Ter horários adequados para se alimentar traz inúmeros benefícios à saúde

Ter uma rotina de hábitos alimentares saudáveis exige disciplina, organização, determinação e força de vontade. Afinal de contas, têm hora certa para comer? A resposta é sim. Em pesquisa publicada pela National Library of Medicine, os dados indicam que não só o que se come, mas o momento da alimentação é igualmente relevante para o nosso corpo.

Você deve ter ouvido a expressão: “você é o que você come”. Pois bem, isso é verdade, porém comer vai muito além de uma necessidade humana. Quando se têm horários fixos para fazer as refeições torna-se um rotina alimentar sem preocupações ou estresse, tornando as refeições ainda mais prazerosas. Cria-se um hábito que gera saúde e bem-estar. 


Entenda mais sobre a importância de se alimentar nos horários corretos (Vídeo/Reprodução/Youtube/Marcio Atalla)


Saiba o que é cononutriçao

Também chamada de cronobiologia nutricional é a ciência que investiga a relação entre a alimentação e o relógio biológico de cada indivíduo. Em outras palavras, observa-se quais os melhores horários para a ingestão de determinados alimentos.

O site da farmacêutica Catarinense Pharma nos revela que o nosso principal relógio está no cérebro, mas temos outros, que são chamados de “relógios periféricos”, como o intestino, coração e glândulas, que basicamente são influenciados por outros sinais ambientais para serem sincronizados, e não somente pela luz. O fígado é um exemplo de relógio periférico que regula os níveis de glicose e colesterol, e seu principal sincronizador é a alimentação. Comer no horário certo ajuda o nosso organismo a funcionar melhor e ter mais disposição durante o dia.

Comer fora do horário pode prejudicar nossa saúde

A correria do dia-a-dia faz com que nós nos alimentemos fora do horário, o que pode causar doenças como gastrite aguda ou crônica por ficar muito tempo sem comer. Além disso, por estarmos em constante agitação, trabalhando, realizando atividades em casa, estudando, entre outras atividades, nós acabamos não nos alimentando de maneira correta e saudável.

 

Foto destaque: o horário de comer influencia no funcionamento do nosso organismo (reprodução/Site Unirio)

Cientistas descobrem nova forma para o tratamento da diabetes

Pesquisadores da UiT The Arctic University of Norway (Universidade Ártica da Noruega) desenvolveram uma nova forma de fornecer insulina ao corpo, oferecendo novas alternativas a milhões de pessoas com diabetes em todo o mundo que atualmente dependem de seringas ou bombas de insulina.

Estima-se que existam aproximadamente 425 milhões de pessoas com diabetes ao redor do globo, e cerca de 75 milhões dessas pessoas necessitam tomar insulinas diariamente. A nova insulina que está sendo estudada pelos pesquisadores pode ser administrada por via oral ou, até mesmo, ser consumida com um pedaço de chocolate sem açúcar.


Insulina com nanotransportadores indica avanço no tratamento da diabetes (Foto: reprodução/Nicholas Hunt/Ommcom News)


Entenda o estudo

A equipe que está a frente do estudo revelou, em uma pesquisa publicada pela Nature Nanotechnology, que quando a pílula era administrada em babuínos houve a redução de açucar no sangue, os animais eram saudáveis. O medicamento também foi testado em outros animais, como camundongos e ratos que de fato são diabéticos.

O novo medicamento contém pequenos nanotransportadores que são os responsáveis por transportar a insulina encapsulada. De acordo com O Globo, as partículas de nano transporte possuem largura equivalente a um fio de cabelo humano, sendo de 1/10.000 de largura. “Essa forma de tomar insulina é mais precisa porque a entrega de maneira rápida nas áreas do corpo que mais precisam dela. Quando você toma insulina com uma seringa, ela se espalha por todo o corpo onde pode causar efeitos colaterais indesejados”, disse o professor Peter McCourt da UiT Norway”/s Arctic University ao portal Ommcom News.

