Incêndio atinge pavilhão da COP 30 em Belém

Um incêndio foi registrado no começo da tarde desta quinta-feira (20), no Pavilhão dos Países, em uma das áreas da Zona Azul da COP30, o evento que acontece em Belém–PA reúne 191 países do mundo para discutir soluções para deter as mudanças climáticas.

As primeiras informações do ocorrido começaram a circular por volta das 14h, e o incêndio logo foi controlado em cerca de 30 minutos depois, segundo a organização, ninguém ficou ferido.

Todas os presentes no Pavilhão dos Países receberam ordem para deixar o local imediatamente, havia um grande fluxo de pessoas que participavam de debates e palestras, em várias salas, envolvendo diversos negociadores e ministros.

ONU critica estrutura da COP em Belém

A Zona Azul, também conhecida como Blue Zone, é um dos principais espaços da COP30, é onde os países montam seus stands para divulgar projetos e iniciativas a favor do meio ambiente.

A medida de segurança tomada pela organização significa que os trabalhos da COP30 foram paralisados até segunda ordem.

A ONU chegou a cobrar do governo brasileiro uma reação mais rápida para resolver as falhas de segurança devido a problemas estruturais no evento.

Há uma semana, a ONU enviou uma carta pela Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC) a Rui Costa, ministro da Casa Civil, que está a frente das atividades relacionadas da cúpula, e a André Corrêa do Lago, presidente da conferência.

No documento, o secretário-executivo Simon Stiell relatou a tentativa de invasão ocorrida na noite de terça-feira (11), por um grupo de 150 ativistas que conseguiram entrar no pavilhão e deixar algumas pessoas feridas, expondo fragilidade na segurança do evento.

A ONU também destacou para problemas de infraestrutura, como calor excessivo em pavilhões, falhas de climatização, infiltrações provocadas pelas chuvas no local e riscos associados a água próxima de instalações elétricas.


Incêndio causa correria na Blue Zone na COP 30 (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)

Alarme de incêndio não existia ou não funcionou

Segundo informações levantadas pela CNN, houve falhas durante o incidente ocorrido na tarde desta quarta-feira (20), aparentemente a Blue Zone da COP30 não contava com alarme de incêndio ou, se ele existe, simplesmente não funcionou.

Durante o breve incêndio, e todo o processo de evacuação, não houve nenhum tipo de aviso sonoro na região da Zona Azul, onde estão o centro de imprensa e algumas das plenárias e salas de negociação.

No processo de evacuação de emergência, os bombeiros presentes no local saíram batendo nas portas das salas pedindo para que os ocupantes saíssem, e um detalhe chamou atenção era que os bombeiros não falavam inglês.

Voluntários e forças de segurança das Nações Unidas e de duas empresas privadas foram usados para dar instruções de emergência e evacuação para os participantes da COP30.

O Pavilhão dos Países e a Zona Azul ficarão fechados até as 20h de hoje, sem previsão de reabertura, a causa do incêndio continua sendo investigada, mas a principal suspeita pode ser uma falha do sistema elétrico.

COP30 tem segurança reforçada após carta enviada da ONU

O Parque da Cidade, lugar onde ocorre a COP30, em Belém, Pará, teve a sua segurança reforçada nesta sexta-feira (14), após a Organização das Nações Unidas (ONU) emitir uma carta para o presidente do evento, alertando sobre as estruturas possuindo falhas e plano para lidar com reforço durante a conferência após críticas ao Brasil e no estado sede. Nesta manhã, o evento teve o aumento do policiamento e novos bloqueios, além de grades e alteração no acesso ao hangar na Avenida Brigadeiro Protásio.

Alerta da ONU

A ONU apontou vulnerabilidades no perímetro da “Zona Azul”, área restrita à conferência. Em resposta, agentes de segurança instalaram barreiras adicionais, reforçaram postos de controle e aumentaram o número de efetivos no entorno do local. Além de ter os militares do exército fazendo plantão dentro do portão onde dava acesso ao pavilhão.

