Saúde no Rio de Janeiro entra em estado de emergência devido à dengue

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou nesta segunda-feira (05), que a cidade está em estado de emergência em saúde pública devido à dengue. A informação foi divulgada pelo Diário Oficial, que também informou que a prefeitura irá inaugurar três dos dez polos de atendimento nesta segunda.

Na última sexta-feira (2), o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, declarou que o Rio enfrenta uma epidemia de dengue, com um recorde de internação, totalizando mais de 11 mil casos da doença confirmados no município. Para conter a doença, as autoridades apresentaram um plano de contingência que visa prestar assistência para a população. 

Casos de dengue no Rio

Durante o mês de janeiro, o estado do Rio de Janeiro registrou mais de 17,5 mil casos de dengue, 12 vezes mais do que o registrado no mesmo período no ano anterior, que foi de 1.441 casos. Além disso, 676 pacientes foram internados e duas mortes foram confirmadas, em Itatiaia e Mangaratiba. 


Agente da saúde realizado a fiscalização para localizar possíveis focos do mosquito (Foto: reprodução/ Guito Moreto/Agência o Globo/O Globo)


O Rio de Janeiro possui 92 municípios e entre eles, 14 apresentam taxa de incidência superior a 500 casos por 100 mil habitantes. Os que mais afetados são: Itatiaia, Cambuci, Resende e Piraí. Claudia Mello, secretária de Estado de Saúde, destacou que a Central de Inteligência em Saúde (CIS), monitora a incidência de casos de dengue em tempo real, auxiliando as autoridades a tomarem medidas mais direcionadas e oferecerem assistência mais precisa para a população.

Para combater o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, as autoridades estão implementando medidas preventivas e nesta segunda já inaugurou os primeiros polos de atendimento a pacientes com a virose. 

Medidas de prevenção

Para auxiliar no tratamento e cuidado da população, serão instalados 150 centros de tratamento e hidratação, além de 10 polos de atendimento. As unidades que começam a funcionar nesta segunda estão localizadas em Curicica, na Clínica da Família Raphael de Paula Souza, em Santa Cruz, na Policlínica Lincoln de Freitas Filho, e em Campo Grande, no Posto de Saúde Belisario Pena. Todos pertencem à Zona Oeste do Rio.

Outras medidas incluem o uso de carros-fumacê em regiões com mais casos registrados, entrada compulsória em imóveis abandonados e a criação do Centro de Operações de Emergência (COE-Dengue), além da dedicação de leitos exclusivos para pacientes com dengue na rede pública.

No entanto, as autoridades pedem cooperação da população, já que a maioria dos focos está dentro das casas. Medidas preventivas incluem evitar acúmulo de água em vasos de plantas, garrafas ou pneus, e manter locais propensos ao acúmulo de água, como caixas d”/água ou barris, devidamente tampados.

Foto Destaque: mosquito da dengue (Reprodução/EBC/Brasil de Fato)

Mistério na medicina estética: por que os efeitos do botox duram cada vez menos

A toxina botulínica é o tratamento mais utilizado na medicina estética, e o número cresce a cada ano. Em 2023, foram vendidos somente Espanha 332 mil frascos deste medicamento, para fins estéticos por 79,3 milhões de euros, segundo dados da consultoria especializada Iqvia. Outro fator que contribui para a popularidade é também porque o debate se tornou científico, com dezenas de artigos publicados em revistas médicas e muitas horas de perguntas em conferências do setor.

A administração adequada, e a qualidade de vida do paciente, impacta nos efeitos da toxina e também no tempoem  que ela fica visível. “É verdade que os efeitos da toxina às vezes duram menos do que o esperado“, afirma Fernando García Monforte, médico especialista na disciplina e coautor de um estudo publicado recentemente na revista científica Aesthetic Medicine com o título “Toxina botulínica”.


Vídeo com 5 motivos que fazem o botox durar menos. (Vídeo: reprodução/YouTube/Dra. Marina Hayashida)


Botox: o que é, para que serve e como funciona

A toxina botulínica é uma proteína produzida na natureza por bactérias da espécie Clostridium botulinum. Ao iniciar seu efeito, o botox causa paralisia muscular inibindo a liberação de acetilcolina, que é o transmissor de comunicação entre os neurônios. “Na prática, isso faz com que as terminações nervosas deixem de dar ordens aos músculos”, explica Francisco Zaragoza, professor de Farmacologia da Universidade de Alcalá de Henares (Madrid).

