Saúde

Hemofilia: conheça a doença que prejudica a coagulação do sangue

Essa doença rara e hereditária coloca os pacientes em risco de hemorragias graves devido à difícil coagulação; estes lutam por melhor acesso aos tratamentos caros

17 Abr 2024 - 14h49 | Atualizado em 17 Abr 2024 - 14h49
Hemofilia: conheça a doença que prejudica a coagulação do sangue Lorena Bueri

A condição que afeta mais de 14 mil brasileiros é reconhecida nesta quarta-feira (17) com o Dia Mundial da Hemofilia. Esta doença apresenta graves riscos aos pacientes, que têm uma maior probabilidade de sofrerem uma hemorragia que pode os levar a óbito.

O sangue destas pessoas não coagula para impedir que o sangue continue a sair. Um corte pequeno se torna um grande problema quando o sangramento não pode ser estancado, dificultando a rotina e deixando em alerta as pessoas que convivem com esta doença.


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Hemofilia afeta mais de 14 mil brasileiros (Foto: reprodução/Helder Faria/GettyImages Embed)


Entenda a doença

As pessoas afetadas por esta doença têm a falta de algumas proteínas que atuam no processo de coagulação do sangue. Até mesmo a movimentação das articulações pode causar lesões e sangramentos, algo que dificilmente é perceptível em outras pessoas, se tornando um desafio para quem convive com a hemofilia. Isto pode desgastar estas articulações e levar a problemas motores.

Normalmente, as proteínas do sangue trabalham com as plaquetas para controlar o sangramento. A deficiência destas proteínas necessárias para coagulação, devido à hemofilia, não permite que este sangramento cesse.

Há um alto risco de hemorragia interna e de sangramentos espontâneos ocasionados em uma rotina normal.

Acesso a tratamentos

No século passado, o tratamento para esta doença era feito com uma transfusão de sangue de pessoas que não sofriam com a falta de coagulação. Com isso, muitos pacientes acabaram contraindo HIV e hepatite pela frequência das transfusões.

Com aos avanços da tecnologia na medicina, hoje é possível que o tratamento seja realizado com plasma sanguíneo, que age como um medicamento aplicado de três a sete vezes por semana, dependendo do caso clínico. Desta forma, o paciente pode levar uma vida tranquila, cuidando apenas para não sofrer lesões e acidentes.

Porém, alguns pacientes são resistentes a este tratamento e o organismo responde de forma imune, necessitando assim de um remédio muito caro, de aplicação subcutânea, e é disponibilizado semanalmente pelo SUS. Apenas pacientes com imunidade ao outro tratamento conseguem acesso gratuito a este medicamento, mas há uma mobilização para que todos os afetados por esta condição tenham o mesmo acesso.

Foto Destaque: dia 17 de abril é o dia mundial da hemofilia, buscando conscientizar a população sobre a doença (Reprodução/Micro Discovery/GettyImages Embed)

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