Saúde

Plataforma de vacina flexível contra Covid pode combater outras doenças

Pesquisadores da UFMG desenvolvem vacina de DNA contra Covid-19 e chikungunya, usando nanopartículas lipídicas, com resultados que demostraram eficácia em animais

02 Fev 2024 - 09h31 | Atualizado em 02 Fev 2024 - 09h31
Plataforma de vacina flexível contra Covid pode combater outras doenças Lorena Bueri

A tecnologia, baseada em DNA encapsulado em nanopartículas lipídicas, desenvolvida por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), já teve a eficácia comprovada em testes realizados em animais e está sendo adaptada para atuar contra a chikungunya.

Proposta 

A proposta é elaborar uma vacina de ácido desoxirribonucleico, que, de acordo com o docente Pedro Pires Goulart Guimarães, do Setor de Fisiologia e Biofísica do Instituto de Ciências Biológicas (ICB), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é mais estável e apresenta custo inferior às de ácido ribonucleico, como as produzidas pelas empresas Pfizer e Moderna. Os cientistas, então, elaboraram diversas composições de nanopartículas, buscando aquela que proporcionasse a maior eficácia na imunização.


Vacina contra Covid-19  (Foto: reprodução/PMM/G1)


Para que o ácido ribonucleico e o ácido desoxirribonucleico adentrem a célula e induzam a síntese de antígenos, eles são envolvidos em nanopartículas lipídicas, mecanismos de distribuição de medicamentos de forma regulada no corpo. Os resultados apontaram efetividade e imunogenicidade da vacina e foram divulgados na publicação científica “Nature Communications” de janeiro.

Avanços

O produto passou por avaliações pré-clínicas em hamsters e ratos, nos quais os animais foram inoculados com duas doses, com um intervalo de 21 dias entre elas, e o inóculo letal do vírus. De acordo com Pedro Guimarães, isso requer vontade política, uma vez que implica custos elevados. Ele também observou que os testes clínicos envolvem despesas consideráveis.

“A nossa vacina induziu eficácia e imunogenicidade semelhante à da Pfizer, protegeu também contra variantes de Covid. A gente vê que a carga viral está reduzida nos animais vacinados, e os animais vacinados não morrem”, apontou o professor. Os cientistas agora direcionam seus esforços para combater a chikungunya após a comprovação da efetividade do imunizante contra a Covid-19. Apesar da eficácia demonstrada nos testes em animais, ainda não há previsão para iniciar os ensaios clínicos em humanos.

O medicamento contra a chikungunya está em fase de experimentação em animais, com previsão de conclusão até o final deste ano. Para isso, são necessários mais estudos e a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A proposta é empregar a plataforma de nanopartículas lipídicas no desenvolvimento de vacinas contra essa e outras doenças, visando reduzir tanto o tempo quanto os custos do processo.

Foto Destaque: profissional na sede do Instituto Butantan (reprodução/CNN Brasil)

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