Lipedema pode restringir movimento do joelho e desgastar a articulação

A piora do quadro de lipedema pode levar a problemas ortopédicos no joelho. Os danos que a condição pode causar não se restringem apenas à diminuição da mobilidade da região e, eventualmente, pode exigir que a articulação seja substituída por próteses.

O lipedema é caracterizado pelo acúmulo anormal de tecido gorduroso com aumento desproporcional do tamanho principalmente das pernas e quadris. Esse acúmulo de gordura pode causar uma restrição importante na amplitude do movimento do joelho”, explica o Dr. Marcos Cortelazo, ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva, membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Piora do quadro

A presença de tecido adiposo em excesso na parte interna da coxa pode causar uma sobrecarga do joelho, pressionando o compartimento medial dessa articulação. Esse aumento de pressão leva à aceleração da degeneração da articulação do joelho, que, eventualmente, pode exigir uma cirurgia para colocação de prótese na região, procedimento conhecido como artroplastia”, diz o médico, que ressalta que, em casos de lipedema, é fundamental que o tratamento da condição seja realizado antes da substituição da articulação do joelho por próteses.

Caso a artroplastia do joelho seja realizada sem o devido tratamento do tecido adiposo, os problemas de mobilidade causados pelo lipedema persistirão e a degeneração da articulação pode continuar a ocorrer”, ressalta o especialista.

Importância do tratamento

Felizmente, a Dra. Aline Lamaita, cirurgiã vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, afirma que o tratamento do lipedema evoluiu muito e, hoje, existem abordagens eficazes. “Apesar de ser uma doença crônica, isto é, sem cura, o lipedema pode ser controlado quando devidamente abordado“.

É muito importante destacar que o tratamento do lipedema não se restringe a cirurgia com lipoaspiração para retirada da gordura. O tratamento clínico precisa ser feito antes e depois, em todos os casos, com medicamentos e uso de meias de compressão. Além disso, mudanças no estilo de vida também são indispensáveis para modulação do estado inflamatório, com adoção de uma alimentação anti-inflamatória e prática regular de atividade física”, ressalta a especialista.

Não é incomum que apenas o tratamento do lipedema já seja suficiente para reduzir dores e problemas de mobilidade no joelho. Mas, uma vez que a condição esteja sob controle, o médico pode recomendar a realização da artroplastia caso seja necessária.

O objetivo da artroplastia é a substituição da articulação desgastada por uma prótese de joelho, que pode ser feita de diferentes materiais, como metal e polietileno, um tipo de plástico”, diz o Dr. Marcos Cortelazo, que destaca que, hoje, existem próteses feitas sob medida para cada paciente com base em imagens de tomografia computadorizada que permitem que o médico analise o tamanho, o formato e a posição dos ossos do joelho, garantindo assim um encaixe perfeito.

Por fim, vale ressaltar que o diagnóstico e o tratamento precoce também são fundamentais no caso do lipedema para evitar que o problema se agrave. 

Dr. Marcos Cortelazo: Ortopedista especialista em joelho e traumatologia esportiva. Graduado em medicina e pós-graduado em ortopedia e traumatologia pela Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Dra. Aline Lamaita: Cirurgiã vascular, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Foto destaque: lipedema (Foto/reprodução)

EUA identifica caso raro de Peste bubônica em humanos

Após nove anos do último infectado, as autoridades de saúde pública do Oregon, EUA, registraram caso de uma pessoa diagnosticada com peste bubônica no condado de Deschutes. De acordo com o oficial de saúde do condado de Deschutes, o médico Richard Fawcett, a vítima contraiu a infecção bacteriana rara pelo seu gato e todos os contatos próximos do residente e de seu animal de estimação foram contatados e receberam medicamentos para prevenir a doença”. “Felizmente, este caso foi identificado e tratado nas primeiras etapas da doença, representando pouco risco para a comunidade”, informou o médico em comunicado.

Peste bubônica atualmente

A doença, causada pela bactéria Yersinia pestis, foi responsável pela morte de cerca de um terço da população europeia entre 1347 e 1353 e ficou conhecida como a pandemia de Peste Negra. No entanto, de acordo o médico Harish Moorjani, especialista em doenças infecciosas da Northwell Health, atualmente, a doença “é fácil de reconhecer, diagnosticar e tratar” com antibióticos.


