Exame de sangue para identificação de Alzheimer está cada vez mais próximo

A doença do Alzheimer é a forma mais comum de demência neurodegenerativa. Estudos apontam que a doença pode iniciar de 15 a 20 anos, antes de apresentarem sintomas, mas apenas na terceira idade que ela é normalmente diagnosticada pelos especialistas. A doença se tornou uma das condições mais desafiadoras que a ciência já encontrou. Cientistas e especialistas buscam estudos diariamente, de modo a encontrar soluções e respostas para o diagnóstico. 

Normalmente, o alzheimer é diagnosticado por meio de uma avaliação clínica, que acompanha exames com imagens de pesquisa de biomarcadores associados à doença – com as proteínas tau e beta-amilóide – que conseguem analisar o líquido cefalorraquidiano, através da punção lombar, um procedimento seguro, rápido e não invasivo. 

Ao todo, muitos pacientes precisavam muitas vezes esperar por um tempo maior para que o resultado fosse apontado. Agora, com os avanços da tecnologia e os aprimoramentos dos profissionais, uma simples picada no dedo é tudo o que precisa para a identificação da doença. 


Universidades apresentaram informações à Conferência que ajudaram na comprovação da segurança. (Foto: Reprodução/ UOL).


A inovação no diagnóstico foi apresentada na semana passada, à Conferência Internacional da Associação do Alzheimer (AAIC 2023), que aconteceu em Amsterdã, na Holanda. Essa nova forma de acompanhar a doença foi testada e se mostrou muito eficiente, desbancando até os diagnósticos clínicos. 

Além disso, esse novo teste foi destacado como uma possibilidade de ser realizado em casa, o que traria mais rapidez e um acompanhamento mais acessível pelos familiares. 

Segundo o patologista e diretor médico do laboratório Richet Medicina & Diagnóstico, Helio Migarinos Torres, essas novas pesquisas que estão sendo desenvolvidas têm apresentado resultados significativos e conseguem fornecer informações muito semelhantes aos testes-padrão, o que o torna valioso na pesquisa e também no tratamento do Alzheimer. 

O patologista, que acompanhou os resultados apresentados na Conferência, ainda afirma que, com os dados e informações apresentadas, poderão transformar o exame simples e serão suficientes para detectar precocemente a doença e conseguir um monitoramento melhor. 

Informações apresentadas à Conferência Internacional 

A Universidade de Gotemburgo, na Suécia, apresentou um estudo onde foram analisados 77 pacientes com a doença que, com a amostra de sangue, foi possível detectar a alteração de todos os biomarcadores. 


Amostras de sangue podem se tornar um facilitador, de modo rápido e eficiente, na identificação da doença. (Foto: Reprodução/ Veja). 


Outro estudo apresentado pela Universidade de Lund, na Suécia, mostrou que com o exame de sangue, foi possível constatar um acerto superior na identificação de alterações relacionadas à doença de 85%, ao contrário dos 55% feitos pelos médicos da atenção primária à saúde. 

A doença Alzheimer 

Segundo dados da Organização da Saúde (OMS), o número de pessoas com a condição ao redor do mundo chega a 55 milhões. Só no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, o número de casos chega a 1,2 milhão.

Foto destaque: diagnóstico por meio de exame de sangue, pode se tornar um facilitador na identificação do Alzheimer/ Reprodução/ Veja. 

Drogas sintéticas podem causar graves efeitos no cérebro

O pesquisador Roney Coimbra, responsável pelo estudo, explicou que drogas com efeitos semelhantes ao ecstasy e LSD têm o efeito de destruir neurônios e prejudicar a criação de novos.

A pesquisa conduzida pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) de Minas Gerais (MG), após fazer várias análises, afirmou que o consumo das drogas sintéticas pode resultar em um “estrago devastador” no cérebro.

Quando consumidas, essas substâncias atuam no sistema nervoso central e podem causar alucinações. Com base nos resultados da pesquisa, fica claro que o uso dessas substâncias químicas provoca um efeito devastador nos neurônios. Registrando morte neuronal acentuada nas fatias de tecido durante o período de exposição às drogas.

