)

Bancos envolvidos e amplitude do problema

Segundo comentários, clientes de bancos como Nubank, Banco do Brasil, Santander, Inter e Bradesco foram alguns dos mais afetados. A instabilidade não parece concentrada em um banco apenas, mas sim em todo o sistema de pagamentos que depende da infraestrutura do Banco Central, o que sugere que a falha possa estar ao nível de rede ou de comunicação do sistema.

Reações dos usuários

Nas redes sociais, as queixas foram imediatas: muitas pessoas disseram que estavam com compras prontas ou contas para pagar e encontraram erros no Pix. Há registros de pessoas que tiveram constrangimento em filas, lojistas que não puderam fechar vendas, e transferências importantes que ficaram pendentes. Frases como “Pix fora do ar”, “não consigo pagar nada”, “meu banco não entende” foram repetidas em publicações.

Como está sendo resolvido

Por enquanto, não há confirmação pública de um prazo específico para normalização. Alguns usuários relatam que começaram a conseguir usar o sistema novamente por volta do meio-dia, mas o retorno ainda não é uniforme. Instituições bancárias e órgãos responsáveis pelo sistema, como o Banco Central, devem se pronunciar ou já estariam investigando a origem da queda.

Meta lança par de óculos movido por inteligência artificial

A Meta lançou na última quarta-feira (17) o seu mais novo artefato tecnológico, os óculos Meta Ray-Ban Display. O CEO da companhia, Mark Zuckerberg, apresentou o item em sua conferência anual de desenvolvedores, a “Meta Connect”. Os óculos foram desenvolvidos em parceria com as marcas de óculos de sol Ray-Ban e Oakley.

O produto apresenta um display colorido de alta resolução quase que imperceptível dentro da lente e também possui uma câmera de 12 megapixels. Movido por inteligência artificial, permite que o usuário tenha acesso a fotos, mensagens e tudo o que diz respeito à vida digital. O item é similar aos óculos comuns utilizados no dia a dia.

Estratégia da Meta

A empresa tem investido cada vez mais em produtos voltados à inteligência artificial. Para Zuckerberg, trata-se de um “enorme avanço científico”: “Trabalhamos em óculos há mais de 10 anos, e este é um daqueles momentos especiais em que mostramos algo em que investimos grande parte das nossas vidas”, disse.

Analistas afirmam que os óculos inteligentes provavelmente farão mais sucesso do que o projeto Metaverso da empresa, que são mundos virtuais para conectar usuários em ambientes digitais: “Ao contrário dos óculos de realidade virtual , os óculos são um formato prático para o dia a dia”, disse Mike Proulx, vice-presidente e diretor de pesquisa da Forrester.


Evento de lançamento dos óculos Meta Ray-Ban Display em Menlo Park, Califórnia (Foto: reprodução/David Paul Morris/Bloomberg/Getty Images Embed)

Metal Neural Band

Atrelado aos óculos, a Meta lançou a Meta Neural Band, uma pulseira que interpreta os sinais naturais criados pela atividade muscular para navegar pelos recursos dos óculos, permitindo que o usuário realize atividades com movimentos sutis das mãos, sem precisar tocar nos óculos ou pegar o celular.

Com estes movimentos, é possível ler textos curtos, fazer videochamadas ao vivo, ter a Meta AI mostrando respostas para perguntas, tirar e visualizar fotos, ver direções a pé em tempo real, alterar a música e o volume e obter legendas e traduções ao vivo de outros idiomas.

Os óculos funcionam durante 6 horas com uma única carga, e o estojo oferece até 30 horas adicionais de bateria. A pulseira tem carga de bateria com duração de 18 horas e é resistente à água.

Preço

Os óculos Meta Ray-Ban Display estarão disponíveis no mercado a partir do dia 30 de setembro pelo preço de US$ 799. Por hora, as vendas estarão limitadas das lojas Best Buy, LensCrafters, Sunglass Hut e Ray-Ban Stores.

