STF ainda debate responsabilidade de usuários dentro das redes sociais

O STF ainda debate responsabilidades de usuários dentro da internet que começou ontem quarta-feira (27), e continua hoje, quinta-feira (28), julgando processos de empresas como a Meta, o Google e o X de Musk se são responsáveis ou não pelos conteúdos de fake news, difamação e calúnia publicados nas redes socais. O debate é se as empresas devem ser diretamente punidas e responsabilizadas por conteúdos ilegais. Os ministros leram relatórios e ouviram representantes dos segmentos, porém a votação ficou para hoje.  

O debate 

Ministros do STF discutem os impactos e se os aplicativos devem ser condenados a pagarem indenização por danos, já que os mesmos deveriam fiscalizar e monitorar seus usuários. Algumas redes ainda são relutantes em retirar do ar discursos de ódio, ofensas e fake news postadas por usuários terceiros. Os ministros ainda avaliam se é constitucionalidade do artigo 19 do Marco Civil da internet (Lei 12.965/2014), que estabelece direitos e deveres dentro do ambiente virtual. Porém, partindo do pressuposto da liberdade de expressão, as plataformas começam a ser penalizadas pelos conteúdos ilegais feitos pelos seus usuários, se depois da ordem judicial, o conteúdo não for removido. 

A defesa  

Os advogados das principais redes sociais defenderam a validade do marco. José Rollemberg Leite, representante da Meta, afirmou a validade do artigo 19 que permite a retirada imediata de conteúdo sem ordem judicial prévia. Ele também foi a favor da autorregulamentação para que fossem retirados conteúdos de pedofilia, discurso de ódio e violência. Eduardo Bastos Furtado Mendonça, que representava o Google; reconheceu a problemática dos discursos de ódio e da falta de informação, mas defende que não são problemas criados pela tecnologia.  


 

O ministro Flavio Dino com a Constituição (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Sergio Lima)


Os ministros também mostraram preocupação com a recusa das redes de retirarem perfis falsos. Alexandre de Moraes deu sua experiência como exemplo, dizendo não ter Instagram e Facebook, porém existe cerca de 20 perfis se passando por ele.  

Marco Civil da Internet entrou em vigor em 2024 para estabelecer garantias, princípios, direitos e deveres no ambiente virtual para usuários e empresas. Num dos seus artigos, a proposta diz que empresas digitais só podem ser penalizadas por conteúdos após ordens judiciais, se caso exista a recusa de retirar o conteúdo ofensivo ou de caráter difamatório.  

Foto destaque: Sessão do SFT (Reprodução/ Andressa Anholete/SCO/STF). 

Startup brasileira desenvolve biomaterial que pode substituir estruturas ósseas

A startup brasileira “HAP Gesso” criou uma forma de transformar gesso em osso humano. Conforme a empresa, o composto será importantíssimo no futuro, podendo ser utilizado em cirurgias visando regenerar ossos ou até mesmo dentes. Caso a pesquisa se desenvolva positivamente, o biomaterial será uma revolução no setor da saúde. 

A “hidroxiapatita de cálcio” é o material estudado pela startup. Sua matéria-prima é extraída na região do Araripe, em Pernambuco. A “HAP Gesso” foi criada em 2022 e integra a incubadora “Porto Digital Europa”. Essas empresas são responsáveis por auxiliar no desenvolvimento de negócios em fase inicial. Em busca de entrar no mercado, a “HAP Gesso” tenta captar R$ 1 milhão.

A pesquisa

Como afirmado pela empresa, o material desenvolvido tem potencial para contribuir em todos os procedimentos que envolvam recuperação óssea e dentária. Consequentemente, poderia ser utilizado nas áreas de estética, odontologia, ortopedia e veterinária, por exemplo. 

No processo, o sulfato de sódio é convertido em hidroxiapatita. Gessos de alta qualidade e com alto grau de pureza são utilizados. Devido às diferenças de regulamentação, os processos estão sendo feitos no Brasil e na Europa. Vale destacar que a “Porto Digital Europa” opera no norte de Portugal e que o continente europeu é o segundo maior mercado consumidor de hidroxiapatita no mundo inteiro, atrás apenas dos Estados Unidos.