O mesmo efeito que a torna esteticamente mais bonita, é o mesmo a deixa perigosa. Aplicada com pequenas doses, tem um maior potencial de bons resultados, e também não causa nenhum dano à saúde. Porém, o mau uso pode causar intoxicação, fazendo com que a pessoa se “afogue” nos próprios músculos respiratórios.

O uso pela estética, é utilizado para eliminar ou reduzir rugas faciais como as da testa, entre as sobrancelhas e ao redor dos olhos. Em outras áreas da medicina, a toxina é utilizada em muitas doenças musculares, como distonia, espasticidade, bruxismo, em alguns casos de enxaqueca, entre outras.

Durabilidade

No verão, os efeitos da toxina botulínica tendem a durar menos. Isso acontece por conta do calor e do sol que contribuem para a degradação do produto sob a pele. As pessoas que passam por momentos de estresse também podem vir a ter efeitos menos duradouros. No geral, tudo o que envolve mais atividade, tensão ou movimento pode encurtar o efeito.

Segundo o artigo publicado por García Monforte, “os responsáveis ​​pela fabricação e distribuição da toxina negam que haja uma causa dependente do fabricante em relação ao encurtamento da eficácia das toxinas”.

No entanto, a qualidade do produto e a forma de manuseio na aplicação, também interferem no resultado e tempo do efeito da toxina.

Foto destaque: seringa com toxina botulinica (Reprodução/Tribuna do Sertão)

Plataforma de vacina flexível contra Covid pode combater outras doenças

A tecnologia, baseada em DNA encapsulado em nanopartículas lipídicas, desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), já teve a eficácia comprovada em testes realizados em animais e está sendo adaptada para atuar contra a chikungunya.

Proposta 

A proposta é elaborar uma vacina de ácido desoxirribonucleico, que, de acordo com o docente Pedro Pires Goulart Guimarães, do Setor de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é mais estável e apresenta custo inferior às de ácido ribonucleico, como as produzidas pelas empresas Pfizer e Moderna. Os cientistas, então, elaboraram diversas composições de nanopartículas, buscando aquela que proporcionasse a maior eficácia na imunização.


Vacina contra Covid-19  (Foto: reprodução/PMM/G1)


Para que o ácido ribonucleico e o ácido desoxirribonucleico adentrem a célula e induzam a síntese de antígenos, eles são envolvidos em nanopartículas lipídicas, mecanismos de distribuição de medicamentos de forma regulada no corpo. Os resultados apontaram efetividade e imunogenicidade da vacina e foram divulgados na publicação científica “Nature Communications” de janeiro.

Avanços

O produto passou por avaliações pré-clínicas em hamsters e ratos, nos quais os animais foram inoculados com duas doses, com um intervalo de 21 dias entre elas, e o inóculo letal do vírus. De acordo com Pedro Guimarães, isso requer vontade política, uma vez que implica custos elevados. Ele também observou que os testes clínicos envolvem despesas consideráveis.

“A nossa vacina induziu eficácia e imunogenicidade semelhante à da Pfizer, protegeu também contra variantes de Covid. A gente vê que a carga viral está reduzida nos animais vacinados, e os animais vacinados não morrem”, apontou o professor. Os cientistas agora direcionam seus esforços para combater a chikungunya após a comprovação da efetividade do imunizante contra a Covid-19. Apesar da eficácia demonstrada nos testes em animais, ainda não há previsão para iniciar os ensaios clínicos em humanos.

O medicamento contra a chikungunya está em fase de experimentação em animais, com previsão de conclusão até o final deste ano. Para isso, são necessários mais estudos e a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A proposta é empregar a plataforma de nanopartículas lipídicas no desenvolvimento de vacinas contra essa e outras doenças, visando reduzir tanto o tempo quanto os custos do processo.