De acordo com o portal Ommcom News, a insulina oral foi testada em nematódeos, camundongos e ratos e em babuínos na Colônia Nacional de Babuínos na Austrália. “Para tornar a insulina oral palatável, incorporamos em chocolate sem açúcar; essa abordagem foi bem recebida”, disse Nicholas J. Hunt da Universidade de Sydney.

Testes em humanos

A pílula agora permanece a ser testada em humanos. Os ensaios em humanos devem começar em 2025 e os pesquisadores esperam que o novo medicamento possa estar pronto para uso por todos em poucos anos.

Foto Destaque: mesmo com avanço o estudo da insulina com nanotransportadores enfrenta desfios (Reprodução/Marcello Casal Jr./Agência Brasil/National Geographic Brasil)

Estudos revelam que multivitamínicos melhoram memória e retardam envelhecimento cognitivo

Em resposta ao crescente desafio do envelhecimento cognitivo, a Associação de Alzheimer prevê que, em 2060, quase um em cada quatro americanos estará numa faixa etária com risco elevado de declínio cognitivo e doença de Alzheimer. Diante desse cenário, cientistas ao redor do mundo intensificam esforços para encontrar intervenções que ajudem a preservar a função cognitiva antes do início dos défices.

Uma abordagem promissora emerge do Estudo de Suplementos de Cacau e Resultados Multivitamínicos (COSMOS), um ensaio randomizado em grande escala, conduzido por pesquisadores do Mass General Brigham. No terceiro estudo do COSMOS, os resultados indicam efeitos positivos do uso diário de multivitamínicos. Os pesquisadores relatam benefícios consistentes e estatisticamente significativos para a memória e a cognição global.

O estudo analisou 573 participantes, revelando um modesto benefício após o uso do multivitamínico na cognição global ,ao longo de dois anos, com um impacto estatisticamente significativo na memória episódica. No entanto, não houve benefício observado na função executiva/atenção.

Além disso, uma meta-análise baseada em três estudos separados do COSMOS, com participantes não sobrepostos, fornece evidências sólidas de benefícios, tanto para a cognição global quanto para a memória. Os autores estimam que o multivitamínico diário pode retardar o envelhecimento cognitivo global em dois anos, em comparação ao placebo.



Suplementos também são recomendados para pessoas com baixa imunidade (Foto: reprodução/Naturecenter)


Demência e envelhecimento do cérebro

As novas descobertas enfatizam que um multivitamínico diário contendo 20 nutrientes essenciais pode desempenhar um papel crucial na prevenção da perda de memória e retardar o envelhecimento cognitivo, conforme afirmado pelo autor sênior.

O declínio cognitivo, um dos primeiros sintomas associados à doença de Alzheimer e à demência, afeta aproximadamente 55 milhões de pessoas, globalmente, conforme dados da Organização Mundial da Saúde – OMS.

Além de abordar a prevenção da perda de memória, os pesquisadores identificaram melhorias significativas em diversas áreas, incluindo orientação, atenção, fluência linguística e outras capacidades relacionadas à cognição global. Esses aprimoramentos foram observados ao longo de um período de dois anos.

Mudança no estilo de vida

Segundo um relatório de 2020, divulgado pela conceituada revista científica The Lancet, 40% dos casos de demência têm associação com 12 fatores de risco modificáveis. Entre esses fatores, destacam-se pressão alta, obesidade, sedentarismo, diabetes, tabagismo, consumo excessivo de álcool e contato social pouco frequente. Teoricamente, a adoção de hábitos de vida saudáveis poderia prevenir cerca de 40% dos casos de demência, conforme aponta o relatório.

