Termina prazo de Trump para fim da guerra na Ucrânia

O prazo dado por Donald Trump para a Rússia encerrar a guerra na Ucrânia chegou ao fim nesta sexta-feira (8), sem avanços nas negociações. O presidente dos Estados Unidos havia ameaçado impor sanções econômicas mais severas e tarifas de até 100% sobre produtos russos caso não fosse alcançado um acordo de paz até a data, mas ainda não está claro como pretende agir diante do impasse.

Impasse diplomático

Embora tenha anunciado no início da semana a intenção de impor novas sanções à Rússia e aos países que continuem comprando sua energia, o presidente adotou um tom mais cauteloso ao avançar nas tratativas para um possível encontro com Vladimir Putin, afirmando que a manutenção do prazo e a aplicação das medidas dependeriam do líder russo.

A tentativa de equilibrar pressão econômica e abertura para negociações diretas evidenciou a incerteza sobre os rumos da guerra na Ucrânia. Embora cada vez mais frustrado com Putin, a quem acusa de agir com duplicidade, Trump busca um acordo de paz e demonstra disposição para ouvi-lo pessoalmente. Até o momento, autoridades americanas afirmam que não há definição sobre formato, data ou local para a possível reunião.

Trump autorizou sua equipe a avançar nos preparativos para uma possível cúpula entre os líderes, que pode ocorrer já na próxima semana, segundo informações da Casa Branca e do Kremlin. A proposta do encontro surgiu durante a reunião entre Putin e Steve Witkoff, enviado especial do presidente dos EUA, na última quarta-feira (6), embora existam divergências sobre quem sugeriu a ideia.


Análise sobre Putin e Trump na crise da Ucrânia (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Trump manifestou o desejo de se encontrar com Putin e chegou a propor um encontro trilateral com Zelensky, mas no dia seguinte deixou claro que não condicionaria a realização da cúpula ao encontro prévio entre os dois líderes.

Sanções secundárias

O presidente norte-americano tem evitado impor novas sanções à Rússia para não afastar Putin das negociações, mas recentemente ameaçou punir tanto Moscou quanto os países que compram sua energia. Na quarta-feira (6), ele anunciou uma tarifa extra de 25% sobre a Índia, segunda maior importadora de energia russa.

Negociações comerciais delicadas continuam com a China, maior importadora de energia russa. Apesar dos avanços, Trump não descartou a possibilidade de aplicar sanções secundárias ao país, mesmo com o risco de afetar o comércio.

Nesta sexta-feira (8), o líder chinês Xi Jinping conversou por telefone com Putin e disse que está feliz em ver a Rússia e os Estados Unidos mantendo diálogo, melhorando suas relações e progredindo na busca de uma solução para a crise na Ucrânia. A ligação foi realizada a pedido do presidente russo.

 

JP Morgan diz que não há possibilidade do fim das tarifas de Trump

O banco JP Morgan criou recentemente o Centro para Geopolítica, cujo objetivo é auxiliar empresas a lidar com a instabilidade econômica global. A instituição divulgou um relatório na última quarta-feira (6), revelando que a possibilidade do retrocesso das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, é praticamente nula, mesmo após o seu mandato.

Conforme publicado no documento, há consenso no setor político americano de que as tarifas são importantes para a economia do país, especialmente no setor industrial. Esse fator faz com que o recuo ao modelo anterior seguido pelos Estados Unidos não seja visto com bons olhos.

Tarifa estabilizada

O Centro de Geopolítica divulgou que o valor das tarifas de importação para os Estados Unidos deve se estabilizar na faixa dos 22%. Um das razões apontadas são os diversos acordos comerciais realizados até o momento.

Com o tarifaço estável, uma reversão ao modelo anterior é tratada como quase que impossível de acontecer. Segundo aponta o documento, “Seria um erro supor que os Estados Unidos retornem a uma era de tarifas baixas e à busca de acordos abrangentes de livre comércio”.

O valor arrecadatório também pesa na decisão de não extinguir o tarifaço no futuro. O JPMorganChase Institute publicou um relatório onde aponta que a implementação das taxas do Liberation Day, anunciadas 2 de abril, chegaria a US$ 187,7 bilhões (o equivalente a R$ 1,02 trilhão)em custos de importação para média-empresas.


