Saúde

Saúde no Rio de Janeiro entra em estado de emergência devido à dengue

Ao todo, foram registrados mais de 17,5 mil casos da doença em janeiro, número superior ao ano anterior; as autoridades estão implementando medidas de prevenção para conter o aumento da doença

05 Fev 2024 - 09h26 | Atualizado em 05 Fev 2024 - 09h26
Saúde no Rio de Janeiro entra em estado de emergência devido à dengue Lorena Bueri

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou nesta segunda-feira (05), que a cidade está em estado de emergência em saúde pública devido à dengue. A informação foi divulgada pelo Diário Oficial, que também informou que a prefeitura irá inaugurar três dos dez polos de atendimento nesta segunda.

Na última sexta-feira (2), o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, declarou que o Rio enfrenta uma epidemia de dengue, com um recorde de internação, totalizando mais de 11 mil casos da doença confirmados no município. Para conter a doença, as autoridades apresentaram um plano de contingência que visa prestar assistência para a população. 

Casos de dengue no Rio

Durante o mês de janeiro, o estado do Rio de Janeiro registrou mais de 17,5 mil casos de dengue, 12 vezes mais do que o registrado no mesmo período no ano anterior, que foi de 1.441 casos. Além disso, 676 pacientes foram internados e duas mortes foram confirmadas, em Itatiaia e Mangaratiba. 


Agente da saúde realizado a fiscalização para localizar possíveis focos do mosquito (Foto: reprodução/ Guito Moreto/Agência o Globo/O Globo)


O Rio de Janeiro possui 92 municípios e entre eles, 14 apresentam taxa de incidência superior a 500 casos por 100 mil habitantes. Os que mais afetados são: Itatiaia, Cambuci, Resende e Piraí. Claudia Mello, secretária de Estado de Saúde, destacou que a Central de Inteligência em Saúde (CIS), monitora a incidência de casos de dengue em tempo real, auxiliando as autoridades a tomarem medidas mais direcionadas e oferecerem assistência mais precisa para a população.

Para combater o Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya, as autoridades estão implementando medidas preventivas e nesta segunda já inaugurou os primeiros polos de atendimento a pacientes com a virose. 

Medidas de prevenção

Para auxiliar no tratamento e cuidado da população, serão instalados 150 centros de tratamento e hidratação, além de 10 polos de atendimento. As unidades que começam a funcionar nesta segunda estão localizadas em Curicica, na Clínica da Família Raphael de Paula Souza, em Santa Cruz, na Policlínica Lincoln de Freitas Filho, e em Campo Grande, no Posto de Saúde Belisario Pena. Todos pertencem à Zona Oeste do Rio.

Outras medidas incluem o uso de carros-fumacê em regiões com mais casos registrados, entrada compulsória em imóveis abandonados e a criação do Centro de Operações de Emergência (COE-Dengue), além da dedicação de leitos exclusivos para pacientes com dengue na rede pública.

No entanto, as autoridades pedem cooperação da população, já que a maioria dos focos está dentro das casas. Medidas preventivas incluem evitar acúmulo de água em vasos de plantas, garrafas ou pneus, e manter locais propensos ao acúmulo de água, como caixas d'água ou barris, devidamente tampados.

Foto Destaque: mosquito da dengue (Reprodução/EBC/Brasil de Fato)

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