Pesquisa comprova que alimentos ultra-processados contribuem para o desenvolvimento de câncer 

Já se sabe que alimentos ultra-processados estão ligados a problemas de saúde dos mais simplórios até os mais prejudiciais. Contudo, recentemente, pesquisadores da Universidade de Singapura perceberam, através de estudos e pesquisas, um agravante nas consequências da digestão desses alimentos, que é sua conexão ao câncer. Os pesquisadores descobriram que o surgimento da doença na maioria das pessoas estava muito conectado a uma dieta ruim, baseadas justamente em aliementos ultra-processados  

O que foi possível concluir depois do estudo? 

Através da pesquisa foi visto que quando alguém ingere alimentos muito açucarados ou engordurados o metilglioxal, substância química, é liberado no corpo. Uma vez liberado, o metilglioxal é capaz de parar temporariamente o funcionamento do gene BRCA2, que ajuda no combate ao câncer. 

Em entrevista para o portal Medical News Today o professor Ashok Venkitaraman falou um pouco sobre o assunto: “O metilglioxal desencadeia a destruição da proteína BRCA2, reduzindo seus níveis nas células. Este efeito é temporário, mas pode durar o suficiente para inibir a função de prevenção de tumores do BRCA2 eventualmente causa falhas no nosso DNA que são sinais de alerta precoce do desenvolvimento do câncer” informou o professor.


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Alimentos ultra-processados contribuem para o desenvolvimento de câncer (Foto: reprodução/Getty Images Embed/Yulyia Furman)


Quais são os alimentos ultraprocessados?

Esses alimentos ultraprocessados de fato estão longe de ser saudáveis, já que passaram por muitos processos e provavelmente contêm muitas substâncias não naturais e muita química em sua composição, ricos em gorduras, açúcares, conservantes e outros aditivos. De acordo com o Ministério da Saúde são alimentos ultraprocessados a seguinte lista: 

•    Biscoitos, sorvetes e guloseimas; 
•    Bolos; 
•    Cereais matinais, barras de cereais; 
•    Sopas, macarrão e temperos instantâneos; 
•    Salgadinhos “de pacote”; 
•    Refrescos e refrigerantes; 
•    Achocolatados;
•    Iogurtes e bebidas lácteas adoçadas;
•    Bebidas energéticas; 
•    Caldos com sabor; 
•    Molhos prontos; 
•    Alimentos congelados e prontos para consumo; 
•    Pães de forma; 
•    Pães doces e produtos de panificação que contêm gordura vegetal hidrogenada, açúcar e etc.

Já houveram estudos que comprovaram que pessoas com problemas no BRCA2 tem mais probabilidade de ter câncer de ovário ou de mama. Os resultados encontrados pelos pesquisadores de Singapura evidenciam que esses desenvolvimentos de câncer ocorrem com uma quantidade muito grande do metilglioxal, que surgem a partir do consumo de alimentos ultraprocessados. 

Foto destaque: pessoa comendo um hambúrguer com batatas fritas (Reprodução/ Instagram/@nornek)

Estudo mostra fatores importantes no combate ao tabagismo

O evento Quit Like Sweden aconteceu em Brasília, no dia 10 deste mês. Especialistas internacionais se reuniram em apoio ao combate ao tabagismo, replicando o sucesso da Suécia, que reduziu o tabagismo para 5,3% da população. Ainda, a Suécia está prestes a se tornar o primeiro país oficialmente livre de fumo. Confira o que dizem alguns especialistas. 

Mortes evitadas 

Suely Castro, fundadora do Quit Like Sweden, é brasileira. Durante o evento, Castro mostrou uma pesquisa demonstrando que, caso o Brasil reduza o tabagismo usando os mesmo métodos que a Suécia, 1,36 milhões de vidas poderão ser salvas até 2060. Ainda, em estudos anteriores foram apontados que três milhões de europeus poderiam estar vivos. Também, em outro estudo sobre países de renda média e baixa, aponta que o Cazaquistão poderia evitar 165 mil mortes por tabagismo nos próximos 40 anos. Já a África do Sul e Paquistão, poderiam salvar, respectivamente, 320 mil e 1,2 milhões de vidas. 

