Mounjaro mostra proteção ao coração em novo estudo com pacientes com diabetes tipo 2

Estudo mostra que Mounjaro reduz riscos cardiovasculares em pacientes com diabetes tipo 2 e histórico de doenças cardíacas

02 ago, 2025
Canetas de Mounjaro de 5 mg | Reprodução/Getty Images Embed/Peter Byrne - PA Images
Canetas de Mounjaro de 5 mg | Reprodução/Getty Images Embed/Peter Byrne - PA Images

O medicamento Mounjaro, da farmacêutica Eli Lilly, demonstrou proteção contra problemas cardiovasculares em pacientes com diabetes tipo 2 e histórico de doenças cardíacas, segundo os resultados de um estudo clínico de grande porte. O anúncio foi feito pela companhia nesta quarta-feira, e os dados devem ser apresentados na próxima reunião da Sociedade Europeia de Cardiologia.

Novo estudo reforça benefícios do Mounjaro para o coração

Essa é a primeira vez que a molécula tirzepatida, princípio ativo do Mounjaro, mostra evidência de proteção cardiovascular em um estudo de Fase 3. A pesquisa incluiu mais de 13 mil pessoas com diabetes tipo 2 e doença cardiovascular estabelecida. Os dados apontam que o risco de eventos cardiovasculares maiores, como morte cardiovascular, infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC), foi reduzido em 20% em comparação com placebo.

A tirzepatida é um agonista duplo dos receptores GIP e GLP-1, e já havia mostrado resultados positivos em termos de perda de peso e controle glicêmico em outros estudos. A nova evidência reforça o potencial do Mounjaro não apenas como tratamento para diabetes, mas também como uma alternativa para reduzir riscos cardiovasculares em pacientes de alto risco.

Estudo pode impulsionar uso do remédio no Brasil

No Brasil, o Mounjaro já foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em novembro de 2023 para o tratamento de diabetes tipo 2. A aprovação para uso em pacientes com sobrepeso ou obesidade ainda não foi concedida, diferentemente dos Estados Unidos, onde o medicamento foi liberado para controle de peso com o nome Zepbound.


Aplicação de Mounjaro (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Peter Dazeley)

A Eli Lilly destacou que os dados apresentados reforçam o compromisso da empresa em oferecer tratamentos que vão além do controle glicêmico, buscando também melhorar desfechos clínicos relevantes para pacientes com doenças crônicas. A farmacêutica também desenvolve outros estudos com a tirzepatida para avaliar seus efeitos em diferentes populações e condições de saúde.

Os resultados do estudo podem impulsionar a utilização do medicamento no Brasil, especialmente entre pacientes com diabetes tipo 2 que apresentam riscos cardiovasculares elevados. A apresentação completa dos dados na conferência europeia deve trazer mais detalhes sobre os benefícios observados e possíveis implicações para diretrizes clínicas no tratamento do diabetes.

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