Traje utilizado por médicos durante a pandemia de Peste Negra. (Foto: reprodução/GettyImages)


“Isso não deveria criar o medo que as pessoas tinham na Idade Média da Peste Negra”, disse o médico. “Se alguém desenvolver sintomas consistentes com a peste (geralmente os sintomas iniciais são febre, calafrios e gânglios linfáticos inchados), procure atendimento médico, porque nos estágios iniciais a peste pode ser facilmente tratada com antibióticos”, concluiu Moorjani. Por este motivo, o médico Dan Barouch, diretor do Centro de Virologia e Pesquisa de Vacinas do Beth Israel Deaconess Medical Center, considera a propagação da peste “improvável”.

Contágio e tratamento

Quando a pandemia surgiu acreditava-se que a transmissão ocorria por pulgas transportadas por ratos. Atualmente, já se sabe que o contato com outros animais infectados também pode contaminar os seres humanos. Segundo Barouch, os gatos têm maior facilidade em contrair a doença, já que eles apresentam dificuldade para controlar a bactéria. Os cães, contudo, também podem ser infectados e transmitir para os humanos.

Os sintomas da doença costumam aparecer de dois a oito dias após o contágio e incluem inchaço dos gânglios linfáticos na virilha, na axila ou no pescoço, além de febre, dor de cabeça e musculares, náusea, calafrios e fraqueza. Em seu estado mais grave, a peste pode causar infecções na corrente sanguínea ou nos pulmões. A recomendação médica para prevenir a contaminação é manter uma boa higiene, evitar contato com pulgas e roedores, além de incluir um antipulgas na rotina dos animais domésticos. 

Foto destaque: Yersinia pestis, bactéria da Peste bubônica (Reprodução/GettyImages)

Profissionais de saúde alertam população sobre aumento de casos de dengue sorotipo 3

A maioria da população já está imunizada contra os sorotipos 1 e 2 de da dengue, que circulam no país, diferente da situação do sorotipo 3 do vírus transmitido pelo aedes aegypti, que esteve circulando no país entre os anos de 2004 a 2008, aparecendo esporadicamente. Desde então, médicos e cientistas perceberam a necessidade de alertar toda a comunidade sobre os riscos de contaminação.

Neste início de 2024, no entanto, o vírus vem se manifestando de forma espalhada, geograficamente falando, o que é indicativo de uma disseminação, segundo pesquisadores. Fatores como o calor intenso e as chuvas contribuem ainda mais para a proliferação do mosquito. 

Profissionais falam dos riscos 

Em uma entrevista concecida ao G1, o infectologista e professor do curso de Medicina na USP, Marcos Boulos, fala sobre os poucos casos de dengue do sorotipo 3, apontando ainda, que os jovens não foram infectados por terem nascido posteriormente, o que possibilita que as pessoas não tenham imunidade nenhuma contra o vírus, facilitando a infecção ao tipo 3, após uma infecção aos tipos 1 ou 2. 


Proliferação em água parada (Foto: reprodução/Tua Rádio)


Adriano Abbud, epidemiologista no Instituto Adolfo Lutz, afirma, também para o G1, que a nível continental já existem três grupos diferentes de dengue 3. “Quanto mais sorotipos a gente tem circulando, maior a chance de reinfecção pela dengue, e na reinfecção pela dengue você tem maior chance de ter um caso grave”, explica.  

A defesa no organismo só é adquirida contra o sorotipo que a pessoa já contraiu, e a proteção para outros tipos da doença só é garantido por seis meses.  

Em caso de uma segunda infecção por outro sorotipo, a manifestação dos sintomas costuma ser de maior gravidade, principalmente se ocorrer durante o período entre seis meses e três anos, a partir da primeira infecção, consequência do sistema imunológico em desequilíbrio. Caso o paciente torne a adoecer após os três anos, é garantida a proteção contra os dois tipos com que teve contato. 

Portanto, com a chegada da sorologia do tipo 3 da dengue, é aumentado o risco de a população ter mais um tipo de infecção. 

Circulação do vírus 

“Antes a gente sabia que ele não gostava de centros urbanos, São Paulo era lugar de altitude não aparecia. Hoje, você está com São Paulo cheio de aedes. Todos os lugares têm aedes. Tem possibilidade de infecção em todos os lugares do Brasil hoje”, alerta Marcos Boulos. 