Região do Araripe é local de extração visando produção da hidroxiapatita (Foto: reprodução/@leonelolimpio/X)


Próximos passos

Em seu site, a “HAP Gesso” explica o objetivo da empresa, que vai ao encontro do proposto com o desenvolvimento da pesquisa com gesso.

“Somos dedicadas a melhorar a harmonização, o suporte e a mobilidade do corpo humano utilizando hidroxiapatita de cálcio sintética. Nossa missão é produzir biomateriais inovadores, biocompatíveis e osteocondutores para promover a saúde óssea, aprimorando a qualidade de vida e a mobilidade dos usuários em procedimentos odontológicos e ortopédicos”.

No Brasil, a Universidade Federal do Vale do São Francisco é responsável pela condução dos experimentos. Presidente da startup, Ceissa Campos Costa comentou sobre a expectativa de chegada do material ao mercado, que deve ocorrer, na Europa, no início de 2025: 

“Necessitamos, agora, da certificação (sanitária) e adequação do biomaterial, comprovando que está em conformidade com as normas europeias na área da saúde”

Testes serão realizados em animais em um primeiro momento para que, posteriormente, sejam conduzidos em seres humanos. 

Foto Destaque: Pesquisa busca substituir osso humano por material sintético (Reprodução/Otto Norin/X)

Vida em Marte: cristais de água indicam possibilidade de seres vivos no planeta

A revista científica Science Advances publicou no último dia 22/11, na sexta-feira passada, um estudo afirmando a existência de cristais dentro de um meteorito marciano, indicando que existia água quente no planeta há cerca de 4 bilhões de anos. A rocha chamada popularmente Beleza Negra, com o nome científico de NWA7034, contém a presença de matérias geoquímicos de fluidos ricos de água, reacendo a esperança de que o planeta já foi habitável em algum momento de sua história. 

Novos rumos ao estudo

O cientista coautor do estudo, Aaron Covosie, afirma que a descoberta esclareceu novos rumos para entendermos como funcionam antigos sistemas hidrotermais ligados ao magmatismo marciano. Além desses componentes, a equipe de estudiosos encontrou padrões de ferro, meteorito, alumínio, ítrio e sódio presentes. A pesquisa ainda expressa que os impactos sofridos de meteoritos na Crosta de Marte, existia água presente no período chamado de Pré-Neóquio cerca de 4,1 bilhões de anos atrás. O meteorito foi achado no Marrocos no deserto do Saara em 2011, ajudando a compreender a história de Marte. O nome do meteorito vem de “NWA” que é uma sigla para “Northwest Africa” que traduzindo seria noroeste africano onde fica localizado o deserto que ele foi encontrado.  


 

Ilustração do planeta Marte (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Cokada) 


Para cientistas, fluidos hidrotérmicos indicam possibilidades de existir vida. O meteorito Zircão mostra elementos que traz indícios que existia ali ambiente aquosos oxidantes. Tudo isso acende a esperança para sistemas energéticos presentes ao forte magnetismo ligados a crosta marciana sendo propício para a habitação. 

O futuro do estudo

Aprofundando os estudos, os cientistas destacam que a formação encontrada no Zircão ocorreu cerca de 4,45 bilhões de anos atrás, coincidindo com o dínamo global que guardava a superfície do planeta de radiações.  

A descoberta impacta missões futuras para buscar sinais de vida fora da terra. Outras áreas além da Crosta magnética recém-descoberta é a província Terra Cimmeria-Sirenum que também se torna atrativa para a vertente desses estudos e explorações. 

Foto destaque: NASA em Marte na década de 1970 (Reprodução/Revista Galileu/Pixabay) 

Novidade no WhatsApp transforma áudios recebidos em textos

Não será mais necessário ouvir áudios no WhatsApp. A Meta anunciou nesta quinta-feira (21), que implementará o recurso de transcrição de áudios. Quem não gosta de ouvir áudios certamente ficará contente com a novidade. O recurso já está disponível para alguns usuários e será disponibilizado de forma gradual nas próximas semanas. 