Donald Trump comemora início da implementação do tarifaço (Foto: reprodução/Instagram/@whitehouse)

Bilhões de dólares fluindo

Na última quarta-feira (6), Trump anunciou, de modo efusivo, que “bilhões de dólares em tarifas estão agora fluindo para os Estados Unidos da América”. O republicano declarou em postagem no Truth Social. Produtos que já estavam nos navios e em direção ao país estarão isentos da nova tarifa, caso cheguem até o dia 5 de outubro.

Os países com as maiores tarifas são Brasil (50%), Suíça (39%), Canadá (35%) e Índia (25%). Recentemente, Trump renegociou as tarifas com o Japão e a União Europeia, estabelecendo o valor de 15% em seus produtos.


Donald Trump e o CEO da Apple, Tim Cook, em anúncio de investimento da empresa nos Estados Unidos (Foto: reprodução/Win McNamee/Getty Images Embed)

Taxa de 100%

Nesta última quarta-feira (6), o presidente americano fez novo anúncio sobre mais tarifas. Desta vez, o alvo é a importação de chips. Segundo declaração de Trump, somente estarão isentas as empresas que estiverem fabricando seus produtos nos Estados Unidos. A declaração aconteceu no Salão Oval da Casa Branca.

Trump realizou esta citação após aceno da Apple de investir mais U$ 100 bilhões no país nos próximos quatro anos, além dos US$ 500 bilhões que a gigante da tecnologia havia prometido anteriormente.

Lula diz que não há abertura para negociação e não ligará para Trump

O presidente Lula revelou que não entrou em contato com o presidente americano, Donald Trump, e que não pretende ligar para ele, em conversa com a “Reuters” publicada nesta quarta-feira (6), dia em que o tarifaço sobre exportações brasileiras entrou em vigor. Lula afirma que não vai se humilhar, já que, em meio às declarações, cartas ao governante brasileiro e medidas tomadas, Trump não mencionou a possibilidade de negociações e proferiu mais ameaças.

Declaração de Donald Trump

Na última sexta-feira (1), Donald Trump concedeu uma breve entrevista aos jornalistas e disse que está aberto para conversar com o presidente brasileiro sobre as novas tarifas e qualquer outro assunto relacionado aos dois países. Trump também afirmou que não tem nada contra o Brasil, mas que seus governantes tomam decisões erradas.

“Ele pode falar comigo quando quiser. Vamos ver o que acontece, eu amo o povo brasileiro”, disse Donald Trump.


Presidente americano Donald Trump (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

A declaração aconteceu dias após a assinatura do documento que oficializa as novas tarifas sobre produtos brasileiros, justificadas pelo governo americano como uma respostas as atitudes das autoridades brasileiras que seriam prejudiciais às empresas americanas em solo brasileiro, que fere o direito de liberdade de expressão contra americanos e outros indivíduos fora do Brasil, chegando a citar o jornalista brasileiro João Figueiredo, processado por falas proferidas em terras americanas e as medidas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, decretada na segunda-feira (4).

Diálogo entre os países


Vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, à esquerda, presidente Lula, ao centro, ministro Fernando Haddad, à direita (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

Mesmo sem diálogo entre os presidentes do Brasil e dos EUA, autoridades das duas nações estabeleceram contato. O vice-presidente e também ministro do Desenvolvimento Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin; o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, já haviam confirmado que estavam conversando com governantes americanos com intuito de criar uma ponte direta entre Lula e Trump e evitar a aplicação das novas tarifas, mas caso não conseguissem um avanço nas negociações, um plano de contingência estava sendo preparado.

Brasil solicita à OMC uma solução para tarifaço de Trump

O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, solicitou à OMC (Organização Mundial do Comércio) uma solução das tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aos produtos exportados do Brasil para o país. O pedido foi divulgado nesta quarta-feira (06), mesmo dia em que as taxas entram em vigor.

Segundo o órgão brasileiro, os EUA estão violando compromissos centrais assumidos na OMC. “Como o princípio da nação mais favorecida e os tetos tarifários negociados no âmbito daquela organização“, diz a nota. O governo do Brasil está disposto para negociações e esperam que o pedido de consulta feito à instituição contribua para uma solução.

