A União Europeia registrou nos primeiros três meses de 2024 mais de 32 mil casos de coqueluche, superando os mais de 25 mil casos registrados durante todo o ano de 2023. A China reportou 32.380 casos, sendo que 13 pacientes vieram a óbito até fevereiro deste ano. No Brasil, o Ministério da Saúde confirmou 115 casos até junho; no ano passado foram 217 casos, sem registro de morte pela doença.
Sintomas e impactos da coqueluche
A coqueluche é uma doença respiratória causada pela bactéria Bordetella pertussis. A principal característica da infecção são crises de tosse seca intensa e dificuldades respiratórias. Crianças e bebês são os principais atingidos pela doença, que pode evoluir rapidamente para estágios mais graves. Os primeiros sintomas podem assemelhar-se a uma gripe ou resfriado, manifestando-se geralmente com corrimento nasal, febre baixa e tosse. Conforme a infecção avança, a tosse piora e surgem novos sintomas como falta de ar, vômito e cansaço extremo.
Bebê sendo vacinado (Foto: reprodução/Fabio Teixeira/Agência Anadolu/Getty Images Embed)
Os sintomas da coqueluche podem persistir por até 10 semanas e podem evoluir para pneumonia. Em casos mais graves, o paciente pode sofrer parada respiratória, convulsões, dano cerebral e até morte.
A transmissão da doença ocorre pelo contato com uma pessoa infectada pela bactéria, através de gotículas expelidas durante a tosse, espirros ou pela fala. Os sintomas manifestam-se num prazo de 5 a 10 dias, podendo variar até um máximo de 42 dias.
Estratégias de prevenção, vacinação e tratamento
A melhor forma de prevenção ainda é a vacinação, principalmente entre crianças e grupos considerados de risco. No Brasil, a vacina pentavalente é disponibilizada pelo SUS e altamente indicada para crianças no primeiro ano de vida, com reforço da vacina tríplice bacteriana aos 15 meses e aos 4 anos de idade. Além da cobertura contra a coqueluche, a vacina "penta" auxilia na prevenção de doenças como difteria, tétano, hepatite B e influenza B. O diagnóstico da coqueluche é obtido através de exames laboratoriais, e o tratamento é feito com a administração médica de antibióticos.
É importante verificar se a cobertura vacinal está em dia para prevenir contra a doença. No ano passado, segundo reportagem do G1, a meta de imunização ficou abaixo do esperado pelo Ministério da Saúde. É fundamental também que, em caso de manifestação dos sintomas, seja procurada uma unidade de saúde para receber o diagnóstico e tratamento adequado.
Foto Destaque: criança sendo imunizada (Reprodução/Pedro Vilela/Getty Imagens Embed)