Ao total, 13 amostras do sorotipo 3 foram coletadas no Paraná, São Paulo e em Minas Gerais, segundo dados concedidos pelas autoridades de saúde, neste início de 2024. 

Foto destaque: aedes aegypti (reprodução/Health Library) 

Confira dicas para curtir a Folia sem riscos de desidratação e insolação

Antes de se aventurar nas festividades carnavalescas, é fundamental começar o dia com um café da manhã reforçado. Essa refeição fornece a energia necessária para aproveitar a festa de forma adequada. Opte por alimentos nutritivos, como frutas, cereais integrais e proteínas magras, que fornecem os nutrientes essenciais para um bom funcionamento do organismo.

Desidratação

A médica Dra. Renata Domingues de Nóbrega, destaca que uma das principais preocupações durante o Carnaval é a desidratação, que ocorre quando há uma perda excessiva de líquidos no organismo. Com o calor intenso e a agitação das festas, é comum que as pessoas transpirem bastante e, consequentemente, eliminem água do corpo. Por isso, é essencial beber bastante água e manter-se hidratado durante toda a folia.

Para minimizar esses impactos, é crucial adotar medidas como a hidratação adequada, o uso de filtro de proteção solar, a moderação no consumo de alimentos de difícil digestão e a evitação da exposição prolongada ao sol.

Além disso, é importante ressaltar que as bebidas alcoólicas não são uma opção adequada para se hidratar, pois o álcool aumenta a diurese, levando a uma maior eliminação de líquidos pelo corpo. Sintomas como sede, boca seca, saliva espessa e baixa frequência urinária são indícios leves de desidratação, enquanto tontura, dor de cabeça, fraqueza, olhos fundos, diminuição da produção de lágrimas e suor, aumento da frequência cardíaca, queda na pressão arterial e sonolência excessiva são sinais mais graves que requerem atenção médica imediata.

O perigo da exposição excessiva ao Sol

Outro problema que pode ocorrer devido ao calor intenso é a insolação, que é caracterizada pelo aumento rápido da temperatura corporal, fazendo com que o mecanismo de transpiração falhe e o corpo não consiga se resfriar. Além de causar sintomas como dores de cabeça, tontura, náuseas e confusão mental, a insolação pode ser fatal se não for tratada rapidamente. Por isso, é fundamental evitar a exposição prolongada ao sol e sempre se hidratar adequadamente durante as festividades.

A Dra. Renata Domingues de Nóbrega, separou as principais orientações para aproveitar o Carnaval com saúde:

1. Use roupas leves, claras e adequadas ao clima, preferencialmente feitas de tecidos naturais que permitem a transpiração.

2. Aplique protetor solar com fator de proteção adequado para evitar queimaduras solares e danos à pele.

3. Evite o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, pois elas podem levar à desidratação e comprometer a sua capacidade de tomar decisões conscientes.

4. Faça pausas regulares para descanso e recuperação. O Carnaval pode ser uma época agitada, mas é importante ouvir o seu corpo e dar-lhe o tempo necessário para se recuperar.

5. Mantenha-se hidratado ao longo do dia, bebendo água regularmente. Além disso, opte também por consumir alimentos ricos em água.

6. Evite compartilhar objetos pessoais, como copos e garrafas, para reduzir o risco de contrair infecções, como resfriados e gripes.

7. Esteja atento aos seus limites físicos. Não force o seu corpo a participar de atividades intensas se você não estiver se sentindo bem.

8. Mantenha uma alimentação equilibrada, comendo alimentos nutritivos e evitando o consumo excessivo de alimentos processados e gordurosos.

9. Durma o suficiente. O descanso adequado é essencial para manter a saúde e a energia durante o Carnaval.

Foto destaque: hidratação em dia quente (Foto/reprodução)

Vacina Qdenga: saiba quem pode tomar, eficácia e distribuição no Brasil

O Programa Nacional  de Imunizações (PNI), por meio do Ministério da Saúde, incluiu a Qdenga, uma vacina contra a dengue, e já começou a distribuir gratuitamente para jovens de 10 a 14 anos.