Ainda, segundo os estudos apontados, um dos fatores que ajudam no combate ao tabagismo é o diagnóstico e tratamento precoce do câncer de pulmão. Além do diagnóstico precoce, outro fator importante é a redução de danos, ou seja, minimizar o impacto da substância sem interromper o uso de uma vez. 

Quit Like Sweden apoia a redução de danos 

Uma das estratégias adotadas pela Suécia, foi a introdução de dispositivos eletrônicos, como vapes. A introdução de dispositivos eletrônicos funciona como uma forma de redução de danos, apoiada pelo Quit Like Sweden. A União Europeia reconheceu esses dispositivos eletrônicos como uma das formas de diminuir o tabagismo. Outras medidas são o uso de Snus – tabaco em pó colocado diretamente na boca – e bolsa de nicotina. 


De acordo com dados da Vigitel, o número total de fumantes no Brasil até 2021, era de 9,1% (Foto: reprodução/Vigitel Brasil/Governo Federal)


Atualmente, no Brasil, o uso de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidos. A ANVISA irá se reunir hoje (19) para discutir se a proibição continuará ou não. É possível acompanhar a reunião pelas redes sociais da agência. O Ministério da Saúde apoia a decisão de proibição da ANVISA. Lembrando que mesmo os cigarros eletrônicos, também podem gerar riscos para a saúde. 

Foto destaque: Quit Like Sweden defende a redução de danos como forma de combate ao tabagismo (Reprodução/Peter Dazeley/Getty Images Embed)

Novo estudo indica que praticar exercícios físicos pode reverter envelhecimento

Um estudo divulgado na última sexta-feira (12) por pesquisadores Amsterdam UMC, dos Países Baixos, sugere um novo benefício da prática regular de exercícios físicos que é a reversão do processo de envelhecimento obtido pelo controle da produção de um lipídeo que o corpo acumula ao envelhecer. O resultado foi publicado na revista científica Nature Aging.

Comunicado dos pesquisadores

O professor do laboratório de Doenças Genéticas da Amsterdam UMC e um dos responsáveis pelo estudo, Riekelt Houtkooper, afirma que essa descoberta permite entender melhor sobre o processo de envelhecimento, o que de fato ajuda a procurar formas novas de intervenção neste processo.

Outro aspecto importante é que com estas novas descobertas é possível entender melhor e buscar a cura para algumas doenças ligadas ao envelhecimento. Riekelt destaca que ainda se há muito para estudar e diversos mecanismos para entender todo este processo.


Praticar atividades físicas ajuda a retardar o envelhecimento (Foto: reprodução/Freepik/Master1305)


A investigação do estudo

A equipe de pesquisadores estudou em ratos como um certo tipo de gordura, lipídeos, se desenvolvem em ratos ao longo dos anos. Foram avaliados pelo menos dez tecidos diferentes em órgãos como rins, fígado e coração dos roedores.

A observação do processo mostrou que um tipo de gordura bis(monoacilglicero)fosfato é muito alto em ratos com idade avançada, o que sugeriu que havia um acúmulo deste elemento durante o processo de envelhecimento. Com o resultado, o estudo começou a ser feito em humanos, para saber se acontecia a mesma coisa, o que foi comprovado que acontecia.

Os cientistas pegaram mais amostras dessas gorduras e realizaram exames complementares para saber como elas reagiam quando o idoso praticava atividades físicas por cerca de uma hora. Foi notado que houve uma diminuição desse lipídeo nestes voluntários.

Conclusão

Riekelt Houtkooper afirmou que “Esses resultados são um novo passo importante para a nossa compreensão do processo de envelhecimento, mas certamente não são a resposta final. Ele argumenta que há um planejamento para acompanhar e compreender melhor o processo e as consequências do acúmulo de bis(monoacilglicero)fosfato durante o envelhecimento.

