Juiz federal Randolph Moss revoga proibição de asilo a imigrantes nos EUA

Em uma reviravolta significativa para o campo jurídico e político dos Estados Unidos, o juiz federal Randolph Moss bloqueou a proibição de asilo em situações críticas na fronteira americana. Essa medida, que afetava diretamente as políticas de migração do presidente Donald Trump, levanta questões cruciais acerca da legitimidade e da eficácia das regras de imigração em vigor.

O bloqueio não só representa uma vitória para os direitos dos imigrantes, mas também enfatiza os desafios legais enfrentados por um sistema que tem se esforçado para se adaptar a uma fluidez migratória sem precedentes.

Marco sobre a política da imigração nos EUA

O governo Trump implementou diversos regulamentos que tornaram o processo de asilo cada vez mais restritivo, em muitas ocasiões desconsiderando os apelos de indivíduos que fogem de regimes opressores ou situações de violência. Uma recente decisão judicial representa um marco no debate sobre políticas migratórias e direitos humanos.

O juiz responsável pelo caso considerou que a proibição de concessão de asilo, mesmo em situações em que a vida do solicitante está sob ameaça, além de ineficaz, viola princípios fundamentais dos direitos humanos. Para especialistas, a decisão pode influenciar futuras interpretações legais e políticas públicas voltadas à imigração e ao refúgio.


Decisão judicial pode mudar rumo imigratório e de Trump nos EUA (Foto: reprodução/G1/ Globo.com)

Especialistas em direito internacional consideram a recente decisão judicial sobre as políticas de asilo nos Estados Unidos um possível ponto de inflexão. A sentença suspende a prática de negar proteção a pessoas que enfrentam riscos reais à sua segurança, uma medida que, segundo juristas, contraria normas internacionais.

A decisão também reacende o debate sobre as políticas de imigração adotadas pelo país, especialmente em um cenário posterior à administração Trump, marcada por restrições mais severas. O bloqueio judicial é interpretado como parte de um movimento mais amplo de contestação a essas políticas.

Analistas apontam que o modo como os Estados Unidos tratam aqueles que buscam abrigo e proteção internacional seguirá como pauta recorrente nas próximas deliberações políticas e jurídicas.

Reforma do sistema de imigração nos EUA é acirrada

Mesmo com essa decisão, a luta pela reforma do sistema de imigração nos EUA promete permanecer acirrada. Grupos de defesa dos direitos dos imigrantes e membros do Congresso indicaram que a disputa judicial em torno das políticas de asilo continua longe de ser concluída.


Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Foto: reprodução/G1/Globo.com)


Segundo esses grupos, outras medidas e práticas também precisam ser revisadas para garantir conformidade com os princípios legais e institucionais do país. A decisão recente é vista como um ponto de partida em um processo mais amplo de discussão sobre o tratamento de imigrantes nos Estados Unidos. Novas ações legislativas e judiciais devem ser acompanhadas nos próximos meses, à medida que o tema segue em pauta no debate público e político.

Especialistas apontam que a reavaliação das normas que regem o direito ao asilo representa um desafio contínuo, que envolve não apenas mudanças legais, mas também transformações culturais sobre o papel do país no acolhimento de refugiados diante de crises internacionais.

Irmão de Marília Mendonça pede que cessem ataques contra sua mãe

João Gustavo, irmão da cantora Marília Mendonça, publicou um vídeo em suas redes sociais nesta terça-feira (01) que comoveu os fãs. Ação acontece após a disputa judicial entre a mãe Dona Ruth e o cantor Murilo Huff pela guarda de Léo, filho de Marília e Murilo, que deu vitória para o pai da criança.

Disputa judicial ganha repercussão

Após longas semanas de disputas e até acusações, a justiça de Goiânia decidiu conceder a guarda provisória de Léo para o pai Murilo Huff. A criança tinha guarda compartilhada entre o pai e a vó dona Ruth, ela que cuida de Léo desde a morte de Marília, mas por decisão judicial em audiência realizada na última segunda-feira (30), a guarda ficará com o pai do menino com base no entendimento de que será melhor para preservar a estabilidade emocional e bem-estar de Léo.

