Saúde

Prescrições divergentes para a dose de reforço da vacina da Jansen

O Ministério da Saúde orientou que uma segunda dose da vacina da Jansen fosse aplicada em aproximadamente 4 milhões de pessoas que receberam a primeira dose do mesmo fabricante

30 Nov 2021 - 20h03 | Atualizado em 30 Nov 2021 - 20h03
Prescrições divergentes para a dose de reforço da vacina da Jansen Lorena Bueri

Uma segunda dose da vacina da Jansen foi recomendada pelo Ministério da Saúde na última semana. O alerta é para aproximadamente 4 milhões de pessoas que foram vacinadas contra o novo coronavírus com o imunizante  da norte-americana Johnson & Johnson. Uma pesquisa  realizada nos Estados Unidos apontou 94% de proteção contra a doença, mediante uma nova aplicação entre, no mínimo,  dois e seis meses da primeira dose. Os resultados mostraram, também,  um aumento considerável entre quatro a seis vezes com o reforço.


Frascos das vacinas Pfizer, CoronaVac, AstraZeneca e Janssen.  (Foto: Reprodução/Cristine Rochol/PMPA)


 

O Ministério da Saúde recomenda que o mesmo imunizante, no caso da Jansen, seja aplicado para a dose de reforço. A recomendação é baseada em estudos científicos, os quais apresentam melhora significativa no processo de imunização em  intervalos mais longos, por exemplo em pessoas que tomaram a primeira dose há mais de 6 meses.

Segundo estudos publicados pela Jansen, a vacina tem uma eficácia global de 66,9% contra a Covid-19, logo após 14 dias da aplicação. Da mesma forma que os demais imunizantes encontrados no Brasil são considerados totalmente eficazes no combate ao vírus SARS-CoV-, a  vacina da Jansen foi aprovada pela ANVISA  (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e não apresenta riscos à saúde da população, sendo considerada segura, com a eficácia garantida assim como a Coronavac, AstraZeneca/Oxford e Pfizer.

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No Brasil, diante da espera por novas doses da vacina da Jansen, a  prefeitura da cidade de São Paulo, baseou-se em um documento técnico do Governo do Estado para anunciar o início da aplicação de uma segunda dose da Pfizer em pessoas que foram imunizadas com a primeira dose da Jansen. Essa forma de imunização com duas vacinas diferentes é conhecida como mista e é amplamente utilizada nos Estados Unidos.

No Rio de Janeiro, a orientação da prefeitura foi que apenas idosos ou pessoas que tomaram a primeira dose há mais de cinco meses podem  tomar a dose extra de outro fabricante, nesse caso estão aplicando a Pfizer.

Em um giro pelo Brasil, alguns estados fizeram seus anúncios e atualizaram os seus calendários na corrida a favor da imunização e outros seguem aguardando novas doses das vacinas para seguir a recomendação do Ministério da Saúde em utilizar a dose de reforço do mesmo fabricante.

 

Foto Destaque:  Vacina da Jansen. Reprodução/Myke Sena/MS

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