Foto Destaque: profissional na sede do Instituto Butantan (reprodução/CNN Brasil)

Levantamento internacional aponta que mortes no Brasil por câncer irão duplicar em 2050

O número de mortes por câncer irá aumentar em cerca de 98,6% no Brasil em 2050, é o que aponta o estudo divulgado nesta quinta-feira (1) pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC, sigla em inglês), em relação ao ano de 2022. Dentre os fatores preponderantes para este aumento significativo é a alta exposição à poluição, que a cada ano aumenta mais, ao tabaco, álcool e a obesidade. A agência, que faz parte da Organização Mundial da Saúde(OMS), também apontou no estudo que o surgimento de novos casos aumentará em cerca de 83,5%, segundo a projeção.

Aumento no mundo

A IARC também apontou no estudo que é provável que o mundo tenha em 2050 R$ 35 milhões de novos casos ocasionando um aumento em relação a 2022 de 77%. De acordo com o estudo, esse aumento se dará por diversos fatores, porém os que mais impactam é o envelhecimento da população juntamente com o crescimento exarcebado. O consumo de álcool e tabaco juntamente com a má alimentação, por conta do consumo de alimentos industrializados, também poderão aumentar o número de novos casos e óbitos pela doença.

Tipos mais comuns

A pesquisa mostrou que no ano de 2022 o câncer de pulmão foi o mais comum no mundo, tendo 2,5 milhões de novos casos entre a população mundial. Em segundo lugar nessa triste estatística está o câncer de mama feminino, e logo em seguida o colorretal, o câncer de próstata posteriormente. Em relação a mortes, essa ordem muda um pouco, porém o câncer de pulmão ainda lidera o ranking, seguido pelo colorretal com cerca de 900 mil mortes, o de fígado, com 760 mil óbitos e o de mama feminino. 


Câncer nos pulmões é o mais comum e também o mais letal no mundo, aponta relatório (Foto: reprodução/Freepik)


Diferenças na incidência entre países

A maior incidência nos casos e mortes por câncer em 2050 se dará nos países desenvolvidos, de acordo com o relatório, comparando com 2022. As nações que possuem um baixo Índice de Desenvolvimento Humano(IDH), irão experimentar um aumento de 142% em casos e mortes. Já os países em desenvolvimento, terão um acréscimo de 99%, segundo a pesquisa da IARC.

Em nota enviada a imprensa, a OMS afirma que haverá um impacto desproporcional nas populações carentes e que é importante que se aborde as diferentes necessidades para o enfrentamento do câncer no mundo.

 

Foto destaque: diagnósticos de câncer irão aumentar no mundo em 2050 (Reprodução/Freepik/pressfoto)

Wanessa Carmargo fez cirurgia de endometriose para engravidar; entenda

A cantora Wanessa Camargo, participante da atual edição do Big Brother Brasil, contou aos brothers que precisou realizar uma cirurgia para tratar um quadro de endometriose e assim conseguir engravidar. Principal causa de infertilidade feminina, a doença, apesar de não ter cura, pode ser controlada e a intervenção cirúrgica é uma das opções terapêuticas.

A cirurgia é normalmente indicada quando não há resposta ao tratamento clínico ou quando a doença atinge estados muito avançados, causando dor intensa, por exemplo. “O tratamento cirúrgico da endometriose é realizado por meio da videolaparoscopia, procedimento minimamente invasivo que visa retirar os focos de endometriose, melhorando a anatomia dos órgãos reprodutivos e diminuindo o efeito inflamatório da doença no funcionamento desses órgãos”, diz o Dr. Rodrigo Rosa, especialista em reprodução humana e diretor clínico da Clínica Mater Prime, em São Paulo. 

Casos em que dificulta a gravidez

No entanto, é importante que a cirurgia de endometriose seja muito bem indicada, pois, em alguns casos, pode ser um problema para mulheres que ainda desejam engravidar. “O procedimento pode causar um impacto importante na fertilidade, pois, dependendo da abordagem, a videolaparoscopia pode reduzir em até 70% a reserva ovariana, que reflete o estoque de óvulos da mulher”, alerta o médico. 

Então, é fundamental que a indicação do tratamento seja individualizada caso a caso. “Por exemplo, a intervenção cirúrgica pode não ser indicada para pacientes que já possuem baixa reserva ovariana, que pode ser avaliada através do ultrassom transvaginal e do exame de hormônio anti-mülleriano (AMH)”, exemplifica. 

