Lula convida Trump para aniversário e promete “pedacinho de bolo”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado (25), durante um evento público, que convidaria o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para comer um pedaço de bolo em comemoração ao seu aniversário de 80 anos. A declaração, feita em tom bem-humorado, arrancou risos do público presente. Lula completa 80 anos na próxima segunda-feira (27).

Lula provoca risadas ao convidar Trump

Em tom de brincadeira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que convidaria o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para dividir um pedaço de bolo em comemoração ao seu aniversário de 80 anos. A declaração descontraída arrancou risadas do público presente.


Presidente Lula participando da abertura do Fórum Mundial de alimentação (Foto: reprodução/ Instagram/@lulaoficial)

Em tom bem-humorado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o líder americano Donald Trump, “poderia provar um pedaço de bolo”. O comentário foi feito durante conversa com jornalistas, em meio aos preparativos para um possível encontro entre os dois em uma agenda internacional paralela.

O encontro deve ocorrer durante a passagem dos líderes pela Ásia. A possibilidade ganhou destaque após Trump mencionar a reunião em conversa com jornalistas a bordo do Air Force One, a caminho da Malásia.

Até o momento, nem o governo brasileiro, nem a Casa Branca, haviam oficializado o encontro. A expectativa é que Lula e Trump discutam temas econômicos e diplomáticos, incluindo o aumento das tarifas sobre produtos brasileiros e as sanções aplicadas a autoridades do país, entre elas ministros do STF e integrantes do programa Mais Médicos.

Presidente espera que encontro com o Trump aconteça

Durante sua passagem por Kuala Lumpur, na Malásia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manifestou o desejo de se encontrar com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante a cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). O petista afirmou acreditar que o diálogo poderá abrir caminho para superar os impasses diplomáticos e econômicos entre Brasil e Estados Unidos, contribuindo para a resolução de divergências entre os dois países.

Lula afirmou estar confiante em um desfecho positivo nas negociações. Segundo ele, ainda não há condições impostas por nenhuma das partes, mas a intenção é discutir os pontos de divergência de forma aberta. O presidente reforçou que mantém o otimismo e acredita que o diálogo poderá resultar em um entendimento satisfatório para ambos os lados.

O presidente fez a declaração a jornalistas em frente ao hotel em que está hospedado, poucas horas depois de Donald Trump anunciar, durante conversa com a imprensa a bordo do Air Force One, que o encontro deve ocorrer em breve. O líder americano também sinalizou que poderia reconsiderar o aumento das tarifas sobre produtos brasileiros, dependendo das condições negociadas.

Donald Trump respondeu afirmativamente quando questionado sobre a possibilidade de se reunir com Lula, durante entrevista a jornalistas a bordo do avião da Força Aérea americana a caminho da Ásia. Questionado sobre a revisão das tarifas sobre produtos brasileiros, o presidente americano disse que isso poderia ocorrer “nas condições adequadas”.

O encontro, o primeiro entre os líderes desde o aumento de 50% nas tarifas imposto pelos Estados Unidos, será realizado à margem das reuniões da Asean e é encarado por ambos os governos como uma chance de estreitar novamente os laços diplomáticos. Este será o primeiro encontro formal entre Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump desde a posse do presidente americano e o início da crise causada pela sobretaxa de 50% aplicada pelo governo dos EUA sobre produtos brasileiros.

Espera-se que a reunião sirva como uma oportunidade para reconstruir a relação bilateral, abalada desde a imposição do aumento das tarifas. Os líderes vêm aproximando posições desde setembro. Durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, Lula e Trump se encontraram e ressaltaram a boa relação pessoal entre eles.

A expectativa é que esses temas estejam na pauta do encontro. Em entrevista coletiva na Indonésia, o presidente brasileiro confirmou que pretende tratar dos assuntos livremente, sem restrições.

Brasil aguarda críticas a Israel durante a Assembleia Geral da ONU

O governo Lula avalia que cresce a pressão sobre países europeus diante da guerra no Oriente Médio. Para Brasília, já não é viável manter a crítica à Rússia sem também reprovar as ações de Israel. A posição é vista como incoerente no cenário internacional.

Nos dias que antecedem a Assembleia Geral da ONU, que começa na próxima terça-feira (23), em Nova York, vários países anunciaram que reconhecerão oficialmente o Estado Palestino durante o encontro. Entre eles estão membros do G-7, como França e Canadá, além de Portugal e Bélgica.

A expectativa do governo do Brasil

Para o governo brasileiro, essa decisão foi recebida com entusiasmo e aumentou a expectativa de que cerca de 150 dos 193 países da ONU adotem a mesma postura. Fontes em Brasília afirmam que “Israel já é visto como vilão pela comunidade internacional” e que a reunião marcará um momento de forte condenação global ao país.

