Exclusivo: Rosamaria conta sobre sua experiência em Tokyo e suas expectativas para próxima temporada

Destaque da Seleção Brasileira em Tokyo, Rosamaria conversou com Portal Lorena R7 sobre as olimpíadas, suas expectativas para próxima temporada e o grande carinho dos fãs nas redes sociais.

29 ago, 2021

A Seleção Brasileira de vôlei feminino ficou com a prata em Tokyo e teve como destaque uma estreante em olimpíadas. Rosamaria teve grandes atuações vindo do banco de reservas, mudando as partidas. Além de sua grande habilidade, a jogadora ficou marcada por sua postura aguerrida, com muita vibração, que contagiava o elenco e botava fogo nas partidas.

A oposta da seleção viralizou na internet durante as olmpíadas, após a atuação na partida contra a Coreia, onde o Brasil venceu por 3×0, a jogadora foi apelidada pelos internautas como “/Rosamaria pistola”/. Um bloqueio de Rosamaria no terceiro set foi um dos pontos altos da partida que levou os internautas a comentarem sobre o desempenho da atleta. A expressão flagrada em imagens durante a transmissão “Não vai passar”, dita pela atleta após a jogada, foi parar entre os principais destaques de uma rede social. Antes mesmo de desembarcar de volta ao Brasil após os Jogos Olímpicos, ela chegou a 1 milhão de seguidores nas redes sociais.


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                                               Rosamaria Brasil x Rússia vôlei Olimpíadas — Foto: REUTERS/Valentyn Ogirenko


A sensação das olimpíadas, Rosamaria, concedeu uma entrevista exclusiva para o Portal Lorena R7. Confira!

 

Qual foi a sensação de jogar sua primeira olimpíada?

“Foi uma sensação bem diferente. A Olimpíada tem uma energia especial. Senti um pouco de ansiedade da estreia, mas com a ausência de público acabou sendo mais tranquilo do que eu imaginava. Tinha feito um bom trabalho na Liga das Nações para tentar me preparar para as Olimpíadas, e fiquei feliz por ter entrado bem em todos os momentos em que fui solicitada. Sabemos que, mentalmente, é uma competição bem diferente, mas nos mostramos bem preparadas”.

Como foi assumir uma responsabilidade tão grande, entrando no lugar da Tandara, umas principais jogadoras da seleção?

“Todas nós trabalhamos duro para suprir alguma ausência se houvesse necessidade. O grupo se preparou bem para dar força para quem tivesse que entrar. O tempo todo foi assim. Não estávamos despreparadas. A gente treinou para suprir qualquer mudança. Nosso grupo estava muito fechado, independentemente de qualquer coisa que acontecesse. A Olimpíada tem o fator psicológico, mas é voleibol, é o que estamos acostumadas. Nada mudou. Então esse foi o pensamento: fazer o que a gente trabalhou e se preparou”.

Você ficou marcada pela garra e raça em quadra. O que te motiva a entrar sempre com essa postura?

“Quem me conhece, acompanha a minha carreira, sabe que eu sempre tive esse perfil. É uma característica minha muito forte. Aquela energia sou eu e. pode fazer a diferença, principalmente, em momentos de alto nível. Muitas vezes essa energia é que faz você querer mais, buscar, conquistar um ponto. Além do físico, técnico, tático, a gente tem que querer muito”.

 

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Você esperava tanto sucesso na internet durante as olimpíadas? E como reagiu a tanto carinho por parte de seus fãs?

“Fiquei muito feliz com o crescimento do carinho que tenho recebido até hoje. Quando eu cheguei no Brasil foi que eu pude ver toda a proporção. É o reconhecimento do meu trabalho. A gente fez bonito e as pessoas gostaram. É claro que a visibilidade das Olimpíadas é totalmente diferente. Adorei e fico feliz por ter correspondido às expectativas, por ter ajudado o Brasil e por ter esse reconhecimento. Agora é trabalhar ainda mais duro para que todo mundo continue acompanhando e vibrando”.

Qual a lição que você tirou da medalha de prata nas olimpíadas?

“A lição que fica é a de que trabalhando as coisas podem acontecer, até porque não existe jogo ganho fora de quadra. Ninguém ganha antecipadamente e nem no papel. Acho que o trabalho duro é recompensado no final quando acreditamos nas nossas convicções e não damos ouvidos aos outros. Muitas vezes, a nossa seleção não foi colocada entre as favoritas, mas trabalhamos muito para fazer o nosso melhor.”

Quais são suas expectativas para sua próxima temporada na Itália?

 “As expectativas são muito boas. Foi montado um time muito forte e acredito que vamos brigar por títulos. Pessoalmente, venho evoluindo nessas duas temporadas na Itália, e a Olimpíada veio para coroar isso, mostrando o quanto eu consegui crescer lá fora. Agora espero que esse crescimento continue na equipe do Novara. Jogar uma Champions League, o campeonato de clubes mais forte do mundo, será uma grande experiência, uma bagagem que quero muito ter. Espero conseguir realizar muitas coisas nesta temporada”.

O quanto Tokyo 2020 pode ajudar a seleção brasileira a buscar a medalha de ouro em Paris 2024?

“Acho que essa Olimpíada trouxe uma motivação muito legal. Grande parte do grupo tem chances de brigar para estar em Paris, e tenho certeza de que essa experiência pode contribuir, principalmente, por todo o cenário que passamos e por termos construído o nosso caminho no dia a dia”.

(Foto destaque: Reprodução)

 

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