COP30: Países anunciam investimentos para fundo de florestas tropicais
O Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), já recebeu promessa de aporte que somam US$ 5,5 bilhões (R$29,6 bilhões) de cinco grandes nações
Nesta quinta-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou oficialmente em um encontro de líderes que antecede a COP 30, o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF). Uma iniciativa para recolher recursos públicos e privados a juros baixos e investir em projetos de alto retorno e dividir o lucro entre os investidores e países que preservam suas florestas.
Até o momento, apenas cinco países anunciaram aportes até agora: Brasil (US$ 1 bilhão), Indonésia (US$ 1 bilhão), Noruega (US$ 3 bilhões), França (US$ 500 milhões) e Portugal (US$ 1 milhão), somando um pouco mais de US$ 5 bilhões. A meta é alcançar US$ 10 bilhões para iniciar as operações e US$ 125 bilhões quando for totalmente capitalizado.
Fundo desperta interesse em países
Cerca de 50 países já manifestaram o interesse em participar do fundo, até agora. O Brasil busca transformar o interesse em apoio ao Fundo e arrecadar US$25 bilhões em recursos públicos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que alguns países já demonstraram interesse em apoiar o TFFF. “A China e outros países já sinalizaram apoio”, disse o ministro.
Haddad também afirmou que o TFFF “pode ser um grande legado desta COP”. O ministro explicou que a proposta do Fundo Florestas Tropicais para Sempre é uma mudança de paradigma, por não se tratar de doações, mas de investimentos, beneficiando todo o Sul Global.
Haddad comenta sobre o fundo de florestas tropicais (Vídeo: reprodução/YouTube/Jovem Pan News)
Para participar do TFFF, os países precisam ter sistemas financeiros transparentes e concordar em destinar 20% dos recursos para os povos indígenas e comunidades tradicionais.
Ausência de Donald Trump é criticada por líderes
A grande ausência da COP30 é a do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Lula disse que o presidente americano está mais preocupado com as questões geopolíticas do que com a urgência climática.
Gabriel Boric, presidente do Chile, criticou a ausência do presidente americano e lembrou que Trump afirmou na última Assembleia Geral da ONU, que a “crise climática não existe”. Boric disse que essa declaração era “mentirosa”. O presidente Gustavo Petro, da Colômbia, também criticou a ausência de Trump, afirmando que a ausência do líder americano e sua conduta negacionista está levando os americanos e a humanidade para o abismo.
