Lula declara que os traficantes também são vítimas
Presidente do Brasil faz uma fala polêmica, considerando que os traficantes são vítimas dos usuários de drogas e que combater viciados é o “mais viável”
Em uma coletiva de imprensa em Jacarta, na Indonésia, feito nesta sexta-feira (24), o presidente do Brasil, Lula, acabou fazendo uma declaração polêmica ao discursar sobre o combate às drogas. Segundo ele, com suas palavras, os traficantes de drogas “são vítimas dos usuários”, que são “responsáveis por eles”, e que também o jeito “mais fácil e viável”, para o Brasil e Estados Unidos, seria “combater os viciados”. Segundo Luiz Inácio, acrescentou também que os países precisam ter muito cuidado no combate às drogas, trazendo muitas repercussões negativas. A declaração foi feita nesta madrugada.
Motivo da declaração
A razão pela qual acabou levando Lula a essa frase, se deve ao fato das declarações recentes do presidente Donald Trump, onde o americano disse que não há necessidade de uma declaração de guerra para matar os traficantes. Vale lembrar que ambos os presidentes irão se encontrar neste domingo (26).
Declaração polêmica de Lula, sobre as drogas (Vídeo: reprodução/YouTube/@veja)
Reações e repercussão política
A oposição reagiu rapidamente à declaração. Parlamentares afirmaram que o governo relativizou o crime organizado e invertendo “vítimas” e “culpados”. Um deles disse que “para ele, o bandido é vítima e o cidadão de bem é o culpado”. O comentário ganhou destaque nas redes sociais e foi interpretado como enfraquecimento da política de segurança.
Impacto no debate sobre drogas
A declaração relança o debate sobre como o Brasil encara o tráfico e o consumo de drogas. Embora Lula tenha defendido o tratamento de usuários como prioridade, a frase sobre traficantes como vítimas foi vista como redirecionamento de responsabilidades. Especialistas esperam que o governo detalhe como pretende equilibrar repressão ao crime organizado e políticas públicas de saúde.
Pragmatismo e críticas simultâneas
Apesar da polêmica, o presidente reiterou que o Estado brasileiro está empenhado em reduzir o consumo e oferecer acolhimento aos dependentes. No entanto, a escolha das palavras abriu caminho para quem considera que foi uma espécie de retratação da política de combate ao narcotráfico vigente e reforça o risco de que a mensagem seja interpretada como leniente com facções criminosas.