E para a alegria dos brasileiros, o português é um dos cinco idiomas que possuem suporte neste primeiro momento, além do espanhol, hindi, inglês e russo. Sua forma de uso é simples, com o texto transcrito aparecendo abaixo da mensagem de voz. A Meta também apontou que o sistema deverá ser aperfeiçoado ao longo do tempo. 

Mais detalhes

A Meta também destacou que os áudios serão transformados em áudio no próprio aparelho. Isso permite manter o conteúdo criptografado e, consequentemente, proporcionar privacidade. Em nota, a empresa explicou dizendo que “… ninguém mais, nem mesmo o WhatsApp, pode ver, ouvir ou ler suas mensagens”

A novidade pode ser útil em ambientes barulhentos, por exemplo. Ou em situações onde ouvir um áudio é desconfortável. Algumas contas já contam com o novo recurso, que viralizou nas redes sociais. 

O WhatsApp é o aplicativo de mensagens mais famoso no mundo e, de acordo com Mark Zuckerberg, o Brasil é o país onde as mensagens de voz são mais utilizadas. Em média, brasileiros enviam quatro vezes mais áudios do que qualquer outro lugar. 


Exemplo de áudio transcrito, com texto logo abaixo da mensagem de voz (Foto: reprodução/@brains9/X)


Como usar?

É necessário ativar a funcionalidade nas configurações, o que pode ser feito de maneira simples. Primeiro, deve-se clicar em “Configurações”, no canto inferior direito na página de conversas. Em seguida, acionar “Conversas” e, por fim, “Transcrições de mensagens de voz”. A partir daí, basta escolher o idioma e, ao receber um áudio, pressionar a mensagem e tocar em “transcrever”. Pronto, a mensagem terá formato em texto. 

Foto Destaque: Whatsapp recebe mais uma novidade nesta quinta-feira (21) (Reprodução/antonbe/Pixabay)

“Missão Solar Orbiter” revela mais detalhes sobre o Sol

Recentemente uma descoberta trouxe informações importantíssimas sobre o Sol. A missão Solar Orbiter, parceria entre a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA), além de revolucionar nosso entendimento sobre o Sol, revelou imagens de tirar o fôlego revelando detalhes nunca vistos antes. Descobrir os mistérios do universo, talvez seja um dos mais antigos desejos da humanidade. E, se colocarmos em ordem de grandeza, o Sol, a “intocável estrela” da Via Láctea, move os maiores anseios por respostas.

A sonda Solar Orbiter projetada para estudar o Sol de perto, foi lançada em fevereiro de 2020. Aproximando-se a uma distância que permite capturar imagens de alta resolução, apontando mais características da superfície solar e da atmosfera que antes eram invisíveis. “As imagens que estamos obtendo são como um novo olhar sobre o Sol. Estamos desvendando mistérios que nos acompanham há séculos”, declara o cientista da NASA, Daniel Müller. 


Lançamento da sonda Solar Orbiter em 2020 (Foto: reprodução/ESA/Science & Exploration)


Novo olhar

Ao enviar uma série de imagens impressionantes da superfície solar com detalhes incríveis, a missão proporcionou um novo olhar sobre a magnífica estrela. Cada foto capturada revela manchas solares, erupções e até mesmo o fluxo de partículas que compõem o vento solar. Além de  bonitas, as imagens são trazem fundamentação para a compreensão a respeito da influencia solar sobre o clima espacial e, sobretudo, ao cotidiano terrestre. 


Atmosfera superior do Sol, a corona, via instrumento Extreme Ultraviolet Imager (EUI) da Solar Orbiter (Foto: reprodução/ESA & NASA/Solar Orbiter/Equipe EUI)


“Cada nova imagem que recebemos nos ajuda a entender melhor a dinâmica do Sol. É como se estivéssemos lendo um livro que nunca tinha sido aberto antes”, comentou Holly Gilbert, cientista da ESA, sobre a importância da recente descoberta. Uma perspectiva que movimenta ainda mais o universo científico, especialmente, quando se é necessário considerar os impactos das atividades solares relacionados a tecnologia, como satélites e redes elétricas.

Encarando o futuro

A Solar Orbiter inaugurou um novo tempo das observações. As informações coletadas, deixam ainda mais esperançosos por um futuro promissor na prevenção de eventos solares que atinjam a Terra, como tempestades. A missão atualiza o conhecimento sobre o Sol, tanto embasando conceitualmente como tecnologicamente a comunidade científica para os desafios que vierem a surgir devido a sua atividade. 