Porém, a disputa tem gerado diversos atritos entre dona Ruth e Murilo Huff, nas redes sociais os dois expuseram diversos fatos que seriam motivo da briga pela guarda. O cantor teria dito que motivos dele querer a guarda teria sido descobertas sobre a mãe de Marília Mendonça, mas que ele não podia divulgar por segredo de justiça, já dona Ruth usou seu Instagram para mostrar o cuidado e apego que possui com a criança, inclusive mostrou que menino é bem suprido pelos seus cuidados mesmo com a suposta falta de pagamento de pensão do pai. Murilo quebra silêncio e compartilha todos os gastos que tem com o filho, desmentindo a acusação de não contribuir financeiramente na vida do menino.

Após a vitória de Murilo pela guarda de Léo, João Gustavo faz apelo pela mãe que tem sofrido ataques.


 João Gustavo pede que parem ataques contra a mãe (Foto:reprodução/Instagram/@gustavodveg)

Em lágrimas, o irmão de Marília compartilhou uma publicação e disse que foi a fala mais difícil de sua vida. Nas imagens ele pede para que o público pare de fazer comentários maldosos e negativos à sua mãe que está sofrendo muito com a decisão da justiça. Ele diz no vídeo que dona Ruth “já sofreu muitas perdas, e que eles vêm, durante esses anos, lutando para carregar o legado de Marília Mendonça”. Em um momento do vídeo ele chega a reforçar o cuidado da mãe com a criança desde o falecimento de Marília, e diz que não estão querendo fama ou dinheiro, mas que João só está com medo de onde ataques podem chegar.

O que muda com a decisão da justiça

A assessoria de Murilo Huff informou que por segredo de justiça não pode divulgar nenhuma informação sobre o caso. Em entrevista a revista Quem, o advogado especialista em direito de família, Daniel Blanck, esclareceu algumas dúvidas.

Segundo o advogado, a guarda provisória é uma medida temporária que pode se tornar definitiva ou não no fim do processo. Mas ainda que definida, ela pode ser modificada caso ocorram casos futuros que justifiquem a mudança, mas que o foco é sempre o melhor interesse da criança.

O guardião legal, que agora é Murilo Huff, tem o dever de cumprir com a saúde, educação, documentos e bem-estar da criança.

Justiça define guarda de Léo, filho de Marília Mendonça, em acordo entre Murilo Huff e dona Ruth

Em uma audiência realizada ontem (30), no Fórum Cível de Goiânia, a Justiça decidiu conceder a guarda provisória de Léo, filho da cantora Marília Mendonça, ao pai, o cantor Murilo Huff. A medida foi tomada enquanto o processo de guarda definitiva segue em andamento.

O processo de guarda envolvendo Léo, filho da saudosa cantora Marília Mendonça, ao homologar um acordo entre o pai da criança, o cantor Murilo Huff, e a avó materna, dona Ruth Moreira. A decisão foi tomada com base no entendimento entre as partes e no desejo mútuo de preservar a estabilidade emocional e o melhor interesse de Léo, que hoje tem 4 anos.

Guarda compartilhada e afeto em primeiro lugar

Desde a morte trágica de Marília em 2021, Murilo e dona Ruth se uniram na missão de criar o menino com amor, cuidado e equilíbrio. A convivência harmoniosa entre os dois sempre foi marcada por muito respeito  e isso se refletiu no andamento do processo judicial. Em vez de uma disputa, o que se viu foi um diálogo maduro e acolhedor, com foco total na criança.


Post publicado por Dona Ruth em suas redes sociais| Reprodução/ Instagram/ @donaruthoficial

Justiça decide guarda de Léo em comum acordo entre Murilo Huff e avó materna

Com base em avaliações técnicas e no desejo mútuo de proteger a infância de Léo, a decisão foi homologada pela Vara da Infância e Juventude de Goiânia. Murilo e dona Ruth já vinham dividindo de forma harmoniosa a convivência com o menino desde a perda trágica de Marília.

