A informação foi divulgada na edição de hoje, segunda-feira, 14 de abril, do Diário Oficial da União. O pedido para o registro definitivo da vacina foi aprovado pela Anvisa, mas o Instituto Butantan já estava produzindo o imunizante desde o início do processo de autorização, em dezembro do ano passado.
Junto ao Instituto Butantan, a vacina foi desenvolvida em parceria com a Valneva, uma farmacêutica estrangeira. Agora, como o primeiro imunizante aprovado no país contra a doença, a vacina será introduzida para a população acima dos 18 anos.
Testes com doses da vacina foram feitos com pacientes jovens, adolescentes brasileiros com ou sem infecção prévia. No sucesso da avaliação, anticorpos neutralizantes foram registrados por completo nos voluntários que tiveram contato com a doença.
A chikungunya
Transmitida pelo Aedes aegypti, o mesmo mosquito do vírus zika e da dengue, e também o Aedes albopictus, a chikungunya compartilha alguns sintomas comuns com as demais doenças, como, por exemplo, a dor nas articulações, cabeça, febre, além das manchas avermelhadas na pele.
Aedes aegypti, transmissor da chikungunya, zika e dengue (Foto: reprodução/Agência Brasil)
A doença pode deixar sequelas, levando as dores, principalmente articulares, durarem anos ou acabarem virando uma dor crônica, junto ao agravamento que leva à morte. Casos de falecimento pela doença vem acontecendo nos países mais afetados, como a Bolívia, Paraguai, Argentina e o Brasil. Ano passado, mais de 600 mil pessoas foram acometidas pela chikungunya.
Da produção em diante
Com a aprovação, o Instituto Butantan prioriza novos testes para que a vacina final utilize componentes nacionais em sua fórmula, parte comum da produção feita em território brasileiro, sendo uma forma mais apropriada para a futura implementação da vacina no SUS. A introdução do imunizante no Programa Nacional de Imunizações dará um pouco mais de trabalho, sendo obrigatória uma análise de algumas autoridades de saúde, como a Conitec.
Após a finalização de todos os processos para que a vacina contra a chikungunya chegue a população, é provável que as regiões com uma quantidade alta de casos tenham seus moradores sendo vacinados como prioridade.
Foto Destaque: fotografia durante vacinação (Reprodução/Agência Brasil)