O Brasil participará, nesta segunda-feira (22), de uma conferência em Nova York sobre a proposta de dois Estados, organizada pela Arábia Saudita em parceria com a França. O presidente francês, Emmanuel Macron, vem conduzindo articulações discretas para angariar apoio de outras nações europeias e também de diferentes continentes à iniciativa.

Segundo uma fonte ligada ao governo Lula, “o que está acontecendo agora confirma o que defendemos desde o início de 2024, posição pela qual o presidente Lula foi bastante criticado. Não haverá consenso na ONU sobre o reconhecimento do Estado Palestino, já que o assunto não avançará no Conselho de Segurança, onde os Estados Unidos devem exercer seu poder de veto. Ainda assim, o termo genocídio deverá ser citado em vários discursos”, afirmou a fonte, ressaltando que nações como Turquia e Indonésia já oficializaram esse reconhecimento.

Segundo a avaliação do governo brasileiro, a intensificação das críticas a Israel é resultado de suas investidas em Gaza e na Cisjordânia. Na visão de Brasília, os países europeus não têm alternativa: se deixarem de condenar Israel, entrarão em contradição com a postura que mantêm em relação à Rússia. Para fontes oficiais, se Moscou é responsabilizada pela guerra na Ucrânia, não há justificativa para tratar Israel de forma diferente. “A narrativa contra a Rússia perderia consistência caso a Europa continuasse a poupar Israel”, destacou uma das fontes.


Lula (Foto: Reprodução/Instagram/@presidenciadobrasil)

Encontro democrático

O presidente Lula participará de vários compromissos em Nova York durante a Assembleia Geral da ONU. A agenda ainda não está totalmente definida, e o volume recorde de pedidos para reuniões bilaterais impossibilita que todos sejam atendidos. Nem mesmo o encontro com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, solicitado pelas autoridades ucranianas, havia sido confirmado até o fim de semana.

Um encontro entre o presidente Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não está previsto. O máximo que pode ocorrer é um aperto de mãos nos corredores da ONU, já que ambos falarão no mesmo dia, Lula, como de costume, será o primeiro, e Trump, o segundo.

O governo brasileiro não tem, neste momento, intenção de se aproximar da Casa Branca, em meio à tensão e às ações comerciais de Trump contra o país. Na quarta-feira, o Brasil, junto com a Espanha, liderará pelo segundo ano seguido um encontro em defesa da democracia e contra os extremismos. Por razões óbvias, o governo Trump não consta da lista de convidados desse grande evento da democracia.

No ano passado, o governo Biden recebeu um convite e, para evitar atritos com o então candidato republicano, enviou funcionários de menor escalão. Convidar Trump, líder da extrema-direita mundial, não faria sentido algum, conforme consenso entre os organizadores do evento da Organização das Nações Unidas.

Sistema de segurança é ampliado para desfile em Brasília

O desfile cívico deste ano será guiado pelo lema “Brasil Soberano”, que marcará toda a programação além de um esquema reforçado para a segurança do presidente e dos cidadãos que participarem.

Reforço na segurança para o 7 de setembro

A proteção ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao Palácio do Planalto foi intensificada para o desfile de 7 de Setembro, em Brasília. Neste ano, ampliaram as medidas previstas no chamado “Plano Escudo”, já que a comemoração ao Dia da Independência acontece em paralelo ao julgamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre a tentativa de golpe.

Desde que as denúncias começaram a ser analisadas na última terça-feira, o GSI mantém cerca de 200 agentes extras, além do efetivo permanente que atua nos palácios presidenciais, todos prontos para qualquer eventualidade. Parte do grupo permanece em pontos próximos ao Palácio do Planalto em regime de alerta. O reforço continuará até o término do julgamento no Supremo, com o dia do desfile sendo considerado um dos momentos mais críticos desse período.

O GSI também monitora duas manifestações programadas para este domingo: uma em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e outra em defesa do presidente Lula. Segundo integrantes do governo, o risco foi classificado como nível amarelo — o mais baixo da escala do “Plano Escudo”, que ainda prevê os níveis laranja e vermelho, dependendo da ameaça identificada.

Durante o desfile, a segurança do presidente contará com drones e sistemas de bloqueio de aeronaves não tripuladas, capazes de neutralizar equipamentos suspeitos. Equipes de contra-snipers estarão espalhadas pela Esplanada para observar qualquer movimentação de atiradores.

A tribuna presidencial onde Lula dividirá espaço com ministros e representantes dos Três Poderes, será submetida a varreduras antiexplosivos e químicas no sábado e ficará sob vigilância contínua do GSI durante a noite. Como antecipado por O GLOBO, Lula convidou ministros do Supremo Tribunal Federal para acompanharem a solenidade do desfile do 7 de setembro.


