A Pfizer solicitou a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para modificar o registro da vacina monovalente contra a covid-19 no Brasil. A medida foi tomada para ajustar a composição do imunizante contra uma nova cepa circulante do vírus. As orientações foram emitidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Coalizão das Autoridades Regulatórias de Medicamentos (ICMRA).
De acordo com a Anvisa, é o primeiro pedido de atualização de vacina monovalente contra a covid-19 no país. A análise da reguladora avalia os dados da nova composição e compara com a da vacina original. A principal comparação feita é a relação entre benefício e risco, se essa relação do produto é adequada no contexto epidemiológico recente.
Vacinas bivalentes e monovalentes
Segundo o Ministério da Saúde, as vacinas bivalentes são chamadas de segunda geração do imunizante. Nelas, há em sua composição a cepa original e subvariantes da Ômicron. Já as monovalentes são doses originais da vacina.
Ambas vacinas possuem mesma forma de ação. (Foto: reprodução/Spencer Davis/Pixabay)
Ambas agem da mesma forma no organismo, com o estímulo do sistema imunológico para produzir anticorpos e células de defesa contra o vírus da covid.
Nova variante Arcturus
Em janeiro deste ano, foi encontrada uma nova variante da covid-19 na Índia. A notificação foi feita pelo Ministério da Saúde e hoje circula por cerca de 40 países. A da Covid-19 Arcturus, também chamada de XBB.1.16, provoca sintomas diferentes de outras cepas, como conjuntivite e quadros de febre alta. Mas a nova variante não possui capacidade de causar ondas de mortes e grandes casos de hospitalizações.
De acordo com dados da OMS, houve um aumento na prevalência da Arcturus ao redor do mundo. Entre fevereiro e março deste ano, o predomínio da nova variante era de 0,52% e agora, esse número subiu para 4,31%. Contudo, a OMS afirma que não há risco para a saúde da população.
Foto destaque: Vírus da covid-19. CDC/Unsplash