Trump parabeniza Lula por seu aniversário e elogia reunião com o presidente do Brasil

O presidente dos EUA, Donald Trump, parabenizou o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo seu aniversário de 80 anos, completados nesta segunda-feira (27). Os dois presidentes se reuniram em Kuala Lumpur, capital da Malásia, no último domingo (26).

Durante conversa com repórteres, Trump afirmou que Lula é um homem “vigoroso” e considerou uma “boa reunião” o encontro com o petista, mas mostrou incerteza em relação a um acordo comercial com o Brasil.

Lula é parabenizado

Durante voo a caminho do Japão, nesta segunda-feira, Trump comentou sobre a reunião com Lula, que ocorreu no dia anterior, na 47ª reunião da cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), na Malásia. O republicano aproveitou para desejar feliz aniversário ao presidente brasileiro: “E feliz aniversário. Quero desejar feliz aniversário ao presidente, ok? Hoje é o aniversário dele. Ele é um cara muito vigoroso”, além de mostrar certa incerteza a respeito de um possível acordo com o Brasil.  “Não sei se algo vai acontecer, mas veremos”, afirmou Trump.

O encontro entre os líderes de Brasil e EUA ocorreu após semanas de negociação entre representantes dos governos dos dois países desde quando ambos os presidentes estiveram na Assembleia Geral da ONU, em setembro, em Nova York. A aproximação entre Lula e Trump era vista como improvável, uma vez que o líder norte-americano impôs uma tarifa de 50% a produtos brasileiros como forma de reprovação à atuação da justiça brasileira em relação à investigação contra o ex-presidente, e principal adversário político de Lula, Jair Bolsonaro.


Lula discursa na reunião da Asean, em Kuala Lumpur, capital da Malásia (Foto: reprodução/Arif Kartono/AFP/Getty Images Embed)

Acordo garantido

Em coletiva de imprensa realizada na Malásia, Lula afirmou que o acordo entre Brasil e EUA está garantido, e que ele poderá ser fechado “mais rápido do que qualquer um pensa”.

O presidente brasileiro se mostrou otimista em relação ao acordo de redução da tarifa de 50% imposta ao Brasil por Trump no mês passado, completando que isso será resolvido nos próximos dias.

Trump novamente ameaça taxar a China caso não haja um acordo entre Washington e Pequim

Nesta segunda-feira (20), o presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a ameaçar taxar a China caso o país asiático não entre em um acordo com os EUA. As tarifas, segundo o republicano, podem chegar a 155% a partir de novembro.

Representantes de EUA e China se encontrarão na Coreia do Sul nas próximas semanas visando chegarem a um acordo. Trump também pretende aceitar o convite do governo chinês e viajar ao gigante asiático, no início de 2026.

Trump se mostra insatisfeito com ações da China

Em entrevista à Fox Business Network, na última sexta-feira (17), Donald Trump confirmou que se encontrará com o líder chinês, Xi Jinping, nas próximas semanas. Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, esse encontro poderá ocorrer na Coreia do Sul.

Ainda em entrevista, o republicano afirmou que as tarifas de 100% impostas à China para entrarem em vigor no próximo dia 1 de novembro não são sustentáveis, mas que a postura dos asiáticos, que sempre buscam obter vantagens nas negociações, segundo Trump, foi o fator determinante para a decisão.

Trump ainda utilizou as redes sociais para comentar sobre o tema. Em seu perfil na Truth Social, o republicano afirmou que tomou conhecimento da “carta hostil” enviada ao mundo pelos chineses, em que declaravam que acentuariam o controle sobre os produtos exportados que fabricam. No último dia 10, o presidente norte-americano também cogitou a hipótese de encerrar negócios voltados a óleo de cozinha e outros elementos do comércio com os asiáticos.