Embora não exista garantia absoluta contra o declínio cognitivo, é possível reduzir significativamente os riscos por meio do aumento dos níveis de atividade física e intelectual, bem como do contato social, além da abstenção do tabagismo e da moderação no consumo de álcool. Destacam-se sete hábitos que podem diminuir o risco de demência em até 43%, mesmo para aqueles com predisposição genética: manter-se ativo, adotar uma alimentação saudável, evitar o sobrepeso, não fumar, manter a pressão arterial adequada, além de controlar o colesterol e a taxa de açúcar no sangue.

Foto destaque: idosa segurando uma cápsula (Divulgação/Oglobo)

Saiba mais sobre o alerta relacionado ao “coquetel de vírus” em Portugal

Entre os dias 18 de dezembro e 14 de janeiro, Portugal registrou um aumento de 28% na mortalidade, com 2.830 mortes acima de sua taxa habitual em apenas um mês. Isso representa o maior aumento comparado aos membros da União Europeia, de acordo com o EuroMomo, site europeu de monitoramento de óbitos. 

Vírus circulando 

Os especialistas apontam a circulação do vírus da gripe no continente e a superlotação dos hospitais portugueses como as possíveis causas principais. Nas últimas semanas, no continente que compreende 53 países, as hospitalizações por gripe aumentaram 58%. O número de pacientes com necessidade de cuidados intensivos também subiu cerca de 21%. As faixas etárias mais impactadas incluem indivíduos com mais de 65 anos e crianças pequenas.

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) apontou um aumento de 28% na mortalidade em Portugal, destacando uma possível antecipação da epidemia de gripe em comparação com outros países europeus. A superlotação nas unidades de urgência e a escassez de equipes podem ter contribuído para os altos índices de mortalidade, segundo a Associação Nacional dos Médicos de Saúde Pública (ANSMP). O presidente da ANSMP sugere que Portugal pode já ter ultrapassado o pico da gripe, alcançando-o antes de outros países.


Aumentam os casos de VSR e os sistemas de saúde devem se preparar para um possível aumento de casos nas próximas semanas (Foto: reproduçao/Crescer)


Vírus diversos 

A delegação europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou sobre o aumento de casos de gripe, destacando preocupações com a sobrecarga nos hospitais devido à confluência de vírus respiratórios. O diretor Hans Kluge diretor da OMS na Europa, expressou inquietação em relação à pressão localizada e sobrelotação em urgências.

Segundo Kluge, observa-se uma intensidade significativa de infecções por gripe em diversos países da região. Os sistemas de saúde devem estar preparados para um possível aumento de casos nas próximas semanas. O diretor Kluge destacou que, além da gripe e da COVID-19, nas últimas semanas também coincidiram o vírus respiratório sincicial humano (VRS) e outros patógenos como micoplasmas e sarampo, afetando principalmente as crianças.

Kluge explicou que os índices de VRS atingiram o pico antes do Ano Novo, estão em declínio, os casos de COVID-19 permanecem elevados, mas começam a diminuir, enquanto os casos de gripe estão aumentando rapidamente, ressaltando que essa tendência não é necessariamente incomum

 

Foto destaque: hospital de Santa Maria, em Lisboa (Reproduçao/Divulgação/oglobo)

Níveis sonoros de videogames superam os limites de segurança e podem provocar perda auditiva

Em uma abrangente revisão de estudos envolvendo mais de 50 mil participantes, cientistas de diversas regiões do mundo emitiram um alerta sério para os jovens aficionados por videogames. O estudo, publicado na respeitada revista BMJ Public Health, revela que esses jogadores correm o risco de desenvolver perda auditiva irreversível e zumbido persistente nos ouvidos.

Os cientistas destacam que os níveis sonoros relatados durante as sessões de videogame frequentemente ultrapassam os limites de segurança estabelecidos. Embora locais de música já tenham sido identificados como fontes potencialmente prejudiciais, os efeitos dos videogames na audição não têm recebido a devida atenção, afirmam os pesquisadores.