Qdenga no Brasil

Com essa medida, o Brasil se destaca como o pioneiro mundial na disponibilização desse medicamento nos serviços públicos de saúde. Além disso, em nações como União Europeia, Indonésia, Tailândia e Argentina, a Qdenga também está acessível em clínicas privadas. Para o ano de 2024, estão previstas 6 milhões e 300 mil doses da vacina Qdenga, e na fase inicial de imunização, apenas crianças de 521 cidades brasileiras com alta prevalência da dengue serão vacinadas.

A vacina QDenga é considerada segura e eficaz para pessoas de 4 a 60 anos, priorizada pelo Ministério da Saúde. Fora dos grupos prioritários, a vacinação só é possível em clínicas privadas, mas a alta demanda levou à suspensão da aplicação em algumas delas por falta de doses. A farmacêutica Takeda deve priorizar o SUS. A QDenga pode ser tomada mesmo por quem nunca teve dengue, diferente da vacina anterior, a Dengvaxia

Desafios e futuro

O Brasil enfrenta aumento nos casos de dengue, com mais de 120 mil possíveis infecções e pelo menos 12 mortes em 2024. Em 2023, houve um aumento de 15,8% nos casos em relação ao ano anterior, totalizando 1,6 milhão de ocorrências, o país registrou o maior número de mortes por dengue em um único ano.


Ministério da Saúde planeja iniciar a vacinação a partir de fevereiro, com um calendário a ser divulgado em breve (Foto: reprodução/GETTY IMAGES/BBC)


A vacina contra a dengue consiste em vírus vivos atenuados, que foram enfraquecidos de forma controlada. Ela desencadeia uma resposta imunológica eficaz sem causar a doença completa, permitindo uma reação mais rápida do corpo em casos de exposição real à dengue. Administrada em duas doses com intervalo de 3 meses, a vacina tem eficácia variada para cada sorotipo da dengue, com resultados que vão de 48,9% a 95,1%. A ausência de dados para o subtipo 4 é um desafio, considerando o ressurgimento das variantes da dengue no Brasil. 

Eficácia e desafios

A eficácia reduzida contra os sorotipos 3 e 4 pode ser relevante, pois a gravidade da doença está associada à infecção secundária. No entanto, a vacina oferece proteção contra os sorotipos 1 e 2, o que é positivo para populações em áreas endêmicas. A vacina Qdenga, aprovada pela Anvisa em março de 2023, é indicada para pessoas com mais de quatro anos até adultos de 60 anos. Gestantes, lactantes e pessoas com alergia aos componentes da vacina não podem recebê-la. 

Recomendada pela OMS, enfrenta análise da Conitec antes de ser incluída no PNI. A vacinação inicial foca em crianças de 10 a 14 anos em áreas urbanas com alta incidência de dengue. Diferente da Dengvaxia, que teve sua aplicação restrita devido a riscos, a Qdenga busca oferecer proteção semelhante. O governo brasileiro também investe em uma vacina nacional contra a dengue, em fase de testes pelo Instituto Butantan.

Foto destaque: registro da Qdenga foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023 (Reprodução/GETTY IMAGES/BBC)

Quebrando o tabu: a importância de falar abertamente sobre a menopausa

A menopausa é um tema de crescente discussão no Brasil, especialmente quando celebridades como Ivete Sangalo trazem visibilidade ao assunto. Recentemente, Ivete compartilhou, em entrevista ao podcast “Cady Cast” de Daniel Cady, suas experiências com sintomas da menopausa, como ondas de calor intensas. Essas declarações abrem caminho para conversas importantes sobre a naturalidade e os desafios dessa fase.

Além do apoio de figuras conhecidas, empresas como a startup Curitibana Kefi, estão desempenhando um papel fundamental no fornecimento de informação e soluções inovadoras para mulheres durante o climatério e menopausa.

A conscientização sobre a menopausa e o climatério é crucial para mudar percepções e abrir espaço para discussão. Pesquisas realizadas por empresas como a Kefi e a Essity revelam a amplitude dos sintomas físicos e emocionais que as mulheres enfrentam e o quanto a sociedade ainda reluta em discutir abertamente sobre essas questões. Por exemplo, a pesquisa da Kefi destacou os sintomas mais comuns do climatério, como ondas de calor, cansaço e fadiga, ressecamento vaginal, oscilação de humor, falta de libido, suores noturnos, insônia, e tristeza e melancolia. Paralelamente, a pesquisa da Essity trouxe à tona percepções sobre o envelhecimento, revelando que 32% das entrevistadas veem a menopausa como um sinal de envelhecimento oficial, além de destacar o estigma ainda presente: 51% das mulheres só falam sobre menopausa se o assunto surgir naturalmente, evidenciando a necessidade de promover mais diálogos abertos sobre o tema.