A empresa de Mark Zuckerberg irá expandir o mercado de vendas de seus óculos para Canadá, França, Itália e Reino Unido no início de 2026. Ainda não há previsão de lançamento para o Brasil.

Queda do dólar para R$ 5,29 pode impulsionar investimentos em tecnologia no Brasil

A recente queda do dólar para R$ 5,29 não é apenas resultado da expectativa de corte de juros nos Estados Unidos. O movimento também reflete mudanças estruturais nos cenários econômicos interno e externo, com potencial para mexer diretamente no mercado de tecnologia. Para startups, empresas de software e players de hardware, um dólar mais barato significa custos menores para importação de componentes, maior acesso a capital estrangeiro e maior competitividade no cenário internacional.

Nessa quarta-feira (16), o Federal Reserve (Fed) decidiu o valor da taxa de juros americana. A expectativa é de corte de 0,25 ponto percentual. No mesmo dia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reuniu para deliberar sobre a Selic, que deve ser mantida em 15%. Se o cenário se confirmar, o Brasil se tornará mais atrativo para investidores internacionais, inclusive fundos de venture capital focados em inovação e tecnologia.

Cenário doméstico e oportunidades digitais

Além do fator juros, o enfraquecimento do dólar também está ligado à dinâmica interna da economia. A inflação medida pelo IPCA está em 5,13% e as vendas no varejo caíram 0,3% em julho, segundo o IBGE. Ainda assim, o mercado de trabalho mostra resiliência: a taxa de desemprego atingiu 5,6%, o menor índice desde 2012, com mais de 102 milhões de brasileiros empregados. Esse ambiente, embora desafiador, abre espaço para negócios digitais e plataformas online, que se beneficiam tanto de mão-de-obra disponível quanto de novas demandas do consumidor.


Dólar em baixa pode baratear importações de equipamentos e softwares para o Brasil (Foto: reprodução/Bing Guan/Bloomberg/Getty Images Embed)

Incertezas globais e efeitos no mercado tecnológico

Nos EUA, a inflação está em 2,9%, a maior desde janeiro, em meio a tarifas impostas pelo presidente Donald Trump com  sinais de crescimento mais lento. Esse contexto aumenta a volatilidade cambial e faz com que investidores busquem mercados alternativos para inovação e tecnologia, dentre eles, o Brasil. As tensões políticas, como as críticas de Trump ao presidente do Fed, Jerome Powell, e a tentativa frustrada de demitir a diretora Lisa Cook, adicionam incerteza ao cenário.

Para o setor de tecnologia brasileiro, a combinação de dólar em queda, juros domésticos altos e apetite de capital estrangeiro pode se traduzir em um ciclo positivo de investimentos, aceleração de startups e barateamento de importações de equipamentos e softwares.

 

 

Robôs competem em Olimpíada inédita na China

A cidade de Pequim foi palco da edição inaugural dos Jogos Mundiais de Robôs Humanoides, que reuniu mais de 500 robôs de 280 equipes de 16 países em competições que englobam esportes desde o atletismo ao futebol para provar as habilidades. Apesar da tecnologia futurista, foram as quedas inesperadas e os defeitos que marcaram o evento, isso transformou o torneio em um espetáculo divertido para os espectadores.

Com o show que a tecnologia proporcionou

As competições mostraram tanto avanços quanto limitações que a tecnologia possui. Como em partidas de futebol, que os choques entre robôs geraram cenas cômicas e em provas de corrida que alguns competidores caíram antes mesmo da linha de chegada. Isso fez a plateia reagir com gargalhadas e aplausos, principalmente quando os robôs conseguiam se levantar sozinhos, arrancando admiração por sua capacidade de recuperação aos desafios.

Apesar das falhas, o objetivo dos organizadores foi cumprido, eles conseguiram testar em ambiente real as habilidades de percepção, coordenação e tomada de decisão dos robôs, habilidades que podem ser aplicadas futuramente em indústrias e até em tarefas domésticas.