A medida não é definitiva, mas foi tomada para garantir maior estabilidade à criança enquanto o processo de guarda segue tramitando. Léo vive um momento delicado e, segundo fontes próximas ao caso, o juiz entendeu que o convívio direto com o pai, em uma estrutura já preparada para recebê-lo, traria mais equilíbrio emocional neste momento.

A decisão da Justiça, portanto, não representa uma vitória de um lado ou de outro, mas sim um compromisso com o amor, o cuidado e a memória de Marília. Com isso, Léo segue cercado pelo carinho das duas figuras mais importantes de sua vida o pai e a avó e tendo a chance de crescer em um ambiente seguro, afetuoso e unido.

Decreto sobre greves de Milei é julgado pela justiça da Argentina como inconstitucional

Nesta segunda-feira (30), o decreto do presidente da Argentina, Javier Milei, que limitava o direito à greve em atividades consideradas essenciais, foi julgado pela justiça do país como inconstitucional.

Para diminuir o número de paralisações no país, o presidente argentino optou por aumentar o número de atividades de suma importância e, assim, impedir que essas deixassem de atuar em períodos de greve. O decreto de Milei também criava a categoria de funções de “importância transcendental”, nela estavam inseridas atividades como o transporte, a construção e a alimentação.

Pronunciamento da juíza Moira

Em contrapartida, a juíza Moira Fullana declarou que não houve urgência que justificasse a medida tomada pelo chefe do Poder Executivo argentino, que estaria, com a decisão, adquirindo funções do Legislativo.

Na semana passada, Fullana também suspendeu outra medida do Executivo que limitava um feriado para funcionários públicos nacionais. A justificativa do governo era de que isso tratava-se de um privilégio dado aos trabalhadores do setor público, ideia divergente da que a juíza possuía.

O tribunal suspendeu a efetivação da medida do presidente argentino anteriormente, até julgar o mesmo como inconstitucional nesta segunda-feira, após uma ação movida pela Confederação Geral do Trabalho (CGT). A organização sindical mais influente do país alegou que a decisão de Milei tratava-se de uma violação ao direito de greve concedido pela constituição e aos estatutos do trabalho da Argentina.


Estação de metrô fechada durante greve nacional em Buenos Aires, Argentina (Foto: reprodução/Sarah Pabst/Bloomberg/Getty Images Embed)

Paralisações

Javier Milei já enfrentou três greves contra o ajuste fiscal promovido por seu governo. A última delas ocorreu em abril deste ano, recebendo apoio do sindicato de setores do transporte, trabalhadores das áreas da saúde, educação, bancos e administração pública, além de aposentados. A greve de 24 horas no último dia 9 de abril levou voos, metrôs e trens a terem suas atividades interrompidas.

Mesmo com o número da inflação caindo de 289%, em março de 2024, para 66%, em fevereiro deste ano, muitos argentinos mostraram-se insatisfeitos com as tomadas de decisão do presidente do país. Os ajustes fiscais, segundo comunicado emitido pela Confederação Geral do Trabalho, recaíram sobre os trabalhadores e aposentados, enquanto o setor financeiro teve alta em seus lucros. A organização ainda critica o “desmantelamento do estado”, por provocar o desequilíbrio social no país.

Justiça é procurada por família de Juliana Marins para nova autópsia no Brasil

Os familiares de Juliana Marins, brasileira que faleceu após uma queda em uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia, recorreram à Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro (DPU-RJ) para protocolar, por meio da Justiça, a realização de uma nova autópsia no Brasil.

A solicitação foi enviada à Justiça Federal com o apoio do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), ligado à Prefeitura de Niterói.

Família busca esclarecer morte com nova autópsia

Mariana Marins, irmã de Juliana, compartilhou a informação no perfil criado nas redes sociais para monitorar o caso. Em declaração à CNN, afirmou que a família aguarda uma resposta da Justiça nas próximas horas, mas segue confiante na Justiça brasileira.

De acordo com Mariana, a família deseja uma nova autópsia para compreender melhor o que ocorreu com Juliana. Ela informou que, infelizmente, enfrentaram descaso do início ao fim desde o acidente. Além disso, acrescentou que o objetivo é apenas esclarecer se algo foi negligenciado ou mal interpretado na primeira autópsia.