O esclarecimento sobre o tema transcende a esfera pessoal, projetando-se no cenário profissional, onde o impacto dos sintomas da menopausa pode afetar significativamente o desempenho e o bem-estar das mulheres no ambiente de trabalho. Um estudo realizado pela European Menopause and Andropause Society, com a participação de pesquisadores de renome internacional, incluindo Margaret Rees e Johannes Bitzer, aponta para a necessidade urgente de políticas de saúde e bem-estar no local de trabalho que incluam a saúde menopausal como parte do contexto mais amplo de igualdade de gênero e idade. O relatório enfatiza que, globalmente, metade das mulheres entre 45 e 59 anos contribui para a força de trabalho durante seus anos menopausais, destacando a menopausa como uma questão crucial de igualdade de gênero e idade.

Adicionalmente, um relatório da Menopause Foundation of Canada revela que os sintomas não gerenciados da menopausa custam à economia canadense cerca de 3,5 bilhões de dólares canadenses por ano, um fardo econômico significativo que reflete a necessidade premente de suportes aprimorados no local de trabalho. Este cenário não é exclusivo do Canadá; no Reino Unido, estimasse que mais de um milhão de mulheres podem ser forçadas a deixar seus empregos devido à falta de suporte dos empregadores para enfrentar a menopausa.



O tabu em torno da menopausa limita não apenas a troca de experiências entre mulheres, mas também a busca por informações confiáveis e soluções eficazes para os sintomas. Este cenário ressalta a importância de empresas como a Kefi, que se posicionam ativamente para fornecer não apenas produtos, mas também informação de qualidade e apoio durante esta fase.

O biólogo e a farmacêutica, Dr. Rodrigo Makowiecky Stuart e Dra. Andressa Katiski da Costa Stuart, fundadores da Kefi, destacam a importância de transformar a percepção da menopausa e oferecer apoio nesse momento de transição. Rodrigo salienta que “/é fundamental fornecer apoio, educação e soluções que tragam maior bem-estar para as mulheres nesse momento’ enfatizando a necessidade de um novo olhar sobre essa fase, que ainda reserva décadas de vida pela frente. Andressa complementa, ‘é essencial trabalhar a educação da mulher que está vivendo esse momento, e de todos ao seu redor’ destacando também a importância de educar a sociedade como um todo, para que possam oferecer apoio compreensivo.

Este cenário ressalta a importância de empresas como a Kefi, que se posicionam ativamente para fornecer não apenas produtos inovadores, mas também informação de qualidade e apoio durante esta fase. A Kefi mantém em seu site o blog da menopausa oferecendo uma variedade de artigos informativos sobre temas relacionados, desde dicas de saúde e bem-estar até informações sobre sintomas e tratamentos. Além disso, o podcast da Kefi, no canal vivakefi no youtube, aborda questões relevantes sobre a menopausa com especialistas e convidados especiais.

As empresas têm um papel fundamental na mudança desse panorama, criando um ambiente de trabalho inclusivo que reconheça e aborde os sintomas da menopausa. Isso não só beneficiará as mulheres em termos de saúde e bem-estar, mas também contribuirá para a produtividade e satisfação no trabalho. A Kefi, através de seu compromisso em desenvolver produtos e fornecer informações precisas para ajudar as mulheres na menopausa, retratados em seu slogan “sua aliada na menopausa”, emerge como um exemplo a ser seguido, ilustrando o impacto positivo que a conscientização e o apoio adequados podem ter para a sociedade.

Em um mundo ideal, todas as mulheres se sentiriam confortáveis para falar sobre a menopausa abertamente, sem medo de julgamento ou estigma. Ações como as da Kefi são passos fundamentais nessa direção, promovendo não apenas a conscientização, mas também o bem-estar e a saúde feminina. À medida que mais empresas e indivíduos se juntam a essa causa, podemos esperar por uma sociedade mais informada, empática e preparada para apoiar as mulheres em todas as fases da vida.

