Nos primórdios do Instagram, a foto de Kim Kardashian com uma máscara facial de sangue foi uma polêmica enorme. Na época, o Vampire Facial era um tratamento controverso, mas em 2021, o procedimento vem conquistando adeptas pelo Brasil e no mundo.
Vampire Facial é só uma forma de chamar a técnica PRP (Plasma Rico em Plaquetas). O plasma rico em plaquetas é uma porção do sangue que pode ser filtrado para ser usado como forma de preenchimento. “A referência ao vampiro vem porque usamos o sangue do paciente para fazer o procedimento, que ajuda na prevenção de linhas finas e rugas, diminui a flacidez e deixa a pele mais radiante.”, explica a dermatologista Patrícia Mafra
Kim Kardashian realizando o procedimento em 2013 (Foto:Reprodução/Instagram@kimkardashian)
Mas a técnica não é tão simples assim. Após retirado, o sangue deve ser tratado para uso tópico. “Antes do procedimento propriamente dito é retirada uma pequena quantidade de sangue de uma veia do paciente, da mesma forma que quando realizamos exames. Esse material coletado passa por um processo de tratamento específico, ao ser inserido em uma centrífuga que separa o plasma do sangue.” explica Patrícia.
O plasma sanguíneo é usado por concentrar uma grande quantidade de plaquetas, que são ricas em fatores de crescimento que estimulam a produção de novas células na região onde é aplicado, e também leva ao surgimento de novas fibras de colágeno e elastina que dão sustentação à pele naturalmente. “O efeito é uma pele mais elástica, firme e uniforme.”, completa a médica.
vampire facial (Foto:Reprodução/Getty Images)
O PRP pode ser combinado com outros procedimentos dermatológicos para potencializar o tratamento. “Podemos realizar procedimentos como microagulhamento, a radiofrequência microagulhada e a microdermoabrasão. Esses tratamentos vão agir abrindo microcanais ou diminuindo a espessura do tecido cutâneo para fazer com que o plasma, que será aplicado topicamente em seguida, penetre de forma mais profunda na pele, o que potencializa sua eficácia.”, afirma Patrícia. Na Coreia do Sul é comum a combinação do vampire facial com toxina botulínica para potencializar ao máximo o rejuvenescimento.
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Muitas pessoas têm medo e receio do procedimento. Mas a médica ressalta que ele é super seguro e eficaz. “Como aplicamos um material biológico do próprio paciente e não algo sintético, não existe nenhum tipo de complicação causada pelo plasma em si.” As reações que o paciente pode ter são pequenos hematomas onde o sangue foi retirado ou onde foram realizadas as aplicações do plasma.
“Porém, é importante ressaltar que os procedimentos com PRP não são recomendados para pacientes que sofrem com doenças do sangue, como distúrbios de coagulação e sangramento.” alerta a dermatologista.
Foto destaque: Vampire facial: saiba tudo sobre o procedimento estético.Reprodução/Getty Images