Para fundamentar suas conclusões, os cientistas conduziram uma meticulosa revisão de estudos, incluindo pesquisas, boletins informativos, relatórios e procedimentos, conhecidos como “literatura cinzenta”, publicados em inglês, espanhol ou chinês. O resultado abrangeu aproximadamente 14 estudos revisados por pares, provenientes de nove países, abrangendo a América do Norte, Europa, Sudeste Asiático, Ásia e Australásia, e envolvendo 53.833 participantes.

Resultados impactantes

Os níveis de som registrados variaram de 43,2 decibéis (dB) em dispositivos móveis, como celulares e videogames, a 80-89 dB em centros de jogos ou salas de computadores pessoais, particularmente populares na Ásia. Além disso, um estudo específico destacou sons de impulso durante o jogo, atingindo até 119 dB, enquanto os limites de exposição aceitáveis são cerca de 100 dB para crianças e 130–140 dB para adultos.


Garoto jogando videogame numa lanhouse (Foto: reprodução/Pexels/RDNE Stock project)


No contexto das relações entre jogos e perda auditiva autorreferida, limiares auditivos ou zumbido, cinco estudos dentro da revisão indicaram associações significativas. Dois desses estudos revelaram que o uso frequente de centros de jogos pelos alunos estava ligado a um aumento considerável nas chances de desenvolver zumbido grave e perda auditiva de alta frequência em ambos os ouvidos.

Níveis de som

Estima-se que mais de 10 milhões de pessoas nos Estados Unidos estejam potencialmente expostas a níveis de som considerados “altos” ou “muito altos” durante sessões de videogames ou jogos de computador. Um estudo específico avaliou os níveis de som de cinco videogames por meio de fones de ouvido conectados ao console de jogos, revelando uma média de 88,5, 87,6, 85,6 e 91,2 dB para quatro jogos de tiro distintos, além de 85,6 dB para um jogo de corrida.

Os pesquisadores concluíram que a exposição diária a esses níveis sonoros se aproxima dos limites máximos permitidos. Além dos estudos revisados por pares, 16 artigos adicionais e 14 fontes de literatura cinzenta também mencionaram os jogos como um potencial fonte de exposição sonora excessiva.

Apesar dos dados fornecidos nesta análise serem limitados, os pesquisadores enfatizam a possibilidade de que alguns jogadores, especialmente os que jogam com frequência e nos níveis sonoros médios ou superiores, possam ultrapassar os limites permitidos de exposição sonora. Isso os coloca em risco de desenvolver perda auditiva permanente e/ou zumbido, concluem os especialistas.

 

Foto destaque: Jogando videogame com fones de ouvido. Reprodução/Pexels/RDNE Stock project

Fome emocional: entenda sobre o que Yasmin pode ter vivido no BBB24

Nos últimos dias, a participante do BBB24 Yasmin Brunet, em conversa com Wanessa Camargo, relatou que estava comendo muito, mas se sentia vazia. Visivelmente ansiosa, a BBB estava chacoalhando as pernas e logo em seguida desatou a chorar, citando que não gosta da sensação de ver pessoas da casa excluídas. O caso chamou atenção para um assunto ainda pouco falado: a fome emocional.

O apetite emocional pode ser uma resposta ao estresse, acontecendo em situações específicas ou de forma crônica, quando o paciente sempre lida com questões emocionais adversas ingerindo mais alimentos. O problema pode causar compulsão alimentar e doenças metabólicas”, explica a Dra. Deborah Beranger, endocrinologista, com pós-graduação em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ).

Gatilhos no reality show

A fome emocional, segundo a médica, também tem relação com sentimento de vazio, ansiedade, tédio, depressão, oferta ou restrição de alimentos e até comemorações, situações presentes no reality show e que podem despertar o gatilho emocional da fome.

Segundo a médica, o ato de ingerir alimentos é mediado por uma série de sinais e estímulos. “Entre eles estão a redução da quantidade de nutrientes como carboidratos, proteínas e gorduras ou até a diminuição da temperatura corporal.

