Shutdown: o que é e quais os impactos para a economia brasileira

Na última quarta-feira (1º), o governo dos Estados Unidos entrou em paralisação de seus principais serviços, ato conhecido como shutdown (“desligar”, em inglês). Isso acontece quando os membros do Congresso não chegam a um acordo para aprovação do orçamento. Com isso, os serviços públicos considerados não-essenciais são paralisados e funcionários ficam tem a remuneração suspensa.

Geralmente, os shutdowns não costumam durar muito tempo – o mais longo teve duração de 30 dias, em 2019. Contudo, o ato pode afetar a economia brasileira caso se prolongue. Especialistas explicam como isso pode acontecer.

O que é

O shutdown é a paralisação de serviços públicos considerados não-essenciais. Assim como ocorre no Brasil, o orçamento precisa ser aprovado pelo parlamento. Porém, nos Estados Unidos, quando oposição e situação não chegam a um consenso antes do início do próximo ano fiscal, o resultado é a paralisação no setor público, onde são mantidos somente funcionários essenciais em departamentos que protegem a vida humana ou a propriedade

A primeira vez em que os Estados Unidos implementaram o shutdown foi em maio de 1980, durante o governo do presidente democrata Jimmy Carter. O motivo foi uma disputa orçamentária entre o Congresso e a Casa Branca, relacionada principalmente ao financiamento de programas do Departamento Federal de Comércio e Justiça. Esse primeiro shutdown durou somente um dia.


O líder da maioria no Senado, o republicano John Thune (Centro), em coletiva de imprensa após o anúncio da paralisação (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed)

Motivos do impasse

O impasse atual versa sobre a lei denominada “One Big Beautiful Bill”. O texto foi aprovado pela Câmara em 19 de setembro, mas acabou rejeitado no Senado. O projeto amplia gastos em defesa e imigração, ao mesmo tempo, em que corta recursos de programas ambientais e outras prioridades democratas.

Na prática, a lei é a expansão de grande parte das medidas da lei “Tax Cuts and Jobs Act” (TCJA) de 2017. O texto inclui a manutenção dos cortes no imposto de renda de pessoas físicas, a ampliação da dedução padrão e um limite maior para a isenção do imposto sobre herança a partir de 2026.

Somado a isso, o texto cria aumentos de investimentos no setor de defesa e controle migratório. Já os gastos em programas sociais, como o Medicaid e o Supplemental Nutrition Assistance Program (SNAP), serão reduzidos, contudo, a medida será implementada somente em 2027, após as eleições de meio mandato.


Democratas protestam em favor de investimentos para o Obamacare (Foto: reprodução/Kevin Dietsch/Getty Images Embed)

Impacto no Brasil

Especialistas estudam o impacto que o atual shutdown pode acarretar a economia brasileira. O principal seria o atraso na divulgação dos indicadores econômicos, que orientam as decisões do banco central americano, como a taxa de juros.

Segundo Renato Nobile, da Buena Vista Capital, as ações atuais do presidente Donald Trump visam a desvalorização proposital do dólar. Com isso, vários bancos estão adquirindo ouro, por não enxergarem mais o dólar como uma moeda tão forte como antes.

Na última quarta-feira (1º), com o anúncio do shutdown, o preço do ouro chegou a marca de US$ 3.895,38 (cerca de R$ 20 mil) a onça (medida padrão de peso para metais).

Segundo Gabriel Mollo, analista de investimentos da Daycoval Corretora, existe a possibilidade de investidores estrangeiros encerrarem suas operações em países emergentes, como o Brasil, por conta da falta de dados para análise de riscos. Já para Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos, o dólar pode se fortalecer e pressionar a inflação interna por meio dos produtos importados.

Alguns investidores, porém, estão no aguardo da reunião entre Trump e Lula, que deve acontecer em breve. Para eles, o encontro tende a reduzir a pressão sobre o dólar e estimular a valorização da bolsa brasileira.