Foto Destaque: idosos praticam exercícios físicos (Reprodução/Freepik)

Ministério da Saúde amplia faixa etária de vacinação da dengue em medida preventiva

O Ministério da Saúde do Brasil anunciou nesta quinta-feira (18) uma medida preventiva para evitar o desperdício de vacinas contra a dengue que estão próximas do vencimento. A iniciativa permite que municípios com excedentes de doses possam ampliar a faixa etária de vacinação para pessoas entre 4 e 59 anos. Esta medida é aplicável às doses que vencem até o dia 30 de abril.


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A ampliação da faixa etária para vacinação da dengue é exclusiva para municípios que possuem doses com vencimento em abril (Foto: Reprodução/Buda Mendes/GettyImages Embed)


Ampliação temporária da faixa etária para vacinação

Para evitar o desperdício de vacinas contra a dengue, o Ministério da Saúde do Brasil ampliou o grupo elegível para vacinação. A partir de hoje, crianças e adolescentes de 6 a 16 anos podem ser vacinados em municípios com excesso de doses que expiram em 30 de abril. A prioridade permanece para jovens de 10 a 14 anos, mas a baixa procura levou à extensão. A segunda dose está garantida para todos que iniciarem a vacinação agora.

A estimativa do número de doses em risco é incerta, e a vacinação pode ocorrer em horário comercial nas unidades de saúde. A faixa etária pode ser ampliada até 59 anos se necessário. O Ministério pede aos estados e municípios que intensifiquem a comunicação para aumentar a vacinação. A medida é temporária, visando o uso eficiente das vacinas e a manutenção do público-alvo original onde não há doses em excesso.

Mais investimento na saúde

Em um esforço contínuo para combater a dengue, o Brasil recebeu uma terceira remessa de vacinas, beneficiando 686 municípios com um total de 930 mil doses. O Ministério da Saúde também adquiriu o estoque completo de vacinas até o final do ano que vem, garantindo a chegada de mais de 5 milhões de doses até o final do ano, além de uma doação de 1,3 milhão de doses. Isso permitirá a imunização completa de 3,2 milhões de brasileiros. Para fortalecer a luta contra a dengue, o Ministério liberou mais de R$ 93 milhões para auxiliar estados e municípios em situações de emergência sanitária.

A vacinação segue sendo uma ferramenta vital no controle da dengue, mas a ênfase permanece na eliminação dos criadouros do mosquito transmissor, especialmente diante da limitada disponibilidade de doses da vacina.

Foto Destaque: Ministério da Saúde amplia faixa etária para vacinação contra dengue em municípios que tenham doses vencendo em abril (Reprodução/Michael Dantas/GettyImages Embed)

Saiba os benefícios do ovo para uma uma dieta balanceada, e sua relação com o colesterol

Popularmente conhecido por ser uma opção de alimento que, além de ser rico em vitaminas, proteínas, minerais, gorduras e antioxidantes, o ovo é uma opção acessível, que agrega muito bem para uma dieta balanceada. 

No entanto, vale lembrar, que a gema do ovo pode ser prejudicial ao colesterol, pela possibilidade de contribuição para doenças cardíacas, que requer cuidado em seu consumo. Estudos apontam, entretanto, para a não necessidade do descarte da gema para um colesterol equilibrado, já que esta parte do ovo é bastante nutritiva. O que pode fazer uma grande diferença, é a forma de consumo de ovos, desde o preparo, até a quantidade diária que é permitida. 

Benefícios do consumo de ovos 

De acordo com a nutricionista Heloísa Theodoro, do Departamento de Nutrição da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), os ovos são uma fonte rica em proteína, na qual encontramos, na gema, gordura e carotenoides, o que traz benefícios, principalmente para a saúde dos olhos.


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Ovos cozidos (Foto: reprodução/Nasir Kachroo/Getty Images Embed)


Luteína e zeaxantina, são carotenoides antioxidantes que diminuem o risco de doenças oculares, incluindo a degeneração macular e a catarata. 