Foco nos acessos e perímetros estratégicos

As equipes se concentraram em vias de acessos principais e zonas de alta circulação de delegados. Novas estruturas de contenção, como gradis metálicos e revisão dos pontos de controle de identidade, passaram a ser instaladas nas entradas da conferência. Também foi reforçado o patrulhamento interno e externo à área oficial, incluindo patrulhas motorizadas e apoio aéreo eventual para monitoramento.

Primeiro teste

Ainda hoje (14), houve um primeiro teste do novo esquema de segurança da COP30, com uma manifestação indígena pacífica no local onde são realizadas as negociações, tendo faixas escritas como “A nossa floresta não está à venda”, “Nós não negociamos a mãe natureza”. O grupo indígena desejava falar com o presidente Lula, que está em Brasília.


Protesto pacífico do grupo indígena nesta sexta (14) (Foto: reprodução/PABLO PORCIUNCULA/Getty Images Embed)


Pressão diplomática e reputação

O alerta recebido pela ONU foi interpretado como sinal de que o Brasil precisava demonstrar prontidão para garantir a segurança da COP30. Para as autoridades, tratar bem essa questão é crucial para evitar críticas internacionais durante um evento de alto nível diplomático. A resposta rápida reflete a tentativa de reforçar a credibilidade do país como anfitrião.

Próximos testes e desafios

Embora o esquema já esteja em operação, o verdadeiro teste será quando o evento entrar em maior escala e o fluxo de participantes superar a fase inicial. A vigilância será intensificada durante os próximos dias, e as autoridades afirmam que novas adaptações poderão ocorrer conforme o ambiente de segurança exigir.

Invasão na COP30 em Belém gera tensão após protestos

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar a invasão à área restrita da COP30, em Belém (PA), na noite de terça-feira (11), quando manifestantes tentaram entrar na chamada Zona Azul, espaço controlado pela Organização das Nações Unidas (ONU). O episódio provocou confronto com seguranças, deixou feridos leves e levou ao bloqueio temporário da saída do local das negociações climáticas.

Confronto na área restrita da COP30

De acordo com informações da ONU e do governo brasileiro, o tumulto começou por volta das 19h20, no setor de credenciamento. Um grupo que havia participado da Marcha Global Saúde e Clima tentou forçar a entrada no espaço reservado a delegações oficiais, observadores, chefes de Estado e imprensa credenciada. As forças de segurança reagiram seguindo protocolos estabelecidos para garantir a proteção do local. Dois seguranças ficaram feridos, um deles no rosto, e parte da estrutura foi danificada. Uma das portas de acesso precisou ser fechada, e a área ficou interditada por alguns minutos até a situação ser controlada.


Manifestantes tentam invadir área restrita da COP30 (Vídeo: reprodução/YouTube/@Metropolis)


O porta-voz da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima afirmou que “o incidente está sendo analisado, mas o local está totalmente seguro e as negociações da COP continuam”. O secretário extraordinário da COP30, Valter Correia, informou que a organização está tomando todas as providências cabíveis.

Repercussão e apurações após confusão na COP30

A Marcha Global, formada por profissionais de saúde, estudantes, lideranças indígenas e representantes de movimentos sociais, percorreu cerca de um quilômetro e meio pelas ruas de Belém antes do confronto. Em nota, os organizadores esclareceram que “não têm qualquer relação com o episódio ocorrido na entrada da Zona Azul da COP30 após o encerramento da marcha”.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, lamentou o ocorrido e declarou: “Eu nem fiquei sabendo o motivo desse acontecimento e lamento muito porque esta COP já está registrada como a maior e melhor participação do protagonismo indígena”.

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também se pronunciou, afirmando que “a COP é um espaço democrático, mas a escuta pressupõe o cumprimento de regras da democracia”. Segundo o governo, as negociações seguem normalmente, e as autoridades da ONU e da Polícia Federal continuam investigando os responsáveis pela invasão.

COP30: Entenda o que será discutido na conferência que começa nesta segunda

Começa nesta segunda-feira, em Belém, a COP, sigla em inglês para Conference of the Parties (Conferência das Partes), evento em que reúne líderes mundiais, cientistas, ONGs e representantes da sociedade civil para discutir e encontrar soluções para a crise climática.