Donald Trump e Xi Jinping, presidentes de EUA e China, respectivamente, no congresso de Osaka, em 2019 (Foto: reprodução/ Brendan Smialowski/ AFP/ Getty Images Embed)

Avaliação da China

Na última sexta-feira, a missão chinesa na Organização Mundial do Comércio (OMC) afirmou que os EUA têm enfraquecido a política multilateral por conta de suas decisões tomadas no governo Trump. O comunicado dos asiáticos menciona as decisões de cunho discriminatório, tarifas utilizadas como forma de retaliação, e sanções unilaterais que violam os compromissos assumidos na OMC.

A delegação da China irá avaliar, por meio de um relatório do Ministério do Comércio, o cumprimento de regra dos EUA em 11 áreas. O documento também deve servir como um apelo para que os americanos respeitem as normas da OMC.

Trump confirma conversa com Lula e acredita em boa relação entre Brasil e EUA

O presidente dos EUA, Donald Trump, se mostrou satisfeito com a conversa que teve com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que ocorreu por meio de uma ligação telefônica, nesta segunda-feira (6).

Em uma publicação realizada na rede Truth Social, Trump afirmou que a conversa com Lula foi “muito boa” e acredita na boa relação entre Brasil e EUA.

Uma boa conversa

Em seu perfil nas redes sociais, o presidente norte-americano confirmou que conversou com o chefe de Estado do Brasil por cerca de trinta minutos. A ligação, segundo Trump, teve como tema as relações econômicas e comerciais entre os dois países.

O republicano ainda escreveu que novas discussões poderão ocorrer, e que uma reunião em um futuro próximo é possível, seja no Brasil ou nos EUA. “Nossos países irão muito bem juntos”, disse Trump.


Lula discursa na Assembleia Geral da ONU (Foto: reprodução/Spencer Platt/Getty Images Embed)

Pedidos e possível reunião

Em comunicado emitido na manhã desta segunda-feira, o Palácio do Planalto também confirmou a ligação entre Lula e Trump, seguido com a informação que o presidente brasileiro havia solicitado para o republicano a retirada de 40% de sobretaxa sobre produtos brasileiros, impostas pelo governo americano, além da retirada de sanções contra autoridades judiciais do Brasil.

Na conversa, Lula teria mencionado que o Brasil é um dos três países do G20 que os EUA possui melhor superávit na balança de bens e serviços.

O comunicado do Planalto ainda informou que os líderes mantiveram o mesmo tom amigável que tiveram no encontro presencial na Assembleia Geral da ONU, que ocorreu em Nova York, há duas semanas.

Os líderes de Brasil e EUA ainda discutiram sobre a possibilidade de um encontro presencial ocorrer. Lula teria sugerido que esse encontro pudesse ocorrer na Cúpula da Asean, na Malásia; ou na COP30, que acontecerá em Belém-PA em novembro, convidando Trump para o evento, o que seria a primeira vez que o republicano estaria em solo brasileiro como presidente. O chefe de Estado brasileiro ainda se dispôs a viajar aos EUA.

Xi Jinping pede que países membros do Brics resistam ao protecionismo

Nesta segunda-feira (8), durante discurso na cúpula virtual do Brics, o presidente da China, Xi Jinping, pediu que as nações integrantes do bloco defendam o sistema de multilateral e resistam ao protecionismo.

O líder chinês também incentivou os países do Brics a explorarem suas próprias riquezas e cooperarem entre si em diversas áreas, como tecnologia, economia, e comércio.

Busca por autossuficiência

Durante a cúpula virtual do bloco, o líder chinês afirmou que quanto maior for a proximidade entre os países que integram o Brics, mais resistentes a riscos e desafios externos, estes estarão, além de ganharem mais resultados efetivos ao longo do percurso.

O discurso de Xi Jinping ocorreu em uma reunião convocada pelo presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), uma vez que o Brasil está na presidência rotativa do bloco. O evento pretende discutir a respeito das melhores estratégias possíveis para atuar diante das elevações de tarifas praticadas pelo governo norte-americano.


Xi Jinping em exibição na cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (OCX) em Tianjin, China (Foto: reprodução/Qilai Shen/Bloomberg/Getty Images Embed)

Críticas de Lula

Além de Xi Jinping, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, também discursou durante o evento virtual. Diferente do líder chinês, que não citou diretamente os EUA, o chefe de Estado do Brasil considerou as medidas como uma “chantagem tarifária”, a imposição de tarifas de Donald Trump a produtos importados.

