Saúde

Profissionais de saúde alertam população sobre aumento de casos de dengue sorotipo 3

Muitas pessoas já têm imunidade contra os sorotipos 1 e 2 da dengue, ao contrário do sorotipo 3, o que facilita a infecção pelo vírus; entenda os riscos

11 Fev 2024 - 09h38 | Atualizado em 11 Fev 2024 - 09h38
Profissionais de saúde alertam população sobre aumento de casos de dengue sorotipo 3 Lorena Bueri

A maioria da população já está imunizada contra os sorotipos 1 e 2 de da dengue, que circulam no país, diferente da situação do sorotipo 3 do vírus transmitido pelo aedes aegypti, que esteve circulando no país entre os anos de 2004 a 2008, aparecendo esporadicamente. Desde então, médicos e cientistas perceberam a necessidade de alertar toda a comunidade sobre os riscos de contaminação.

Neste início de 2024, no entanto, o vírus vem se manifestando de forma espalhada, geograficamente falando, o que é indicativo de uma disseminação, segundo pesquisadores. Fatores como o calor intenso e as chuvas contribuem ainda mais para a proliferação do mosquito. 

Profissionais falam dos riscos 

Em uma entrevista concecida ao G1, o infectologista e professor do curso de Medicina na USP, Marcos Boulos, fala sobre os poucos casos de dengue do sorotipo 3, apontando ainda, que os jovens não foram infectados por terem nascido posteriormente, o que possibilita que as pessoas não tenham imunidade nenhuma contra o vírus, facilitando a infecção ao tipo 3, após uma infecção aos tipos 1 ou 2. 


Proliferação em água parada (Foto: reprodução/Tua Rádio)


Adriano Abbud, epidemiologista no Instituto Adolfo Lutz, afirma, também para o G1, que a nível continental já existem três grupos diferentes de dengue 3. “Quanto mais sorotipos a gente tem circulando, maior a chance de reinfecção pela dengue, e na reinfecção pela dengue você tem maior chance de ter um caso grave”, explica.  

A defesa no organismo só é adquirida contra o sorotipo que a pessoa já contraiu, e a proteção para outros tipos da doença só é garantido por seis meses.  

Em caso de uma segunda infecção por outro sorotipo, a manifestação dos sintomas costuma ser de maior gravidade, principalmente se ocorrer durante o período entre seis meses e três anos, a partir da primeira infecção, consequência do sistema imunológico em desequilíbrio. Caso o paciente torne a adoecer após os três anos, é garantida a proteção contra os dois tipos com que teve contato. 

Portanto, com a chegada da sorologia do tipo 3 da dengue, é aumentado o risco de a população ter mais um tipo de infecção. 

Circulação do vírus 

"Antes a gente sabia que ele não gostava de centros urbanos, São Paulo era lugar de altitude não aparecia. Hoje, você está com São Paulo cheio de aedes. Todos os lugares têm aedes. Tem possibilidade de infecção em todos os lugares do Brasil hoje", alerta Marcos Boulos. 

Ao total, 13 amostras do sorotipo 3 foram coletadas no Paraná, São Paulo e em Minas Gerais, segundo dados concedidos pelas autoridades de saúde, neste início de 2024. 

Foto destaque: aedes aegypti (reprodução/Health Library) 

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