Desde a retirada das tropas americanas do Afeganistão e a tomada do governo pelo Talibã, o Estado Islâmico do Khorasan, também conhecido pela sigla em inglês ISIS-K, intensificou os ataques no país, preocupando o Ocidente sobre um possível surgimento de um grupo extremista que possa um dia representar uma ameaça internacional.
Os ataques do ISIS-K têm como principais alvos as unidades do Talibã e as minorias xiitas do país. Atentados suicidas em Cabul e em cidades importantes, como Kunduz, no Norte, e Kandahar, no Sul, mataram pelo menos 90 pessoas e feriram centenas de outras em apenas algumas semanas.
Combatentes do Talibã. (Foto: Wakil Kohsar/AFP)
Na terça-feira, combatentes do EI realizaram um ataque com pistoleiros e pelo menos um homem-bomba em um hospital militar da capital, matando pelo menos 25 pessoas. No dia 22 de outubro, o grupo assumiu responsabilidade por ataque a uma mesquita no Afeganistão, que matou pelo menos 46 pessoas e feriu outras 140. Estado Islâmico do Khorasan opera desde 2015 no Afeganistão e foi responsável por diversos massacres da população civil. O grupo é inimigo comum dos Estados Unidos e do Talibã.
A expasão do ISIS-K e o aumento da frequência dos ataques no país contribuem para a desestabilização do governo Talibã, que, além de ter que se defender de ataques quase diários, precisa fornecer segurança para os civis e cumprir o compromisso de prover lei e ordem.
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O aumento da frequência dos ataques causou um desconforto e crescente medo entre as autoridades ocidentais, que, com a expansão do grupo, temem a possibilidade de se tornarem alvos do grupo em breve. Colin Kahl, subsecretário para Políticas de Defesa dos EUA, disse a congressistas na semana passada que a capacidade do Talibã de reprimir o grupo ainda não está clara.
Foto Destaque: Estado Islâmico realizou diversos ataques no Afeganistão nos últimos três meses. Reprodução/Wikimedia Commons