O termo “Masculinidade frágil”, popularizou-se e significa o conjunto de tabus e preconceitos que geram ansiedade e preocupação em homens ao supostamente se afastarem dos conceitos que a sociedade denomina como os padrões de masculinidade, dentre as atitudes que geram essa sensação, está procurar atendimento médico.
A falta de acompanhamento especializado, faz com que diversos homens realizem tratamentos em si próprios, recorrendo à automedicação. Segundo dados de uma pesquisa realizada pelo CFF – Conselho Federal de Farmácia - automedicação é um hábito de 77% da população. A prática da automedicação consiste na administração de medicamentos em si próprio sem prescrição médica e é responsável pela incidência de diversas doenças como, insônia, queda capilar e disfunção erétil.
Automedicação é perigosa à saúde. (Foto: Reprodução/Exame Tóxicológico)
Grande parte dos pacientes que apresentam essas doenças são homens, de acordo com um levantamento realizado pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 45% dos homens brasileiros possuem algum tipo de disfunção erétil e, segundo dados do estudo intitulado “Androgenetic alopecia: a review” publicado pelo National Library of Medicine, 30% dos homens sofrem com queda capilar antes de completarem 30 anos.
O uso incorreto de medicamentos, além dos impactos à saúde já citados, também pode causar dependência química, reações alérgicas, intoxicação e até a morte.
Outro problema grave que pode advir da falta de ida ao médico dos homens é o aumento de casos de câncer de próstata. Um dos exames mais importantes para a detecção precoce de câncer de próstata é o toque retal, no entanto, devido à “masculinidade frágil”, muitos homens recusam-se a realizar o teste, mesmo estando na idade indicada, o que pode acabar dificultando o diagnóstico desse tipo de doença.
Isso acende o alerta para a necessidade de se autoconhecer para não precisar de autoafirmação que reforçe masculinidade em detrimento da própria saúde, é preciso realizar os exames que precisam ser feitos e não se automedicar para evitar complicações na saúde que podem causar até a morte.
Foto Destaque: Homem se automedicando. Reprodução/Papo de Homem