Os ovos são ricos em proteína animal de qualidade, beneficiando no aumento de massa muscular, possibilitando assim, um fortalecimento na nossa estrutura óssea. A sensação de aumento de saciedade também pode auxiliar na perda de peso. 

A colina, que é um nutriente que desempenha um papel importante em todas as células, também está presente no alimento. 

Quantidade a ser consumida 

Com relação à quantidade a ser consumida diariamente, pode ser variada a cada pessoa, devendo ser levado em consideração, alguns fatores como a genética, o preparo, e a dieta indicada. Consumir entre um e dois ovos inteiros ao dia, não irá alterar o colesterol LDL, conforme estudos, é o indicado para pessoas consideradas saudáveis (com níveis de colesterol dentro da normalidade, sem indicativos para patologias cardíacas). 

Para quem deseja consumir um número maior de ovos ao dia, é preciso que seja analisada a alimentação como um todo, além de fatores como a prática de exercícios físicos e histórico familiar, conta Heloísa. A nutricionista destaca ainda, que é essencial evitar os excessos. 

Colesterol como critério a ser pensado 

O colesterol corresponde a uma substância essencial para o bom funcionamento do nosso organismo, já que é responsável pela produção de vitamina D e ácidos biliares, que auxiliam na digestão de gorduras. Por se tratar de uma gordura não solúvel, necessita de um elemento que o transporte no sangue, onde entram as lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e lipoproteínas de maior densidade (HDL), conhecidos como colesterol ruim e colesterol bom. 

O LDL transporta o colesterol das células do fígado para outros membros do corpo, e quando em excesso, acumula nas paredes dar artérias, formando placas, o que possibilita a aterosclerose, aumentando o risco de doenças cardíacas, além de um acidente vascular cerebral (AVC). 

O HDL, que é o colesterol bom, movimenta de forma inversa, fazendo o transporte do colesterol das células de volta para o fígado, para que seja eliminado do corpo, eliminando o excesso de colesterol das artérias. 

Segundo o endocrinologista Rodrigo Moreira, diretor do Departamento de Diabetes Mellitus da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), há evidências inquestionáveis de que, quanto maior o nível de LDL, maior o risco de doenças cardiovasculares, sobretudo, o infarto agudo do miocárdio, a maior causa de óbitos a nível mundial, o que pode ser controlado por meio da prática regular de atividades físicas, e uma alimentação saudável. 

Quando relacionado ao consumo de ovos, vale lembrar que um ovo inteiro pode conter aproximadamente 200 mg de colesterol, com a maior parte concentrado na gema, o que levantou uma certa preocupação, na qual, o consumo de ovos fosse sujeito ao aumento dos níveis de colesterol no sangue. Porém, estudos atualizados indicam que não há relação direta. “As principais fontes do colesterol ruim são as gorduras saturadas ou trans. O ovo tem gordura saturada. Se você comer uma quantidade muito grande por dia, você vai aumentar a quantidade de colesterol. Mas não precisa tirar o ovo da alimentação se for uma ingestão normal. O ovo é um componente saudável da dieta”, comentou Rodrigo. 

A nutricionista Heloísa destaca ainda, que é imprescindível estar atento ao modo de preparo, e aos alimentos que são consumidos juntos aos ovos. Se eles foram preparados em uma frigideira sem óleo, é preciso ainda, perceber se o acompanhamento também é saudável. 

O consumo de ovos é liberado para a nossa rotina, sendo permitido, dois ovos ao dia, desde que combinados a acompanhamentos que possibilitem uma dieta saudável e balanceada. 

Foto destaque: o ovo é um alimento saudável, quando preparado de forma saudável (reprodução/Matthew Horwood/Getty Images) 

Medicamento para perda de peso Zepbound revela potencial para tratar apneia do sono

Um novo estudo descobriu que um medicamento para perda de peso chamado Zepbound pode ajudar a melhorar a apneia do sono em pessoas com sobrepeso ou obesidade. O estudo, realizado pela fabricante do medicamento Eli Lilly, envolveu mais de 400 pessoas com apneia do sono.

