Desde a invenção da impressora 3D empreendedores tem tentado incorporá-la nas mais diversas áreas de trabalho revolucionando o mercado tanto em serviço quanto em produtos, e isso se aplica também ao setor de saúde. Cada vez mais o aprimoramento da tecnologia, voltada para as próteses, tem fascinado muitas pessoas e empresas deixando o gostinho de extrapolar mais os limites e ver qual lacuna o plástico pode preencher.
As próteses têm evoluíram muito e a capacidade da tecnologia de criar projetos simples e baratos chamam atenção de uma maneira impressionante. Hoje é possível encontrar próteses de osso, próteses internas, de orelhas, de narizes entre muitos outros. O cofundador da startup nordestina Fix It, Felipe Neves, diz que já viu muita coisa sendo desenvolvida para o planejamento cirúrgico, mas nada como um órgão interno, como um coração; mas tem esperanças de que em breve seremos surpreendidos com essa inovação trazida pela impressora 3D na medicina.
A revolução da impressora 3D chegou não para substituir as soluções convencionais, as impressões trazem vantagens para o médico e ao paciente porque elas podem confeccionar peças sob medida e sobre a necessidade ímpar. Naturalmente a impressora 3D irá se destacar nesse sentido.
Garoto recebendo prótese 3D. (Foto: Reprodução/ Reinaldo Rodrigues)
A próxima etapa de evolução das próteses, as órteses, são aparelhos de uso provisório que permitem alinhar, corrigir e regular uma parte do corpo. Al[em do design inovador as órteses são confeccionadas através de material injetado, ou seja, recicláveis e biodegradáveis. Não há desperdício de material devido a tecnologia chamada manufatura aditiva onde o plástico é desenhado e aditivado pensando ambientalmente e economicamente. Cada pedaço, corte e cavaco pode ser derretido e utilizado na outra peça.
Produzidas em PLA, Ácido Polilático, as órteses chamou atenção pela adaptação da anatomia, diferente das soluções convencionais rígidas. Observe o gesso para um braço quebrado como exemplo, caso aplicação for um feita pode acarretar um série de complicações como dormência, formigamento, a compressão dos vasos sanguíneos ou dos nervos, perda de sensibilidade. As impressões 3D oferecem ao paciente melhor conforto evitando coceira, odor, calor, dermatite e até possíveis feridas proveniente de objetos compridos.
A principal barreira hoje em dia na ampliação dessa tecnologia é o convencimento. Empresas e hospitais não estão dispostos a terem suas próprias máquinas. Outro empecilho é a questão do tempo. Para se produzir a peça do exemplo acima gasta-se de três a quatro horas de produção. Em um cotidiano hospitalar, onde as tomadas de decisão precisam ser feitas com agilidade, este tempo não é viável, por ser muito lento.
Para Felipe Neves a decisão foi totalmente tomada por B.I., Business intelligence: ”O BI é crucial para qualquer um que deseja inovar com o 3D, superar as dificuldades de se implantar a tecnologia e trazer uma solução de qualidade para os pacientes. O exemplo desse sucesso é a startup ter atendido até hoje mais de 10 mil pacientes e cada um deles com sua vida transformada”.
Foto Destaque: Engenheiro demonstrando coração feito em impressora 3D. Reprodução/ Shutterstock