Roney Coimbra afirmou que, mesmo após a interrupção da exposição aos compostos, a “morte neuronal” continua. A região do cérebro chamada hipocampo foi o alvo do estudo. O hipocampo atua na formação das memórias e, a partir delas, construímos nosso conhecimento. O acúmulo dos conhecimentos adquiridos ao longo da vida contribui para a criação e definição de nossa personalidade, portanto, se houver a morte de neurônios nessa área, isso pode comprometer significativamente a capacidade do indivíduo em relação à formação de memórias, ao aprendizado e à construção de uma personalidade coerente e rica.

Drogas Sintéticas

As drogas sintéticas são criadas em laboratórios por meio de processos químicos e podem ser projetadas para imitar os efeitos de drogas naturais ou até mesmo ampliar seus efeitos. Elas afetam diretamente as funções cognitivas do sistema nervoso central do cérebro. É importante observar que o uso dessas substâncias pode ter sérias implicações para a saúde física e mental das pessoas. O LSD e o Ecstasy são exemplos de drogas sintéticas populares, cada uma com seus próprios efeitos característicos. O LSD é conhecido por causar alucinações e experiências sensoriais intensas, enquanto o Ecstasy é famoso por seus efeitos estimulantes e alucinógenos, frequentemente associados a experiências emocionais intensificadas e sensações de euforia.

A quetamina, por outro lado, é um anestésico que pode ter efeitos depressores no sistema nervoso central, e as anfetaminas podem ser estimulantes fortes, frequentemente associadas a melhorias temporárias de energia e concentração.

As drogas semissintéticas, como a cocaína, crack e heroína, também têm seus próprios riscos e impactos na saúde. O uso dessas substâncias pode levar a vícios devastadores e impactar negativamente na vida das pessoas.

A conscientização sobre os riscos envolvidos no uso de drogas sintéticas e semissintéticas, bem como a promoção da educação sobre os perigos associados, são essenciais para prevenir o consumo e proteger a saúde e o bem-estar dos indivíduos.


Substâncias sintéticas utilizadas para entretenimento. (Foto: Reprodução/Infobae)


Consequências

Após revisar os dados, constatou-se que os compostos sintéticos 25H-NBOHMe e 25H-NBOH, que são comercializados ilegalmente, frequentemente são repassados como se fossem ecstasy ou LSD para os consumidores. O hipocampo, além de desempenhar um papel crucial na formação das memórias e no processo de aprendizado, também abriga as chamadas “células-tronco” ou células progenitoras neurais, que têm a capacidade de se multiplicar e gerar novos neurônios, em um processo chamado de neurogênese. No entanto, o consumo de drogas, como mencionado anteriormente, pode ter efeitos negativos tanto nos neurônios maduros quanto nas células progenitoras neurais, comprometendo assim a capacidade do cérebro de regenerar e formar novos neurônios. Isso pode ter consequências significativas para as funções cognitivas e emocionais do indivíduo a longo prazo.

Infelizmente, é verdade que nos dias de hoje há uma presença significativa de venda desses tipos de drogas, especialmente em festas e locais frequentados por jovens. Essa situação é preocupante, uma vez que o uso dessas substâncias pode ter efeitos devastadores na saúde mental e física dos indivíduos, afetando não apenas o funcionamento do cérebro, mas também o bem-estar geral. A conscientização sobre os riscos associados ao uso de drogas sintéticas e a educação sobre os perigos envolvidos são cruciais para ajudar a prevenir o consumo e proteger a saúde da população jovem. Além disso, a implementação de medidas legais para combater a distribuição ilegal dessas substâncias também desempenha um papel importante na redução desses problemas.

Foto destaque: Efeitos colaterais. Reprodução/Tiagø Ribeiro/by-nc-sa/2.0/RFI

Primeira cirurgia de redesignação sexual pelo SUS na Bahia marca conquista após década de espera

A primeira intervenção cirúrgica de redesignação sexual realizada na Bahia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ocorreu no Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes), que faz parte da Universidade Federal da Bahia (Ufba), localizado em Salvador.