Para Lula, as elevações de taxas dos EUA está sendo normalizada como uma forma de se conquistar mercados e interferir nas questões políticas internas. O petista não limitou as críticas ao governo americano apenas na questão tarifária, como mencionou o fato de tropas americanas serem enviadas ao Mar do Caribe como algo negativo.

Diplomatas brasileiros envolvidos na cúpula disseram em entrevista que estavam surpresos com o fato dos EUA serem criticados por todos os países membros do Brics que foram representados no evento. Os norte-americanos possuem relações estreitas com algumas nações que integram o bloco, como Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.

Brasil e China alinham posição contra medidas tarifárias dos EUA

Brasil e China deram início, nesta segunda-feira (11), a uma nova fase de cooperação estratégica, com foco no desenvolvimento regional, na prevenção de desastres e na ampliação das trocas comerciais, xom atenção especial à Amazônia. A iniciativa marca um passo firme rumo à integração entre os dois países em áreas-chaves para o futuro sustentável.

No mesmo dia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve uma conversa telefônica com o líder chinês Xi Jinping, em meio às tensões comerciais geradas pelas tarifas dos Estados Unidos sob a gestão de Donald Trump. O Planalto confirmou o diálogo, que sinaliza o fortalecimento das relações diplomáticas entre Brasil e China diante do atual cenário global.

Lula e Xi Jinping celebram avanços

Em comunicado oficial, o governo destacou que o encontro, com duração de aproximadamente uma hora, tratou das relações bilaterais e do contexto geopolítico global. Segundo a nota, Brasil e China alinharam posições sobre a importância do G20 e do BRICS na promoção do multilateralismo. 

Os líderes discutiram a parceria estratégica, celebraram avanços nos programas de desenvolvimento e prometeram ampliar a cooperação em áreas como saúde, petróleo e gás, economia digital e satélites”, informou o governo. 

As tarifas norte-americanas e defesa do multilateralismo estiveram no centro da ligação, segundo a mídia estatal chinesa, Xi disse a Lula que Brasil e China podem ser um exemplo de “autossuficiência” e reforçou que é fundamental que todos os países se unam para enfrentar o unilateralismo e o protecionismo, afirmou a agência Xinhua. 


Lula e Xi Jinping estreitam laços em uma nova fase (Foto:Reprodução/Ricardo Stuckert/PR/AgenciaBrasil)

Medidas de reciprocidade visam proteger interesses brasileiros

Nessa segunda-feira, em cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Lula enfatizou que o Brasil precisa manter firme sua soberania e mirar alto, mesmo diante de um cenário internacional cada vez mais desafiador. 

O tema gera controvérsia, pois empresários brasileiros receiam que a aplicação da Lei de Reciprocidade aumente o custo de produtos importados dos EUA ou cause impactos negativos na economia.  Setores econômicos temem que a medida afaste as negociações para reverter as tarifas. Por isso, Lula pediu aos ministérios que avaliem ações pontuais, sem adotar medidas amplas. 

 

Líderes europeus pressionam por inclusão da Ucrânia na cúpula entre Rússia e EUA

No último domingo (10), líderes europeus pressionaram pela inclusão da Ucrânia na reunião entre EUA e Rússia, que ocorre na próxima sexta-feira (15), no Alasca, visando encontrar uma maneira de findar o conflito entre russos e ucranianos, que perdura desde fevereiro de 2022.

Segundo os líderes do velho continente, o futuro da Ucrânia não poderá ser decidido sem o representante do país no encontro desta semana. O embaixador americano na OTAN, Matthew Whitaker, também se diz favorável ao ingresso da nação liderada por Volodymyr Zelensky.

