Eric Dane, de 52 anos, conhecido mundialmente por interpretar o médico Mark Sloan em Grey’s Anatomy, revelou nesta quinta-feira (10) que foi diagnosticado com Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). A condição, neurodegenerativa e sem cura, afeta progressivamente os neurônios motores, levando à perda gradual da mobilidade e de funções essenciais como fala, respiração e deglutição.
Em entrevista à People, o ator revelou a condição e agradeceu o apoio da família neste novo momento: "Sou grato por ter minha amorosa família ao meu lado enquanto navegamos por este próximo capítulo." Ele também afirmou estar otimista e disse se sentir sortudo por continuar trabalhando, com planos de retornar ao set de "Euphoria" já na próxima semana.
O que é a ELA e quais são suas causas
A Esclerose Lateral Amiotrófica — termo que vem do grego e significa “endurecimento lateral da medula espinhal com atrofia muscular” — é uma das principais doenças neurodegenerativas conhecidas, ao lado do Alzheimer e do Parkinson.
A doença ganhou notoriedade mundial por ter afetado o físico Stephen Hawking, falecido em 2018, que viveu mais de cinco décadas com o diagnóstico. Casos como o do britânico são raros: segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos pacientes morre entre três a cinco anos após o surgimento dos primeiros sintomas.
Diagnosticado com ELA desde 1963, Stephen Hawking palestra no Museu de Ciências Bloomfield, em 2009 (Foto: reprodução/Getty Images Embed/MENAHEM KAHANA/AFP)
Ela afeta os neurônios motores, responsáveis por transmitir os comandos do cérebro aos músculos. Com o desgaste dessas células, o corpo vai perdendo a capacidade de executar movimentos simples. Em estágios avançados, o paciente já não consegue se mover, falar ou respirar sem ajuda.
As causas da ELA ainda não são conhecidas, mas em aproximadamente 10% dos casos, a doença tem origem genética. A idade é um dos principais fatores de risco, sendo mais comum em indivíduos entre 55 e 75 anos. Outros agentes associados incluem desequilíbrios químicos no cérebro, doenças autoimunes e falhas no processamento de proteínas.
Diagnóstico, tratamento e prognóstico
Os sintomas iniciais incluem fraqueza muscular, cãibras, engasgos frequentes, alteração na fala e dificuldades para realizar atividades rotineiras. O diagnóstico exige exames clínicos, neurológicos e laboratoriais, como eletromiografia, ressonância magnética, testes genéticos e punção lombar.
Embora não exista cura, o tratamento da ELA inclui o uso de medicamentos para desacelerar a progressão da doença, além de terapias multidisciplinares, como fisioterapia, terapia ocupacional e fonoaudiologia, que visam preservar ao máximo a qualidade de vida do paciente.
Foto destaque: Ellen Pompeo e Eric Dane em "Grey's Anatomy" (Reprodução/Getty Images EMbed/Scott Garfield/Disney General Entertainment Content)