Lula com boné exaltando a soberania brasileira (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


Programação do desfile em Brasília

A cerimônia terá início com o presidente em carro aberto, marcando o começo do desfile que, neste ano, terá como tema “Brasil Soberano”. O evento está previsto para as 9h e deve durar cerca de duas horas.

As medidas de segurança foram definidas em reuniões entre o GSI, o Comando Militar do Planalto e a Secretaria de Segurança do Distrito Federal. As orientações consideraram o contexto do julgamento da tentativa de golpe no STF e o desfile cívico militar de domingo. Segundo assessores do Planalto, todos os protocolos passaram a seguir critérios mais rigorosos após os ataques de 8 de janeiro.

O tradicional desfile de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, trouxe para a programação deste domingo temas como a defesa da soberania do país e a importância da preservação ambiental.

Milhares de pessoas marcaram presença na celebração cívico militar no Distrito Federal, que teve início por volta das 9h10 com a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que percorreu o trajeto em carro aberto acompanhado da primeira-dama, Janja da Silva.

O governo do Distrito Federal estimava a presença de cerca de 50 mil pessoas na região central para acompanhar o desfile. Embora não tenha sido informado o total de público, entrevistados pela TV Globo relataram dificuldades para encontrar lugar nas arquibancadas.

Este ano, os atos e manifestações — entre eles o tradicional Grito dos Excluídos, que percorreu a Esplanada depois da solenidade oficial — foram direcionados para pontos específicos, a alguns quilômetros de distância da parada militar.

Foram instalados postos de checagem em diversos trechos da Esplanada dos Ministérios. Objetos como hastes, cartazes com conteúdo ofensivo e capacetes não puderam ser levados para a área do desfile.

Lula defende ‘desdolarização’ de negociações que não sejam com os EUA

Em suas declarações mais recentes, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou a ideia de que países como os do bloco BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) devem explorar moedas próprias ou até uma moeda comum para o comércio entre si. A proposta, que ganha força em meio a atritos com os Estados Unidos, não busca eliminar o dólar, mas sim oferecer opções para que o Brasil não fique subordinado à moeda americana, especialmente em negociações com outras nações parceiras.

BRICS como plataforma para a mudança

Lula vê o BRICS como o palco ideal para essa discussão. Em uma entrevista, ele questionou a necessidade de o dólar ser a moeda padrão, afirmando que a regra não foi definida em nenhum fórum global. “Temos direito de negociar, por que não posso negociar com a China com as moedas chinesa e brasileira?“, perguntou.

Ele argumenta que o bloco, que representa uma parte significativa da população e do PIB mundial, tem o “tamanho e a postura” para negociar em pé de igualdade com outras potências. A proposta é vista como uma forma de fortalecer o ‘Sul Global’, promovendo um mundo mais multipolar. Para Lula, a ideia de uma moeda de comércio do BRICS precisa ser “testada“, e ele desafia quem discorda a convencê-lo de que está errado.


Lula fala sobre a relação diplomática com os EUA e criação de moeda do BRICS (Vídeo: reprodução/Youtube/CNN)

Lula acredita que é uma tendência inevitável

Embora a proposta de uma moeda BRICS enfrente ceticismo por parte de economistas e desafios práticos, como a volatilidade das moedas, Lula acredita que a redução da dependência do dólar é uma tendência inevitável e um passo necessário para garantir a autonomia do país em um ambiente geopolítico cada vez mais complexo.

A insistência de Lula na ‘desdolarização’ está diretamente ligada ao cenário de tensões comerciais com os Estados Unidos. O presidente criticou o que considera uma tentativa de usar um assunto político para impor tarifas sobre produtos brasileiros, após ameaças do governo de Donald Trump. Lula ressaltou que o Brasil não é uma “republiqueta” e exige ser respeitado.

Lula diz que não há abertura para negociação e não ligará para Trump

O presidente Lula revelou que não entrou em contato com o presidente americano, Donald Trump, e que não pretende ligar para ele, em conversa com a “Reuters” publicada nesta quarta-feira (6), dia em que o tarifaço sobre exportações brasileiras entrou em vigor. Lula afirma que não vai se humilhar, já que, em meio às declarações, cartas ao governante brasileiro e medidas tomadas, Trump não mencionou a possibilidade de negociações e proferiu mais ameaças.

Declaração de Donald Trump

Na última sexta-feira (1), Donald Trump concedeu uma breve entrevista aos jornalistas e disse que está aberto para conversar com o presidente brasileiro sobre as novas tarifas e qualquer outro assunto relacionado aos dois países. Trump também afirmou que não tem nada contra o Brasil, mas que seus governantes tomam decisões erradas.

“Ele pode falar comigo quando quiser. Vamos ver o que acontece, eu amo o povo brasileiro”, disse Donald Trump.