Uma pessoa come para obter nutrientes e energia para o organismo e sua falta pode levá-la a procurar o que comer. Porém, a comida pode fornecer prazer imediato e o principal elemento envolvido nessa sensação é um neurotransmissor chamado serotonina. Por esse motivo, principalmente para pessoas ansiosas, comer pode ser uma válvula de escape em situações de estresse”, explica a médica.

Possíveis consequências e tratamento

Nesses casos, a procura é por alimentos mais calóricos, que produzem rápido aumento de energia, podem liberar mais rapidamente esse neurotransmissor. “O hormônio cortisol causa desejo por comida altamente energética. Os hormônios do estresse fomentam também a formação de células adiposas, que dão mais espaço ao corpo para armazenar energia. Se a procura por alimentos mais calóricos for constante, o paciente pode desenvolver doenças metabólicas como o diabetes”, explica a médica.

Há pessoas que comem demais quando estão estressadas ou deprimidas, mas há muitos pacientes que são tão tomados pela ansiedade que, até mesmo em situações de euforia e alegria, comem demais sem perceber”, destaca a endocrinologista. 

A endocrinologista comenta que, sempre que um paciente perceber esse tipo de relação entre saúde emocional e fome, é importante tratar as causas que as levam à compulsão alimentar.

O tratamento deve envolver mais de um especialista, com médicos endocrinologistas e psiquiatras, além de nutricionistas, psicólogos e educadores físicos, que podem atuar em conjunto para identificar esses gatilhos emocionais e ajudar o paciente a melhorar sua relação com a comida”, finaliza a Dra. Deborah.

Foto destaque: Yasmin Brunet no BBB24 (reprodução/X/@yasminbrunet1)

Estratégias para vacinação contra dengue no Brasil são discutidas

Nesta segunda-feira (15), os técnicos do Ministério da Saúde se reuniram para deliberarem sobre as estratégias de vacinação contra a dengue no Brasil. A decisão preliminar indica que a imunização será aplicada em crianças e adolescentes com idades entre seis e 16 anos. Essa escolha foi orientada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) desde outubro do ano passado e surge como resposta ao aumento da incidência da doença em determinadas regiões do país.

A câmara técnica de imunização – composta por especialistas, representantes de entidades civis e gestores de secretarias municipais e estaduais de Saúde – recomendou formalmente ao Ministério da Saúde essa priorização. Contudo, a decisão final sobre a faixa etária específica a ser contemplada será tomada em uma reunião posterior com os secretários estaduais e municipais de Saúde, marcada para a última quinta-feira do mês de janeiro.


Criança sendo vacinada (Foto: reprodução/BBC)


Estratégias para implementação 

O diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), Eder Gatti, afirmou que a estratégia de vacinação será pautada não apenas pela faixa etária indicada pela OMS, mas também pela análise das regiões com maior incidência de dengue. A avaliação de grupos prioritários levará em consideração dados como hospitalizações e casos graves, visando a maximização dos resultados epidemiológicos.

O Ministério da Saúde anunciou em dezembro a incorporação da vacina Qdenga, também conhecida como TAK-003, no Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, a estratégia proposta pela fabricante, que sugere a imunização de crianças de quatro anos e adultos de 55, está sujeita a ajustes após a reunião com os secretários estaduais e municipais de Saúde. O primeiro lote, composto por 460 mil doses, chegará no próximo mês, sendo que a expectativa é de receber até novembro um total de cinco milhões de doses, incluindo uma doação de um milhão de doses.


Mosquito da dengue (reprodução/Banco de Imagens/Serviços e Informações do Brasil)


Detalhes sobre a Vacina Qdenga

A vacina Qdenga, aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso no Brasil em pessoas de quatro a 60 anos, protege contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. Aplicada em duas doses, demonstrou eficácia geral de 80,2% para evitar infecções e 90,4% para casos graves, conforme resultados de testes clínicos. A vacina já está disponível em clínicas particulares desde julho, com custos variando entre R$ 400 e R$ 500 por dose.

