Líderes europeus pressionam por inclusão da Ucrânia na cúpula entre Rússia e EUA
Zelensky não havia sido convidado para o encontro entre os líderes russo e americano, que busca encontrar soluções para o fim do conflito na Ucrânia

No último domingo (10), líderes europeus pressionaram pela inclusão da Ucrânia na reunião entre EUA e Rússia, que ocorre na próxima sexta-feira (15), no Alasca, visando encontrar uma maneira de findar o conflito entre russos e ucranianos, que perdura desde fevereiro de 2022.
Segundo os líderes do velho continente, o futuro da Ucrânia não poderá ser decidido sem o representante do país no encontro desta semana. O embaixador americano na OTAN, Matthew Whitaker, também se diz favorável ao ingresso da nação liderada por Volodymyr Zelensky.
Ucrânia sem convite
Na última sexta-feira (8), o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na Truth Social que se encontraria com o líder russo, Vladimir Putin no próximo dia 15, no Alasca, não dando mais detalhes a respeito da reunião. Entretanto, fontes ligadas ao governo afirmaram que Putin teria oferecido um plano para findar o conflito entre Rússia e Ucrânia, em troca de concessões de territórios de Kiev, capital ucraniana.
De início, não houve nenhuma movimentação para que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, estivesse presente no encontro, o que gerou controversas entre os líderes da União Europeia, que fizeram pressão pela inclusão do país na reunião que poderá definir o seu futuro. A não participação ucraniana no evento gerou certo temor de que um possível acordo prejudicial ao país pudesse ocorrer.
Em resposta, o diplomata americano, Matthew Whitaker, afirmou que é possível que Zelensky possa participar da cúpula, uma vez que não pode haver um acordo entre Rússia e Ucrânia sem que uma das partes não esteja envolvida na conversa.
Último encontro entre Putin e Trump aconteceu em 2019, em Osaka, no Japão (Foto: reprodução/Brendan Smialowski/AFP/Getty Images Embed)
Os parabéns a Trump
No último domingo, líderes europeus, como os presidentes Emmanuel Macron e Alexander Stubb, de França e Finlândia, respectivamente, e os primeiros-ministros Friedrich Merz, da Alemanha, Giorgia Meloni, da Itália, Donald Tusk, da Polônia, Keir Starmer, do Reino Unido, além de Ursula von der Leyen, da Comissão Europeia, emitiram uma nota solicitando que os interesses principais do continente e da Ucrânia sejam preservados nas tratativas diplomáticas com os russos.
Na declaração, os líderes agradecem o trabalho de Donald Trump “para impedir a matança na Ucrânia”, em referência à busca do republicano por tentar chegar a um acordo de paz entre os dois países que estão em guerra desde 2022. Além disso, afirmam que tem ciência de que estão preparados para conceder apoio militar e financeiro à Ucrânia.