Congelamento de óvulos

De qualquer maneira, para mulheres que serão submetidas ao procedimento e desejam engravidar posteriormente, é sempre aconselhado que preservem a fertilidade através do congelamento de óvulos para garantir a possibilidade de gravidez no futuro.

O congelamento de óvulos, também conhecido como criopreservação, consiste no congelamento dos óvulos em nitrogênio líquido na temperatura de -196°C, o que inativa seu metabolismo sem prejudicar sua viabilidade”, explica o Dr. Rodrigo. Dessa forma, mesmo que a reserva ovariana da mulher seja afetada pela cirurgia, ainda existe a possibilidade de gravidez através da Fertilização In Vitro, considerada o tratamento de fertilidade mais eficaz para mulheres com endometriose. 

Opção de congelar embriões

O especialista ainda afirma que mulheres com endometriose em um relacionamento estável também podem optar por congelar embriões no lugar dos óvulos.

Congelar o embrião permite que saibamos com antecedência sua qualidade, o que nos dá uma chance mais aproximada da realidade em termos de prognóstico de gravidez, o que não é possível com o congelamento de óvulos”, diz o especialista, que afirma que a desvantagem dessa opção é que o embrião pertence ao casal.

Então se houver uma separação no futuro, a mulher não poderia transferir os embriões. E precisa chegar a um acordo com o ex-parceiro para saber o destino desses óvulos fecundados.”

Por fim, o Dr. Rodrigo Rosa ressalta que, seja com embriões ou óvulos congelados, as taxas de sucesso da Fertilização In Vitro em mulheres com endometriose são as mesmas de quando o procedimento é realizada por outros motivos. 

FONTE: DR. Rodrigo Rosa – Ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana e sócio-fundador e diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo, e do Mater Lab, laboratório de Reprodução Humana.

Foto destaque: Wanessa Camargo no BBB 24 (Reprodução/Globoplay)

Vacina contra dengue desenvolvida pelo Butantan tem eficácia de 79,6%

Vacina desenvolvida no Instituto Butantan contra a dengue apresenta uma eficácia de 79,6% na prevenção da doença. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (31), na revista científica “New England Journal Of Medicine (NEJM)”.  

A taxa da vacina brasileira divulgada é semelhante à da japonesa Qdenga, que tem uma eficácia de 80,2% e que será disponibilizada ao Sistema Único de Saúde (SUS) este ano. Já a brasileira, a previsão é para 2025 e será dada em apenas uma dose.  

Os números da eficácia em pessoas que já contraíram o vírus da doença e as que nunca contraíram é diferente. Os testes foram feitos em 16 mil pessoas com um acompanhamento de três anos. Para aqueles que já tiveram a dengue, a eficácia da vacina é de 89,2% e para aqueles que nunca tiveram, é de 73,6%. 

A Butantan-DV também se mostrou eficaz na redução dos sintomas da dengue sorotipo 1 e 2. A vacina está sendo desenvolvida para combater os quatro tipos diferentes do vírus da dengue. Os dados de eficácia em crianças entre 2 e 6 anos foi de 80,1%, em jovens de 7 a 17 anos, 77,8% e em adultos de 18 a 59 anos, 90%. 

Quem vai poder tomar 

A vacina foi testada durante mais de um ano para analisar a resposta imune e o resultado foi positivo, mostrando-se eficiente em todos os participantes. Ela está sendo produzida com os quatros tipos da dengue e a expectativa é que uma dose seja suficiente, já que nos testes, a dose adicional não mostrou um adicional eficaz significante. 

A vacina japonesa será oferecida em duas doses e os pesquisadores ainda não sabem se quem tomou a Qdenga, poderá tomar a que está em desenvolvimento pelo Instituto Butantan. 

Sintomas da dengue 

Os principais sintomas da dengue são: dor de cabeça intensa, febre alta, náusea e vômito, manchas vermelhas, dor muscular e/ou nas articulações e dores atrás dos olhos. 

Os sinais de alerta da doença que devem ser percebidos são: dores abdominais intensas, vômito persistente, acúmulo de líquidos, sangramento da mucosa e hemorragias. 


Mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus da dengue (Foto: reprodução/O Globo)


Como evitar a dengue 

Não deixar água para é a principal prevenção contra a doença, pois dessa forma, a larva do mosquito não pode se desenvolver. Outra maneira de se prevenir é utilizar repelente. 