A autópsia na Indonésia revelou que a causa da morte foi um traumatismo provocado pela queda. O exame ainda está pendente dos resultados dos testes toxicológicos, que podem levar até duas semanas para serem concluídos, embora não existam suspeitas de envenenamento ou a utilização de substâncias.


Família informa sobre a solicitação de uma nova autópsia (Foto: reprodução/Instagram/@resgatejulianamarins)

DPU solicita nova autópsia e aguarda decisão judicial

A Defensoria Pública da União (DPU) confirmou, em nota, que encaminhou uma petição à Justiça Federal para solicitar a realização de uma nova autópsia no corpo de Juliana Marins. O pedido foi protocolado durante o plantão judicial no domingo (29), mas será analisado pelo juízo competente da causa.

O órgão informou que continua acompanhando o caso e aguarda a resposta do Judiciário sobre a petição protocolada.

Dificuldades no traslado do corpo

Em uma postagem, a irmã de Juliana comentou sobre a dificuldade em confirmar o voo do translado do corpo. Ela informou que estão tentando confirmar o transporte de Juliana para o Brasil, para o aeroporto do Galeão, mas a Emirates em Bali ainda não confirmou o voo. Mariana ressaltou que o descaso persiste do início ao fim.

A Prefeitura de Niterói confirmou que utilizou R$ 55 mil para custear o translado do corpo e os trâmites funerários no Brasil. O anúncio feito na quarta-feira (25) também inclui o sepultamento da jovem, que será em sua cidade natal.

Caso Diddy: advogado de defesa minimiza abusos sofridos por Cassie Ventura em declaração final

O advogado de defesa do rapper P. Diddy, Marc Agnifilo, fez as declarações finais nesta sexta-feira (27), no julgamento em que o cantor responde por diversos crimes de violência sexual. Entre as vítimas, a sua ex-namorada e também cantora Cassie Ventura, forçada a se envolver sexualmente com vários homens por anos, enquanto Diddy registrava tudo para servir de chantagem.

Diddy e Cassie viviam “história de amor”

A base da argumentação de Marc durante as quatro horas de sua fala era de que Sean Combs e Cassie Ventura viviam uma “grande história de amor moderna”, e que a relação criminosa, que ele chama de “complicada”, era, na verdade, baseada no amor. O advogado ainda afirmou que Diddy deu a Cassie oportunidades para ela sair da relação, mas que não saiu porque estava “apaixonada por ele”, e que a paixão era mútua.

Apesar disso, Agnifilo reconhece o caso de violência doméstica em 2016, flagrada por câmeras de segurança do hotel, onde Diddy arrastou Cassie pelos cabelos. Sobre a agressão, justificou: “Nós somos responsáveis pela violência doméstica”, mas garantiu que seu cliente não cometeu os crimes de tráfico sexual e extorsão, e que ele vai lutar até a morte para se defender.


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Marc Agnifilo, advogado de defesa de Diddy (Reprodução/Michael M. Santiago/Getty Images Embed)

Ele alegou ainda que o término dos dois em 2018 foi uma “escolha adulta” de Cassie, e que as mensagens trocadas por ambos no dia do término eram lindas e que fariam o júri chorar de emoção.

Sobre as chamadas “freak-offs”, as festas de Diddy regadas a drogas pesadas e sexo, Agnifilo reduziu a um simples “estilo de vida swinger”, e que ambos concordavam em ter relações com múltiplos parceiros, e que todas as relações sexuais eram consentidas por todos os participantes. Sobre os vídeos que Diddy gravava de sua namorada e outras pessoas, o advogado chamou de “pornografia caseira”, e que ele não era o único homem dos Estados Unidos a fazer isso.


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Sean Combs e Cassie Ventura enquanto namoravam (Reprodução/Jeff Vespa/Ethan Miller/Getty Images Embed)

Ventura é uma “gângster”

Marc ainda chamou Ventura de “gângster”, e disse que ela era igual à Diddy. Também mencionou que o caso inteiro não é sobre crime, mas sobre dinheiro, e que Cassie e as outras vítimas querem extorquir Diddy, já que nenhuma delas denunciou à polícia. Marc Agnifilo ainda se referiu ao pedido do processo em US$ 30 milhões, e que Ventura só teria pedido esse valor “porque Sean Combs tem”. No fim, Agnifilo ainda pediu a absolvição da prisão de Diddy, pedindo que a justiça o deixe voltar à sua família.