Os participantes do estudo foram randomizados para receber Zepbound ou um placebo. Aqueles que tomaram Zepbound perderam peso e tiveram uma redução significativa no número de pausas na respiração durante o sono. As pessoas que tomaram o placebo não perderam peso e não tiveram melhora na apneia do sono.

Resultados

Esses resultados sugerem que o Zepbound pode ser uma opção de tratamento eficaz para apneia do sono em pessoas com sobrepeso ou obesidade. O medicamento ainda precisa ser aprovado pela FDA para esse uso, mas os resultados do estudo são promissores.

É importante notar que este estudo foi financiado pela Eli Lilly, fabricante do Zepbound. Mais pesquisas são necessárias para confirmar os resultados do estudo e determinar a segurança e eficácia a longo prazo do Zepbound para o tratamento da apneia do sono.

Entenda o que é apneia do sono

A apneia do sono é um distúrbio comum que causa pausas na respiração durante o sono. Essas pausas podem durar alguns segundos ou minutos e podem ocorrer várias vezes por noite. A apneia do sono pode fazer com que o indivíduo se sinta cansado e com sono durante o dia, e também pode aumentar o risco de problemas de saúde graves, como doenças cardíacas, derrame e diabete. 

Pessoas com sobrepeso ou obesidade têm maior probabilidade de desenvolver apneia do sono porque o excesso de peso corporal pode depositar gordura ao redor das vias aéreas. Essa gordura pode estreitar as vias aéreas e dificultar a respiração durante o sono.


Médica explica relação entre dormir mal e aumento de peso (Reprodução: Instagram/@dra.rebeccatavares)


Saiba o que fazer se tiver apneia do sono

Em casos de suspeita de apneia do sono, é importante conversar com seu médico. O diagnóstico da apneia do sono é geralmente feito com um estudo do sono, sendo um teste que registra sua respiração, níveis de oxigênio no sangue e outros sinais vitais enquanto dorme.

Foto destaque: Mão de mulher derrama as pílulas de medicamento fora da garrafa (Reprodução: Banco de Imagens/Freepik/jcomp)

 

Hemofilia: conheça a doença que prejudica a coagulação do sangue

A condição que afeta mais de 14 mil brasileiros é reconhecida nesta quarta-feira (17) com o Dia Mundial da Hemofilia. Esta doença apresenta graves riscos aos pacientes, que têm uma maior probabilidade de sofrerem uma hemorragia que pode os levar a óbito.

O sangue destas pessoas não coagula para impedir que o sangue continue a sair. Um corte pequeno se torna um grande problema quando o sangramento não pode ser estancado, dificultando a rotina e deixando em alerta as pessoas que convivem com esta doença.


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Hemofilia afeta mais de 14 mil brasileiros (Foto: reprodução/Helder Faria/GettyImages Embed)


Entenda a doença

As pessoas afetadas por esta doença têm a falta de algumas proteínas que atuam no processo de coagulação do sangue. Até mesmo a movimentação das articulações pode causar lesões e sangramentos, algo que dificilmente é perceptível em outras pessoas, se tornando um desafio para quem convive com a hemofilia. Isto pode desgastar estas articulações e levar a problemas motores.

Normalmente, as proteínas do sangue trabalham com as plaquetas para controlar o sangramento. A deficiência destas proteínas necessárias para coagulação, devido à hemofilia, não permite que este sangramento cesse.

Há um alto risco de hemorragia interna e de sangramentos espontâneos ocasionados em uma rotina normal.

Acesso a tratamentos

No século passado, o tratamento para esta doença era feito com uma transfusão de sangue de pessoas que não sofriam com a falta de coagulação. Com isso, muitos pacientes acabaram contraindo HIV e hepatite pela frequência das transfusões.

Com aos avanços da tecnologia na medicina, hoje é possível que o tratamento seja realizado com plasma sanguíneo, que age como um medicamento aplicado de três a sete vezes por semana, dependendo do caso clínico. Desta forma, o paciente pode levar uma vida tranquila, cuidando apenas para não sofrer lesões e acidentes.