Dado apenas os primeiros voos em sua jornada, a jovem Orbiter, terá muitos dados a serem coletados nos próximos anos. “Estamos apenas arranhando a superfície do que podemos aprender”, disse Müller. Apesar da avançadíssima disponibilidade tecnológica, quando se trata do universo, apenas engatinhamos diante dos mistérios que nos cerca ao cruzarmos atmosfera afora. 

Foto destaque: Imagen conceitual da Primeira aproximação do Solar Orbiter do Sol (Reprodução/ESA /Science & Exploration/Space Science/Solar Orbiter)

Governo Lula assina acordo com “Starlink chinesa” concorrente de Elon Musk

Depois do G20, o governo brasileiro recebeu em Brasília o líder de Estado chinês Xi Jinping ontem, 20 de novembro, para protocolar acordos em encontro que fugia ao protocolo na residência oficial, por questões de segurança pedidas pela China. O mais importante acordo é fazer com que a empresa chinesa SpaceSail trabalhe com a Telebras para atender a demanda de internet via-satélite em lugares remotos onde não é possível fibra óptica.  

Parceria 

Essa parceria tem seu momento ápice para funcionar em 2026, quando a empresa chinesa vai lançar 600 satélites até o final de 2025. Por enquanto, a SpaceSail só tem 36 satélites em órbita comparados aos 6 mil satélites da Starlink, permanecendo líder no mercado e tendo 46% do mercado brasileiro.  

O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou que o Brasil está de braços abertos para todos que possam ofertar serviços de qualidade com preço justo para a população sem “vetar” empresa nenhuma, evitando assim qualquer atrito com comparação com a empresa de Elon Musk. Em coletiva, o ministro ainda declarou que a empresa chinesa tem capacidade de produzir um satélite por dia, já que a expectativa é que os serviços atendam 600 satélites em órbita.  


Lula (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Claudio Reis)


Presidente da SpaceSail

O presidente da SpaceSail, Zheng Lie, não enxerga apenas como parceria, afirma que é um comprometimento de ajudar a economia digital e fazer crescer a saúde pública e a educação brasileira. Mas antes de começar a atuar em território nacional, a empresa chinesa precisa receber autorização da Anatel. O governo ainda enxerga com bons olhos a competitividade do setor. Já que outra empresa francesa do ramo de internet via satélite também demonstrou interesse em ingressar no mercado brasileiro, porém ainda tudo é especulativo por fontes da CNN Brasil.  

Lula tenta estreitar relações com a China, já que cogita que as relações com os Estados Unidos possam mudar devido à vitória de Donald Trump, fora os recentes atritos com Musk e o STF. A China ainda continua sendo a maior parceira econômica do Brasil.  

Foto destaque: Lula, Xi Jinping e os ministros (reprodução/Portal 360/imagens Ricardo Stuckert/Palácio do Planalto)

Instagram permite que usuário resete algoritmo de recomendação; entenda

A Meta anunciou, nesta terça-feira (19), o lançamento global de uma nova atualização no Instagram. De acordo com a gigante da tecnologia, o usuário poderá configurar suas próprias sugestões de conteúdo na plataforma. A empresa informou que, com apenas dois cliques, será possível excluir conteúdos do Feed, Reels e Explorer, reiniciando as recomendações do algoritmo na rede social.

Com a redefinição, as sugestões de conteúdo passarão a ser personalizadas ao longo do tempo, de acordo com as preferências de acesso do usuário. O novo recurso também permitirá analisar as contas que produzem conteúdos indesejados.

Como ativar

A atualização estará disponível no Instagram nas próximas semanas. Para ativá-la, o usuário deverá seguir os seguintes passos: primeiro, acessar a aba de configurações da rede social; em seguida, clicar em “Preferências de Conteúdo”; logo depois, aparecerá a opção para redefinir o conteúdo sugerido.

Após clicar na opção, uma mensagem explicativa sobre o funcionamento do novo recurso será exibida. Ao concluir o processo, uma notificação surgirá solicitando a revisão dos tópicos, assuntos e contas que o usuário deseja visualizar na rede social, bem como a opção de deixar de seguir.