Tarifas

O tarifaço começa a valer a partir de agosto e está sendo usado como ameaça para o STF mudar sua posição sobre as medidas cautelares e o julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O valor das taxas passou de 10% para 50%.

Não são todos os produtos brasileiros que estão na mira da sanção. O suco de laranja e o petróleo, por exemplo, ficaram de fora da lista. Enquanto alimentos como a carne, o café e o açúcar serão taxados a partir deste mês. Todos esses produtos são exportados frequentemente para o território norte-americano.

Segundo analistas políticos, a decisão de Trump é uma forma de pressionar o Brasil sobre sua aproximação com a China e, principalmente, com o Brics.

Desde julho, o presidente Lula tem feito pronunciamentos a favor da soberania nacional. Durante a cerimônia de abertura de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, que ocorreu nesta terça-feira (05), o ex-sindicalista disse que “Nossa democracia está sendo questionada. Nossa soberania está sendo atacada. Nossa economia está sendo agredida“. Para ele, os Estados Unidos fizeram uma “tentativa de ingerência sobre a independência do Poder Judiciário”.


 Veja trecho do discurso (Vídeo: reprodução/Instagram/@lulaoficial)

Nota

Veja a nota do Ministério das Relações Exteriores na íntegra:

“O Brasil apresentou pedido de consultas aos Estados Unidos da América (EUA) no âmbito do Sistema de Solução de Controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC).

A solicitação questiona medidas tarifárias aplicadas por meio das Ordens Executivas intituladas “Regulamentação das Importações com uma Tarifa Recíproca para Corrigir Práticas Comerciais que Contribuem para Elevados e Persistentes Déficits Comerciais Anuais em Bens dos Estados Unidos”, de 2 de abril de 2025, e “Abordagem de Ameaças aos Estados Unidos por parte do Governo do Brasil”, de 30 de julho de 2025. Somadas, as medidas podem resultar na aplicação de tarifas de até 50% sobre ampla gama de produtos brasileiros.

As sobretaxas foram adotadas com base em legislações dos EUA, como a Lei dos Poderes Econômicos de Emergência Internacional (“International Emergency Economic Powers Act” – IEEPA) e a Seção 301 da Lei de Comércio norte-americana de 1974.

Ao impor as citadas medidas, os EUA violam flagrantemente compromissos centrais assumidos por aquele país na OMC, como o princípio da nação mais favorecida e os tetos tarifários negociados no âmbito daquela organização.

As consultas bilaterais, concebidas para que as partes busquem uma solução negociada para a disputa antes do eventual estabelecimento de um painel, são a primeira etapa formal no âmbito do sistema de solução de controvérsias na OMC.

O governo brasileiro reitera sua disposição para negociação e espera que as consultas contribuam para uma solução para a questão.

A data e o local das consultas deverão ser acordados entre as duas partes nas próximas semanas.”

O processo tende a ser longo e novas informações sobre o caso podem ser acessadas no site do Governo Federal e também nas redes sociais do Itamaraty.

Lula diz que Donald Trump deveria experimentar o método do Pix

Durante a 5ª reunião plenária do conselho realizada nesta terça-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs a Donald Trump, então presidente dos EUA, que ele aproveitasse a infraestrutura digital de referência.

Além disso, afirmou que com os recentes acontecimentos vindos do poder dos EUA em relação ao aumento de tarifas imposto ao Brasil e à investigação comercial, o presidente Lula emitiu essa fala já que os Estados Unidos temem que o sistema do Pix possa se expandir globalmente e colocar em risco o modelo tradicional de cartão de crédito.

Investigação comercial contra o Brasil

Em junho, foi anunciado pelo USTR (Escritório do Representante Comercial dos EUA) uma investigação movida contra as práticas comerciais do Brasil. O Pix entrou na lista que o considera como uma ferramenta desleal para pagamentos, tendo em vista a grande movimentação do dinheiro.

Governo brasileiro apresentará uma resposta ao governo americano, já que ressaltou em reunião que as práticas são legítimas para o comércio. Em defesa do Pix, o presidente afirmou: “O Pix é um patrimônio nacional e referência internacional de infraestrutura pública digital e aqui eu gostaria que o presidente Trump fizesse uma experiência com o Pix nos EUA”.