 

Foto destaque: vacina brasileira contra dengue demonstra boa eficácia (Reprodução/CNN Brasil)

Consumo excessivo de carne vermelha pode ocasionar o surgimento de doenças, entenda

A carne vermelha, quando consumida com moderação e como parte de uma dieta equilibrada, pode oferecer diversos benefícios para o corpo humano devido à sua rica composição nutricional. Entretanto, como qualquer outra coisa, quando consumida em execesso, pode fazer mal a saúde. 

Benefícios da carne vermelha

A carne vermelha é uma excelente fonte de proteína completa, que contém todos os aminoácidos essenciais necessários para a construção e reparo de tecidos no corpo. Além disso, é uma das melhores fontes de ferro heme, que é mais facilmente absorvido pelo organismo em comparação com o ferro não heme, encontrado em fontes vegetais. O ferro é essencial para a formação de hemoglobina, que transporta oxigênio para as células.

Também é rica em vitamina B12, essencial para a função cerebral e a formação de células sanguíneas. A carne vermelha também contém zinco, um mineral essencial para o sistema imunológico, além de ser importante para o crescimento e desenvolvimento celular. 

A carne vermelha também contém Ácido Linoleico Conjugado (CLA). A exemplo, carnes de vaca e cordeiro. O CLA tem sido associado a benefícios para a saúde, incluindo a redução da gordura corporal e a melhoria da saúde cardiovascular.

A creatina também está presente em quantidades significativas em carnes vermelhas. Conhecida por desempenhar um papel importante de energia durante atividades de alta intensidade, a creatina é frequentemente utilizada por atletas.

Nutrientes como Zinco, Selênio e Fósforo também estão presentes na carne vermelha, e desempenham papéis cruciais em várias funções do corpo.

Tudo que é demais, faz mal 

O consumo excessivo de carne vermelha tem sido associado a diversos potenciais malefícios para a saúde. Algumas das principais preocupações relacionadas ao consumo excessivo de carne vermelha são o surgimento de doenças cardiovasculares, principalmente associado ao consumo de carnes gordas. O aumento da ingestão de gorduras saturadas pode contribuir para níveis elevados de colesterol no sangue e aumentar a probabilidade de doenças do coração.


Reportagem da TV cultura esclarece dúvidas sobre o consumo da carne vemelha (Vídeo: reprodução/YouTube/Jornalismo TV Cultura)


Alguns estudos sugerem que o consumo excessivo de carne vermelha, especialmente processada, pode estar associado a um maior risco de desenvolvimento de câncer, principalmente de cólon e reto. Os processos de preparação, como grelhar ou defumar, podem gerar substâncias carcinogênicas.

O consumo elevado de carne vermelha, especialmente carne processada, tem sido correlacionado a um maior risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2. Além disso, também pode gerar problemas digestivos como constipação, devido à falta de fibras na maioria das carnes.

A resistência a insulina também pode surgir quando há consumo excessivo de carne vermelha. 

Cada caso é diferente

É importante observar que os efeitos negativos do consumo excessivo de carne vermelha podem variar de pessoa para pessoa, dependendo de fatores como a qualidade da carne consumida, outros hábitos alimentares, estilo de vida e predisposição genética. Recomenda-se, portanto, consumir carne vermelha com moderação e fazer escolhas conscientes em relação à qualidade e preparo, além de garantir uma dieta equilibrada e variada, com outros alimentos ricos em nutrientes.

Foto destaque: carne vermelha em preparo (reprodução/DC studio/Freepik)

Pesquisadores brasileiros identificam alterações moleculares em indivíduos que cometeram suicídio

Pesquisadores brasileiros explicam alterações moleculares em pessoas que cometeram suicídio através de um estudo para identificar potenciais alvos terapêuticos. O artigo foi publicado na revista Psychiatry Research. 

O estudo 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem de suicídio por ano no mundo. Na faixa etária entre 15 e 29 anos, o suicídio é a quarta principal causa das mortes. São diversos os fatores estão associados ao suicídio, condições econômica, problemas familiares, depressão.


