Saúde

Vacina Qdenga: saiba quem pode tomar, eficácia e distribuição no Brasil

A nova vacina contra a dengue é segura e eficaz às pessoas de 4 a 60 anos, podendo ser ministrada em quem nunca teve a doença, diferente da vacina anterior, a Dengvax

09 Fev 2024 - 09h19 | Atualizado em 09 Fev 2024 - 09h19
Vacina Qdenga: saiba quem pode tomar, eficácia e distribuição no Brasil Lorena Bueri

O Programa Nacional  de Imunizações (PNI), por meio do Ministério da Saúde, incluiu a Qdenga, uma vacina contra a dengue, e já começou a distribuir gratuitamente para jovens de 10 a 14 anos.

Qdenga no Brasil

Com essa medida, o Brasil se destaca como o pioneiro mundial na disponibilização desse medicamento nos serviços públicos de saúde. Além disso, em nações como União Europeia, Indonésia, Tailândia e Argentina, a Qdenga também está acessível em clínicas privadas. Para o ano de 2024, estão previstas 6 milhões e 300 mil doses da vacina Qdenga, e na fase inicial de imunização, apenas crianças de 521 cidades brasileiras com alta prevalência da dengue serão vacinadas.

A vacina QDenga é considerada segura e eficaz para pessoas de 4 a 60 anos, priorizada pelo Ministério da Saúde. Fora dos grupos prioritários, a vacinação só é possível em clínicas privadas, mas a alta demanda levou à suspensão da aplicação em algumas delas por falta de doses. A farmacêutica Takeda deve priorizar o SUS. A QDenga pode ser tomada mesmo por quem nunca teve dengue, diferente da vacina anterior, a Dengvaxia

Desafios e futuro

O Brasil enfrenta aumento nos casos de dengue, com mais de 120 mil possíveis infecções e pelo menos 12 mortes em 2024. Em 2023, houve um aumento de 15,8% nos casos em relação ao ano anterior, totalizando 1,6 milhão de ocorrências, o país registrou o maior número de mortes por dengue em um único ano.


Ministério da Saúde planeja iniciar a vacinação a partir de fevereiro, com um calendário a ser divulgado em breve (Foto: reprodução/GETTY IMAGES/BBC)


A vacina contra a dengue consiste em vírus vivos atenuados, que foram enfraquecidos de forma controlada. Ela desencadeia uma resposta imunológica eficaz sem causar a doença completa, permitindo uma reação mais rápida do corpo em casos de exposição real à dengue. Administrada em duas doses com intervalo de 3 meses, a vacina tem eficácia variada para cada sorotipo da dengue, com resultados que vão de 48,9% a 95,1%. A ausência de dados para o subtipo 4 é um desafio, considerando o ressurgimento das variantes da dengue no Brasil. 

Eficácia e desafios

A eficácia reduzida contra os sorotipos 3 e 4 pode ser relevante, pois a gravidade da doença está associada à infecção secundária. No entanto, a vacina oferece proteção contra os sorotipos 1 e 2, o que é positivo para populações em áreas endêmicas. A vacina Qdenga, aprovada pela Anvisa em março de 2023, é indicada para pessoas com mais de quatro anos até adultos de 60 anos. Gestantes, lactantes e pessoas com alergia aos componentes da vacina não podem recebê-la. 

Recomendada pela OMS, enfrenta análise da Conitec antes de ser incluída no PNI. A vacinação inicial foca em crianças de 10 a 14 anos em áreas urbanas com alta incidência de dengue. Diferente da Dengvaxia, que teve sua aplicação restrita devido a riscos, a Qdenga busca oferecer proteção semelhante. O governo brasileiro também investe em uma vacina nacional contra a dengue, em fase de testes pelo Instituto Butantan.

Foto destaque: registro da Qdenga foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023 (Reprodução/GETTY IMAGES/BBC)

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