Porém, alguns pacientes são resistentes a este tratamento e o organismo responde de forma imune, necessitando assim de um remédio muito caro, de aplicação subcutânea, e é disponibilizado semanalmente pelo SUS. Apenas pacientes com imunidade ao outro tratamento conseguem acesso gratuito a este medicamento, mas há uma mobilização para que todos os afetados por esta condição tenham o mesmo acesso.

Foto Destaque: dia 17 de abril é o dia mundial da hemofilia, buscando conscientizar a população sobre a doença (Reprodução/Micro Discovery/GettyImages Embed)

Anvisa afirma que o medicamento anunciado para tratamento de hemorroida não tem propriedades terapêuticas

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), vinculada ao Ministério da Saúde, afirmou que os produtos regularizados pela entidade com o nome de aliviozon não tem a função de tratamento. 

Medicamento não regularizado 

O medicamento, de acordo com o anúncio, seria para o uso de tratamento de hemorroida. Além do anúncio indicar um remédio que não tenha propriedades terapêuticas, usou de forma indevida a foto do médico Dráuzio Varella em um vídeo editado em que o doutor sugeria o uso do Aliviozon, um medicamento que contém ozônio, para o tratamento de hemorroida, classificando como o melhor. 

O órgão afirmou ao veículo de informação GLOBO que há dois cosmédicos regularizados e que são regulamentados por meio de notificação e não por registro. 


Médico Dráuzio Varella é alvo, mais uma vez, de fake news, dessa vez envolvendo o Aliviozon (Foto: reprodução/GLOBO)


“Somente produtos regularizados como medicamentos podem fazer alegações terapêuticas, de tratamento e de recuperação do estado de saúde”, declarou a Anvisa

Dráuzio Varella aciona MP 

Após o médico Dráuzio ter a sua imagem compartilhada nesta falsa notícia, ele afirma que juntará todo o material que o expõe e, juntamente com o Ministério Público, denunciará a META, empresa proprietária das redes sociais Facebook e Instagram, por uso indevido de sua imagem. Não foi a primeira vez que usaram sua imagem em áudios falsos na internet, diz o profissional. 

“É difícil passar dez, quinze dias que não apareça outro [vídeo falso com sua imagem]. E você entra em contato com o pessoal da Meta, eles não te respondem. Quando respondem, dizem que não encontraram nada que contrarie as regras deles. São parceiros desses falsários, eles ganham para impulsionar. Como que chegou até você, como que chegou até a pessoa que me mandou?”, perguntou Drauzio.

Ainda durante a entrevista dada ao “GLOBO,” ele afirma que já foi alvo de notícias fakes umas 40 vezes, fora os materiais que ele não teve acesso. 

Foto Destaque: Medicamento anunciado não tem propriedade terapêuticas (Foto: reprodução/Getty Images Embed)

 

 

Descoberta de mecanismo nos estágios iniciais do Alzheimer abre caminho para novos tratamentos

Pesquisadores do Centro de Pesquisa sobre Cérebro e Doenças VIB-KU Leuven fizeram uma descoberta relevante sobre os estágios iniciais do Alzheimer. O estudo feito por pesquisadores na Bélgica identificou um mecanismo que ocorre antes da formação de placas de proteína no cérebro, abrindo caminho para tratamentos mais eficientes contra esse problema de saúde que atinge milhões de pessoas.

Os desafios do Alzheimer

A doença de Alzheimer é um dos motivos comuns em cerca de 65% de todos os casos de demência mundialmente, com projeções de afetar 139 milhões de pessoas até 2050, segundo a OMS. Apesar de sua prevalência, há poucos tratamentos eficazes para interromper ou reverter seus sintomas, e as causas subjacentes ainda não são totalmente compreendidas.

O foco das pesquisas tem sido a formação de placas de proteína, principalmente beta-amiloide, no cérebro. Essas placas se acumulam nos pacientes com a doença, danificando os neurônios e contribuindo para o declínio cognitivo típico do Alzheimer.