 Investigação sobre o pix se baseia em seção de lei comercial do país (Foto: Reprodução/Instagram/@globonews)

O sistema de transferência entrou na visão do dos EUA, em julho deste ano, para as investigações. Em trecho do documento americano o pix é citado como “Serviços de comércio digital e pagamento eletrônico”, esse é o sistema de transferência do Brasil. Afirmou ainda em mais um trecho “se envolve em uma variedade de atos, políticas e práticas que podem prejudicar a competitividade das empresas americanas que atuam no comércio digital e em serviços de pagamento eletrônico”.

Práticas absolutamente legítimas

Mauro Vieira, Ministro das Relações Exteriores, comentou sobre a resposta que será encaminhada ao governo dos Estados Unidos, após o norte-americano questionar sobre método financeiro utilizado pela população brasileira.

A resposta anunciada pelo ministro é: “Sobre a investida da seção 301 da Lei de Comércio norte-americana, que questiona o nosso Pix e outras práticas brasileiras absolutamente legítimas, gostaria de informar que o Itamaraty está coordenando a preparação da resposta a ser apresentada pelo governo brasileiro no próximo dia 18 de agosto”.

O uso da ferramenta é responsável pelo pagamento instantâneo, incluindo a realização de transferências e pagamentos diretamente entre contas bancárias utilizando chaves cadastradas na agência do cidadão.


Mauro Vieira afirma que sanções são contra práticas legítimas brasileiras (Foto: Reprodução/Evaristo Sa/Getty Images Embed)

O Brasil segue agindo de forma política, buscando o diálogo internacional, porém sem renunciar aos seus interesses estratégicos e ao seu direito de inovar. O futuro do comércio mundial depende de soluções modernas, acessíveis e equitativas, como o Pix.

A expressão da capacidade de criar soluções que atendem às necessidades reais da população consolidou o Pix como um instrumento acessível, seguro e eficiente, promovendo inclusão financeira e facilitando a vida de milhões de brasileiros.

UE irá suspender medidas de retaliação contra os EUA por seis meses

A União Europeia irá suspender dois pacotes de contratarifas elaborados em resposta à taxação dos Estados Unidos, que inicialmente era de 30% sobre produtos do bloco. O anúncio, feito nesta segunda-feira (4) por um porta-voz da Comissão Europeia, revogou o pacote por seis meses em razão de um acordo comercial com o presidente norte-americano, Donald Trump, que diminuiu as tarifas sobre a UE para 15%. 

Novos acordos 

No dia 27 de julho, Trump anunciou um acordo com o bloco, que apesar de estabelecer a tarifa de 15%, deixou em aberto as taxas sobre vinhos e bebidas alcoólicas e não isentou produtos como carros e peças automotivas. 

Ainda no comunicado desta segunda, foi informado que as autoridades do bloco esperam que mais decretos sejam divulgados em breve. “A UE continua trabalhando com os EUA para finalizar uma declaração conjunta, conforme acordado em 27 de julho“, relatou o representante da Comissão Europeia – braço executivo da União Europeia. 


Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia (Foto: reprodução/Mahesh Kumar A - Pool/Getty Images Embed)

Por conta dessa expectativa, a UE suspendeu as tarifas retaliatórias do bloco contra os EUA, que estavam previstas para serem implementadas no dia sete de agosto. 

Além da diminuição da tarifa de 30% para 15%, o acordo publicado por Trump definiu um investimento de US$ 600 bilhões da UE nos Estados Unidos. O bloco também irá firmar acordos para a compra de energia e equipamentos militares norte-americanos. 

Recuo nas contratarifas 

O pacote de medidas retaliatórias mencionado no comunicado foi aprovado no dia 24 de julho pelos países membros da União Europeia. A aplicação dessas contratarifas seria em um cenário sem acordos comerciais entre os dois lados. Com o decreto publicado por Trump, o bloco suspendeu a decisão por seis meses.


