O herpes-zóster, também conhecido como "cobreiro", é uma doença viral que pode causar desconforto significativo e complicações de saúde para os afetados. No Brasil, a prevenção por meio da vacinação é uma medida importante, com duas opções de vacina disponíveis: a atenuada e a recombinante inativada. Compreender as diferenças entre essas vacinas é crucial para tomar decisões informadas sobre a proteção contra essa doença infecciosa.
Duas opções, duas abordagens
A vacina Zostavax, fabricada pela MSD, é uma vacina atenuada mais antiga. Ela contém uma versão enfraquecida do vírus varicela-zóster e oferece uma eficácia de cerca de 51% contra o herpes-zóster. No entanto, devido à sua composição, não é recomendada para pessoas imunossuprimidas. Por outro lado, a vacina recombinante inativada, Shingrix, fabricada pela GSK, é uma opção mais recente e eficaz. Ela consiste em uma proteína do vírus combinada com o adjuvante AS01, sem conter o vírus ativo, tornando-a segura para imunocomprometidos. Sua eficácia é de aproximadamente 91%.
Quem deve se vacinar
As indicações para cada vacina variam ligeiramente. A Zostavax é recomendada para todas as pessoas com mais de 50 anos, exceto para aquelas imunossuprimidas, gestantes ou com alergias graves aos componentes da vacina. Por outro lado, a vacina Shingrix é indicada para pessoas a partir dos 50 anos e também para imunocomprometidos ou aqueles com alto risco de herpes-zóster a partir dos 18 anos.
Vacina Contra Herpes Zóster (Foto: reprodução/ Buda Mendes/ Getty Images)
O esquema de dose também difere entre as duas vacinas. A Zostavax é administrada em dose única, subcutânea, enquanto a Shingrix requer duas doses intramusculares, com um intervalo de dois meses entre elas. É fundamental considerar o histórico médico e as condições individuais ao optar pela vacinação, especialmente para aqueles com imunossupressão ou outras condições médicas.
É importante notar que ambas as vacinas podem causar reações leves a moderadas, como dor no local da injeção, fadiga e dor de cabeça. É essencial estar ciente desses possíveis efeitos colaterais e informar qualquer sintoma incomum ao profissional de saúde.
No Brasil, as vacinas contra herpes-zóster não estão disponíveis no SUS e podem ser encontradas em serviços privados de vacinação, com preços variados de acordo com o fornecedor. Ao entender as opções disponíveis e as indicações específicas, pode-se fazer uma escolha informada e eficaz para a proteção contra o herpes-zóster, reduzindo assim o risco de complicações e melhorando a qualidade de vida
Foto Destaque: vacina contra herpes-zóster (Reprodução/Getty Images)