Yohana de Santana, uma mulher trans, passou pelo procedimento na quarta-feira (09), após ter sido acompanhada pelo Ambulatório Transexualizador do Hupes desde 2018. No entanto, a espera pela oportunidade de realizar a cirurgia se estendeu por mais de uma década.

Dez anos de espera

Dentro do Ambulatório do Hospital Universitário, Yohana de Santana passou por avaliações de diferentes profissionais, incluindo equipes de endocrinologia, psicologia e serviço social, que a consideraram apta para o procedimento cirúrgico.

Yohana de Santana expressou sua emoção, descrevendo o momento como a concretização de um longo desejo. Ela mencionou que desde 2010 vinha buscando essa oportunidade, mas faltavam os meios para realizá-la. Ela também se sente emocionada por ser a primeira mulher trans a realizar a cirurgia pelo SUS na Bahia.


Yohana de Santana realiza o procedimento. (Foto: Reprodução/Ascom Hupes/Ebserh/Ufba/Acordacidade)


A cirurgia de redesignação sexual envolve a modificação das características sexuais/genitais para que correspondam ao gênero com o qual a pessoa se identifica.

Fases do procedimento

Luciana Oliveira, endocrinologista e coordenadora do Ambulatório Transexualizador do Hupes-UFBA/Ebserh, explicou que o pós-operatório inclui orientações específicas, como o uso de hormônios por alguns anos, permitindo à mulher trans vivenciar experiências semelhantes às das mulheres cis, como a menopausa.

Além das cirurgias de redesignação sexual, o Hupes-Ufba planeja realizar outros tipos de procedimentos, incluindo mamoplastia masculinizadora, histerectomia, tireoplastia e plástica mamária. A expectativa é que pelo menos um desses procedimentos seja realizado mensalmente, aguardando o credenciamento do Ministério da Saúde para expandir a oferta.

Uma série de critérios deve ser atendida para se qualificar para esses procedimentos, incluindo idade acima de 21 anos, pelo menos dois anos de acompanhamento psicológico e inscrição em um dos dois centros de referência na Bahia: Hupes-UFBA ou Centro Estadual Especializado em Diagnóstico, Cuidado e Pesquisa (Cedap).

O Ambulatório Transexualizador do Hospital Universitário Professor Edgard Santos foi criado em 2018 e oferece atendimento clínico a pessoas trans e travestis residentes na Bahia que buscam acompanhamento. A equipe do ambulatório, composta por profissionais de endocrinologia, enfermagem, serviço social, psicologia e psiquiatria, já atendeu mais de 400 pacientes.

Foto destaque: Bandeira da transsexualidade. Reprodução/Getty Images/ MarieClaire

Pielonefrite: entenda a infecção que atinge os rins

Os rins também podem sofrer com a infecção urinária, quando ocorre a pielonefrite. “Essa é uma doença inflamatória infecciosa, que, muitas vezes, é causada por bactérias que sobem da bexiga para os rins. Ela acomete o parênquima renal, onde se localizam as estruturas funcionais produtoras de urina, e a pelve renal, porção dilatada do rim. A bactéria penetra no organismo pela uretra, alcança a bexiga, sobe pelos ureteres e se instala em um ou nos dois rins, comprometendo seu funcionamento”, afirma a Dra. Caroline Reigada, médica nefrologista, especialista em Medicina Interna pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e em Nefrologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.

Tipos

A pielonefrite pode ser aguda ou crônica e, nos dois casos, pode evoluir para uma lesão renal. A forma aguda surge de uma hora para outra, enquanto a crônica é relacionada a causas subjacentes como diabetes ou cálculos coraliformes.

Sintomas

Entre os sintomas, estão a febre, os calafrios, a sudorese, as náuseas, os vômitos e o mal-estar. “Muitos pacientes também sentem dor lombar e pélvica, no abdômen e nas costas; eles sofrem com urgência e dor para urinar, sinal de pus e de sangue na urina, que pode ficar turva e, em alguns casos, com cheiro fétido”, diz a médica.