A Qdenga não é a primeira vacina contra a dengue recomendada pela OMS, que aprovou a Dengvaxia em 2015. Contudo, a Dengvaxia teve uma adesão limitada devido ao público-alvo restrito e a possíveis riscos em pessoas não previamente infectadas. Diferentemente, a Qdenga busca abranger uma faixa etária mais ampla, contribuindo para uma estratégia mais abrangente de combate à doença.

 

Foto destaque: criança sendo vacinada (Reprodução/FreePik)

Jejum intermitente: saiba as contraindicações da dieta

Nos últimos anos, aumentou a popularidade da prática de alternar períodos de jejum, em janelas que podem durar 8h, 12h, 14h, ou mesmo períodos de 24h, nos quais são permitidos somente água, chás e cafés sem açúcar.

O chamado “jejum intermitente” é um bom aliado para promover a perda de peso, por conta do déficit calórico, e procurado também por quem deseja desintoxicar o organismo e melhorar a imunidade.

Cintya Bassi, coordenadora de Nutrição e Dietética do São Cristóvão Saúde, afirma que o principal benefício dessa prática é obrigar o corpo a utilizar a fonte de energia existente e excedente: “Com isso, ocorre a perda de peso, mas também ocorre a redução do apetite a médio prazo, com uma melhora da resistência à insulina e um aumento da disposição”.

Efeitos positivos e negativos

Um estudo inédito no Brasil e no mundo, realizado em cobaias desde 2020 pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), expõe os efeitos positivos e negativos do jejum intermitente. Segundo informações divulgadas pela instituição, o jejum programado, intercalado com atividades aeróbicas, promoveu uma redução na ansiedade e efeitos antidepressivos; contudo, também foram identificados na pesquisa danos em células intestinais e cerebrais.

Porém, cientistas acreditam que os resultados podem subsidiar pesquisas clínicas com pessoas saudáveis, adeptas do jejum intermitente, o que traria respaldo para futuras investigações, como na intervenção de doenças como a obesidade.

Outro ensaio clínico, realizado de forma aleatória junto a mulheres com obesidade e projetado no cenário da ciência internacional, forneceu acompanhamento nutricional por 12 meses e orientações reforçadas para a prática de jejum e ajustes na dieta. O acompanhamento foi feito pelo ambulatório de obesidade do Centro de Recuperação e Educação Nutricional (CREN), ONG que atua no combate e prevenção à desnutrição e obesidade infantil, que monitorou fatores como peso, composição corporal e exames bioquímicos, para avaliar o perfil metabólico.

Como resultado, apesar da ausência de diferenças clínicas importantes, a pesquisa destacou que “a restrição do período alimentar diária é de fácil aplicação e segura, auxiliando no tratamento nutricional em indivíduos com excesso de peso, sem a necessidade de aquisição de novos alimentos, principalmente para população de menor poder aquisitivo, garantindo maior adesão”. As informações foram divulgadas pela Faculdade de Nutrição (Fanut) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Contraindicações e período após o jejum intermitente

De acordo com Cintya Bassi, “a prática não é recomendada aos diabéticos, pessoas com hipotireoidismo não tratado, desnutridos, com propensão a transtornos alimentares ou gestantes, entre outros exemplos”. Desse modo, é indicada uma consulta junto a um profissional, para orientações individuais e definir, com segurança, estratégias iniciais e evolução.

Segundo especialistas, o mais recomendado aos iniciantes é começar fazendo uma vez por semana, por no máximo 16 horas. Desse modo, o período pode ser aumentado gradualmente, de acordo com a adaptação do indivíduo. Além de obter orientações de um médico ou nutricionista, uma dica aos que desejam iniciar a prática é reduzir a ingestão de carga calórica durante as refeições e acrescentar ao cardápio alimentos que aumentem a saciedade, antes mesmo de iniciar o jejum, o que facilitará o processo de adaptação.