Ucrânia sem convite

Na última sexta-feira (8), o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na Truth Social que se encontraria com o líder russo, Vladimir Putin no próximo dia 15, no Alasca, não dando mais detalhes a respeito da reunião. Entretanto, fontes ligadas ao governo afirmaram que Putin teria oferecido um plano para findar o conflito entre Rússia e Ucrânia, em troca de concessões de territórios de Kiev, capital ucraniana.

De início, não houve nenhuma movimentação para que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, estivesse presente no encontro, o que gerou controversas entre os líderes da União Europeia, que fizeram pressão pela inclusão do país na reunião que poderá definir o seu futuro. A não participação ucraniana no evento gerou certo temor de que um possível acordo prejudicial ao país pudesse ocorrer.

Em resposta, o diplomata americano, Matthew Whitaker, afirmou que é possível que Zelensky possa participar da cúpula, uma vez que não pode haver um acordo entre Rússia e Ucrânia sem que uma das partes não esteja envolvida na conversa.


Último encontro entre Putin e Trump aconteceu em 2019, em Osaka, no Japão (Foto: reprodução/Brendan Smialowski/AFP/Getty Images Embed)

Os parabéns a Trump

No último domingo, líderes europeus, como os presidentes Emmanuel Macron e Alexander Stubb, de França e Finlândia, respectivamente, e os primeiros-ministros Friedrich Merz, da Alemanha, Giorgia Meloni, da Itália, Donald Tusk, da Polônia, Keir Starmer, do Reino Unido, além de Ursula von der Leyen, da Comissão Europeia, emitiram uma nota solicitando que os interesses principais do continente e da Ucrânia sejam preservados nas tratativas diplomáticas com os russos.

Na declaração, os líderes agradecem o trabalho de Donald Trump “para impedir a matança na Ucrânia”, em referência à busca do republicano por tentar chegar a um acordo de paz entre os dois países que estão em guerra desde 2022. Além disso, afirmam que tem ciência de que estão preparados para conceder apoio militar e financeiro à Ucrânia.

Trump diverge de Netanyahu e diz que fome na Faixa de Gaza é real

Após o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarar que não há fome na Faixa de Gaza, o presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira (28), que a escassez de alimentos na região existe e que não é possível dizer o contrário.

A fala do líder dos EUA ocorreu durante um encontro com o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, na Escócia. De acordo com Trump, Israel pode fazer muito pelo acesso a alimentos, tendo muita responsabilidade pelo fluxo de colaboração do tema.

Discursos divergentes

Em uma conferência cristã em Jerusalém no último domingo (27), Netanyahu afirmou que a fome em Gaza inexiste, pois Israel concedeu a liberação de ajuda durante os conflitos ocorrentes na região.

Em contrapartida, Donald Trump afirmou, em reunião que participou na Escócia, que o problema da falta de alimentos para a população da região atingida pelos conflitos entre Israel e Hamas existe, e que os EUA trabalharão com outros países para assistir os habitantes do local, com o fornecimento de produtos para consumo e saneamento.


Palestinos lutando contra a fome nas proximidades da Faixa de Gaza (Foto: reprodução/Alshaer/Anadolu via Getty Images Embed)

Confronto extenso

Após o grupo terrorista Hamas ter lançado um ataque contra Israel, em outubro de 2023, os atingidos dessa ofensiva respondem até os dias atuais com intensos ataques. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, até o dia 13 de julho deste ano, cerca de 58 mil pessoas morreram, e outras 138 mil ficaram feridas, em decorrência dos ataques israelenses na região.

Desse número de vítimas, o ministério não faz distinção entre combatentes do Hamas e civis, mas acredita que a maioria sejam mulheres e crianças. Já Israel afirma que ao menos 20 mil eram integrantes do grupo terrorista.

A população de Gaza caiu de 2,2 milhões para 2,1 milhões de habitantes, do início do confronto até os dias atuais, conforme o Escritório Central de Estatísticas da Palestina. Além das mortes, outras 100 mil palestinos se mudaram da região, o que justifica a diminuição de moradores do local em conflito.

