A expressão "borboletas no estômago" e "frio na barriga" não existem por acaso - na verdade, seu emocional e seu sistema digestivo estão interligados de formas que você nem imagina. De acordo com pesquisadores, a quantidade de micróbios presentes no intestino pode influenciar até mesmo as chances de uma pessoa desenvolver ansiedade ou depressão.
Segundo eles, os baixos níveis de micróbios intestinais aumentam o risco de uma pessoa desenvolver essas doenças. Porém, o contrário também é possível - o tratamento de alterações psiquiátricas pode ser feito a partir da regulação da microbiota intestinal (trilhões de micro-organismos que habitam o intestino).
As bactérias presentes no intestino influenciam a saúde mental. (Ilustração: Reprodução/Henri Campeã/SAÚDE é Vital
Em uma revisão de estudos anteriores feita pelo Centro de Saúde Mental de Xangai, na China, as intervenções exclusivamente dietéticas, ou seja, sem o uso de probióticos, foram as que apresentaram melhores resultados. Uma suposição dos pesquisadores é de que a explicação seja que oferecer diferentes substratos alimentares à microbiota é melhor que introduzir tipos específicos de bactérias através de um suplemento que pode ter sido usado por tempo insuficiente para produzir mudanças reais no ambiente intestinal.
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Por isso, segundo indicações da psicóloga Meg Arroll, para cuidar de sua microbiota, o ideal é que você evite o consumo de refrigerantes e inclua em sua dieta alimentos fermentados, kefir e alimentos frescos e naturais, como frutas, legumes, cereais, leite, queijo e azeite. Caso inclua probióticos, os mais indicados são os que contém lactobacilos e bifidobactérias no rótulo. "Probióticos são bactérias vivas encontradas em alimentos, como iogurte, e em suplementos. Eles favorecem a microbiota intestinal.", explica Arroll. Além disso, é importante dormir bem e evitar o uso de antibióticos desnecessários.
Foto destaque: a saúde mental e intestinal estão interligadas. Reprodução/Jonatan Sarmento/SAÚDE é Vital