A conferência é realizada todo ano, desde 1995, reunindo 197 países que firmaram um acordo ambiental com a ONU no início dos anos 1990. Este acordo busca reduzir a emissão de gases de efeito estufa e combater o impacto humano nas mudanças climáticas.

Os principais temas discutidos na COP30

Líderes e representantes mundiais vão discutir temas que incluem: a redução de emissões de gases de efeito estufa; adaptação às mudanças climáticas; financiamento climático para países em desenvolvimento; tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono; preservação de florestas e biodiversidade e justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas.

Outro tema que será discutido é o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), uma proposta do Brasil para investir em renda fixa para gerar lucro e usar esse dinheiro para a conservação das florestas tropicais, pagando países que preservam suas florestas.


Temas em discussão na COP30 (Vídeo: reprodução/YouTube/CNN Brasil)


Na COP29, realizada em Baku, Azerbaijão, os países mais desenvolvidos se comprometeram a dar aos países em desenvolvimento pelo menos US$ 1,3 trilhão (R$ 7 trilhões) por meio de fontes públicas e privadas, para ajudar no enfrentamento das mudanças climáticas.

Resultados esperados da Conferência

A COP30 deve ir além de promessas e deve ser um momento decisivo para transformar acordos políticos construídos desde Dubai em ações concretas que mantenham o aquecimento global abaixo de 1,5°C.

O primeiro resultado esperado é o avanço em torno das metas climáticas (NDCs), que são os compromissos de cada país para reduzir o efeito estufa e se lidar com as mudanças climáticas. Até o momento, mais de 100 países enviaram novas metas para 2035, mas a maioria ainda muito abaixo do recomendável.

As metas climáticas atuais cobrem apenas 30% das emissões e reduzirão apenas 4% até 2035, mas é preciso cortar cerca de 60% para estabilizar o clima.

Outro resultado esperado é na mudança da transição energética, que busca uma mudança em combustíveis fósseis em fontes mais limpas e sustentáveis. Segundo a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, os países precisam garantir recursos financeiros, humanos e tecnológicos, para conseguir cumprir as metas de redução de emissões e adaptação ao clima.

COP30: repercussão da Cúpula impacta mercado alimentar

Depois da reação ao alto custo de alimentos e bebidas no primeiro dia da Cúpula dos Líderes da COP30, na quinta-feira (6), um restaurante decidiu reduzir os preços de seus produtos, em uma tentativa de conter críticas e oferecer alternativas mais acessíveis aos participantes do evento.

Queda nos preços após repercussão

Na manhã desta sexta-feira (7), os cardápios do estabelecimento desapareceram das prateleiras. Ao ser questionada, uma atendente explicou que o menu estava em processo de atualização e que a variedade de opções seria ampliada para atender melhor ao público.

Poucas horas depois, os novos cardápios foram divulgados com preços revisados. A lata de água de 350 ml, antes vendida a R$ 25, passou a custar R$ 20. O refrigerante também sofreu redução, caindo de R$ 25 para R$ 20, o que representa um desconto de 20%. Já pratos como estrogonofe e frango xadrez tiveram cortes ainda mais expressivos, passando de R$ 60 para R$ 45, houve uma queda de 25%.


Família da Cúpula de Líderes da COP 30 Belém, Brasil (Foto: reprodução/Mauro Pimentel/Getty Images Embed)


Embora considerados elevados, os valores praticados na COP30 seguem o padrão de encontros anteriores. Nas Cúpulas do Clima, preços acima da média já são tradição, e os visitantes podem realizar suas compras tanto em dólar quanto na moeda oficial do país anfitrião. Esse cenário reforça a atmosfera internacional do evento, onde até os custos refletem a dimensão global das negociações.

Comerciantes temem prejuízo

Os comerciantes que atuam no Parque da Cidade, onde ocorre a COP30, afirmam que os custos elevados para manter um ponto no local influenciaram diretamente na definição dos preços de alimentos e bebidas. Uma empreendedora relatou ter desembolsado cerca de R$ 23 mil apenas em aluguel, valor que pesa no orçamento e dificulta a prática de preços mais acessíveis.