Impasse no Congresso paralisa parcialmente governo americano

O governo dos Estados Unidos entrou em paralisação nesta quarta-feira (1º) depois que o Congresso não conseguiu aprovar um novo projeto de orçamento para manter o financiamento federal. Com isso, parte dos serviços públicos será suspensa, enquanto outros funcionam de forma limitada. Esta é a 15ª paralisação do tipo desde 1981 e tem como ponto central a disputa por programas de assistência à saúde.

A negociação travada entre democratas e republicanos se mostrou complicada. O Partido Democrata condiciona a aprovação do orçamento à extensão de programas de saúde prestes a expirar, enquanto os republicanos, liderados pelo presidente Donald Trump, defendem que a questão do financiamento e da saúde sejam tratadas separadamente. Para os republicanos, a proposta dos democratas seria uma tentativa de pressionar o orçamento a favor de interesses políticos, especialmente com as eleições legislativas de 2026 se aproximando.

Durante o impasse, Trump afirmou que poderia adotar medidas drásticas caso o governo permanecesse paralisado, incluindo demissões em massa de servidores e interrupção de programas ligados aos democratas. A Casa Branca classificou a situação como um “shutdown democrata”, em meio à troca de acusações entre os partidos sobre quem seria responsável pela crise.


  Post da Casa Branca sobre "shutdown" (Foto: reprodução/Instagram/@whitehouse)

Serviços essenciais seguem funcionando

Com a paralisação, serviços essenciais continuam funcionando, como fiscalização de fronteiras, operações de segurança e parte do controle aéreo, mas milhares de servidores serão colocados em licença não remunerada. No setor de transporte, a Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou que 11 mil funcionários serão afastados, enquanto 13 mil controladores de tráfego aéreo permanecerão trabalhando sem salário. A expectativa é que atrasos em aeroportos e voos sejam mais frequentes nos próximos dias.

Impactos econômicos e militares

Parques nacionais, museus federais e pontos turísticos, como a Estátua da Liberdade e o National Mall, poderão ter visitas interrompidas ou serviços limitados. Por outro lado, programas sociais como aposentadorias, benefícios de invalidez e assistência alimentar devem seguir ativos, desde que haja recursos disponíveis. O Serviço Postal também continuará operando normalmente, já que não depende do orçamento aprovado pelo Congresso.

A paralisação ainda deve impactar tribunais federais, a divulgação de dados econômicos e serviços para pequenas empresas. No setor militar, cerca de 2 milhões de soldados permanecerão em seus postos, enquanto mais da metade dos funcionários civis do Pentágono ficará em licença. A crise reforça a vulnerabilidade do governo americano diante de impasses políticos e aumenta a atenção de investidores e cidadãos sobre os próximos passos das negociações.

Cowboys e Packers protagonizam empate eletrizante na NFL

O confronto entre Dallas Cowboys e Green Bay Packers, no domingo (28), foi um espetáculo de tirar o fôlego, terminando em um empate de 40 a 40 após quatro quartos e prorrogação. O jogo, válido pela temporada regular da NFL, foi decidido no último segundo, quando o kicker McManus, dos Packers, acertou um field goal que garantiu a igualdade no placar.

Reviravoltas no placar

A partida, marcada por sete viradas no tempo regulamentar, foi um clássico entre rivais da Conferência Nacional (NFC Leste x NFC Norte). Os Packers começaram dominando, animando a torcida, mas sofreram uma queda de desempenho após um extra point bloqueado no segundo touchdown de Romeo Doubs, no início do segundo quarto.


Brandon McManus (17) chuta o field goal que empatou o jogo na prorrogação (Foto: reprodução/Kevin Jairaj/Green Bay Packers)

A partir daí, o jogo virou uma montanha-russa. Pelos Packers, Doubs brilhou com três touchdowns, enquanto Josh Jacobs marcou dois. Nos Cowboys, o wide receiver George Pickens anotou dois touchdowns, e o quarterback Dak Prescott contribuiu com um TD corrido.