Mecanismos iniciais para o auxílio na descoberta

Os pesquisadores belgas descobriram uma molécula que interrompe a comunicação entre partes cruciais da célula, como o armazenamento de cálcio e a eliminação de resíduos, precedendo a formação de placas de proteína e a morte de células neuronais. A prevenção do acúmulo da molécula, APP-CTF, pode ser fundamental para desenvolver tratamentos mais eficazes.


Médico observando a imagem de um cérebro (Foto: reprodução/Freepik/DC Studio)


Implicações da descoberta

A APP-CTF se acumula nos neurônios e se aloja entre o retículo endoplasmático e os lisossomos, afetando o equilíbrio de cálcio e a capacidade dos lisossomos de decompor resíduos. Essa descoberta, que antecede a formação de placas amiloides e os sintomas da doença, pode fornecer novas ideias sobre as primeiras disfunções neuronais associadas ao Alzheimer, impulsionando o desenvolvimento de estratégias mais eficazes para tratar a doença.

Em resumo, essa descoberta que precede a formação das placas amiloides e o surgimento dos sintomas da doença pode fornecer novas ideias sobre as primeiras disfunções neuronais associadas ao Alzheimer. Os pesquisadores acreditam que essas descobertas podem impulsionar o desenvolvimento de estratégias mais eficazes para prevenir ou tratar a doença de Alzheimer.

 

Foto destaque: Médica olhando uma tomografia de um cérebro (Reprodução/Freepik)

Açúcar em excesso pode afetar a memória, diz estudo

Açúcar em excesso pode afetar o cérebro, e consequentemente afetar a memória causando possível demência. Foi o tempo que o açúcar afetava somente doenças do corpo, como por exemplo obesidade e diabetes. Doces, refrigerante, os famosos carboidratos e todo aquele alimento rico em açúcar que traz prazer ao comer pode ter ligação direta com a saúde da memória, quando consumido em excesso.

Estudos mostram que os alimentos com calorias em até 10% diários, ou a quantidade de açúcar diário recomendado pela OMS (organização Mundial da Saúde), afeta células do sistema nervoso e e eleva o risco de problemas de memória e declínio cognitivo, isso a longo prazo.


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Açucar em excesso pode afetar o cérebro (Reprodução/bymuratdeniz/Getty Images Embed)


Segundo pesquisador do estudo, a obesidade é um fator de risco independente para demência, mas o mecanismo casual subjacente a essa conexão é desconhecido.

Resistência à insulina

No estudo desse mesmo grupo de pesquisadores anteriormente realizado, já havia sido observado a resistência à insulina em tecidos periféricos ao cérebro depois de d7as. semana de uma dieta com 30% mais açúcar, e no novo estudo o efeito foi observado depois de três semanas. Acontecendo então, o organismo a aumentar a produção de insulina com excesso de açúcar. Fazendo com que o hormônio produzido no pâncreas que retira a glicose do sangue transportando para células, local pelo qual é convertida em energia. Porém com o estímulo além do necessário, vindo de uma dieta rica em açúcares cria resistência das células a ação da insulina. E ainda, pode sobrecarregar o pâncreas o que leva a diabetes tipo 2.

Cuidado diabetes é também cuidar da memória

O diabetes já é conhecido também por risco aumentado para desenvolver demência, e estudos posteriores observaram uma cascata de efeitos como por exemplo, uma inflamação que começou no intestino, passou pelo fígado e então chegou ao cérebro. Em um outro estudo, pacientes acompanhados por 20 anos, a qual cerca de 10% deles desenvolveram demência, e foi observado um nível elevado de açúcar no sangue, pressão arterial e colesterol acabam danificando os vasos sanguíneos. Podendo então causar ataque cardíaco e derrame, o que afeta diretamente o cérebro.

Foto Destaque: Excesso de açucar pode causar demência (Reprodução/ATU Images/Getty Images Embed)