Comerciantes da 25 de Março protestam investigação dos EUA

Mais de cem pessoas ocuparam uma rua da região em protesto contra a investigação dos Estados Unidos sobre o comércio de produtos falsificados no polo comercial

18 jul, 2025
Manifestação na região da 25 de Março | Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed
Manifestação na região da 25 de Março | Reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed

Nesta sexta-feira (18), comerciantes protestaram contra investigação promovida pelo governo americano sobre venda de produtos piratas e brechas na proteção de direitos de propriedade intelectual na 25 de Março, maior centro comercial popular da América Latina. Segundo dados da Polícia Militar, mais de 100 pessoas tomaram uma faixa da Rua Carlos de Souza Nazaré durante a manifestação.

Investigação sobre 25 de Março

Em carta enviada ao Presidente Lula, acerca do aumento das tarifas sobre produtos brasileiros, Donald Trump já havia mencionado a investigação sobre o polo comercial. Em documento que formaliza a ação contra o comércio divulgado na última terça-feira (15), o Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR) afirma que a 25 de Março é um dos principais lugares de produtos falsificados e que a ilegalidade ocorre há anos devido à falta de fiscalização e medidas punitivas contra os falsificadores.


Jemieson Greer, Representante Comercial dos Estados Unidos e chefe do USTR (Foto: reprodução/Tom Williams/Getty Images Embed)

O USTR ainda diz no relatório que há mais de mil lojas que vendem mercadorias piratas e que, segundo as marcas originais, as falsificações vendidas na região são enviadas para o restante do Brasil. Além destas alegações, a nova investigação averiguará as diferenças de taxas sobre produtos de parceiros comerciais, para o USTR, injusta para os EUA; medidas falhas contra corrupção; serviço de pagamento eletrônico nacional que prejudica ações de empresas americanas; aumento da tarifa sobre etanol americano e desmatamento ilegal por falta de fiscalização.

Reação da Univinco25 sobre investigação

Em entrevista para o G1, a Associação Representativa do Comércio da Região da 25 de Março, a Univinco25, declarou que existem espaços clandestinos e isolados onde são vendidos produtos piratas, mas que a ação é combatida pelos órgãos públicos responsáveis.


Compradores na 25 de Março (Foto: reprodução/Bloomberg/Getty Images Embed)

A Univinco25 também afirmou que esta pequena parcela não corresponde as mais de duas mil lojas formais que o centro abriga, cuja maior parte das mercadorias comercializadas são fabricadas e importadas da China e não possuem relação com o país governado por Donald Trump.

 

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