Donald Trump e Ursula von der Leyen em anúncio de acordo comercial (Foto: reprodução/Andrew Harnik/Getty Images Embed) 

As medidas estavam divididas em duas partes: a primeira respondia às tarifas de importação de aço e alumínio impostas pelos EUA, que hoje configuram 50%, mesmo após o acordo comercial anunciado, e a segunda às taxas básicas e de automóveis propostas por Trump. Ao total, 93 bilhões de euros (R$ 604,65 bilhões) em produtos norte-americanos seriam impactados pelo pacote. 

Governo Trump critica prisão domiciliar de Bolsonaro e repudia ação de Moraes

Em publicação no X, o órgão responsável em Assuntos do Hemisfério Ocidental do Departamento de Estado dos Estados Unidos, se posicionou contra a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em resposta à decisão que impôs a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, proferida nesta segunda-feira (4).

Publicação destaca o direito de fala

Em postagem na plataforma social X, o órgão do governo de Trump declarou Alexandre de Moraes como um violador de direitos humanos”, que faz uso de organizações brasileiras para “silenciar a oposição e ameaçar a democracia”. A publicação foi além e mencionou a restrição e o direito de defesa de Bolsonaro. “Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!“, acrescenta a publicação.

O post também faz um alerta aos líderes institucionais que demonstrarem apoio ou colaborarem com o decreto. “Os Estados Unidos condenam a ordem de Moraes que impôs prisão domiciliar a Bolsonaro e responsabilizarão todos aqueles que colaborarem ou facilitarem condutas sancionadas”, diz o conteúdo.

O conteúdo foi divulgado em português e inglês, o que tornou a mensagem acessível, contribuindo para um entendimento mais amplo por parte de todos. A Embaixada dos EUA no Brasil repostou o post.


Postagem que critica atuação de Alexandre de Moraes (Foto: reprodução/X/@WHAAsstSecty)

A decisão de Moraes que gerou críticas

Na segunda-feira (4), Alexandre de Moraes decretou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, ordenou a apreensão de celulares e vedou visitas à casa do ex-presidente. No dia 18 de julho, Alexandre de Moraes havia determinado medidas preventivas em desfavor de Bolsonaro, por vestígios de que o ex-presidente estaria impedindo a ação judicial na qual responde como réu por tentativa de golpe de Estado.

As determinações incluíam a utilização obrigatória de tornozeleira eletrônica e a proibição de saída ao anoitecer e nos finais de semana. Bolsonaro também estava impedido de divulgar conteúdos em suas redes sociais, e usar redes de outras pessoas para divulgar suas publicações.

Segundo Moraes, a decisão pela prisão domiciliar foi tomada após Bolsonaro usar as redes sociais de seus aliados e filhos para compartilhar mensagens, desrespeitando as medidas cautelares e dialogando com outras pessoas investigadas.

Moraes decreta prisão domiciliar de Jair Bolsonaro

Após despacho divulgado no início da noite desta segunda-feira (4), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decretou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O motivo do decreto se justifica pelo descumprimento de uma medida cautelar imposta pelo ministro, uma vez que Bolsonaro utilizou das redes sociais de terceiros durante a manifestação em seu apoio, ocorrida no último domingo (3).

Decreto de Moraes

Na decisão, divulgada na noite desta segunda-feira, Moraes declara que Bolsonaro divulgou mensagens através dos perfis nas redes sociais de seus três filhos, que são parlamentares. Conforme o despacho realizado pelo ministro do STF, as mensagens possuíam conteúdo que faziam incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal, além do apoio à intervenção estrangeira no Poder Judiciário nacional.

Moraes mencionou uma das publicações, que ocorreu no último domingo, promovida pelo senador e filho do ex-presidente, Flávio Bolsonaro. O ministro afirma que o desrespeito às medidas foi tão notório, que Flávio removeu a postagem posteriormente.

Além de estar proibido de receber visitas em sua casa, Bolsonaro teve um aparelho celular apreendido pela Polícia Federal, após mando de busca ordenado por Moraes.


Apoiadores de Jair Bolsonaro durante manifestação na Avenida Paulista (Foto: reprodução/Maira Erlich/Bloomberg/Getty Images Embed)

Medidas cautelares

No último dia 18 de julho, Alexandre de Moraes havia imposto algumas medidas cautelares contra Jair Bolsonaro, uma vez que, segundo a interpretação do ministro, o ex-presidente estaria prejudicando o processo de investigação pelo qual ele, e mais sete pessoas, são réus por tentativa de golpe de estado.

