Assim como os seres humanos, os cães crescem e se desenvolvem por fases, precisando de cuidados específicos ao longo da vida. Quando se tornam idosos, essa atenção se torna ainda mais necessária, já que a saúde do pet não pode correr o risco de se fragilizar.
Segundo a veterinária Rammana Bello da Silva, as principais patologias que cachorros e gatos enfrentam ao atingir a velhice são as comportamentais, seguidas das doenças dermatológicas e da obesidade. No entanto, a especialista ressalta que a expectativa de vida dos animais tem crescido juntamente com o avanço da medicina.
“Possuímos muitos geriatras na medicina veterinária, então, cardiopatias, nefropatias e disfunções cognitivas também fazem parte da rotina”, relata Silva, em entrevista ao Canal do Pet. Dessa forma, o desenvolvimento de profissionais e centros veterinários se transforma em melhores atendimentos e tratamentos para os pets.
Cães idosos estão sujeitos a possuírem maiores problemas de saúde (Foto: Reprodução/Portal Cães e Gatos)
Para saber de quais cuidados seu cão necessita com a idade, é importante estar presente no cotidiano dele, dedicando amor e carinho. Rammana ressalta que “alguns [cachorros] podem apresentar doenças pré-existentes e necessitam de assistência médica com mais frequência”. Nesses casos, os pets mais sensíveis ao frio ficam letárgicos, podendo apresentar confusão mental e apetite seletivo.
Visitas a veterinários de confiança também devem se tornar mais frequentes, acontecendo, em média, de seis a oito meses. O estabelecimento desse costume colabora igualmente com diagnósticos antecipados de diferentes tipos de doenças. De acordo com a especialista Caroline Moretti, dessa maneira, “o veterinário poderá planejar tratamentos através de medicamentos, alimentação, fisioterapia, acupuntura, entre outros”.
Outro ponto a ser levado em conta são as limitações vividas por um cachorro idoso, que precisa se sentir confortável com as adaptações de rotina. Nesse sentido, Moretti recomenda evitar obstáculos desnecessários, como escadas muito longas, e modificar a alimentação do animal para as condições de sua idade.
Enquanto, antigamente, os pets chegavam aos dez anos de vida, atualmente, dependendo do porte, a estimativa pode atingir até 20 anos (Foto: Reprodução/Casa Vogue)
Apesar de ser comum encontrarmos animaizinhos agitados, os pets idosos costumam perder a movimentação do corpo significativamente. Por isso, é importante incentivar a prática de exercícios, mas nunca deixá-los sozinhos durante as atividades.
Além disso, alternativas médicas para cuidar dos cães mais efetivamente precisam ser consideradas. “Exercícios regulares para trabalhar a musculatura devem existir, para isso fazemos uso de fisioterapia. Através de exercícios e aparelhos específicos conseguimos exercitar esse pet com limitações”, detalha Caroline.
Por fim, para potencializar a dedicação com os cuidados, é essencial lembrar do papel que o cachorro ocupa na família. Conforme citado pela veterinária Moretti, ele “conhece cada membro da família. Já tem seu espaço dentro da casa, suas manias já estão definidas”. Assim, o pet consegue viver saudável e feliz, aproveitando o amor de seu tutor e a qualidade de vida disponibilizada pela medicina veterinária.
Foto destaque: Cachorro idoso em posição reflexiva. Reprodução/PetFisio.