Situação dos times

Com 1 vitória, 1 empate e 2 derrotas, os Cowboys ocupam a terceira posição na NFC Leste, enquanto os Packers, com 2 vitórias, 1 empate e 1 derrota, estão em segundo na NFC Norte. O equilíbrio marcou o confronto, que chegou à prorrogação após um field goal de 53 jardas de McManus, empatando o jogo em 37 a 37. Na prorrogação, Aubrey colocou os Cowboys à frente com outro field goal, mas a defesa de Dallas segurou um passe decisivo dos Packers no último segundo, impedindo o touchdown da vitória.


Romeo Doubs (87) comemora após marcar touchdown contra o Dallas Cowboys (Foto: reprodução/Jerome Miron/Green Bay Packers)

Apesar da campanha sólida dos Packers na prorrogação, que os levou perto da endzone, a tentativa de passe final foi bloqueada. McManus, então, selou o empate com mais um field goal. O jogo, cheio de reviravoltas, marcou o primeiro empate da temporada da NFL, deixando torcedores ansiosos por novos capítulos dessa rivalidade.

Trump ameaça impor tarifa sobre filmes produzidos fora dos Estados Unidos

Após impor tarifaços no Brasil e ameaçar colocar tarifa na Rússia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma publicação recente nesta segunda-feira (29), ameaçando impor uma tarifa de 100% em qualquer filme que seja produzido fora do país, sendo a primeira vez que é imposto uma tarifa sobre um serviço, caso a ameaça seja cumprida. Trump não explicou como a tarifa será promulgada ou quando vai ser.

Motivo da tarifa

A principal razão de Trump começar a impor tarifa nos filmes do exterior, é devido aos países de fora estarem oferecendo incentivos fiscais para atraírem os especialistas do cinema para o exterior. Ele afirma que esse modelo teria “roubado” mercado de Hollywood, prejudicando empregos e a própria identidade cultural dos Estados Unidos. O presidente havia apresentado a tarifa ainda neste ano, em maio, e volta com essa ameaça mais uma vez, deixando Hollywood mais uma vez surpreendido e na sua publicação no Truth Social, Trump acaba destacando que a Califórnia foi afetado por esses incentivos.


Notícia sobre Trump impor a tarifa (Vídeo: reprodução/YouTube/@CNNbrasil)

Impacto para estúdios e indústria global

A proposta causa apreensão em estúdios americanos que dependem de coproduções internacionais, locações externas e mercados estrangeiros para realizar parte do seu faturamento. Muitos filmes modernos envolvem equipes e locações em outros países, elementos que, com a tarifa, passariam a ser penalizados. Preços de ingressos, serviços de streaming e direitos de distribuição poderiam subir, e contratos já fechados com parceiros fora dos EUA ficariam em risco.

Dúvidas sobre implementação

Embora Trump tenha anunciado a intenção, ainda não ficou claro quando a tarifa entrará em vigor nem qual será o mecanismo legal utilizado. Questões chaves permanecem abertas: como definir se um filme é “feito fora dos EUA”, se a tarifa incidirá sobre produção, distribuição ou exibição, e como lidar com filmes com as partes gravadas em diferentes países.

Trump troca foto de Biden por “caneta automática” na Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inaugurou a “Presidential Walk of Fame” (Calçada da Fama Presidencial) na Casa Branca nesta quarta-feira (24). Na nova galeria de retratos presidenciais, Trump colocou uma foto de uma “autopen”, caneta automática usada para assinar documentos, no lugar de uma imagem do antecessor, Joe Biden, acusando-o de fazer uso excessivo do equipamento.

“A Calçada da Fama Presidencial chegou à Colunata da Ala Oeste”, publicou Margo Martin, assistente especial do presidente e assessora de comunicação, no X, acompanhando um vídeo que exibe fotos em preto e branco de presidentes em molduras douradas.

A Casa Branca também divulgou uma imagem de Trump, cujas fotos como 45º e 47º presidente dos Estados Unidos foram colocadas ao lado da de Joe Biden. Em vez de um retrato oficial, o ex-presidente democrata é representado por uma foto da caneta automática, acompanhada da sua assinatura. Trump e aliados no Congresso afirmam que o uso do equipamento fazia parte de um suposto plano para ocultar limitações cognitivas do antecessor.