A menopausa não é um fim, mas uma transição natural na vida de uma mulher, e o conhecimento, juntamente com o apoio adequado, pode transformar essa fase em uma experiência positiva e empoderadora.

 

Ivete Sangalo entrega segredo para o Carnaval e cita tratamento de Câmara Hiperbárica

Dona de um dos hits do Carnaval 2024, a música “Macetando” e se preparando para mais uma folia cheia de apresentações, Ivete Sangalo contou no “CadyCast”, podcast do marido, Daniel Cady, como faz para se manter bem mentalmente e fisicamente durante a maratona de Carnaval.

Como ela se prepara?

Ivete esclareceu que usa a Câmara Hiperbárica no Carnaval. Esse método, a Oxigenoterapia Hiperbárica, consiste na inalação de oxigênio puro em um ambiente pressurizado, e é reconhecido por seus diversos benefícios para a saúde. “A gente faz o uso da Câmara Hiperbárica no Carnaval para recuperação muscular, porque a gente joga uma carga maior de oxigênio da célula. A massagem é uma aliada minha nessa coisa de recuperar a tranquilidade“, explica a cantora.

Ela ainda contou que faz quiropraxia e microfisioterapia, além de massagens com óleos essenciais. Já para desacelerar após a folia, o segredo da cantora é namorar muito: “Me agarro em papi e fico namorando com ele até dizer chega. É cada beijo, cada colada“, contou. Ela disse que volta para o seio da família, mas que não pode demorar muito para descansar. “Depois do Carnaval não preciso de uma semana me recuperando. O pau quebra no dia seguinte“.


Ivete em parceria com a Silfar (reprodução/Instagram/@ivetesangalo)


Já sobre os cuidados com a voz, ela relatou que faz reposição de vitaminas e trabalha a força das cordas vocais: “Não fumo e quase não bebo. O que muitas pessoas não sabem é que, pelo fato de a corda vocal ser um músculo, a gente faz um trabalho de força, como se fosse uma academia. Também tomo cápsulas de cúrcuma, própolis, e faço reposição de vitamina C e D“.

Foto destaque: Ivele Sangalo no Maracanã (Reprodução/Instagram/@ivetesangalo)

Ministério da Saúde cria núcleo de combate à dengue

Diante do número crescente de casos de dengue em todas as regiões do país, o Ministério da Saúde anunciou no último sábado (3), a criação de um Centro de Operações de Emergência contra a dengue. O órgão vai monitorar os casos e criar ações para combater o mosquito transmissor, o Aedes aegypti.

Cenário da dengue no país

A dengue apresenta um crescimento de casos desde o ano de 2022, sendo que no ano passado, passou de 1,6 milhões, com 1904 mortes. Apenas no começo de 2024 já foram contabilizados 262.247 novos diagnósticos da doença com 29 mortes em todo o país. Nesse cenário, as autoridades de saúde estão em alerta e acionaram medidas como implantação de hospitais de campanha para atender os pacientes nas regiões onde há maior incidência. A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, informou que há uma epidemia de dengue e vai realizar a entrada compulsória em imóveis abandonados em busca de focos do mosquito, além da passagem de veneno com carros fumacê nas áreas mais críticas.


Mosquito Aedes aegypt (Foto: reprodução/Divulgação/Prefeitura de Avaré)


Atuação do Centro de Operações

De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Andrade, informou que o foco do núcleo criado pelo Governo Federal será na coordenação de medidas para evitar que o Aedes aegypt se prolifere. Para isso, contará com o apoio de secretarias estaduais e municipais para implementação das ações. Ela ainda destacou que vai se reunir com a Fiocruz para intensificar os testes, a fim de iniciar o tratamento de forma precoce.

Sobre as vacinas contra a dengue, Nísia informou que ainda não há data prevista para início da aplicação, porque é preciso passar pela validação da Anvisa para liberação dos lotes. Mas, até o momento, o Governo já recebeu cerca de 750 mil doses do imunizante, que deve ser aplicado a princípio para a faixa etária entre 6 e 16 anos, conforme orientação da Organização Mundial da Saúde.

 

Foto Destaque: Aedes aegypt sobre a pele (Reprodução/James Gathany/CDC/Folha de Pernambuco)

Brasil atinge 40 mortes e 364 mil casos prováveis de dengue, afirma Ministério da Saúde

Nesta terça-feira (06), o Ministério da Saúde divulgou que os casos de morte por dengue já chegaram a 40. De acordo com informações da pasta, o país já possui 364.855 casos prováveis da doença.