Predisposição

A doença afeta mais mulheres que homens por razões anatômicas. “O tamanho da uretra feminina (3 cm) é muito mais curto do que a masculina (mede por volta de 12 cm) e está localizada próxima ao ânus, posição que favorece a entrada de micróbios especialmente durante o ato sexual”, explica a médica. Pacientes com pedra nos rins, gravidez, malformações anatômicas, uso prolongado de cateteres urinários também são mais predispostos a sofrer com pielonefrite.

Tratamento

A Dra. Caroline destaca que a pielonefrite tem cura, com tratamento com antibióticos que deve ser iniciado assim que a hipótese de infecção nos rins for levantada. “O objetivo é impedir que o agente infeccioso provoque lesões permanentes nesses órgãos ou que espalhe a infecção por todo o corpo, levando à falência de múltiplos órgãos. Analgésicos e anti-inflamatórios podem ser indicados para alívio da dor”, destaca.

Profilaxia

Para evitar a pielonefrite, a médica recomenda beber bastante água, urinar sempre que sentir vontade, higienizar sempre e corretamente a área íntima (de frente para trás) e urinar logo após a relação sexual, como forma de eliminar as bactérias que por acaso tenham penetrado pela uretra.

Foto Destaque: homem com dor nos rins. Foto/Reprodução

Dentes do siso: conheça mais sobre o problema de Virgínia Fonseca

Virgínia Fonseca, influenciadora de 24 anos, compartilhou recentemente sua luta em lidar com os dentes do siso. Ela revelou que seu terceiro molar está constantemente inflamado, causando dores de cabeça frequentes e que precisa priorizar as cirurgias de retirada dos quatro dentes do siso, mas que ainda não conseguiu encontrar dias livres em sua agenda. 

“Olha quem voltou a me azucrinar”, escreveu a influenciadora, mostrando o dente se desenvolvendo na gengiva. “Meu siso. Na verdade, ele sempre esteve aí, mas tem época que inflama, né? Aí, minha cabeça começa a doer sem parar”, contou. 


Virgínia Fonseca desabafando nos stories. (Foto: Reprodução/Instagram/@virginia)


A saúde bucal é essencial para o bem-estar geral, e os dentes sisos são uma parte intrigante desse complexo sistema. Muitas pessoas se questionam se é necessário remover esses dentes ou se é possível conviver com eles. A cirurgiã-dentista e especialista em saúde bucal, Dra. Bruna Conde, esclarece todas as dúvidas sobre o assunto.

Perguntas frequentes

O que são os dentes sisos?

Os dentes sisos, também conhecidos como terceiros molares, são os últimos dentes a se desenvolverem na boca. Eles geralmente surgem entre os 17 e 25 anos. Cada pessoa geralmente pode ter até quatro dentes sisos, um em cada quadrante da boca. No entanto, algumas pessoas podem não desenvolver esses dentes, o que é perfeitamente normal.

É possível conviver com o dente siso?

Sim, é possível conviver com o dente siso, desde que ele esteja erupcionado corretamente, saudável e não cause problemas. Se os dentes sisos estiverem bem posicionados, alinhados corretamente com os outros dentes, não causarem dor, não afetarem a saúde bucal e não representarem risco de complicações futuras, eles podem ser mantidos na boca. No entanto, é importante ter cuidados extras de higiene bucal e consultar regularmente um dentista para monitorar sua condição.

Situações em que é necessária a remoção

Embora seja possível conviver com os dentes sisos, existem situações em que a remoção é necessária. Aqui estão alguns casos em que a extração dos dentes sisos pode ser recomendada:

– Impactação: Quando os dentes sisos estão impactados, ou seja, não conseguem erupcionar completamente e ficam presos parcial ou totalmente abaixo da gengiva, isso pode levar a complicações, como dor, infecções e danos aos dentes próximos.

– Dificuldade de higienização: Se os dentes sisos estiverem mal posicionados e não houver espaço suficiente para uma higiene adequada, eles podem ser difíceis de limpar corretamente. Isso aumenta o risco de cáries, doenças gengivais e infecções.