Pronunciamento de Biden

Na época em que surgiram acusações sobre uma suposta tentativa de esconder deteriorações cognitivas do ex-presidente, Biden refutou as insinuações de Trump em comunicado: “Deixe-me ser claro: eu tomei as decisões durante minha presidência. Tomei decisões sobre perdões, ordens executivas, legislações e proclamações. Qualquer sugestão de que não o fiz é ridícula e falsa.”

Ainda não houve manifestação de Biden ou de sua assessoria sobre a nova exibição.


 Calçada da Fama Presidencial (Foto: reprodução/AFP/SAUL LOEB/Getty Images Embed)

Trump já havia indicado que o retrato de seu antecessor seria substituído por uma imagem da autopen. Em entrevista ao The Daily Caller, ele afirmou que nem todos os presidentes seriam representados da mesma forma e, ao ser questionado sobre Biden, confirmou a decisão: “Vamos colocar uma foto da autopen automática.”

Reformas e mudanças na Casa Branca

O presidente norte-americano fez várias mudanças na decoração da Casa Branca, que tem mais de 200 anos, incluindo a renovação do Salão Oval com ornamentos dourados, a instalação de grandes mastros de bandeira e a construção de um salão de festas de grandes proporções, aparentemente financiado com recursos próprios.

Ele também realizou reformas no Jardim das Rosas da Casa Branca no início do verão, substituindo a grama por mármore e pedras, instalando nova iluminação e caixas de som para eventos. O espaço, em estilo de pátio e inspirado em Mar-a-Lago, foi batizado de “Rose Garden Club”.

O republicano também reposicionou o quadro de Barack Obama e, rompendo com a tradição, passou a exibir vários retratos próprios na Casa Branca. Anteriormente, ele já havia alterado a disposição de retratos de George W. Bush e chegou a substituir o retrato da ex-primeira-dama Hillary Clinton por um de si mesmo.

Trump afirma ter sido sabotado na ONU e exige investigação

Nesta quarta-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fez uma publicação na rede social Truth Social exigindo uma investigação após afirmar ter sofrido uma sabotagem durante a Assembleia Geral da ONU, citando problemas na escada rolante e no teleprompter.

“Uma verdadeira vergonha aconteceu nas Nações Unidas ontem. Não um, não dois, mas três eventos muito sinistros! (…) Isso não foi uma coincidência, foi uma tripla sabotagem na ONU. Eles deveriam ter vergonha. Estou enviando uma cópia desta carta ao secretário-geral e exijo uma investigação imediata. (…) O Serviço Secreto está envolvido”, disse.

Imprevistos durante o evento

Trump esteve na sede da ONU para discursar na Assembleia Geral, acompanhado de Melania e de sua comitiva. Durante o evento, ele afirmou ter enfrentado três falhas técnicas: a escada rolante parou de repente, o teleprompter não funcionou e o som do auditório foi desligado, o que teria impedido os líderes de ouvirem seu discurso.

Em sua fala, o presidente norte-americano mencionou o episódio ao direcionar críticas à ONU: “Acabei com sete guerras, negociei com os líderes desses países e nunca recebi um telefonema das Nações Unidas oferecendo ajuda para finalizar o acordo. Tudo o que recebi das Nações Unidas foi uma escada rolante que, na subida, parou bem no meio.”


Confira o discurso completo de Donald Trump na ONU (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

O presidente descreveu os episódios como uma “sabotagem tripla”, solicitando que a ONU preservasse as imagens das câmeras de segurança e cobrando uma investigação. Ele afirmou que o Serviço Secreto está apurando o caso.

ONU rebate alegações

Em resposta às acusações, a organização se pronunciou esclarecendo os imprevistos. Sobre as falhas no teleprompter — equipamento que projeta o discurso em uma tela para auxiliar o orador —, a ONU informou que ele estava sendo operado pela própria Casa Branca.

O porta-voz Stéphane Dujarric afirmou que a escada rolante parou após o acionamento de um mecanismo de segurança e explicou que o cinegrafista de Trump, ao subir de costas para filmar a chegada com Melania, provavelmente acionou o mecanismo sem querer.