Presidente americano Donald Trump (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

A declaração aconteceu dias após a assinatura do documento que oficializa as novas tarifas sobre produtos brasileiros, justificadas pelo governo americano como uma respostas as atitudes das autoridades brasileiras que seriam prejudiciais às empresas americanas em solo brasileiro, que fere o direito de liberdade de expressão contra americanos e outros indivíduos fora do Brasil, chegando a citar o jornalista brasileiro João Figueiredo, processado por falas proferidas em terras americanas e as medidas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, decretada na segunda-feira (4).

Diálogo entre os países


Vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, à esquerda, presidente Lula, ao centro, ministro Fernando Haddad, à direita (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Mesmo sem diálogo entre os presidentes do Brasil e dos EUA, autoridades das duas nações estabeleceram contato. O vice-presidente e também ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, já haviam confirmado que estavam conversando com governantes americanos com intuito de criar uma ponte direta entre Lula e Trump e evitar a aplicação das novas tarifas, mas caso não conseguissem um avanço nas negociações, um plano de contingência estava sendo preparado.

DataFolha: Avaliação de Lula permanece estável após tarifaço de Trump

A mais recente pesquisa do instituto Datafolha, divulgada neste sábado (2) pelo jornal Folha de S.Paulo, mostra que a avaliação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) permanece praticamente inalterada em comparação ao levantamento anterior, mesmo após o anúncio do chamado “tarifaço” imposto por Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e atual candidato republicano à presidência.

De acordo com os dados coletados, 29% dos entrevistados classificam a gestão de Lula como ótima ou boa, enquanto 40% a consideram ruim ou péssima. Outros 29% avaliam como regular, e 1% não soube ou não quis responder.

Números semelhantes aos de junho

Na pesquisa anterior, realizada em 12 de junho, os números eram muito próximos: 28% de ótimo e bom, 40% de ruim e péssimo e 31% de regular. Os índices atuais indicam que, mesmo em meio a uma das maiores crises diplomáticas recentes entre Brasil e Estados Unidos, marcada pela imposição de tarifas comerciais por Trump e pelas respostas do governo brasileiro, a percepção dos eleitores brasileiros sobre o governo federal não sofreu grandes alterações.

Pontuações por renda, raça, gênero e região

Com a pesquisa de 2 de agosto, o padrão geral se manteve: aprovação caiu ligeiramente para 29%, rejeição permaneceu em 40% e avaliação regular chegou a 29%. O gráfico se repete: base de apoio limitada, elevada reprovação e escasso movimento de correção ascendente.

O estudo também detalhou a avaliação por perfil demográfico. Entre eleitores com renda entre cinco e dez salários mínimos, 62% consideram a gestão ruim ou péssima. Nas faixas de renda mais elevadas, o índice de rejeição também se mantém alto. O Sul do Brasil registra 51% de reprovação, enquanto o Nordeste continua com índices de aprovação maiores, embora ainda abaixo da meta saudável para o governo.


Governo Lula é reprovado por 40% (Vídeo:Reprodução/Youtube/CNN Brasil)

Além disso, homens, jovens entre 35 e 44 anos e pessoas com ensino superior são os grupos mais críticos. Eleitores negros e pardos exibem avaliação mais equilibrada, com quase empate entre aprovação e reprovação, o que reforça um quadro de polarização social profunda.

Implicações políticas e econômicas

A estabilização em torno dos 29% de aprovação sugere que Lula não rompeu o teto de popularidade que enfrentava desde junho. O episódio do tarifaço imposto pelos EUA parece não ter gerado impacto imediato, apesar de ter provocado tensão diplomática. A percepção pública se mantém resistente a esse tipo de choque.

Historicamente, a aprovação do presidente está abaixo da registrada em mandatos anteriores: em julho de 2009, por exemplo, Lula chegava aos 69% de aprovação. Atualmente, embora esteja à frente de Jair Bolsonaro na fase equivalente (Bolsonaro tinha 24% em julho de 2021), o índice reflete limitações de consolidação política.


Post do Presidente Lula no Instagram (Vídeo:Reprodução/Instagram/@lulaoficial)

Analistas políticos avaliam que a estabilidade nos números pode refletir uma polarização consolidada entre apoiadores e críticos do governo. A resposta de Lula ao pacote de tarifas, marcada por um discurso enfático em defesa da “soberania nacional” e pela tentativa de ampliar seu alcance internacional, não pareceu, até o momento, influenciar significativamente a opinião pública de forma negativa ou positiva.

Metodologia da pesquisa

O Datafolha entrevistou eleitores presencialmente em diferentes regiões do país. A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa também mostra que a divisão de opiniões sobre o governo Lula continua refletindo um cenário político altamente polarizado, com pouco espaço para grandes viradas de opinião no curto prazo.