– Desalinhamento dos dentes: Os dentes sisos podem exercer pressão sobre os outros dentes, causando apinhamento, deslocamento ou danos a outros dentes. Se os sisos estiverem causando problemas de alinhamento dentário ou afetarem a oclusão, a remoção pode ser necessária.

– Risco de complicações futuras: Mesmo que os sisos não estejam causando problemas no momento, eles podem representar um risco no futuro. Devido à sua localização e difícil acesso, os dentes sisos são mais propensos a desenvolver cáries, infecções e doenças gengivais. A remoção preventiva dos dentes sisos pode ser recomendada para evitar complicações futuras.

“É importante salientar que cada caso é único, e a decisão de remover ou manter os dentes sisos deve ser baseada na avaliação individualizada feita pelo dentista, considerando a saúde bucal geral, a posição dos dentes sisos, os riscos potenciais e as necessidades específicas de cada paciente”. Destaca a Dra. Bruna Conde.

Cuidados após a remoção

Após a remoção dos dentes sisos, é essencial seguir as instruções do dentista para uma recuperação adequada. Aqui estão alguns cuidados necessários:

– Repouso e cuidado pós-operatório: É recomendado descansar após a cirurgia e evitar atividades extenuantes por alguns dias. Utilize compressas frias para reduzir o inchaço e aliviar o desconforto.

– Controle do sangramento: É normal ocorrer um pouco de sangramento após a remoção dos sisos. Morda suavemente uma gaze estéril ou um chumaço de algodão sobre o local da extração para controlar o sangramento.

– Medicação prescrita: Siga as instruções do profissional em relação aos medicamentos prescritos, como analgésicos ou antibióticos, para controlar a dor e prevenir infecções.

– Alimentação adequada: Nas primeiras 24 horas após a cirurgia, é recomendado ter uma dieta líquida ou pastosa fria para evitar perturbar o local da extração. Evite alimentos quentes, crocantes ou picantes que possam irritar o local. À medida que a cicatrização progride, você pode gradualmente introduzir alimentos macios e mastigar do lado oposto da boca.

– Higiene bucal cuidadosa: Mantenha uma higiene bucal adequada, mas tome cuidado para não perturbar o local da extração. Nas primeiras 24 horas, evite enxaguar vigorosamente ou escovar os dentes nas áreas próximas ao local da extração. 

– Evite fumar e beber álcool: É recomendado evitar fumar e consumir álcool durante o período de recuperação após a remoção dos dentes sisos. O tabaco e o álcool podem interferir na cicatrização e aumentar o risco de complicações.

– Acompanhamento pós-operatório: Siga as orientações do dentista sobre os agendamentos de acompanhamento. O dentista irá monitorar a cicatrização, remover pontos se necessário e fornecer orientações adicionais para cuidados e recuperação.

Ao seguir esses cuidados pós-operatórios, você estará contribuindo para uma recuperação suave e rápida após a remoção dos dentes sisos.

Foto Destaque: Virgínia Fonseca. Reprodução/Instagram/@virginia

Conheça famosas que já realizaram rejuvenescimento íntimo, como Kim Kardashian

O rejuvenescimento íntimo é uma prática que tem ganhado cada vez mais a atenção do público feminino nos últimos anos. Além da estética, a influência de fatores como gravidez, envelhecimento e mudanças hormonais, podem trazer alterações para essas áreas do corpo, impactando na autoestima e confiança de mulheres em todas as idades.

Para resolver essa questão, técnicas e procedimentos médicos específicos são buscados por mulheres que desejam revitalizar e melhorar a aparência e funcionalidade das áreas íntimas. Segundo uma pesquisa realizada pela Intimus, em 2020, pelo menos 68% das brasileiras não estavam satisfeitas com a própria vulva, provocando assim o aumento na busca por técnicas específicas.

Motivações comuns

É comum que as mulheres fiquem incomodadas com a pigmentação dessa área, por exemplo, por questões como uso de lâminas, atrito com a roupa e suor acumulado. Elas acabam recorrendo a dicas “milagrosas” disponíveis na internet, no entanto, é importante ressaltar que procedimentos estéticos são as melhores opções para reduzir o escurecimento da região. Em consulta, a médica também pode receitar o uso de produtos tópicos, como cremes e fórmulas, essas associações de tratamentos podem levar a um resultado ainda melhor.