“O mecanismo de segurança é projetado para impedir que pessoas ou objetos sejam acidentalmente presos ou puxados para a engrenagem. O videógrafo pode ter acionado inadvertidamente a função de segurança”, afirma o comunicado.

Sobre a alegação de que o som do auditório estava desligado, as autoridades da ONU afirmaram que o sistema foi projetado para permitir que os delegados ouvissem os discursos traduzidos em seis idiomas por meio de fones de ouvido.

Oracle assume algoritmo do TikTok nos EUA e muda pagamentos da empresa

O TikTok, plataforma que moldou o comportamento digital de uma geração, está prestes a viver uma transformação histórica nos Estados Unidos. Sob pressão política e em meio a tensões geopolíticas, a Oracle se prepara para assumir o controle do algoritmo da rede no território americano em um movimento que pode redesenhar não apenas o futuro do aplicativo, mas também o debate sobre soberania digital.

Um aplicativo dividido em dois mundos

Mais do que uma simples mudança de gestão, a operação cria um cenário inédito: o TikTok passaria a existir em duas versões. A norte-americana, operada sob a tutela da Oracle, com dados armazenados localmente e um algoritmo treinado em território nacional.

E a global, ainda sob domínio da chinesa ByteDance, com foco em outros mercados. Essa “bifurcação digital” abre caminho para um novo modelo de governança das big techs, em que cada país tenta moldar a tecnologia ao seu jeito.

Essa diferença entre as lideranças mundiais e estadunidense, irá impactar muito na distribuição do pagamento para os influenciadores da plataforma.

Entre a segurança e a influência

O argumento oficial para a transição é a segurança nacional, visando evitar que dados de milhões de americanos estejam ao alcance de Pequim. No entanto, a mudança levanta novas dúvidas: se antes havia receio de propaganda chinesa no feed, agora surge o temor de interferência doméstica. Quem garante que o algoritmo, sob administração americana, não se tornará instrumento de poder político ou econômico, isso é algo que não tem como garantir.

Nesse sentido, o TikTok pode se transformar em um campo de disputa não só entre governos, mas também entre empresas e grupos de interesse.

Impacto para criadores e marcas

Enquanto as discussões ocorrem em esferas jurídicas e diplomáticas, os usuários e criadores de conteúdo esperam por estabilidade. Qualquer alteração no funcionamento do algoritmo pode mudar drasticamente o alcance de postagens, a viralização de trends e até a monetização de influenciadores. Marcas, por sua vez, avaliam como adaptar estratégias publicitárias em um ambiente sujeito a mudanças regulatórias e custos adicionais.

Isso deve alterar muitas coisas no futuro dos criadores, pois o TikTok ele pode mudar o rumo dos pagamentos para os influenciadores, por causa do rumo das empresas que vão comandar a rede.

O futuro da plataforma

O destino do TikTok nos EUA dependerá da habilidade das partes envolvidas em conciliar interesses divergentes. Se a transição for bem-sucedida, pode inaugurar um modelo replicável para outras redes sociais em países que buscam maior controle sobre tecnologias estrangeiras. Se fracassar, abre espaço para novos aplicativos competirem nesse mercado bilionário.


Imagem dos logos das duas empresas que agora estão juntas (foto:reprodução/x/@stockstoearn)

No fundo, a disputa pelo TikTok é sintoma de uma questão maior: quem deve ter poder sobre os algoritmos que moldam a opinião pública global? A resposta ainda está em construção, mas uma coisa é certa: o aplicativo de vídeos curtos deixou de ser apenas entretenimento e se tornou peça central em um tabuleiro geopolítico.

Eduardo Bolsonaro faz críticas ao parlamentar Paulinho da Força e menciona a chance de aplicação de punições

Nas redes sociais, o deputado reforçou que não existe espaço para discutir uma anistia total. Ele destacou que o tema não está em pauta de forma absoluta. Segundo ele, a proposta não contempla concessões irrestritas.