Fontes de Israel também se manifestaram, e afirmam que, em decorrência dos confrontos, cerca de 1.650 pessoas, contando israelenses e estrangeiros, foram mortos 1.200 em 7 de outubro de 2023, dia da ofensiva do Hamas que culminou no conflito atual vigente, e outros 446 soldados que vieram a óbito em Gaza ou na fronteira com Israel.

Porta-voz reage à Lula depois da entrevista à CNN internacional

Em entrevista à CNN americana nesta quinta-feira (17), Lula disse que não quer ser refém dos Estados Unidos. A declaração do presidente do Brasil repercutiu mal na Casa Branca e a porta-voz, Karoline Leavitt, rebateu o discurso de Luiz Inácio Lula da Silva.

Mais cedo, em entrevista à jornalista Chirstiane Amanpour, da TV CNN Americana, Lula foi o entrevistado e, dentre tantas perguntas, o presidente do Brasil, aproveitou o momento para fazer críticas ao presidente norte-americano. Contudo, a repercussão foi grande na casa Branca e logo depois a porta-voz Karoline Leavitt rebateu o presidente do Brasil.

Na entrevista, Lula foi direto aos movimentos de Trump contra as tarifas impostas ao Brasil e avançou dizendo que não quer que o Brasil fique refém dos Estados Unidos. Entretanto, o presidente avançou com outra fala que não foi bem vista pelos aliados do governo Trump. “Donald Trump não foi eleito para ser o Imperador do mundo”, comentou Lula.

Porta-Voz reage à Lula

Logo após a entrevista de Lula, Karoline Leavitt, porta-voz do Governo, reagiu dizendo que Donald Trump não está querendo ser um imperador do mundo, ele é um presidente forte e líder do mundo livre. “O presidente certamente não está tentando ser o imperador do mundo. Ele é um presidente forte dos Estados Unidos da América e também é o líder do mundo livre. E vimos uma grande mudança em todo o globo devido à liderança firme deste presidente”, salientou a porta-voz.


Lula em entrevista a tv CNN internacional (Foto: Reprodução/Intagram/@camanpour)

Karoline Leavitt prosseguiu em outros assuntos criticando as regulações digitais do Brasil, o chamando de fraca, e citando alguns projetos semelhantes como tolerância do país nas questões do desmatamento ilegal fazendo referência ao exemplo dos Estados Unidos que é bem melhor beneficiando agricultores, pecuaristas e fabricantes de modo geral, vendo o Brasil em desvantagem.

Como começou briga das tarifas

Tudo isso deu início na última quarta-feira, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, resolveu taxar o Brasil em 50% nos produtos importados, entendendo que membros do governo, e o STF estão perseguindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, aliado de Donald Trump no Brasil.

Abate de bovinos para os EUA é suspenso após tarifa de 50% de Trump

Grandes empresas como JBS, Marfrig e Minerva Foods suspenderam o abate de bovinos destinados aos Estados Unidos. A medida é uma resposta direta ao anúncio do presidente americano Donald Trump, em 9 de julho, de uma tarifa adicional de 50% sobre todos os produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto. Essa imposição transforma a carne bovina brasileira em um produto inviável para o mercado americano, gerando um efeito dominó que atinge pecuaristas, frigoríficos e, em breve, pode influenciar o bolso do consumidor brasileiro.

A tarifa e seus primeiros efeitos

A decisão de Trump, comunicada por carta ao presidente Lula, é justificada pelo comércio com o Brasil não ser positivo e pela perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). No entanto, dados do Ministério do Desenvolvimento indicam que os EUA têm um superávit comercial com o Brasil desde 2009. A tarifa de 50%, somada aos 26,4% já existentes para volumes acima de 65 mil toneladas, eleva o custo por tonelada da carne para cerca de US$ 8.590, inviabilizando qualquer competitividade.