Investimento bilionário e ambições globais

A China vem consolidando seu protagonismo no setor de robôs. Somente no último ano, o país destinou mais de US$ 20 bilhões para pesquisas em inteligência artificial e robótica. Além disso, Pequim já anunciou a criação de um fundo de 1 trilhão de yuans (cerca de US$ 137 bilhões) para apoiar startups e impulsionar inovações na área.


Competição de futebol entre Robôs (Foto: reprodução/NASA/Handout/Getty Images Embed)

Segundo analistas, o evento também teve caráter estratégico de mostrar ao mundo que a China pretende liderar a corrida global pela robótica. Para especialistas da Morgan Stanley, a grande adesão do público sinaliza que “a inteligência incorporada” começa a se tornar parte do cotidiano chinês.

Próximos passos

As empresas que participaram destacaram o valor científico da competição. Como o time alemão HTWK Robots, que afirmou que eles vieram para competir e ganhar, mas também para aprender. Já companhias como a Booster Robotics ressaltaram que modalidades como o futebol ajudam os robôs a treinar percepção e decisão, fundamentais para aplicações em fábricas e ambientes domésticos.

A primeira edição encerrou-se com a promessa de continuidade. A próxima edição dos World Humanoid Robot Games já está marcada para agosto de 2026, com expectativa de atrair ainda mais equipes e público.

Cientistas descobrem “super-Terra”, com características semelhantes às da Terra a 35 anos-luz

Um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Montreal, no Canadá, revelou a descoberta de um quinto planeta no sistema L 98-59, a apenas 35 anos-luz da Terra. Batizado de L 98-59 f, o novo exoplaneta encontra-se dentro da chamada zona habitável, região onde as condições permitem a existência de água em estado líquido, um dos principais pré-requisitos para a vida humana.

A descoberta, intitulada como uma “super-Terra”, indica que o planeta recebe um nível de radiação semelhante ao que a Terra recebe do Sol. Ele completa sua órbita em torno da estrela central em apenas 23 dias, o que, apesar da curta duração, não impede que tenha uma temperatura compatível com a manutenção de água líquida em sua superfície, dependendo da presença de atmosfera.

Avanço tecnológico e análise de dados de ponta

Diferente de muitas descobertas feitas via trânsito — quando um planeta passa na frente de sua estrela — o L 98-59 f foi identificado por meio da análise de oscilações gravitacionais da estrela, detectadas por instrumentos de alta precisão como Harps e Espresso, do Observatório Europeu do Sul.

Esses dados foram cruzados com medições do satélite TESS, da NASA, e do Telescópio Espacial James Webb, permitindo calcular a massa, o diâmetro e a composição de cinco planetas que orbitam essa estrela anã vermelha. O uso combinado dessas tecnologias marca um avanço significativo na astronomia de exoplanetas, com impacto direto no desenvolvimento de ferramentas de inteligência artificial aplicadas à astrofísica.

Segundo o astrônomo Charles Cadieux, líder da pesquisa, a descoberta reforça a diversidade dos sistemas planetários fora do Sistema Solar. “Encontrar um planeta temperado em um sistema tão compacto destaca a importância de explorar mundos potencialmente habitáveis ao redor de estrelas de baixa massa”, afirmou o cientista em comunicado.


    Quinto planeta teria apenas 35 anos-luz da Terra (Foto: reprodução/JAXA/Michael Benson/Getty Images Embed)

Próximos passos: atmosfera e sinais de vida

O próximo grande desafio é identificar a presença de atmosfera em L 98-59 f. Caso ela exista, o Telescópio James Webb pode identificar os elementos de vapor d’água, dióxido de carbono ou até mesmo compostos orgânicos que possam detectar formas de vida primitiva. Os resultados completos do estudo serão publicados em breve na revista The Astronomical Journal, com expectativas de gerar novos caminhos para a exploração científica e tecnológica do universo.