Ela destacou que, mesmo com a redução nos preços dos produtos, o movimento caiu entre quinta e sexta-feira, aumentando a preocupação com possíveis prejuízos. A queda na procura evidencia o desafio de equilibrar os custos operacionais com as expectativas de vendas durante a conferência.

Na COP30, em Belém, as compras são realizadas por meio de um cartão exclusivo operado pela Cielo, que garante maior controle e segurança nas transações. Com a redução dos preços, os organizadores tentam conciliar a boa experiência do público com a sustentabilidade financeira dos comerciantes, na expectativa de uma retomada nas vendas nos próximos dias.

COP30: Lula pede “a ambição precisa virar ação para o clima”

Durante a Cúpula de Líderes da COP30, nesta quinta-feira (6), em Belém, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que o combate à crise climática exige medidas imediatas, e não apenas compromissos simbólicos. Em discurso no painel “Clima e Natureza: Florestas e Oceanos”, o presidente afirmou que é hora de transformar ambição em ação e reposicionar o desenvolvimento brasileiro em direção à sustentabilidade.

Compromissos do Brasil

Lula afirmou que o Brasil reduziu em mais de 50% o desmatamento na Amazônia e caminha para alcançar o menor índice em mais de uma década. Ele reafirmou a meta de zerar o desmatamento até 2030 e anunciou um plano nacional para recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas.



Além das ações terrestres, reforçou o compromisso com a “Amazônia Azul”, prometendo ampliar áreas marinhas protegidas de 26% para 30% e ratificar até o fim do ano o Tratado do Alto Mar.

Multilateralismo e financiamento global

Segundo Lula, nenhum país conseguirá enfrentar a crise climática de maneira isolada. Ele destacou que incêndios florestais, poluição marinha e eventos extremos ignoram fronteiras e exigem cooperação multilateral.

Nesse contexto, apresentou o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), modelo que remunera países pela preservação ambiental. O presidente defendeu ainda uma revisão profunda no sistema financeiro internacional para permitir que nações em desenvolvimento financiem transições verdes de forma sustentável.

A responsabilidade dos países desenvolvidos

Lula também cobrou maior compromisso das nações ricas, argumentando que o peso histórico das emissões globais não pode ser ignorado. Segundo ele, países industrializados devem assumir a liderança na redução de carbono e ampliar o financiamento climático destinado ao Sul Global.

O presidente afirmou que nações que mais contribuíram para o aquecimento global têm obrigação moral e econômica de ajudar aquelas que enfrentam, hoje, impactos desproporcionais das mudanças climáticas. Para Lula, sem responsabilidade compartilhada e justiça climática, acordos internacionais continuarão avançando de forma lenta e insuficiente.

Lula cita fabricações de inverdades na COP30

 

Lula discursa na abertura da COP30 (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)Na abertura da Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou que “interesses egoístas e imediatos preponderam sobre o bem comum”, quando o assunto é a preservação ambiental.

“Forças extremistas fabricam inverdades para obter ganhos eleitorais e aprisionar as gerações futuras a um modelo ultrapassado que perpetua disparidades econômicas e degradação ambiental”, declarou o presidente.

Segundo Lula, conflitos armados e a animosidade entre países de diversas regiões do mundo, desviam verbas financeiras que deveriam ser destinadas ao combate do aquecimento global. Ações que visam diminuir as mudanças climáticas devem “estar no centro das decisões de cada governo, empresa e pessoa”, disse.


Discurso do Presidente Lula (Vídeo: reprodução/Instagram/@globonews)


Lula sobre o aviso dos cientistas

Presidente também falou que não se deve mais ignorar os avisos dos cientistas. Segundo ele, “É hora de encarar a realidade e decidir se teremos ou não a coragem e a determinação necessárias para transformá-las”.

Lula afirmou que a COP30 é a “COP da verdade”, citando dados alarmantes sobre as projeções da morte de mais de 250 mil pessoas por ano, o que poderá encolher o PIB mundial até 30% devido aos prejuízos financeiros causados pela intensificação do aquecimento global.