De acordo com a médica Rebeka Sobral, dermatologista da Clínica Áurea Dermatologia, situada em Salvador, é possível cuidar dessa região, através da estética. “Podemos melhorar a flacidez, melhorar a pigmentação, tirando manchas, e até a gordura localizada. As mulheres podem se beneficiar com um tratamento seguro nessa região”, afirma a profissional. Celebridades como as irmãs Kim e Kourtney Kardashian, que aderiram ao procedimento após terem seus filhos de parto normal, e a atriz Jada Smith, que afirmou ter feito a cirurgia por sofrer com problemas de incontinência urinária, contam que o tratamento as ajudaram a solucionar os desconfortos íntimos que possuíam.


Dra. Rebeka Sobral. (Foto: Reprodução/Luis Fernando)


Sobre o procedimento

Rápido e quase indolor, o rejuvenescimento íntimo pode ser realizado por mulheres de diversas idades – desde que aprovado pelo médico especialista -, através de técnicas como lasers, peelings, fios de PDO e biostimuladores de colágeno. “Com procedimentos simples e seguros em consultório, a gente consegue aumentar a autoestima das mulheres, tratando dessa região tão íntima e que impacta no bem-estar”, complementa Dra. Rebeka.

O rejuvenescimento íntimo também pode ser realizado para diversos fins além da aparência, a exemplo de incontinência urinária, reposição hormonal, perda de tônus muscular, dor, sangramento durante a relação sexual e baixa lubrificação.

Foto Destaque: Kim e Kourtney Kardashian. Reprodução/Getty Images

Covid-19: nova variante altamente mutante domina os Estados Unidos

O contágio em massa do Coronavírus deixou muitas preocupações, tendo em vista o número de mortes decorrentes da infecção. Apesar de atualmente a situação planetária ter se regularizado e voltado ao “normal”, variantes da doença continuam surgindo. Dessa vez, nos Estados Unidos, a subvariante EG.5, conhecida como Eris, tornou-se dominante no país.


Imagem Ilustrativa do teste da Covid. (Foto: reprodução/Pmh)


Riscos e ameaças da subvariante

Segundo o professor de Microbiologia Molecular e Imunologia na Escola de Saúde Pública Bloomberg da Universidade Johns Hopkins, Andrew Pekosz, a preocupação maior dá-se pelo aumento da propagação do vírus, pois em relação ao próprio, o profissional menciona não ser algo distinto ao que já circula nos últimos meses.

Identificado na China em fevereiro do presente ano (2023), o vírus é uma descendente da Ômicron XBB.1.9.2, possuindo mutação capaz de ajudar a escapar dos anticorpos gerados pelo sistema imunológico que responde às vacinas e variantes. Esse pode ser o fator de novamente os casos de Covid terem aumentado. Porém, em relação à possibilidade de causar doenças graves, segundo Pekosz, a subvariante não apresenta novas habilidades, assim como, testes diagnósticos e tratamentos como o Paxlovid estão sendo suficientes para controlá-la.

Posicionamento dos Estados Unidos frente a contaminação

Após ter sido detectada pela primeira vez, em abril de 2023, nos Estados Unidos, Eric Topol, Vice-presidente executivo da Scripps Research na Califórnia, afirma não estar excessivamente preocupado com a subvariante, diz ainda, que sua preocupação maior está voltada as pessoas com alto risco, pois acredita que, “as vacinas que elas receberam estão muito distantes de onde o vírus está agora e para onde está indo”.


Vacina da Covid-19. (Foto: reprodução/Wiy)


Os especialistas também afirmam estarem mais apreensivos com outras variantes emergentes que carregam a mesma mutação evasiva, assim como, por outras que podem aumentar transmissões. A combinação dessas mutações foi denominada pelos cientistas como “FLip”, pois ambas invertem as posições de dois aminoácidos, rotulados como F e L. Felizmente, há reforço de vacina atualizado que foi desenvolvido baseado em outra variante, geneticamente semelhante à Eris e, uma nova formulação está em andamento.