P. Diddy se recusa a depor e julgamento entra na reta final em Nova York

O rapper e empresário Sean “P. Diddy” Combs está próximo de conhecer o desfecho de um dos julgamentos mais midiáticos dos últimos tempos. O processo federal, em curso em Nova York, teve mais um capítulo decisivo nesta terça-feira (24), quando a promotoria concluiu a apresentação de provas, encerrando uma fase marcada por fortes acusações e mais de 30 testemunhas ouvidas.

Diddy, que responde por crimes como tráfico sexual, extorsão, sequestro e incêndio criminoso, optou por não prestar depoimento, nem apresentar testemunhas de defesa. Segundo o juiz Arun Subramanian, a escolha de não se manifestar foi feita de forma voluntária pelo réu.


Mãe de P.Diddy se dirigindo ao julgamento do filho (Foto: reprodução/John Lamparsk/Getty Imagens Embed)

Fotos e relatos

Entre as provas reunidas pela promotoria estão mensagens de texto, fotos, registros bancários, documentos de hospedagens e depoimentos contundentes, como os da cantora Cassie Ventura e do rapper Kid Cudi.

De acordo com relatos, algumas cenas descritas no tribunal envolviam quartos de hotel completamente destruídos, garrafas de bebida espalhadas, lençóis ensanguentados e vestígios de óleo corporal, elementos usados para ilustrar a suposta brutalidade de encontros sexuais organizados por Diddy.

A acusação afirma que mais de cem pessoas foram vítimas de um esquema criminoso mantido ao longo de anos, com envolvimento de sua equipe pessoal e segurança. A defesa de Diddy afirma que as evidências levantadas pela promotoria são insuficientes e solicita ao juiz do caso para retirar as acusações antes que o júri tome a sua decisão.

Atrasos

O julgamento sofreu alguns atrasos nas últimas semanas devido a contratempos com membros do júri, incluindo um jurado que foi substituído por prestar informações conflitantes e outro que teve problemas de saúde.

Apesar disso, o juiz mantém sua meta de concluir o julgamento até 4 de julho. Com a finalização das etapas de provas, as alegações finais da promotoria e da defesa estão marcadas para quinta-feira (26). Já as deliberações do júri devem começar na segunda-feira (30).

Tribunal nega recurso de Augusto Melo contra impeachment

O presidente afastado do Corinthians, Augusto Melo, voltou a sofrer derrotas judiciais. Nesta quarta-feira (11), foi a vez da Câmara do Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo indeferir o pedido feito por sua defesa, que buscava invalidar a votação do impeachment sofrido pelo Conselho Deliberativo do clube no dia 26 de maio.

Impeachment de Augusto Melo é mantido

A informação inicial, divulgada pelo ge.globo, informa que o despacho realizado por Haroldo de Oliveira Silva, responsável da Seção de Direito Privado, não encontrou indícios de que Augusto Melo teria encontrado dificuldade em achar oportunidades para se defender ao longo do processo de impeachment, que foi posto a votação para o Conselho desde agosto de 2024. Além disso, o recurso extraordinário não poderia ser atribuído à situação do clube. A ação foi conduzida ainda por Ricardo Cury, ex-advogado de Augusto Melo.

Saiba o que diz a defesa do ex-presidente

Em nota publicada nas redes sociais, a equipe de defesa do ex-presidente corinthiano afirmou que o indeferimento da causa era esperado. Os advogados de Augusto estudam no momento qual será o próximo passo a ser tomado, mas não descartam levar o recurso para o Tribunal Regional Federal, e caso seja julgada uma admissibilidade, o julgamento pode ir para o Supremo Tribunal Federal (STF), instância máxima do judiciário brasileiro.


