A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) divulgou já ter enviado um documento oficial solicitando maiores informações sobre estudos a respeito das vacinas aplicadas no país, em busca de dados sobre a eficácia efetiva dos imunizantes contra a nova cepa, disse o órgão que é uma agência reguladora, sob a forma de autarquia de regime especial, vinculada ao Ministério da Saúde.
Imagem da célula do novo coronavírus (Foto: Reprodução/Rawpixel/Envato Elements)
A Agência também comunicou que as fabricantes Pfizer, Butantan, Fiocruz e Janssen já foram notificadas. Agora é preciso esperar os testes clínicos ficarem prontos, uma vez que as principais farmacêuticas já afirmaram que é muito cedo para uma divulgação nesse sentido. "A Agência solicitou às desenvolvedoras de vacinas informações sobre os estudos em andamento. A Anvisa exige, para as vacinas autorizadas, que os desenvolvedores monitorem e avaliem o impacto das variantes na eficácia e na efetividade dos imunizantes", disse a Anvisa em nota.
A nova cepa do coronavírus, chamada cientificamente de de B.1.1.529 e identificada inicialmente na África do Sul, movimentou o mundo nos últimos dias. Além do alerta para restrições em viagens, houve especulações na indústria farmacêutica. Na última sexta-feira (26) a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou a inclusão da classificação como uma variante de preocupação.
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A Pfizer, que desenvolve seu imunizante junto com a Biontech, disse que os estudos sobre o impacto da variante Ômicron no êxito da sua vacina já estão em andamento. É esperado que os resultados, contendo a dados se será necessário uma reformulação do imunizante ou uma nova vacina, sejam publicados ainda em dezembro deste ano. “O Governo Brasileiro assinou no dia 29/11 o terceiro contrato com a Pfizer, que prevê o fornecimento de 100 milhões de doses da vacina contra a COVID-19 para o ano de 2022.”, disse a Pfizer em nota.
A Anvisa busca maiores informações sobre os estudos e testes em andamento, para poder nortear as futuras demandas da agência.
Foto Destaque: Fachada do edifício da Anvisa. Reprodução/Adriano Machado/Reuters