Estoque de cortes de carne bovina frescos (Foto: reprodução/Getty Images Embed)

A paralisação do abate de gado com destino aos EUA é uma estratégia de sobrevivência. Cerca de 30 mil toneladas de carne bovina estão atualmente em portos ou a caminho dos EUA, e a tarifa pode gerar perdas financeiras maciças caso a exportação ocorra após 1º de agosto. Mato Grosso do Sul, um dos maiores exportadores, sente o impacto de forma aguda, com empresas como Naturafrig redirecionando sua produção para outros mercados, como China, Chile e o próprio Brasil. Segundo Jaime Verruck, secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação de MS, essa realocação rápida é um desafio, já que a carne é um produto perecível.

Perspectivas para a carne brasileira

Os Estados Unidos são o segundo maior comprador de carne bovina brasileira, atrás apenas da China. Em 2024, o mercado americano representou 18,42% das exportações de carne de Mato Grosso do Sul, movimentando US$ 235,5 milhões. A alta demanda americana se deve à redução do rebanho local, impactado por secas, o que tornava a carne brasileira, mais barata, essencial para produtos como hambúrgueres.

A consequência mais visível será o aumento do estoque de carne nos frigoríficos e a inevitável pressão para a queda dos preços no mercado interno. Isso pode beneficiar o consumidor final, mas trará perdas significativas para os pecuaristas, que verão a arroba do boi desvalorizar.

A longo prazo, a saída é buscar a diversificação de mercados, intensificando exportações para a Ásia (China, Japão, Coreia do Sul), Oriente Médio e África. No entanto, a adaptação a novos mercados exige tempo e investimentos em logística e em negociações comerciais, com a concorrência de outros exportadores, como a Austrália, tornando o cenário ainda mais complexo. O governo brasileiro, por sua vez, prioriza o diálogo diplomático para reverter a situação, considerando a Lei da Reciprocidade Econômica apenas como última alternativa, para evitar uma guerra comercial com um parceiro econômico tão relevante.

Governadora de Nova York pede mais segurança a Trump em eventos nos EUA

Nesta segunda-feira (14), a governadora do estado de Nova York, nos EUA, Kathy Hochul, pediu para que o presidente do país, Donald Trump, aumente o poderio defensivo nacional contra possíveis ataques de drones que poderão ocorrer em grandes eventos que serão sediados em solo norte-americano.

Os EUA sediarão a próxima Copa do Mundo, em 2026, com México e Canadá, cuja final do torneio ocorrerá em Nova Jersey, cerca de 20km da cidade de Nova York, no estado governado pela democrata. Além da comemoração do aniversário de 250 anos da nação, Hochul acredita que flotilha de Tail Ships, e o show de fogos de artifício em comemoração ao dia da independência do país, que também acontece em solo nova-iorquino, podem ser alvos de ataques a drone.

Carta a Trump

A governadora do estado localizado no nordeste dos EUA acredita que eventos desse porte poderão ser alvos primários de possíveis ataques externos.

Em carta enviada a Donald Trump nesta segunda-feira (14), Hochul afirmou ser urgente a elaboração de uma estratégia federal que fortaleça significativamente as capacidades de detecção de drones em todo o país, além de prever medidas para mitigar os impactos de possíveis ataques em diferentes níveis.

A integrante do partido Democrata norte-americano ainda afirma que o Governo Federal do país necessita qualificar a proteção em infraestruturas, como os centros populacionais, serviços públicos e ativos militares.

Hochul ainda cita os incidentes ocorridos em 2024, o uso de drones na Guerra entre Rússia e Ucrânia, e em outras regiões ao redor do mundo, como exemplo do que pode ocorrer em seu país futuramente.


 Kathy Hochul discursa à imprensa após os esforços do presidente Trump para acabar com a cobrança de pedágio em Nova York (Foto: reprodução/Alex Kent/Getty Images Embed)

Cuidado redobrado

Donald Trump criou, no mês passado, uma força-tarefa federal com o intuito de aumentar a segurança sobre os céus dos EUA, ampliando assim as restrições em locais sensíveis e fazendo o uso de tecnologia na detenção de drones.

Ainda no mês passado, o diretor do escritório de Políticas de Ciência e Tecnologia da Casa Branca, Michael Kratsios, disse que Trump deseja focar nas ameaças terroristas e o uso indevido de drones no espaço aéreo dos EUA.