Novo recurso permitirá que os usuários redefinam as próprias recomendações no Instagram (Foto:reprodução/reprodução/Meta/CNN)


Usuário poderá resetar o algoritmo

Segundo a Meta, o novo recurso tem como objetivo ajudar os usuários a escolherem as recomendações que desejam ver na rede social, personalizando e aprimorando a experiência individual. O usuário poderá, por exemplo, sinalizar, clicando nos três pontos, o conteúdo que deseja continuar visualizando na ferramenta “Explorar”.

Por outro lado, caso não queira visualizar uma recomendação específica, o usuário poderá selecionar a opção “Não tenho interesse” no mesmo menu, ou até utilizar o recurso “Palavras Ocultas” para bloquear conteúdo, contas ou expressões indesejadas.

Essa nova ferramenta faz parte de um conjunto de mudanças promovidas pela Meta com o intuito de tornar a experiência dos usuários mais agradável e segura.

Foto destaque: Logotipos da empresa Meta e da rede social Instagram  (Reprodução: Jakub Porzycki/NurPhoto/Getty Images Embed)

SpaceX realiza novo lançamento da Starship

Na noite de terça-feira (19) foi realizado o sexto teste de lançamento da espaçonave Starship, foguete com mais de 120 metro de altura, na base da SpaceX no Texas. Especialistas apontam que os resultados foram favoráveis e promissores.

Lançamento da Starship

Por medidas cautelares, a equipe da SpaceX optou por realizar o lançamento da Starship, a maior espaçonave do mundo, em uma base marítima em Boca Chica, no Texas, que é próximo ao mar. A decisão foi interpretada por muitos como uma baixa expectativa no sucesso do lançamento, já que a utilização da base é normalmente feita como medida cautelar, para ser possível “jogar” a espaçonave no mar caso algo dê errado.


Embed from Getty Images

Base de lançamentos de Boca Chica, Texas, Estados Unidos (Foto: reprodução/SERGIO FLORES/Getty Images Embed)


Vale lembrar que o futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o dono da SpaceX, Elon Musk, estiveram presentes na cerimônia. “Ainda não sei qual foi o processo de tomada de decisão sobre o modo de falha ou talvez eles só querem ter cuidado para não matar o presidente eleito dos Estados Unidos de forma alguma”, apontou Greg Autry — reitor associado para o espaço da Universidade da Flórida Central.

Um dos principais objetivos da experiência foi procurar repetir a manobra realizada em outubro, em que a espaçonave foi capaz de retornar para a base de lançamento, algo que não aconteceu desta vez. Dominar esta manobra é uma das principais metas da empresa, já que ela diminui drasticamente os custos das missões espaciais.

Uma hora após o lançamento, a aeronave pousou no Oceano Índico, inutilizando os propulsores (que não foram feitos para ter contato com a água do mar).

Progresso da aeronave

O protótipo vem sendo testado e aprimorado desde 2019. Sua primeira tentativa de lançamento aconteceu em abril de 2023, e desde então a espaçonave vem demonstrando grande progresso, com seu primeiro voo bem-sucedido acontecendo em junho de 2024.

É esperado que a nave possa levar até 100 pessoas (com 250 toneladas de carga no total), porém nenhum teste tripulado já foi realizado. Em seu último lançamento, uma banana esteve a bordo, como principio dos primeiros testes de cargas.

Foto destaque: lançamento de outubro da Starship (Reprodução/Anadolu/Getty Images Embed)

Bluesky ganha 5 milhões de usuários e atinge 19,5 milhões de perfis

Rede social Bluesky ganhou 5 milhões de usuários após a eleição de Donald Trump e mudanças de regras no X. Com isso, atingiu 19,5 milhões de perfis. Ainda assim, está bem atrás dos 275 milhões do Threads e 600 milhões do X. A crescente do Bluesky se justifica não apenas pela vitória de Trump, como também pelo fato de Elon Musk ser proprietário do X. O bilionário é próximo do futuro presidente e será parte do governo no Departamento de Eficiência Governamental. Além disso, uma última mudança na rede social acabou afastando os usuários. Agora, é possível que bloqueados por determinado perfil ainda consigam ver os posts do mesmo. Muitos encaram isso como um empecilho na privacidade.