Após a prática, o indicado é consumir, em pequenas porções, alimentos de fácil digestão e com baixo índice glicêmico, o que ajuda a preservar os resultados obtidos durante o jejum intermitente. Deve-se evitar alimentos fritos, processados, industrializados e preparados com muita gordura, como batata frita, coxinha, sorvete, biscoito recheado ou comidas congeladas.

Estudos recomendam refeições leves e saudáveis para quem se alimenta à noite

Especialistas alertam sobre os hábitos alimentares noturnos após um estudo revelar que quase 60% dos mais de 34 mil adultos norte-americanos analisados consideram normal comer depois das 21h, conforme reportado pelo jornal The New York Times. Essa prática regular pode ter implicações indesejadas para a saúde, especialmente quando feita pouco antes de dormir, segundo os especialistas.

Marie-Pierre St-Onge, cientista de nutrição e sono da Universidade de Columbia, destaca que nossos corpos evoluíram para processar nutrientes durante o dia e armazenar energia à noite. Perturbar esse ritmo natural pode causar problemas, como piora nos sintomas de azia e refluxo ácido. 

Estudos recentes também indicam associações entre refeições noturnas e impactos negativos na qualidade do sono, bem como no aumento de peso e na saúde metabólica. Frank Scheer, neurocientista do Brigham and Women’s Hospital em Boston, destaca que pesquisa de 2019 revelou que consumir 100 calorias ou mais duas horas antes de dormir aumentava significativamente as chances de excesso de peso em adultos norte-americanos de meia-idade e mais velhos. Resultados semelhantes foram observados em estudos na Suécia e no Japão.


Especialistas recomendam jantar ao menos duas horas antes de dormir (Foto: reprodução/bbc)


Trabalhar durante à noite

Trabalhar durante a noite aumenta o risco de distúrbios do sono e interfere na produção de hormônios essenciais. O sono desempenha um papel crucial no “detox natural” do corpo, reorganizando suas funções. Indivíduos que dormem durante o dia podem enfrentar desafios como inchaço, irritação, constipação intestinal e dificuldade em perder peso. Priorizar hábitos alimentares alinhados com o ciclo natural do corpo pode contribuir para uma melhor saúde e qualidade de vida, mesmo em turnos não convencionais. Se você trabalha em turnos não convencionais, onde comer tarde pode ser inevitável, opte por fazer suas maiores refeições entre 7h e 19h e evite opções ricas em gordura ou açúcares adicionados.

Recomendações médicas

Especialistas destacam que o ato de se alimentar mantém o organismo alerta, enquanto o sono induz o corpo a um estado de repouso, regulando o ritmo. Este conflito pode impactar peso, saúde cardíaca, níveis de estresse e digestão. Embora necessitemos de mais estudos para compreender todas as nuances desse fenômeno, é recomendável escolher refeições saudáveis, leves e evitá-las muito tarde. Estabelecer um intervalo entre comer e dormir é aconselhável. Buscar orientação médica especializada em endocrinologia ou nutrição pode fornecer insights sobre hábitos alimentares saudáveis.

 

Foto destaque: imagem de um relógio analógico em cima de um prato com talheres (Reprodução/ Imagem de Freepik)

Temporada de shorts: saiba como tratar 5 problemas comuns nas pernas

As temperaturas subiram e o verão se aproxima. As calças são aposentadas e os shorts e saias entram em cena. De repente, alterações como flacidez, estrias e celulite, antes escondidas atrás das roupas, tornam-se motivos de preocupação e desconforto estético. O primeiro passo para garantir resultados satisfatórios é passar por uma avaliação com um especialista.

Após a avaliação, é possível optar por uma série de procedimentos específicos para cada alteração, que ainda podem ser combinados dependendo da necessidade, conforme um time de especialistas explica abaixo:

Flacidez 

Segundo a Dra. Cláudia Merlo, é possível tratar o problema de maneira eficaz com a radiofrequência microagulhada Morpheus.