 Anualmente 700 mil pessoas cometem suicídio (Foto: reprodução/Portal Gov.br)


O grupo revisou os dados que sobre alterações moleculares no cérebro e no sangue e o uso de ferramentas como transcriptômica, proteômica e metabolômica apresentam um grande potencial, além de fornecer base para análise de fatores de suscetibilidade e potenciais alvos terapêuticos.   

Um doutorando da UFSC recolheu 17 estudos que falavam sobre alterações cerebrais em pessoas que cometeram suicídios. Em uma entrevista para a CNN Brasil, Kaster afirmou: “essa região do cérebro apresenta uma grande conexão com os centros de controle emocional e de controle de impulsos. É fundamental em processos de flexibilidade comportamental e de tomada de decisão”. 

A alteração no córtex pré-frontal 

A informação é importante para o caso dos jovens, pois o córtex pré-frontal é uma das últimas regiões do cérebro a ficar maturada. Qualquer alteração causada nessa região pode impactar no controle emocional e comportamental. Nos estudos de Guilherme Reis de Oliveira, doutorando da Unicamp, orientado por Martins-de-Souza, foi possível perceber as alterações nos sistemas neurotransmissores.”As alterações moleculares foram principalmente associadas com células gliais, como astrócitos e micróglia, que apresentam interação próxima e dinâmica com os neurônios e são fundamentais no controle da comunicação celular, metabolismo e plasticidade”, conta Martins-de-Souza também a CNN. 

Segundo Kaster, o suicídio pode ser evitado a partir de situações oportunas e por isso os estudos estão sendo desenvolvidos. É importante entender as questões econômicas, sociais e culturais de cada pessoa para poder ajudá-la. 

Foto Destaque: pesquisadores encontram alterações moleculares em pessoas que cometeram suicído (Reprodução/Senado Federal)

Veja como se manter hidratado durante o Carnaval

Para além das fantasias, purpurinas e paetês, é preciso ficar atento aos sinais que o corpo dá nesse período. A desidratação é o principal problema de saúde que aparece durante a folia e pode ser causada pelo calor excessivo, aliado ao consumo de bebidas alcoólicas e energéticos.

Temos a falsa sensação de estarmos hidratados ao ingerirmos uma bebida alcoólica gelada, principalmente chope e cerveja, por exemplo, e o Dr. Ullyanov Toscano explica o motivo disso acontecer.

A cerveja contém água em sua composição, o que pode ajudar a hidratar o corpo em certa medida. No entanto, é importante notar que a quantidade de água é relativamente baixa em comparação com outras bebidas não alcoólicas. Além disso, essa sensação pode ser atribuída ao efeito de resfriamento da bebida. Ela pode proporcionar uma sensação refrescante e aliviar a sede temporariamente. No entanto, não significa que você realmente esteja hidratando o corpo de forma eficaz”, explica o médico-cirurgião de cabeça e pescoço da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

A desidratação é uma condição em que o corpo perde mais líquidos do que ingere, levando a um desequilíbrio nos níveis de água no organismo. Isso pode causar uma série de problemas de saúde, especialmente em condições de calor intenso, levando a insolação: causada pela exposição prolongada ao sol; golpes de calor: uma emergência médica que ocorre quando o corpo não consegue mais regular sua temperatura interna devido à exposição prolongada ao calor. Isso pode levar a danos nos órgãos e até mesmo à morte; problemas renais: aumento do risco de desenvolver pedras nos rins e infecções do trato urinário; e fraqueza e fadiga.

Como se manter hidratado

É essencial beber líquidos regularmente, especialmente água, durante o verão.

Esteja atento aos sinais que o corpo dá de que algo não vai bem, como sede intensa, boca seca, pouca urina e de coloração escura.  Se você suspeitar que está desidratado, ingira bastante líquido e se os sintomas persistirem, procure atendimento médico”, alerta o especialista.