Além de passar a utilizar tornozeleira eletrônica, Bolsonaro ficou proibido de deixar a sua residência  à noite e aos finais de semana. Após a imposição das medidas, o ex-presidente também não pôde utilizar-se de suas redes sociais, e nem ter conteúdo veiculado ao seu nome em perfis de terceiros, motivo pelo qual sua prisão domiciliar foi decretada nesta segunda-feira.

EUA criam caução obrigatória para vistos em novo programa piloto

País liderado por Donald Trump cria uma medida que tem o objetivo de reduzir a permanência irregular de estrangeiros no país e valerá apenas para cidadãos de países com histórico elevado de descumprimento de prazos migratórios.


Caução nos Estados Unidos (Foto: reprodução/Moor Studio/Getty Images Embed)

Seu funcionamento

O valor será exigido antes da emissão do visto e funcionará como uma garantia reembolsável: caso o visitante deixe os EUA dentro do período legal, o dinheiro será devolvido. Segundo o Departamento de Estado, os solicitantes afetados serão notificados no momento da entrevista consular. A iniciativa faz parte de um programa experimental com duração de três anos, com foco em vistos das categorias B1 e B2, que cobrem viagens de negócios e turismo. A expectativa é avaliar se a caução ajuda a desencorajar a permanência ilegal.

Apenas os visitantes

A medida será aplicada apenas a cidadãos de países com alta taxa de descumprimento migratório — ou seja, onde muitos visitantes permanecem nos EUA após o vencimento do visto. Os nomes desses países ainda não foram oficialmente divulgados. Críticos apontam que a medida pode criar barreiras financeiras para viajantes de países mais pobres, além de levantar preocupações sobre discriminação. Já o governo americano afirma que se trata de uma tentativa de reforçar o cumprimento das leis migratórias.

Ex-procurador de Trump é alvo de investigação federal

Uma ação federal que avalia o comportamento de servidores federais deu início a um processo investigativo contra Jack Smith, ex-procurador que monitorou dois procedimentos investigativos direcionados a Donald Trump, ao final de seu primeiro mandato.

Motivos por trás das investigações

O departamento de Conselho Especial tornou público neste sábado que iniciou um processo investigativo contra Smith, em razão de um suposto descumprimento da Lei Hatch, essa lei impede que servidores federais usem seus cargos públicos para fins políticos.

A medida foi tomada depois que o Senador Tom Cotton, republicano de Arkansas, solicitou a abertura da investigação.

No começo da semana passada, o senador Tom Cotton acusou Smith de perseguir Trump, no intuito de afetar negativamente a disputa presidencial.

Os dois procedimentos investigativos abertos por Smith contra Trump incluem um que o acusa de manter em posse material sigiloso de forma ilegal, e outro associado a esforços em inverter o resultado eleitoral de 2020, o que culminou no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

Ambos os casos não foram submetidos a julgamento. As ações judiciais foram postergadas devido às impugnações legais, contando com a resolução da maior parte da Suprema Corte, que garantiu aos ex-presidentes que tivessem extensa proteção legal contra ações criminais.

Smith suspendeu os dois processos após Trump ter ganhado as eleições, mencionando uma política histórica do Departamento de Justiça, que impede o processamento de um presidente em exercício.

No entanto, em janeiro, ele divulgou um relatório afirmando que as provas seriam suficientes para condenar Trump.


 

Presidente Donald Trump e ex-procurador Jack Smith (Foto: reprodução/Saul Loebmandel Ngan/ Getty Images Embed)

Entenda o papel da OSC no governo dos EUA

O Office Of Special Counsel, é um órgão federal independente dos Estados Unidos, encarregado de assegurar que os funcionários públicos estejam protegidos contra abusos, garantindo um ambiente regido por ética e respeito aos direitos individuais, porém não detém poder para apresentar denúncias criminais.

O inquérito da OSC, reportado pela primeira vez pelo New York Post, trata-se do episódio mais novo de uma sucessão de medidas realizadas por Donald Trump e seus apoiadores contra possíveis opositores políticos.