Nota de advogado foi publicada em Stories do presidente afastado (Foto: Reprodução/Instagram/@augustomelooficial)

O trâmite atual é chamado de “agravo de despacho denegatório“. Na nota publicada no Instagram do ex-presidente, os advogados procuraram tranquilizar os apoiadores e dar uma resposta para os torcedores em geral. “A decisão da Presidência do Tribunal de Justiça […], trata-se de um procedimento comum, especialmente em casos em que se entende que os requisitos formais não foram preenchidos”, diz trecho.

Apoiadores de Augusto Melo sofrem derrota judicial

Desde a saída de Ricardo Cury, no dia 2 de junho, a defesa de Augusto Melo é composta por Ricardo Jorge e José Eduardo Cardozo, ex-Ministro da Justiça no governo de Dilma Rousseff. Cury anunciou o fim dos serviços após a invasão de aliados de Augusto ao Parque São Jorge, em 31 de maio, para reconduzi-lo à presidência com uma manobra política.

Na última terça-feira (10), a invasão do Parque São Jorge recebeu atualizações vindas do Tribunal de Justiça de São Paulo, que negou o pedido de uma ação movida pelos apoiadores de Augusto Melo, que ocorre em paralelo, contra Romeu Tuma Júnior (presidente do Conselho Deliberativo), Osmar Stabile (presidente interino) e o próprio Corinthians.
Augusto Melo está afastado de maneira cautelar da presidência desde 26 de maio, quando o Conselho Deliberativo aprovou o impeachment e Osmar Stabile assumiu como presidente interino. A última etapa da destituição ou recondução de Augusto será em dois meses, com a assembleia geral dos associados.

Nego Di e sócio são condenados a mais de 11 anos em regime fechado

O ex BBB 21, influenciador digital e humorista Dilson Alves da Silva Neto – Nego Di, junto ao seu sócio, Anderson Boneti, foram sentenciados a 11 anos e 8 meses de prisão em regime fechado. Além disso, sofreram multa por crimes de estelionato por lesar contra 16 vítimas entre 18 de março e 26 de julho de 2021 em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, mas segundo o inquérito policial pode chegar a mais de 370 crimes. A decisão foi tomada nesta terça-feira (10) pela Justiça do Rio Grande do Sul (RS).

A dupla criminosa vendia smartphones, televisores e aparelhos de ar-condicionado na loja virtual “Tadizuera” bem abaixo do preço de mercado. As vítimas não receberam os produtos comprados ou o reembolso dos valores pagos. A polícia estima um prejuízo superior a R$ 5 milhões.

O caso

Nego Di foi preso em 14 de julho de 2024 e ficou mais de quatro meses na Penitenciária Estadual de Canoas, sendo colocado em liberdade provisória em novembro do mesmo ano. Durante a audiência realizada em outubro, o humorista afirmou à juíza Patrícia Pereira Krebs Tonet, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Canoas e ao Ministerio Público (MP) que planejava pagar as vítimas e resolver a sua situação, destacando ainda que era vítima de seu sócio, Boneti.

Por outro lado, a juíza destaca que o caso foi um “verdadeiro esquema meticulosamente organizado para ludibriar um grande público, auferindo vantagem financeira expressiva, e de lesividade social altíssima, pois focado em pessoas de condição financeira não elevada, em comércio de bens de consumo necessários e que se valeu da credibilidade inconteste de que um dos réus ostentava para retardar a percepção geral de que se tratava de um crime”.

A defesa 

A defesa de Dilson comunicou ao G1 que pretende se manifestar acerca da condenação. Já a advogada de Anderson afirmou que irá recorrer da decisão.


Nego Di e sócio são condenados a 11 anos de prisão por estelionato (Vídeo: reprodução/YouTube/SBTBrasil)

Íntegra da nota da defesa de Boneti:  

“A defesa de Anderson Bonetti informa que irá recorrer da decisão que o manteve em regime fechado sem possibilidade de apelar em liberdade, destacando a violação ao princípio da isonomia. Apenas um dos réus do mesmo processo teve reconhecido o direito de recorrer em liberdade, o que configura, na visão da defesa, tratamento desigual entre partes em situação jurídica semelhante. A defesa também ressalta que a permanência de Bonetti em regime fechado durante o recurso compromete a reparação dos danos às vítimas, já que ele se encontra impossibilitado de exercer sua atividade profissional e, portanto, de reunir recursos financeiros para eventuais indenizações. Manter a prisão, nesse contexto, acaba sendo prejudicial inclusive aos lesados, que ficam privados de qualquer possibilidade concreta de ressarcimento.