“Enquanto isso, a janela de oportunidade que temos para agir está se fechando rapidamente. A mudança do clima é resultado das mesmas dinâmicas que, ao longo de séculos, fraturaram nossas sociedades entre ricos e pobres e cindiram o mundo entre países desenvolvidos e em desenvolvimento”, informou.


Lula discursa na abertura da COP30 (Foto: reprodução/Instagram/@lulaoficial)


Mapa do caminho

Entidades do clima vem cobrando uma discussão da elaboração de um “mapa do caminho”, ações que iriam contra a utilização de combustíveis fósseis e visariam reverter o desmatamento.

“Estou convencido de que, apesar das nossas dificuldades e contradições, precisamos de mapas do caminho para, de forma justa e planejada, reverter o desmatamento, superar a dependência dos combustíveis fósseis e mobilizar os recursos necessários para esses objetivos”, afirmou.

A expectativa das autoridades é que este planejamento esteja nas resoluções finais da COP30.

Embarcações transatlânticas da COP-30 chegam a Belém

Nesta terça-feira (4), a cidade de Belém recebeu os navios que irão hospedar as delegações participantes da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climática (COP 30). Atracados no Porto de Outerio, em Belém, os transatlânticos Civil e Costa Diadema serão responsáveis por acomodar participantes do evento climático que acontecerá entre 10 e 21 de novembro.

As acomodações na COP-30

A COP-30 é um evento que reúne líderes globais, cientistas e representantes civis para discutir ações de combate às mudanças climáticas. Neste ano, ocorrerá no Brasil, em Belém–PA. Algumas questões foram levantadas em relação à hospedagem das delegações durante o evento, mas o ministro do turismo, Celso Sabino afirmou que a “preocupação que alguns setores tinham em relação aos meios de hospedagem está totalmente superada” já que os navios possuem “cerca de 4 mil cabines, com aproximadamente 6 mil leitos”.


 

Embarcação chega a Belém para evento da COP-30 (Vídeo: reprodução/Instagram/@belemeregioes)


Na sexta-feira (6), começará a chegada desses líderes à capital paraense para as primeiras reuniões preparatórias, em que irão discutir metas e propostas relacionadas às mudanças climáticas.

Embarcações da Conferência

As embarcações Civil e Costa Diadema foram essenciais para o aumento da capacidade de hospedagem durante o evento e também trouxe mudanças para a cidade de Belém. Devido essas modificações, houve uma inauguração de um terminal portuário e um terminal de passageiros onde ocorrem os procedimentos de alfândega e imigração.


Embarcação chega a Belém para evento da COP-30 (Foto: reprodução/Instagram/@ojovemcruzeirista_oficial)


A cidade de Belém também expandiu sua capacidade hoteleira com a construção de novos estabelecimentos, incluindo hotéis cinco estrelas, e a ampliação de unidades já existentes. Mais de 160 delegações já confirmaram presença no evento. Segundo o ministro, o objetivo com a organização do evento é desenvolver algo inclusivo e para todos e não só focado na infraestrutura.

Além disso, Sabino afirmou que a discussão, que ocorrerá na principal porta de entrada da Amazônia, destaca a importância da preservação da floresta tropical.

Lula sanciona lei que transfere capital para Belém temporariamente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta terça-feira (4), o projeto que lei que transfere, temporariamente, a capital brasileira de Brasília para Belém–PA.

A mudança tem efeito durante o período de realização da 30ª Conferência das Nações Unidas, que reúne mais de 140 países do mundo para debater o Aquecimento Global e as Mudanças do Clima. A proposta foi aprovada pelo Congresso Nacional.

Segundo o governo, a transferência é um ato temporário, simbólico e político e “reforça a relevância da Amazônia na agenda ambiental internacional”, além de evidenciar o compromisso do Brasil com as questões globais do clima.

ONU adverte o mundo sobre grandes emissões de carbono

A Organização das Nações Unidas emitiu um relatório alertando que as emissões mundiais de carbono continuam muito altas para deter o aquecimento global.