Crescimento no Brasil

O aumento recente da plataforma do Bluesky passa pelos usuários brasileiros. Após Alexandre de Moraes determinar o bloqueio do X, que durou pouco mais de um mês, muitos abriram conta justamente no Bluesky, que é uma rede com funções semelhantes.

Em setembro, a diretora de operações Rose Wang chegou a afirmar que a Bluesky trabalhava para incluir um representante legal no Brasil, exigido pela legislação, ainda que não tenha pretensão de ter um espaço físico.


X ganhou no logo após compra de Elon Musk (Foto: reprodução/@PopCrave/X)


Diferenças entre as plataformas

A grande diferença entre Bluesky e X é referente as exibições em suas interfaces. A rede do Elon Musk é fechada, permitindo apenas que posts feitos pelos próprios usuários sejam visualizados. O contrário ocorre na concorrente, onde é possível ver postagens de outras plataformas com o mesmo padrão. 

Outra diferença está na forma de utilizar a inteligência artificial. O X mudou sua política e assumiu que irá usar dados de usuários para treinar a “Grok”, IA generativa da empresa. Por outro lado, o Bluesky não possui estratégias visando a utilização de dados dos perfis para alimentar alguma IA. A mesma também pretende implementar um modelo pago, como já existe no X. Porém, ressaltou que isso não resultará em tratamento especial, como maior exposição da postagem ou selo identificador. 

Foto Destaque: Bluesky ganhou força em 2024 (Reprodução/@rovijomac/X)

Lançamento da Starship é remarcado para esta terça-feira (19); nave é da empresa SpaceX

Maior nave do mundo, a Starship tinha lançamento previsto para esta segunda-feira (18). Alegando motivos de segurança, a SpaceX, do bilionário Elon Musk, optou por adiar a missão para amanhã (19). O objetivo é fazer com que a parte traseira do veículo, nomeada “Super Heavy”, retorne para a plataforma de lançamento. Vale lembrar que esse será o sexto lançamento da nave e a manobra pretendida aconteceu pela primeira vez em outubro. 

Para que Super Heavy retorne, o propulsor e a plataforma devem estar em condições, além de ser necessário um comando do diretor de voo da missão. Caso contrário, o propulsor será desviado para o Golfo do México. O evento desta terça feira (19) ocorrerá em Boca Chica, no Texas. A SpaceX explicou o porquê de ter marcado uma nova data (via G1): “Não aceitamos concessões quando se trata de garantir a segurança do público e de nossa equipe, e o retorno só ocorrerá se as condições forem adequadas”.

Testes anteriores

O primeiro voo aconteceu em abril de 2023. A Starship explodiu ainda acoplada ao Super Heavy. Em novembro do mesmo ano, houve a segunda tentativa. O propulsou chegou a se separar da nave mas, logo em seguida, explodiu. Foram necessárias 17 correções na época. 

O terceiro voo aconteceu já em março de 2024. Durou 50 minutos e a Starship foi destruída. Porém, a SpaceX nunca tinha ido tão longe, sendo esse lançamento considerado um avanço. A quarta e a quinta tentativa foram consideradas um sucesso. Inclusive, o Super Heavy foi capturado no ar pelos “braços da plataforma” na última missão. Para o sexto lançamento, a ideia é seguir a mesma rota do anterior, com pouso da nave previsto no Oceano Índico. Dessa vez, utilizando apenas um motor ao invés de três, além de testar uma nova proteção térmica e uma manobra.


Starship terá sexto lançamento nesta terça-feira (19) (Foto: reprodução/@SpaceX/X)


Starship

Com 120 metros de altura, a nave é três vezes maior que o Cristo Redentor. Consegue transportar 100 pessoas e até 250 toneladas. Além disso, foi projetada para ser reutilizável e será usada pela NASA na missão Artemis, que visa levar astronautas à superfície da lua. Começou a ser testada em 2019.

Foto Destaque: Starship é desenvolvida pela SpaceX, onde Elon Musk é CEO (Reprodução/@SpaceX/X)