A manifestação de Eduardo Bolsonaro nas redes sociais

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) se pronunciou nesta sexta-feira (19) a respeito das declarações de Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que foi designado como relator do Projeto de Lei da Anistia na Câmara.

Nas redes sociais, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a anistia ampla, geral e irrestrita não está em pauta. Ele chamou o acordo sugerido de “vergonhoso e desonroso” e aconselhou Paulinho da Força a agir com prudência para não ser visto como “parceiro de um regime de exceção” associado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).


Reunião de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos (Foto: reprodução/ Instagram/ @bolsonarosp)


Moraes, que conduz no Supremo o processo referente à tentativa de golpe atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pai de Eduardo, foi sancionado pelos Estados Unidos em julho deste ano com base na Lei Magnitsky.

“Deputado Paulinho da Força, devolvo o conselho que me deu sobre pensar com calma. Tenha claro de uma vez por todas: não deixei minha vida no Brasil nem arrisquei tudo para lutar por justiça e liberdade para o meu povo em troca de um acordo desonroso e vergonhoso como o que está sugerindo”, afirmou Eduardo.

Segundo informações, Paulinho, que vai relatar uma versão considerada mais suave do projeto que pretende perdoar os participantes dos atos de 8 de janeiro, sinalizou que deve apresentar um relatório focado na redução de penas, em vez de conceder uma anistia ampla e irrestrita.

“Um conselho de amigo: tenha cuidado para não ser visto como aliado de um regime de exceção, alguém indicado por [Alexandre de] Moraes para enterrar a anistia ampla, geral e irrestrita. Como previsto na lei, qualquer colaborador de um sancionado por violações de direitos humanos está sujeito às mesmas sanções”, afirmou o deputado.

Líder do PL intensifica críticas em novo confronto com Eduardo Bolsonaro.

Valdemar Costa Neto, presidente do PL, disse que Eduardo Bolsonaro, deputado federal do partido, não tem apoio popular e não respeita o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, também filiado à sigla. As declarações aumentam a tensão de um conflito público iniciado na manhã desta sexta-feira (19).

No primeiro embate de declarações, Valdemar disse que Eduardo poderia “comprometer o próprio pai” caso insistisse em contestar a possível indicação de Tarcísio de Freitas (Republicanos) como candidato da direita à presidência em 2026. A declaração foi dada em entrevista a um jornal.

“Ele [Eduardo] tem que seguir, porque os votos que tem são por causa do pai, não dele […] Não consigo acreditar que vá brigar com o próprio pai… Vai acabar prejudicando o pai de vez? Olha a situação que o Bolsonaro está passando… Nossa Senhora”, afirmou o presidente do PL.

Mais tarde, Eduardo respondeu e definiu como “canalhice” a avaliação política feita pelo presidente de seu próprio partido. “Dizer que um filho prejudicaria o pai se não aceitasse as pressões que até seus aliados mais próximos fazem, é uma canalhice que eu não esperava de você, Valdemar“, afirmou em entrevista ao jornal. Ele ainda disse esperar um pedido de desculpas do colega de sigla.

Valdemar, entretanto, manteve a posição e elevou o tom. “Canalhice é xingar o próprio pai e achar que tem votos próprios. Os votos são dele, não seus. Mas, se seu pai te escolher, terá o apoio do partido. Diferente de você, eu respeito muito seu pai“, afirmou sobre a reação de Eduardo. A declaração do presidente do PL também foi publicada pelo jornal.

Eduardo tem indicado que pode deixar o PL se a sigla optar por apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) como o “substituto” de Jair Bolsonaro na eleição do ano que vem. A expectativa é de que ele dispute por outro partido, enfrentando o governador de São Paulo, mesmo com o apoio de Tarcísio pelo ex-presidente.

Senadores dos EUA apresentam projeto para acabar com taxação contra o Brasil

Um projeto apresentado por cinco senadores americanos, sendo um deles do mesmo partido do presidente dos EUA Donald Trump, visa acabar com s tarifas impostas sobre o Brasil.

Após o anúncio de Trump sobre a taxação de produtos importados do Brasil por não concordar com o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e também por alegar que o sistema PIX não favorece os americanos, os senadores americanos alegam que as tarifas podem prejudicar a economia do país.