Lula disse, nesta terça-feira, que a reunião da COP 30 no Brasil será uma “COP da Verdade” e oferecerá soluções reais para os países alcançarem suas metas de emissões de carbono e projetar um desenvolvimento sustentável.

O presidente ainda destacou que existem falhas em acordos anteriores e propõe um concelho ambiental global para monitorar metas.



Falha em acordos anteriores

Apesar de 30 anos de negociações globais sobre o clima, os países não conseguiram evitar que o aquecimento ultrapassasse 1,5 graus Celsius, que foi o principal objetivo do Acordo de Paris, que foi negociado há exatamente dez anos.

Em vez disso, o mundo está cada vez mais quente e a um caminho de aquecimento extremo de 2,3º a 2,5 C, informou o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) nesta terça-feira.

A previsão é de que os países se comprometam a cumprir as promessas que fizeram até agora de reduzir as emissões, se eles não cumprirem, o mundo ficará cada vez mais quente e sofrerá as consequências que já vemos com o clima desregulado e desastres naturais por todo o planeta.

Os principais desafios do Brasil para a COP 30

Os principais desafios do Brasil para a COP 30 incluem alinhar os compromissos entre países desenvolvidos e em desenvolimento. O objetivo é mobilizar o financiamento climático de ações que fomentam o desenvolvimento de negócios sustentáveis, combater o desmatamento, garantir a infraestrutura para realização do evento e minimizar os impactos socioeconômicos das mudanças climáticas, como a segurança alimentar e a adaptação de pequenas e grandes cidades.

A hospedagem para a COP 30 enfrenta preços elevados e escassez de oferta, embora haja esforços do Governo Federal com uma plataforma com diárias de até US$ 600 e o subsídio do governo para países em desenvolvimento.

Os preços foram considerados abusivos, há relatos que preços exorbitantes foram cobrados por pessoas físicas em plataformas de aluguel por temporada e até mesmo em hotéis da região.

COP30 conta com a presença de 191 países, incluindo a Argentina

De acordo com a organização da COP30, um total de 143 representações estrangeiras já confirmou participação no evento. A informação foi divulgada inicialmente pela Folha de S. Paulo e posteriormente verificada pela CNN Brasil. O número expressivo de delegações evidencia o interesse global na conferência. A reunião promete reunir líderes e autoridades de diversos países. O encontro reforça o compromisso internacional com pautas ambientais e climáticas.

Incerteza sobre a presença da Argentina na COP29

Existem incertezas quanto à presença da comitiva argentina, pois Javier Milei discorda de pontos essenciais do encontro. O chefe de Estado decidiu afastar seus especialistas da COP29, realizada no Azerbaijão. Ele já manifestou forte oposição a iniciativas ambientais globais. Em declarações anteriores, o presidente criticou duramente políticas climáticas internacionais. Milei considera que elas limitam o crescimento econômico do país. Essa postura gera tensões com outras nações participantes. A ausência da Argentina pode enfraquecer debates sobre metas sustentáveis. O impasse reforça o isolamento do governo nas discussões ambientais.


 

191 países unidos pela COP30 (Foto: reprodução/Marcelo Camargo/Agência Brasil)


Milei questiona participação da Argentina na COP29

Existem incertezas sobre a presença da Argentina na conferência, O líder Milei discorda de pontos fundamentais do encontro internacional. Recentemente, o presidente suspendeu a ida de especialistas do país à COP29.
O evento será realizado no Azerbaijão neste ano. Além disso, houve declarações indicando possível saída do Acordo de Paris. A medida gerou repercussão na comunidade ambiental global, Analistas questionam as consequências dessa postura política externa.

EUA ignoram convite de Lula

O cenário lembra o vivido por Donald Trump. Ainda assim, os Estados Unidos não figuram na relação. Mesmo com os convites feitos várias vezes pelo presidente Lula, o republicano não confirmou presença na reunião.
A conferência segue sem a participação americana. As tentativas de adesão por parte do mandatário brasileiro continuam. Doze meses antes da COP30, marcada para acontecer em Belém (PA) neste mês, os representantes de Milei adotaram uma postura rígida em relação às iniciativas de enfrentamento das alterações climáticas durante um encontro realizado no país.