A seguir, o Dr. Ullyanov Toscano dá dicas para pular a folia com os devidos cuidados:

Beba água regularmente

É indicado, pelo menos, oito copos por dia, ou mais, se estiver suando muito;

Evite bebidas alcoólicas em excesso

Como mencionado, elas podem levar à desidratação;

Consuma alimentos ricos em água

Frutas e vegetais com alto teor de água, como melancia, pepino e melão, podem ajudar a manter a hidratação. Os inclua na sua rotina diária;

Evite bebidas açucaradas

Refrigerantes e sucos industrializados podem ser desidratantes. Opte por água, chás gelados sem açúcar ou sucos naturais;

Use roupas leves e respiráveis

Escolha tecidos de algodão e linho, que ajudam a regular a temperatura corporal e evitar o excesso de transpiração;

Evite se expor ao sol durante os horários de pico

Procure os blocos que desfilam em horários mais frescos, como de manhã cedo ou no final da tarde, para evitar a exposição excessiva ao mesmo;

Use protetor solar

Ele ajuda a proteger a pele dos danos causados pelo sol e a evitar a desidratação;

Mantenha-se em locais frescos

Procure ficar em ambientes ventilados durante os períodos mais quentes do dia;

Quantidade de líquido ideal

Cada pessoa tem necessidades individuais, portanto, ajuste a quantidade de líquidos que você consome de acordo com suas necessidades e condições específicas.

Foto destaque: mulher com adereços de Carnaval se hidratando (Reprodução/stockking/Freepik)

Descubra mitos e verdades sobre praticar caminhada

Por ser considerada um exercício aeróbico de baixo impacto, muitas pessoas acreditam que ela não é eficaz para a perda de peso ou que não pode ser considerada um exercício físico de verdade. No entanto, esses são apenas mitos que precisam ser desvendados.

O médico de saúde integrativa, Dr. Francisco Saracuza, destaca que a caminhada é, na verdade, uma atividade completa e acessível para pessoas de todas as idades e níveis de condicionamento físico e compartilha mitos e verdades sobre a caminhada.

Caminhada não ajuda a perder peso

Um dos maiores mitos sobre a caminhada é que ela não ajuda na perda de peso. Porém, estudos mostram que, combinada com uma alimentação saudável, a caminhada pode sim auxiliar na queima de calorias e na perda de gordura corporal. Além disso, ela também pode trazer benefícios a longo prazo, como a prevenção de doenças crônicas, incluindo diabetes, hipertensão e obesidade.

Caminhar não é um exercício físico

Outro mito comum é que a caminhada não pode ser considerada um exercício físico de verdade. A caminhada é um exercício aeróbico completo, que pode melhorar a saúde cardiovascular e ajudar a fortalecer os músculos e ossos. Para obter resultados significativos, é importante manter uma rotina regular de caminhadas e aumentar gradualmente a intensidade e duração do exercício.

Todas as pessoas podem praticar caminhada

Uma das verdades sobre a caminhada é que ela pode ser praticada por qualquer pessoa, independentemente de sua idade ou nível de condicionamento físico. No entanto, é sempre importante consultar um médico antes de iniciar qualquer atividade física, especialmente se você tem alguma condição de saúde pré-existente, como problemas cardíacos ou lesões nas articulações.

É necessário cuidados específicos antes de iniciar a caminhada

Verdade. Para começar a praticar a caminhada, é recomendado fazer alguns alongamentos antes do treino, para preparar os músculos e evitar lesões. Além disso, é fundamental usar um tênis adequado, que ofereça conforto e segurança durante a caminhada. Ao escolher a roupa para fazer caminhada, opte por peças leves e confortáveis, que permitam a movimentação sem interrupções. 

Outras vantagens

O Dr. Francisco Saracuza comenta, que para aqueles que preferem caminhar ao ar livre, existem benefícios adicionais, como a conexão com a natureza e a absorção de vitamina D através da exposição ao sol. No entanto, é importante tomar algumas precauções, como utilizar protetor solar, óculos escuros e chapéu para se proteger dos raios solares.

Outra verdade importante sobre a caminhada é que ela pode ser uma atividade prazerosa e relaxante. Além de melhorar a saúde física, também pode trazer benefícios para a saúde mental, como o alívio do estresse e a melhora do humor. No entanto, é fundamental ouvir o seu corpo e respeitar seus limites. Se sentir qualquer desconforto ou dor durante a caminhada, pare imediatamente e consulte um médico.

O Dr. Francisco Saracuza conclui enfatizando que a caminhada é uma atividade física completa, acessível e benéfica para a saúde do corpo e da mente. 

Foto destaque: pessoas fazendo caminhada (Foto/reprodução)