Saúde

Vasectomia no SUS: entenda o funcionamento, custos e regras do procedimento

Considerado com uma eficácia de 99% entre os métodos contraceptivos, a vasectomia é ofertada pelo SUS para todos os homens que se enquadrem nas regras

20 Out 2023 - 14h00 | Atualizado em 20 Out 2023 - 14h00
Vasectomia no SUS: entenda o funcionamento, custos e regras do procedimento Lorena Bueri

A vasectomia é um procedimento cirúrgico que visa a esterilização masculina, tornando o homem incapaz de gerar filhos. Trata-se de um dos métodos contraceptivos mais eficazes e é disponibilizado gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil. Contudo, é fundamental compreender que a reversão da vasectomia é um processo complexo e nem sempre bem-sucedido. Portanto, a decisão de se submeter a esse procedimento requer uma cuidadosa avaliação do indivíduo.

A vasectomia, em si, é uma cirurgia relativamente simples, que não requer internação hospitalar. Geralmente, dura cerca de 30 minutos, e o paciente pode retomar suas atividades sexuais após a cicatrização, que leva aproximadamente uma semana.

É importante ressaltar que, após a cirurgia, a contracepção continua sendo necessária durante aproximadamente três meses, uma vez que ainda existe a possibilidade de gravidez durante esse período. Além disso, é fundamental destacar que a vasectomia não protege contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), uma vez que não substitui o uso de preservativos.

Cirurgia

O procedimento em si envolve o uso de anestesia local na região do escroto. Em seguida, é feita uma incisão de 1 a 2 centímetros na pele, sem atingir os testículos. Através desta incisão, o médico acessa os ductos deferentes, que são os canais que conectam os testículos ao pênis, transportando os espermatozóides.

Durante a cirurgia, o médico realiza um corte em cada um dos ductos e remove um fragmento deles. Em seguida, as extremidades dos canais são seladas e, assim, o caminho dos espermatozóides até o pênis é bloqueado.

Vale observar que, embora os testículos continuem a produzir espermatozóides, eles não podem mais alcançar o pênis e são, em última instância, absorvidos pelo corpo. A vasectomia não afeta a produção de hormônios masculinos nem interfere no desempenho sexual. O homem ainda ejacula, uma vez que o sêmen consiste não apenas em espermatozóides, mas também em outros componentes.


Resultado após a conclusão do procedimento cirúrgico (Foto: reprodução/Santos Medicina Avançada)


A vasectomia é uma escolha permanente, a menos que o homem opte por uma cirurgia adicional para tentar reverter o procedimento e recuperar sua fertilidade. No entanto, a reversão da vasectomia é um processo desafiador e não é oferecida pelo SUS, sendo disponível apenas em clínicas particulares.

Custo e regras

O custo médio de uma vasectomia em clínicas particulares no Brasil varia amplamente, situando-se entre R$ 1.000 e R$ 10.000. Entretanto, no SUS, a vasectomia é gratuita para todos os brasileiros, desde que tenham pelo menos 21 anos de idade. Homens mais jovens também podem optar pela vasectomia, mas apenas se tiverem pelo menos dois filhos. 

Para iniciar o processo, é necessário expressar o desejo na Unidade Básica de Saúde mais próxima. Há um período de espera mínimo de 60 dias entre a solicitação e o procedimento, permitindo que o indivíduo tenha tempo para refletir sobre sua decisão.

Eficácia

A vasectomia é um dos métodos contraceptivos mais eficazes, com uma eficácia de cerca de 99% na prevenção da gravidez, de acordo com o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS). No entanto, é fundamental lembrar que não oferece proteção imediata. 


Posição da vasectomia entre os métodos contraceptivos (Foto: reprodução/Prescrita)


O homem deve aguardar cerca de três meses, ou cerca de 25 ejaculações, após a cirurgia para garantir que todos os espermatozóides presentes nos ductos deferentes tenham sido eliminados. Somente após esse período é possível ter relações sexuais sem usar outros métodos contraceptivos. Em alguns casos, pode ser solicitado um exame de espermograma para verificar a ausência de espermatozoides no sêmen antes de considerar seguro abandonar a contracepção complementar.

Foto destaque: Médico segurando uma lupa em um espermatozóide. Reprodução/Dr. Leornado Ortigara.

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