Os advogados do banco Bradesco estão desconfiados de algum tipo de fraude nos arquivos das Lojas Americanas. Isso porque, na sexta-feira a empresa recorreu contra o pedido que os advogados fizeram para ter acesso aos e-mails dos executivos e funcionários da Americanas.
Para entender melhor, as Lojas Americanas tem uma dívida de 4,7 bilhões de reais com o Bradesco. Os advogados que defendem o banco requisitaram nesta quinta-feira (26) o acesso a esses e-mails para produzirem provas antecipadas contra a varejista.
No dia seguinte a Americanas recorreu do pedido. A equipe de advogados se pronunciou dizendo o seguinte "A resistência das Americanas à revelação de fraude, externada em todos os atos públicos praticados desde 11 de janeiro de 2023, tem uma única justificativa: é que as pessoas que ainda administram a companhia e a controlam acionariamente são justamente aquelas que serão investigadas e que podem vir a ser futuramente responsabilizadas pela situação de crise hoje vivida pela companhia."
Gráfico ( Reprodução/ Pixabay)
Resumindo a crise nas Lojas Americanas, em 11 de janeiro, o então CEO da empresa anunciou o pedido de demissão e confessou que a empresa estava com dívidas superiores a 20 bilhões de reais. A partir daí os credores começaram a entrar com processos contra a varejista para cobrar as dividas.
A empresa completa 100 anos de fundação daqui seis anos. Atualmente comandada por Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles emprega cerca de 40 mil pessoas.
O lucro da empresa em 2022 foi de 5,4 bilhões. Estranhamente no segundo semestre do mesmo ano, executivos venderam mais de 200 milhões de reais em ações.
No dia 12 de janeiro as ações da varejista caíram 77%. Uma semana depois a Americanas entrou com pedido de recuperação judicial. As Lojas Americanas alegam ter 800 mil reais em caixa e dívidas de 43 milhões.
Foto Destaque: Montagem Bradesco x Americanas. Reprodução/ Instagram