Governo Trump critica prisão domiciliar de Bolsonaro e repudia ação de Moraes

Decisão de prisão domiciliar de Bolsonaro provoca reação de Trump; governo dos EUA tece duras críticas à atuação de Alexandre de Moraes

05 ago, 2025
Jair Bolsonaro e Donald Trump durante visita à Casa Branca | Reprodução/Pool/Getty Images Embed
Jair Bolsonaro e Donald Trump durante visita à Casa Branca | Reprodução/Pool/Getty Images Embed

Em publicação no X, o órgão responsável em Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos Estados Unidos, se posicionou contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em resposta à decisão que impôs a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, proferida nesta segunda-feira (4).

Publicação destaca o direito de fala

Em postagem na plataforma social X, o órgão do governo de Trump declarou Alexandre de Moraes como um violador de direitos humanos”, que faz uso de organizações brasileiras para “silenciar a oposição e ameaçar a democracia”. A publicação foi além e mencionou a restrição e o direito de defesa de Bolsonaro. “Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!“, acrescenta a publicação.

O post também faz um alerta aos líderes institucionais que demonstrarem apoio ou colaborarem com o decreto. “Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impôs prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que colaborarem ou facilitarem condutas sancionadas”, diz o conteúdo.

O conteúdo foi divulgado em português e inglês, o que tornou a mensagem acessível, contribuindo para um entendimento mais amplo por parte de todos. A Embaixada dos EUA no Brasil repostou o post.


Postagem que critica atuação de Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/X/@WHAAsstSecty)

A decisão de Moraes que gerou críticas

Na segunda-feira (4), Alexandre de Moraes decretou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, ordenou a apreensão de celulares e vedou visitas à casa do ex-presidente. No dia 18 de julho, Alexandre de Moraes havia determinado medidas preventivas em desfavor de Bolsonaro, por vestígios de que o ex-presidente estaria impedindo a ação judicial na qual responde como réu por tentativa de golpe de Estado.

As determinações incluíam a utilização obrigatória de tornozeleira eletrônica e a proibição de saída ao anoitecer e nos finais de semana. Bolsonaro também estava impedido de divulgar conteúdos em suas redes sociais, e usar redes de outras pessoas para divulgar suas publicações.

Segundo Moraes, a decisão pela prisão domiciliar foi tomada após Bolsonaro usar as redes sociais de seus aliados e filhos para compartilhar mensagens, desrespeitando as medidas cautelares e dialogando com outras pessoas investigadas.

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