Daniela Schneider Couto (OAB/RS 102.466)”

Outro caso com a justiça 

Nego Di, participou do Big Brother Brasil, na edição 2021, como representante do grupo Camarote, sendo o terceiro eliminado do reality com cerca de 98,76% dos votos do público. Antes da condenação, em maio de 2024, ele já havia sofrido sanções judiciais por divulgar fake news em suas redes sociais, incluindo alegações falsas sobre enchentes na região de Canoas. 

Na ocasião, Nego Di declarou que as autoridades estavam impedindo barcos e jet skis de propriedade particular de efetuar operações de resgate na área de Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre, justificando a restrição pela ausência de habilitação dos condutores. Além disso, divulgou imagens de corpos boiando que não estavam relacionados à tragédia em questão, incluindo uma de uma inundação ocorrida no Rio de Janeiro. A decisão do Tribunal de Justiça (TJ), o obrigou a apagar as publicações e o proibiu de fazer afirmações semelhantes sob multa de aproximadamente R$ 100 mil.

Anitta é convidada para falar sobre IA na Câmara

O deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) quer a ajuda de artistas como Anitta e Marisa Monte para discutir a Inteligência Artificial (IA). Nesta segunda-feira (09), ele apresentou um pedido para que elas participem de uma audiência na Câmara.

O objetivo é conversar sobre o Projeto de Lei 2338/2023, que busca criar regras para a IA no Brasil. Um dos pontos mais importantes da proposta são os direitos autorais, que protegem obras de arte, literatura e ciência. A ideia é garantir que a IA seja usada de forma justa, sem prejudicar a criação artística e intelectual.

Saiba o que disse o parlamentar Reginaldo Lopes

“Face aos impactos transformadores da ferramenta tecnológica no setor é imprescindível entender como a cadeia produtiva nacional utiliza e, enxerga a ferramenta com o objetivo de garantir um bom uso da tecnologia, reduzir danos e maximizar a geração de riqueza”, escreveu o parlamentar no documento.

O parlamentar alega que a participação dos convidados terá como ênfase o “entendimento das oportunidades e riscos da tecnologia para o setor, visando aprimorar a regulação“, explicou ele.

Em reunião com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), o ministro Fernando Haddad apresentou, em fevereiro, o marco legal da inteligência artificial como uma das pautas econômicas que precisam avançar no Congresso. O texto foi aprovado no senado Federal no ano passado e aguarda votação na casa.


Deputado do PT fala sobre a AI no Brasil (Reprodução/intagram/@reginaldolopesmg)


Artistas convidados

Abaixo segue uma listagem dos artistas, pesquisadores e advogados convidados pelo petista:

  • Marisa Monte: cantora;
  • Vitor Ido: professor da faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo);
  • Fábio Azevedo: membro da Associação de Dubladores;
  • Sydney Sanches: representante da União Brasileira de Compositores;
  • Victor Drummond ou Glória Pires: membros da IAB (Interartis Brasil);
  • Andressa Papas: representante da Motion Pictures Association;
  • Fabrício Azevedo: representante da Associação Brasileira de Compositores;
  • Roberto Frejat: cantor e ex-integrante da banda Barão Vermelho;
  • Rodrigo Salinas: advogado;
  • Tim Rescala: integrante do Grupo de Articulação Parlamentar Pró-Música;
  • Representante da Mauricio de Sousa Editora
  • Felipe Llerena: presidente da Associação Brasileira da Música Independente;
  • Representante do Ministério da Cultura;
  • Membro da Pró-Música.

Até o momento, nenhum dos artistas convidados se manifestou publicamente sobre a proposta feita pelo deputado do PT. Além do Projeto de Lei 2338/2023, que trata da regulação das redes sociais, também estiveram em pauta a reforma do Imposto de Renda, com destaque para a proposta de isenção para quem recebe até R$ 5 mil mensais.