O Morpheus conta com microagulhas revestidas em ouro que conseguem penetrar na pele em 5, 7mm e emitir energia de radiofrequência em profundidade para aquecer a região, promovendo retração imediata desses septos fibrosos e compactando novamente essas células de gordura, com excelente melhora da flacidez da pele e do aspecto da celulite”, diz a médica, que acrescenta que o procedimento ainda gera uma inflamação local que faz com que as fibras de colágeno continuem a ser estimuladas por alguns meses.

Na sessão, podemos realizar também injeções do bioestimulador de colágeno Radiesse, que é aplicado para estimular os fibroblastos a produzirem essas fibras. Essa combinação garante um resultado ainda melhor no tratamento.

Gordura

Gordura localizada na região das pernas dificilmente é eliminada apenas com dieta e exercícios físicos, atrapalhando a definição da região. Nesses casos, é possível optar pela Lipo HD ou Lipo LAD, um avanço da técnica convencional de lipoaspiração que também é baseada na sucção dos depósitos de gordura localizada, mas reforça áreas que escondem a definição muscular.

De acordo com o cirurgião plástico Dr. Tácito Ferreira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o procedimento é ideal quando há excesso de gordura localizada e pouca flacidez de pele. 

Estrias

A associação de procedimentos é um grande destaque no tratamento das temidas estrias. Por exemplo, uma excelente opção para combater essas alterações é a realização de sessões do laser Fotona associado ao Emtone, radiofrequência que promove ação mecânica e de calor (42°) que simultaneamente aumentam produção de colágeno e reduzem fibrose.

Como ambos os procedimentos estimulam colágeno de formas diferentes, interagindo entre si, os efeitos são multiplicados. Dessa forma, podem ser usados em regiões que apresentam estrias para regenerar o tecido e estimular o colágeno e a fibrina na pele, assim melhorando a aparência da pele no local tratado”, destaca a Dra. Cláudia Merlo.

Celulite

A celulite tem sim tratamento, com excelentes resultados, mas é necessário que a paciente tenha consciência da importância da mudança do estilo de vida, senão o efeito será afetado.

Em consultório, podemos combinar tratamentos como injeções redutoras de gordura, radiofrequência e bioestimuladores de colágeno. As injeções redutoras de gordura promovem destruição da membrana da célula de gordura e, consequentemente, menor edema local. A radiofrequência, por sua vez, aquece os tecidos para estimular a produção de colágeno. Já o bioestimulador de colágeno injetável é aplicado para estimular as células formadoras de colágeno (fibroblastos) a produzirem essas fibras”, explica Dra. Cláudia. 

Lipedema

Apesar de ser uma doença crônica, isto é, sem cura, o lipedema pode ser controlado quando devidamente diagnosticado e abordado.

É muito importante destacar que o tratamento do lipedema não se restringe a cirurgia com lipoaspiração para retirada da gordura. Esse é apenas um dos pilares no controle da doença, que é realmente essencial em alguns estágios, melhorando muito a qualidade de vida da paciente. Mas o tratamento clínico precisa ser feito antes e depois, em todos os casos, com medicamentos e uso de meias de compressão. Além disso, mudanças no estilo de vida também são indispensáveis para modulação do estado inflamatório, com adoção de uma alimentação anti-inflamatória e prática regular de atividade física”, finaliza.

DRA. CLÁUDIA MERLO: Médica especialista em Cosmetologia pelo Instituto BWS. Diretora da Clínica Cláudia Merlo. 

DR. TÁCITO FERREIRA: Cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), da Associação Médica Brasileira e da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (ANADEM). 

DRA. ALINE LAMAITA: Cirurgiã vascular, Dra. Aline Lamaita é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). 

Foto destaque: pernas expostas (Reprodução/Fxquadros/Freepik)