Cientistas desenvolvem chupeta inteligente capaz de monitorar a saúde de bebês

Cientistas desenvolvem chupeta inteligente capaz de realizar diversos exames em bebês de forma não invasiva e podendo apresentar resultados mais consistentes do que os exames tradicionais.

17 maio, 2022

De acordo com um artigo publicado na revista “Biosensors and Bioeletronics” baseado em um estudo realizado por pesquisadores dos EUA e da Coreia do Sul, uma chupeta inteligente está em desenvolvimento.

O acessório, já amplamente utilizado para acalmar bebês, agora foi incrementado com tecnologia de ponta para auxiliar no monitoramento da saúde dos bebês, ela poderia, ainda, substituir coletas sanguíneas mais invasivas e acompanhar os eletrólitos do corpo dos recém-nascidos em UTIS ,Unidades de Terapia Intensiva, Neonatais, auxiliando assim no tratamento de bebês que precisam de acompanhamento médico sem utilizar técnicas mais agressivas, a chupeta é capaz de monitorar em tempo real informações primordiais para a sobrevivência dos bebês prematuros

Segundo a equipe responsável pelo projeto, a chupeta tecnológica também é capaz de monitorar continuamente os níveis de potássio e íons de sódio, o que pode auxiliar em um diagnóstico mais rápido de desidratação, problema que pode afetar seriamente a saúde dos recém-nascidos, principalmente os prematuros ou que já possuem outros problemas de saúde pregressos.


Bebê com chupeta rosa (Foto: Reprodução/ Bebê Abril)


Já foram realizados testes com a chupeta bioeletrônica em bebês selecionados em um hospital que apresentou resultados compatíveis com os obtidos por exames de sangue tradicionais, mostrando a eficácia do instrumento.

O horário de realização dos exames de sangue comuns pode contribuir para deixar lacunas nas informações obtidas, pois geralmente são realizados pela manhã e noite, já com a chupeta, visto que os bebês as utilizam por longos períodos do dia, pode apresentar resultados mais consistentes sem requerer várias coletas.

Ela foi desenvolvida a partir de uma chupeta convencional que foi incrementada com um intrincado sistema de canais microfluídicos que a torna capaz de realizar todas as análises a partir da saliva dos bebês de uma forma recreativa.

Com o desenvolvimento do projeto, os pesquisadores almejam tornar a chupeta inteligente mais acessível, tornar seus componentes recicláveis e realizar mais testes clínicos que comprovem sua eficácia, a criação da chupeta tecnológica faz parte de uma série de ações que buscam tornar tratamentos realizados em UTIs menos traumático para os pequenos.

 

Foto Destaque: Bebê chupando chupeta. Reprodução/ Centro Médico Martins.

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