Bem Estar

Modismo: A polêmica dos cigarros eletrônicos

Os cigarros eletrônicos são maléficos à saúde e não são seguros. Os dispositivos eletrônicos para fumar possuem substâncias tóxicas além da nicotina e podem causar doenças respiratórias.

06 Nov 2021 - 11h48 | Atualizado em 06 Nov 2021 - 11h48
Modismo: A polêmica dos cigarros eletrônicos Lorena Bueri

Tudo vem mudando e modernizando. Música se ouve no celular, filme se assiste em casa, reunião de trabalho não se reúne (cada um da sua casa) e até os maus hábitos ganharam esse perfil. O uso de cigarros eletrônicos aumenta muito até mesmo no Brasil, onde a comercialização do item é proibida desde 2009, mesmo que o uso não. Assim o fumante traz do exterior e usar no país.

Esses cigarros surgem na década de 1990, como uma alternativa mais saudável e ao cigarro tradicional, que perdeu usuários nos últimos anos. Mas o termo “saudável” não se aplica ao produto. A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para os danos associados a presença de ingredientes tóxicos, à exposição à nicotina e ao uso por crianças e adolescentes.

Em outubro, a FDA, agência reguladora dos Estados Unidos, autorizou a venda de três novos produtos, todos da marca Vuse, ligada à British American Tobacco, maior empresa de tabaco do mundo. A reguladora acredita que deixar os cigarros tradicionais é mais significativo que os riscos de viciar novas pessoas. "A FDA determinou que o potencial benefício para fumantes que trocaram completamente, ou reduziram de forma significativa, o uso do cigarro superaria o risco para a juventude”, comunica a FDA. No mesmo dia, a entidade negou dez pedidos de autorização da mesma empresa para produtos com sabor, considerados mais atraentes para adolescentes e jovens.

Na Inglaterra, o Ministério da Saúde do Reino Unido deu um passo ao acesso aos cigarros eletrônicos. O governo abriu caminho para que esses produtos sejam oficialmente prescritos por médicos. O argumento é que ajuda pessoas que querem parar de fumar cigarro de papel.

Essas decisões se baseiam em que embora seja ideal que as pessoas não fumem nada ligado à nicotina, os eletrônicos são menos prejudiciais do que os convencionais. Estudos apontam que os eletrônicos são mais seguros pois não produzem alcatrão ou monóxido de carbono, causadores de doenças pulmonares e câncer.


Cigarro eletrônico. (Foto: Reprodução/PebMed)


Controvérsia

Mas o produto da moda ainda tem muitos riscos. Estudos apontam que a estratégia inglesa elevou a mortalidade cardiovascular. “Mesmo sem monóxido de carbono, o item tem diversas substâncias químicas, como partículas ultrafinas relacionadas à morte cardiovascular”, pondera o médico pneumologista Paulo Corrêa, coordenador da Comissão Científica de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Várias pesquisas comprovam pelo menos vinte substâncias tóxicas no vapor dele. Boa parte formada pela degradação química dos componentes presentes no líquido no processo de vaporização. Sete das vinte provocam problemas graves no corpo humano. Para comparação, o fumo convencional possui 4.700 compostos tóxicos. “Mas mesmo que o levantamento toque em comparação de quantidade de substâncias nocivas, não quer dizer que os compostos que estão lá sejam isentos de risco. Não há evidências de que o dispositivo ajude os que lutam para abandonar o tabagismo. O cigarro eletrônico não é uma opção para parar de fumar. Para quem faz cessação, parar de fumar é parar de usar nicotina e não parar de usar cigarro. Esse seria um bom tratamento se o usuário conseguisse ficar livre de tudo, mas não é o que acontece. Há apenas a troca do vício”, alerta Jaqueline Scholz, gestora do Programa de Tratamento do Tabagismo do Incor.

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Os cigarros eletrônicos (vape) são dispositivos que utilizam bateria para aquecer e vaporizar um líquido com nicotina, entre outras substâncias. Os produtos químicos principais são propilenoglicol, glicerol e essências de aromas. O teor de nicotina e o sabor da essência, varia de acordo com o produto. A dosagem de nicotina varia de acordo com o fabricante. A mais baixa equivale a seis cigarros de papel e a maior a dezoito. Os cigarros com sabores doces e mentolados são as preferidos dos adolescentes e jovens e, assim, não foram aprovados pela FDA.

Pesquisas ligam o cigarro eletrônico a males como a bronquiolite obliterante, dano grave aos pulmões, inflamação e obstrução dos bronquíolos, responsáveis pelas trocas gasosas com o sangue. Em 2019, 2.500 casos de doenças pulmonares e 55 mortes nos EUA estão ligados aos cigarros eletrônicos com THC de cannabis e acetato de vitamina E, presente nas essências. Existe também inúmeras discussões sobre os efeitos à longo prazo dos eletrônicos, ainda muito desconhecidos, e com o nível viciante nos jovens. Para o CDCL, órgão americano de pesquisa de saúde, a nicotina incita áreas satisfatórias do cérebro, sendo tão viciante quanto heroína. “Os cigarros eletrônicos têm altas concentrações de nicotina, que é muito viciante. O uso aumenta em quatro vezes o número de jovens que inicia o tabagismo tradicional”, alerta Paulo Corrêa.


Cigarros eletrônico(Foto: Reprodução/Ag.Brasil)


Caso de Polícia

Em setembro a Polícia Civil do Ceará e a Receita Federal apreenderam cerca de R$ 900 mil em cigarros eletrônicos em Fortaleza. Os cigarro da moda estava distribuído em 11 estabelecimentos comerciais. Quatro pessoas foram presas. 

Também em setembro em São Paulo A Receita Federal, em operação conjunta com a Polícia Civil e com o apoio da Prefeitura, da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), deflagrou a Operação Atmos. O objetivo é combater a venda ilegal de cigarros eletrônicos na região central da capital paulista. Estima-se que serão apreendidos cerca de 100 mil itens, entre cigarros e acessórios, com valor aproximado de R$ 15 milhões.

 

Foto Destaque: Modismo: Polêmica nos cigarros eletrônicos/Ag.Brasil

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