Declarações sobre a taxação de Trump

O grupo parlamentar também afirma que a atitude de Trump não pode ser validada, já que a justificativa para tal medida não seria legal. O senador republicano Rand Paul classificou a atitude como “perseguição” e afirmou que tal medida deveria ser tomada pelo Congresso, ao invés do presidente.

Chuck Schumer, líder democrata, afirmou que a atitude de Trump foi apenas uma resposta do julgamento de Bolsonaro, onde alegou que a tarifa é “uma clara exploração” e pediu também apoio dos Republicanos do Congresso, para acabar com o que ele classificou como “loucura”.


Senado americano busca acabar com a taxação de Trump sobre o Brasil (Vídeo: reprodução/YouTube/UOL)

Lula tenta acordo com EUA

O presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar sobre a tentativa de acordo com o presidente americano, mas sem sucesso, onde afirmou que Trump não quer diálogo com o Brasil. Mesmo com a negativa de Trump, o presidente brasileiro ainda se mostra disponível para negociar.

Lula também afirma que a taxação foi dada para pressionar a anistia de envolvidos nos ataques de 8 de janeiro de 2023, após aproximação do deputado federal e filho de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA e se aliando com apoiadores do governo americano.

Após a taxação, o Brasil teve que buscar novas alternativas para diminuir o impacto econômico e a criação do Plano Brasil Soberano, que disponibilizou crédito de R$40 bilhões, para apoiar os exportadores brasileiros, além de buscar novos parceiros comerciais, principalmente de países da Ásia,

Censura nos EUA: Trump ameaça anular licenças de TV que foram contra ele

O presidente americano Donald Trump ameaça retirar licenças de TV que foram contra ele na época das eleições de 2024. Mesmo sem provas, Trump afirma que 97% das emissoras de televisão americanas foram contra sua candidatura. A decisão aconteceu após um dia em que o programa de comediante Jimmy Kimmel foi retirado do ar após comentários sobre a morte de Charlie Kirk, apoiador e influenciador pró-Trump. Em uma nota aos repórteres, o presidente afirmou: “Li em algum lugar que as emissoras estavam 97% contra mim novamente, 97% negativas, e mesmo assim eu venci, e com facilidade. Acho que talvez a licença deles devesse ser retirada. Caberá a Brendan Carr decidir”, afirmou.

Presidente de comunicação de Trump comenta caso de comediante

O presidente da comissão de Comunicação de Trump, Benny Show, comentou em um podcast que Jimmy Kimmel é “um sem talento” e fez duras críticas à mídia americana: “Uma licença concedida por nós traz consigo a obrigação de operar no interesse público. (…) Temos uma regra no livro que interpreta um padrão de interesse público que diz que a distorção de notícias é algo proibido. Da mesma forma, temos uma regra que trata de fraudes em transmissões. E assim, novamente, ao longo dos anos, a FCC se absteve de aplicá-la. E não acho que tenha beneficiado ninguém. Basta olhar para a credibilidade dessa mídia tradicional. Ela está completamente destruída”.


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Donald Trump (Foto: reprodução/Win McNamee/Getty Images News)

Trump pede indenização bilionária ao The New York Times

Trump pediu uma multa bilionária de R$ 79 bilhões ao jornal americano “The New York Times” após uma publicação de um livro da editora Penguin e incluiu quatro jornalistas do veículo. O presidente disse em sua rede social Truth Social que o jornal fez publicações mentirosas sobre ele, sua família, seus negócios e sua vida política, e ainda ajudou na campanha afavor de Kamala Harris, candidata que concorreu às eleições americanas junto a Trump em 2024. O jornal “The Wall Street Journal” também foi citado em processos movidos por Trump por revisitar reportagens que ligam o presidente a polêmicas como o caso do abusador de menores, Jeffrey Epstein, em que o jornal mostra relação de amizade que os dois tinham, e ao ser perguntado sobre o caso do estuprador que foi morto em 2019, Trump disse que o caso estava encerrado.