Câmara acelera projeto polêmico que exige exame obrigatório para médicos

Projeto que propõe exame nacional para médicos avança no Congresso; obrigatoriedade prevista enfrenta críticas de estudantes e especialistas em educação

17 jul, 2025
Estetoscópio | Reprodução/Pixabey
Estetoscópio | Reprodução/Pixabey

Em decisão desta quarta-feira (16), a Câmara dos Deputados aprovou a tramitação em regime de urgência para o projeto que institui o Exame Nacional de Proficiência em Medicina. A medida permite que a proposta seja votada diretamente no plenário, sem necessidade de análise prévia pelas comissões temáticas da Casa.

Novo requisito para exercício da medicina

O projeto estabelece que:

  • O exame será obrigatório para obtenção do registro profissional nos CRMs;
  • Médicos só poderão clinicar após aprovação na avaliação;
  • A prova avaliará conhecimentos teóricos e habilidades práticas;
  • O modelo segue padrão similar ao exame da OAB para advogados.

Uma instituição federal de ensino superior, a ser indicada pelo Ministério da Educação, ficará responsável pela elaboração e aplicação do exame. O conteúdo seguirá as diretrizes curriculares nacionais do curso de medicina, abrangendo todas as áreas essenciais da formação médica.


Profissional de saúde feminina examina mulher em atendimento médico


Polêmica divide opiniões no Congresso

Os defensores da proposta argumentam que:

  • O exame garantirá padrão mínimo de qualidade profissional;
  • Reduzirá disparidades na formação entre instituições;
  • Protegerá a população de profissionais mal preparados;
  • Segue modelo bem-sucedido em outras profissões.

Por outro lado, os opositores alegam que:

  • Cria barreira adicional para exercício profissional;
  • Pode prejudicar estudantes de universidades públicas;
  • Não resolve problemas estruturais da formação médica;
  • Aumenta custos para os recém-formados.

Próximos passos da tramitação

Com o regime de urgência aprovado:

  • O projeto pode ser votado a qualquer momento;
  • Necessita de aprovação em plenário na Câmara;
  • Depois segue para análise do Senado Federal;
  • Por fim, depende de sanção presidencial.

Especialistas em educação médica destacam que, se aprovado, o exame poderá:

  • Uniformizar o padrão de formação no país;
  • Identificar deficiências curriculares;
  • Estimular melhorias no ensino médico;
  • Oferecer dados para políticas públicas na área.

A discussão promete se intensificar nos próximos dias, com entidades médicas, educacionais e estudantis se posicionando sobre o tema. Enquanto isso, o Governo Federal sinaliza apoio à medida, considerando-a fundamental para a qualificação dos serviços de saúde no país.

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