 

Foto Destaque: Imagem Ilustrativa do Coronavírus. Reprodução/Ottawacitizen

Dipirona: medicamento mais vendido no Brasil é proibido em outros países

A dipirona é um medicamento conhecido por sua eficácia no alívio da dor e redução da febre. No entanto, sua situação regulatória varia significativamente ao redor do mundo. Embora seja amplamente utilizada e vendida no Brasil, nos Estados Unidos e em algumas partes da Europa, a dipirona é proibida. 

O medicamento, também conhecido como metamizol, é usado para analgesia e antipirético, que tem sido uma escolha comum para o tratamento de dores leves a moderadas e febre no Brasil. Sua popularidade é atribuída à sua rápida ação e eficácia, tornando-a uma escolha popular entre a população e profissionais de saúde. No entanto, sua utilização não é sem controvérsias.

Proibição em algumas partes do mundo

Em meados de 1970, o medicamento foi suspenso em países como EUA, Japão, Austrália, Reino Unido e de partes da União Europeia, devido a estudos feitos em 1964 que o associaram a uma condição rara, mas grave, chamada agranulocitose, que pode resultar em uma redução perigosa dos glóbulos brancos no corpo, tornando-o mais suscetível a complicações graves.

No entanto, a partir de 1980, o Estudo Boston foi realizado em oito países, entre eles, Israel, Itália, Hungria, Alemanha, Bulgária, Suécia e Espanha. O estudo envolveu dados de 22,2 milhões de pessoas. O resultado foi a incidência de 1,1 caso de agranulocitose para cada 1 milhão de pacientes que utilizaram a dipirona — o que é considerado uma frequência baixa em relação à quantidade de indivíduos.  

Num estudo realizado em Israel, onde foram analisados ​​390 mil pacientes internados, foi determinado um índice de risco de apenas 0,0007% para o desenvolvido dessa mudança no sistema sanguíneo, enquanto a probabilidade de óbito em ocorrência deste incidente adverso foi presumida em 0,0002%.


Medicamento mais vendido no Brasil é proibido em outros países (Foto: reprodução/Freepik)


Uso da dipirona no Brasil

A Dipirona, conhecida comercialmente por nomes como Novalgina e Neosaldina, é um dos medicamentos mais populares no Brasil para o alívio da dor e da febre. Sua presença nas prateleiras das farmácias é praticamente uma constante, sendo muitas vezes a primeira escolha dos brasileiros para combater desconfortos físicos.

Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o medicamento que pode ser adquirido sem receita médica, foi comercializado mais de 215 milhões de doses no país em 2022.

 

Foto destaque: dipirona é proibido em diversos países. Reprodução/Freepik

Prática de atividade física reduz risco de 9 tipos de câncer

Um estudo publicado recentemente, vinculou a prática de atividades físicas regulares com a diminuição dos riscos de uma pessoa ter câncer. Ficou comprovado que uma boa condição cardiorrespiratória pode reduzir em até 40% as chances do desenvolvimento de 9 tipos diferentes da doença, principalmente entre os homens.

Estudo usou dados de  jovens recrutas 

Publicado na versão online da revista científica British Jornal of Sports Medicine, o estudo de longa duração fez uso de dados e registros da Suécia, com informações que iam até o final do ano de 2019 e continham diagnósticos médicos, além de informações sobre óbitos que integraram o serviço militar entre os anos de 1968 e 2005. Os dados mostravam que quando esses recrutas davam início ao período de serviço, quando tinham entre 16 e 25 anos, passavam por uma série de exames e avaliações, incluindo dados como altura, peso, índice de massa corpórea (IMC), força muscular, pressão arterial e aptidão cardiorrespiratória.

Conclusão do estudo

O resultado final do estudo incluiu 1 milhão de homens e entre esses, 84.117 (7%) posteriormente acabaram sendo diagnosticados com câncer em pelo menos um local específico, a médio prazo, dentro dos 33 anos de acompanhamento. Entre o número total de recrutas acompanhados, 365.874 possuíam um nível de aptidão cardiorrespiratória mais reduzido, 519.652 tinham um nível moderado e 340.952 mostraram níveis elevados dessa aptidão.


