Foi aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nesta semana um medicamento de tratamento semanal contra diabetes. A insulina basal "icodec", fabricada pela empresa farmacêutica Novo Nordisk, é indicada para adultos com diabetes tipo 1 e tipo 2. Com o uso da insulina, o tratamento oferece a mesma eficácia das insulinas basais aplicadas diariamente.
O tratamento para diabéticos tipo 1 pode utilizar dois tipos de insulina: a basal, que é aplicada uma vez ao dia, e a insulina de ação ultrarrápida, que é utilizada antes das refeições, diariamente. Para os diabéticos tipo 2, o tratamento envolve o uso da insulina basal e antidiabéticos orais.
Reportagem do G1 sobre a nova insulina (Foto: reprodução/Instagram/@portalg1)
Vantagens do medicamento
O endócrino e Presidente de departamento de Diabetes, Ruy Lira da Silva, afirma que a chegada do medicamento foi uma revolução para o tratamento. Ele diz que esse tipo de tratamento irá trazer mais conforto e uma qualidade de vida melhor aos pacientes, sendo possível reduzir as aplicações de 365 para 52 vezes durante o ano. Com apenas uma injeção, a insulina faz um controle de glicemia durante a semana sem elevações.
“Temos estudos tanto em diabetes tipo 1 quanto diabetes tipo 2 mostrando que a redução glicêmica foi similar. Isso é extraordinário. Você muda de insulina diária para semanal e mantém o controle glicêmico adequado”, ressaltou o médico.
Desenvolvimento da doença
Uma pesquisa feita por especialistas aponta que 10% dos casos de diabetes tipo 2 são desenvolvidos pelo consumo de bebidas adoçadas, como refrigerantes, sucos de caixinha e achocolatados. Eles explicam que, ao ingerir essas bebidas, ocorre rapidamente um aumento significativo no açúcar no sangue, o que, com o tempo, causa danos ao corpo, como ganho de peso, resistência à insulina, problemas metabólicos e ataques cardíacos.
Além disso, estudos indicam que as maiores taxas de mortalidade no mundo são causadas por essas duas doenças. Em 2015, a pesquisa apontou que a letalidade era de 184 mil mortes anuais, o que mostrou um aumento de mais de 150 mil pessoas por ano.
Foto destaque: injeção de insulina (Reprodução/Instagram/@portalg1)