O Ministério da Saúde também informou que estão sendo investigadas outras 265 mortes para averiguar se há relação com a dengue.

Ainda segundo a pasta, a doença tem se mostrado mais recorrente em mulheres, que representam 54,9% dos infectados. Já entre as idades, a dengue atinge, com maior frequência, adultos de 30 a 39 anos.


Recomendações contra dengue. (Foto: Reprodução/Prefeitura Municipal de São Luiz Gonzaga).


Regiões mais afetadas

De acordo com os dados do Ministério da Saúde, Minas Gerais é o estado mais impactado pela dengue, com 121.161 diagnósticos. Já em segundo está o estado de São Paulo, com 59.381 casos.

O Distrito Federal parece em seguida, com 47.224 casos prováveis, além do expressivo coeficiente de incidência que demonstra 1.676,4 casos por 100 mil habitantes. O Acre é o estado em terceiro no quesito incidência, com 498,7 casos por 100 mil habitantes.

Ministério pede reforço

Durante o anúncio dos dados levantados, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, explicou que as ondas de calor e o aumento das chuvas contribuíram diretamente para que ocorressem focos de dengue.

No pronunciamento, Trindade também pediu à população para reforçar os cuidados contra a doença e receber os agentes de combate a endemias do ministério em suas residências. A ministra também fez um apelo aos prefeitos e governadores.

“Várias cidades brasileiras estão enfrentando situação de emergência devido ao grande aumento de casos de dengue. […] Essa situação exige ações adicionais do governo federal, dos governadores, dos prefeitos e de toda a população”, declarou Nísia Trindade.

De acordo com a ministra, os estados receberam cerca de R$ 1,5 bilhão em recursos para implementar no combate à dengue. Além disso, foi instaurado um Centro de Operações de Emergências para analisar a evolução dos casos.

Foto destaque: Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. (Reprodução/Banco de imagens/Pixabay).

Infectologista explica como diferenciar dengue e Covid por meio dos sintomas

O aumento de casos de dengue logo no início de 2024 vem preocupando a população brasileira. O estado de Minas Gerais e Acre decretaram estado de emergência por conta da quantidade de casos confirmados. Uma das principais dúvidas das pessoas é como diferenciar os sintomas da dengue do Covid-19, pois em ambos existe febre, dores de cabeça, cansaço, mal-estar. 

Infectologista explica 

Para explicar essa questão, o médico infectologista, profesor da UNESP e coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), Alexandre Naime Barbosa esclareceu que o ponto chave para diferenciar uma doença da outra é por meio dos sintomas respiratórios. De acordo com ele, a Covid causa tosse, espirro, dor de garganta, perda de paladar, olfato. Já a dengue, não costuma apresentar esses sintomas. 

Ainda segundo o médico, a semelhança sintomática entre as infecções é a febre, cansaço, mal-estar, dores no corpo, dor de cabeça. Na dengue, esses sintomas costumam ser mais intensos e além disso, a dor atrás dos olhos e manchas avermelhadas ao longo do corpo são um dos indícios principais da infecção causa pelo mosquito. 


Sintomas de dengue e de Covid, dor de cabeça (Foto: reprodução/CPAPS)


Recomendações 

O infectologista alertou sobre a possibilidade de não haver sintomas respiratórios quando a infecção for causada pelo Sars-Cov-2. A recomendação é buscar um médico quando os sintomas tanto da dengue quanto da covid apareceram. “A dengue é uma doença que precisa ser imediatamente avaliada nos casos suspeitos para planejamento terapêutico”, afirma Barbosa. 

A avaliação dos sintomas para diagnosticar umas das infecções é muito importante devido ao poder que ambos os vírus possuem para piorar o quadro dos pacientes ao decorrer do tempo. A dengue grave por exemplo possui dois fenômenos que não aparecem na Covid, o choque hipovolêmico, que é a pressão muito baixa e a hemorragia. Ambas condições podem levar pessoas a óbito se não foram tratadas a tempo. Por isso a importância de procurar atendimento médico. 

 

Foto destaque: sintoma característico da dengue, manchas vermelhas ao longo do corpo (Reprodução/Bronstein)