A prática de exercícios já era ligada a menores riscos de desenvolver câncer (Foto: Reprodução/Shutterstock)


Analisando os dados, concluiu-se que os recrutas com um nível baixo de aptidão cardiorrespiratória, apresentavam mais facilidade de encaminhar-se para obesidade, além de desenvolver um consumo abusivo de álcool e outras substâncias pois tinham pais com nível de escolaridade mais baixo, em comparação aos que apresentavam melhor desempenho físico. Entendeu-se também que quanto maior a capacidade e aptidão cardiorrespiratória, menores os riscos de desenvolvimento de câncer em locais específicos, como a região da cabeça, pâncreas, estômago, fígado, intestino pulmão e rins. Em contraponto, a elevada capacidade cardiorrespiratória estaria ligada ao aumento de 7% mas chances de câncer de prostata e também de 31% mais chances de desenvolver o câncer de pele.

Estudo é importante e tem limitações

Esse estudo publicado é de suma importância, porém, possui suas limitações, já que não se monitorou as alterações dessa capacidade ao longo dos anos, nem analisou material genético dos envolvidos. Mesmo assim, as conclusões estão de acordo com as orientações já mencionadas pela Sociedade Americana de Oncologia Clínica, relacionando a prática de exercícios físicos durante o tratamento da doença. Os responsáveis pelo estudo concluem que quanto melhor for a aptidão física em homens jovens e saudáveis está ligada à essa redução de risco de câncer de 9 entre os 18 tipos analisados, destacando os que se desenvolvem na região gastrointestinal.

Com os resultados, pode-se formular com mais coerente as políticas públicas de saúde e estimular ainda mais intervenções, visando melhorar essa questão entre os jovens.

Foto destaque: Exercícios diminuem risco de câncer. Reprodução/Getty Images via UOL

Pfizer pede aprovação da Anvisa para atualização de fórmula da vacina da covid-19

A Pfizer solicitou a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para modificar o registro da vacina monovalente contra a covid-19 no Brasil. A medida foi tomada para ajustar a composição do imunizante contra uma nova cepa circulante do vírus. As orientações foram emitidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Coalizão das Autoridades Regulatórias de Medicamentos (ICMRA). 

De acordo com a Anvisa, é o primeiro pedido de atualização de vacina monovalente contra a covid-19 no país. A análise da reguladora avalia os dados da nova composição e compara com a da vacina original. A principal comparação feita é a relação entre benefício e risco, se essa relação do produto é adequada no contexto epidemiológico recente. 

 

Vacinas bivalentes e monovalentes

Segundo o Ministério da Saúde, as vacinas bivalentes são chamadas de segunda geração do imunizante. Nelas, há em sua composição a cepa original e subvariantes da Ômicron. Já as monovalentes são doses originais da vacina. 


Ambas vacinas possuem mesma forma de ação. (Foto: reprodução/Spencer Davis/Pixabay)


Ambas agem da mesma forma no organismo, com o estímulo do sistema imunológico para produzir anticorpos e células de defesa contra o vírus da covid.

 

Nova variante Arcturus

Em janeiro deste ano, foi encontrada uma nova variante da covid-19 na Índia. A notificação foi feita pelo Ministério da Saúde e hoje circula por cerca de 40 países. A da Covid-19 Arcturus, também chamada de XBB.1.16, provoca sintomas diferentes de outras cepas, como conjuntivite e quadros de febre alta. Mas a nova variante não possui capacidade de causar ondas de mortes e grandes casos de hospitalizações. 

De acordo com dados da OMS, houve um aumento na prevalência da Arcturus ao redor do mundo. Entre fevereiro e março deste ano, o predomínio da nova variante era de 0,52% e agora, esse número subiu para 4,31%. Contudo, a OMS afirma que não há risco para a saúde da população. 

 

Foto destaque: Vírus da covid-19. CDC/Unsplash